sábado, 20 de novembro de 2010

NEGRO

Viajantes....
Aqui encontraram vida
Aqui encontraram flores
Aqui encontraram ouro
E ...com batismo de sangue
Aqui implantaram crença
Em louvor ao Deus Clemente
Nos pelourinhos da morte
Tanto sangue derramado
Pra mão-de-obra barata
Índio e negro escravizados.
Caçados como animais
Filhos arrancados dos pais
Se o negro não tinha alma
negro não era gente
Se negro não era gente
Era então mercadoria
Mas foi no pranto do desencanto
Que o negro aprendeu cantar;
Mas foi na penumbra da senzala
Que o negro aprendeu sambar;
Mas foi na raça da negritude
Que o negro aprendeu lutar.
São três histórias
Neste grande continente
Uma bem antes de chegarem
E a segunda cinco séculos de invasão
E a resistência índia, negra, popular.
E a terceira é que vamos construindo
Pra destruirmos a raiz de todo mal.
O grito negro de ZUMBI
Vem Lá dos Palmares
Em novos tempos
Pra romper a tempestade
Já com trezentos anos que se passaram
Ainda se ouve o eco necessário a ecoar
Liberdade, liberdade, liberdade!!! (autoriaJP)
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