"Há aqueles que lutam um dia e por isso são bons; Há aqueles que lutam muitos dias e por isso são muito bons; Há aqueles que lutam anos e são melhores ainda; Porém há aqueles que lutam toda a vida, esses são os imprescindíveis." Bertolt Brecht
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
A flor, paixão. O fruto, a paz.PASSIFLORA
Kchico, quando criança, admirava a flor de maracujá no quintal do sítio. Achava linda a bailarina a dançar na cerca. Talvez aquela flor estivesse a sinalizar o melhor solução para sua busca infindável no sono sossegado.
A procura das propriedades da casca do maracujá encontrei a seguinte matéria publicada por Samara Carvalho em 2010.
Maracujá e suas propriedades
Com propriedades calmantes, o maracujá auxilia no combate ao estresse e ainda ajuda a reduzir o colesterol e o diabetes
Segundo a Nutricionista, Cristiane Mara Cedra, dona do site: www.anutricionista.com, o maracujá possui uma substância chamada passiflorina, que atua como calmante.
A fruta também é rica em fósforo, cálcio, vitamina A, vitaminas do complexo B, fibras, muita vitamina C e boa quantidade de sais minerais, como ferro, sódio, cálcio e fósforo.
A casca do maracujá, que normalmente é dispensada, tem propriedades funcionais. Ou seja, atua no metabolismo e em diversas outras funções do organismo.
A casca ainda é rica em niacina, ferro, cálcio, fósforo e pectina, o que lhe confere propriedades úteis aos diabéticos, pois auxilia na queda da taxa de glicose e na diminuição do colesterol ruim. Além de todos esses benefícios, o maracujá também é pouco calórico, cada 100 g da fruta tem aproximadamente 70 calorias.
A casca da fruta, transformada em farinha, diminui a taxa de açúcar no sangue e impede que o organismo absorva a gordura dos alimentos, causando a perda de peso. “Na farinha feita com a parte branca do maracujá é encontrada a pectina, uma fibra que se liga à gordura ingerida e ajuda a diminuir a quantidade absorvida.
Além disso, ela ajuda no controle do colesterol, regula o funcionamento intestinal, aumenta a sensação de saciedade e equilibra o índice glicêmico da refeição refletindo em uma depositação menor da gordura abdominal. É bom tanto para os diabéticos quanto para as pessoas sem a patologia” conta a dra. Cristiane.
A nutricionista ainda ensina que a farinha do maracujá pode ser adicionada a sucos, iogurtes, em frutas picadas ou no almoço e jantar. É importante consumi-la associada a uma hidratação adequada de pelo menos 8 copos de água por dia.
Existe uma infinidade de espécies de maracujá, como maracujá-mirim, maracujá-melão, maracujá-guaçu e maracujá do iguapó. Os frutos com a casca enrugada são os mais doces e os com a casca lisa são os mais azedos.
O nome maracujá vem do tupi-guarani, que significa a “comida preparada em cuia”, por causa do formato do fruto, a casca se assemelha a uma cuia. O maracujá é uma fruta tropical, não se desenvolve no clima frio. O Brasil é o maior exportador da fruta, que além de sucos pode ser utilizada na produção de musses, pudins, bolos e geleias.
Foto. Francisco Barreto
A flor de maracujá é considerada de rara beleza, só abre em dias de muito sol e céu claro, mas não dura muito. Não é possível obter a flor do maracujá, caso colhida ela se fecha.
É tão encantadora que se acredita que o papa Paulo V ajoelhou-se reverentemente diante da flor do maracujá, que representaria uma “revelação divina”. Ela recordaria a paixão de Cristo. Frei Vicente do Salvador descreveu-a nessa função religiosa: “além de formosa, misteriosa – possui estigmas semelhantes aos cravos que Cristo foi pregado à cruz… cinco pétalas, rodeadas de coroa rouxa, simbolizavam as cinco chagas e a coroa de espinhos”.
A comparação deu origem até ao nome científico da flor, que pertence à família das Passifloráceas, passio de paixão e flore de flor, assim: Flor da Paixão.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE
SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE
OSHO
Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa; pode encontrar o parceiro certo.
Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz.
Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes.
E isso é bom, é natural.
É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas. Está perfeitamente bem.
Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes.
O semelhante atrai o semelhante.
Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.
Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade.
Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.
Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não.
Assim você estará indo na direção errada.
Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio.
E ninguém quer ser usado como um meio!
Cada indivíduo único é um fim em si mesmo.
É imoral usar alguém como um meio.
Primeiro aprenda como ser só.
A meditação é um caminho para ficar sozinho.
Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz.
Agora você pode ser feliz acompanhado.
Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar.
E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira.
Assim surge uma necessidade de amar alguém.
Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.
Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida.
Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.
Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém.
A necessidade de ser amado é infantil, imatura.
A necessidade de amar é maturidade.
E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.
"É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra"?
Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo.
Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.
Como você pode ser bom para outra pessoa?
Você nem mesmo ama a si próprio!
Como você pode amar outra pessoa?
Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo.
Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.
Seja duro consigo mesmo!
Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo.
Isso é um absurdo.
Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo.
Não seja duro; seja delicado.
Cuide de si mesmo.
Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.
Assim você irá florescer.
Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor.
Isso é natural.
Pedras atraem pedras; flores atraem flores.
Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que possui uma bênção nele.
Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma oração;
Seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.
OSHO
OSHO
Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa; pode encontrar o parceiro certo.
Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz.
Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes.
E isso é bom, é natural.
É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas. Está perfeitamente bem.
Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes.
O semelhante atrai o semelhante.
Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.
Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade.
Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.
Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não.
Assim você estará indo na direção errada.
Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio.
E ninguém quer ser usado como um meio!
Cada indivíduo único é um fim em si mesmo.
É imoral usar alguém como um meio.
Primeiro aprenda como ser só.
A meditação é um caminho para ficar sozinho.
Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz.
Agora você pode ser feliz acompanhado.
Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar.
E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira.
Assim surge uma necessidade de amar alguém.
Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.
Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida.
Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.
Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém.
A necessidade de ser amado é infantil, imatura.
A necessidade de amar é maturidade.
E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.
"É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra"?
Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo.
Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.
Como você pode ser bom para outra pessoa?
Você nem mesmo ama a si próprio!
Como você pode amar outra pessoa?
Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo.
Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.
Seja duro consigo mesmo!
Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo.
Isso é um absurdo.
Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo.
Não seja duro; seja delicado.
Cuide de si mesmo.
Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.
Assim você irá florescer.
Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor.
Isso é natural.
Pedras atraem pedras; flores atraem flores.
Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que possui uma bênção nele.
Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma oração;
Seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.
OSHO
terça-feira, 27 de novembro de 2012
LIMÃO CONGELADO
Muitos profissionais em restaurantes, além de nutricionistas estão usando ou consumindo o limão inteiro, em que nada é desperdiçado.
Como você pode usar o limão inteiro sem desperdício?
Simples... Lave bem e coloque o limão na seção do freezer de sua geladeira.
Uma vez que o limão esteja congelado, use seu ralador e o limão inteiro (sem necessidade de descascá-lo) e polvilhe-o em cima de seus alimentos.
Polvilhe-o em suas bebidas, vinho, saladas, sorvete, sopa, macarrão, molho de macarrão, arroz, sushi... Todos os alimentos inesperadamente terão um gosto maravilhoso, algo que você talvez nunca tenha provado antes.
Provavelmente, você achava que só o suco de limão teria vitamina C.
Bem, saiba que as cascas do limão contêm vitaminas 5 a 10 vezes mais do que o suco de limão propriamente dito. E, sim, isso é o que você vem desperdiçando. Mas de agora em diante, por seguir esse procedimento simples de congelar o limão inteiro e salpicá-lo em cima de seus pratos, você pode consumir todos os nutrientes e obter ainda mais saúde.
As cascas do limão são rejuvenescedoras da saúde na erradicação de elementos tóxicos do corpo. ótimo!!!
Os benefícios surpreendentes do limão!
Limão (Citrus) é um produto milagroso para matar células cancerosas. É 10.000 vezes mais forte do que a quimioterapia.
Por que não sabemos nada sobre isso? Porque existem laboratórios interessados em fazer uma versão sintética que lhes trará enormes lucros.
Seu sabor é agradável e não produz os efeitos horríveis da quimioterapia.
Quantas
pessoas morrem enquanto esse segredo é mantido, para não pôr em perigo
as grandes corporações multimilionárias?
Como sabem, a árvore do limão é conhecida por suas variedades de limões e limas. Você pode comer as frutas de diferentes maneiras: a polpa, suco, preparando bebidas, sorvetes, bolos, etc...
A ele é creditado muitas virtudes, mas o mais interessante é o efeito
que produz sobre cistos e tumores.
Essa planta é uma solução comprovada
contra cancros de todos os tipos.
Alguns dizem que é muito útil para todas as variantes do cancro. Ele é considerado também como um espectro antimicrobiano contra infecções por bactérias e fungos, eficaz contra parasitas internas e vermes, que regula a pressão de sangue, quando muito alto, e um antidepressivo, combatendo o estresse e distúrbios nervosos.
A fonte desta informação é fascinante: ela vem de uma das maiores fabricantes de drogas no mundo, diz que, após mais de 20 testes desde 1970, os extratos revelaram que: destrói as células malignas em 12 tipos de cancro, incluindo cólon, mama, próstata, pulmão e pâncreas...
Os compostos dessa árvore mostraram-se 10.000 vezes melhores do que o
produto Adriamycin, uma droga normalmente utilizada como quimioterápico
no mundo, retardando o crescimento das células cancerosas.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Cérebro, um super computador orgânico.
Dsculpem! Encontrei esta pesquisa, salvei e perdi a fonte. Assim que encontrar, informo aqui.
O Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso
O SNC
recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada
de decisões e o envio de ordens. O SNP carrega informações dos
órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso
central para os órgãos efetores (músculos e glândulas).
O SNC divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao
telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo),
cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: BULBO, situado
caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, situada entre
ambos.
No SNC, existem as chamadas substâncias
cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada pelos corpos dos
neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e
da medula, a substância cinzenta ocorre mais externamente e a substância
branca, mais internamente.
Os
órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa
craniana, protegendo o encéfalo; e coluna vertebral,
protegendo a medula - também denominada raque) e por
membranas denominadas meninges, situadas sob a proteção
esquelética: dura-máter (a externa), aracnóide (a do
meio) e pia-máter (a interna). Entre as meninges aracnóide e
pia-máter há um espaço preenchido por um líquido denominado líquido
cefalorraquidiano ou líquor.
O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa
aproximadamente 1,4 kg. O telencéfalo
ou cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante
desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos
sensitivos e motores. Entre os hemisférios, estão os VENTRÍCULOS CEREBRAIS (ventrículos
laterais e terceiro ventrículo); contamos ainda com um quarto ventrículo,
localizado mais abaixo, ao nível do tronco encefálico. São reservatórios
do LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQÜOR), participando na nutrição,
proteção e excreção do sistema nervoso.
Em
seu desenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro
esteja suficientemente compacto para caber na calota craniana, que não
acompanha o seu crescimento. Por isso, no cérebro adulto, apenas 1/3 de
sua superfície fica "exposta", o restante permanece por entre
os sulcos.
O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas
funcionalmente distintas, sendo a maioria pertencente ao chamado neocórtex.
Cada uma das áreas do córtex cerebral controla uma atividade específica.
-
hipocampo: região do córtex que está dobrada sobre si e possui apenas três camadas celulares; localiza-se medialmente ao ventrículo lateral.
-
córtex olfativo: localizado ventral e lateralmente ao hipocampo; apresenta duas ou três camadas celulares.
Imagem: McCRONE, JOHN. Como o cérebro funciona. Série
Mais Ciência. São Paulo, Publifolha, 2002.
A região superficial do telencéfalo, que acomoda
bilhões de corpos celulares de neurônios (substância cinzenta),
constitui o córtex cerebral, formado a partir da
fusão das partes superficiais telencefálicas e diencefálicas. O
córtex recobre um grande centro medular branco, formado por fibras
axonais (substância branca).
Em meio a este centro branco (nas profundezas do telencéfalo), há agrupamentos de corpos
celulares neuronais que formam os núcleos
(gânglios) da base ou
núcleos (gânglios) basais - CAUDATO, PUTAMEN, GLOBO PÁLIDO e
NÚCLEO SUBTALÂMICO, envolvidos em
conjunto, no
controle do movimento. Parece que os gânglios da base participam também
de um grande número de circuitos paralelos, sendo apenas alguns poucos de
função motora. Outros circuitos estão envolvidos em certos aspectos da
memória e da função cognitiva.
Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. &
PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto
Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 2002.
Algumas das funções mais específicas dos
gânglios basais relacionadas aos movimentos são:
-
núcleo caudato: controla movimentos intencionais grosseiros do corpo (isso ocorre a nível sub-consciente e consciente) e auxilia no controle global dos movimentos do corpo.
-
putamen: funciona em conjunto com o núcleo caudato no controle de movimentos intensionais grosseiros. Ambos os núcleos funcionam em associação com o córtex motor, para controlar diversos padrões de movimento.
-
globo pálido: provavelmente controla a posição das principais partes do corpo, quando uma pessoa inicia um movimento complexo, Isto é, se uma pessoa deseja executar uma função precisa com uma de suas mãos, deve primeiro colocar seu corpo numa posição apropriada e, então, contrair a musculatura do braço. Acredita-se que essas funções sejam iniciadas, principalmente, pelo globo pálido.
-
núcleo subtalâmico e áreas associadas: controlam possivelmente os movimentos da marcha e talvez outros tipos de motilidade grosseira do corpo.
Evidências indicam que a via motora direta funciona para
facilitar a iniciação de movimentos voluntários por meio dos gânglios da
base. Essa via origina-se com uma conexão excitatória do córtex para as
células do putamen. Estas células estabelecem sinapses inibitórias em
neurônios do globo pálido, que, por sua vez, faz conexões inibitórias com
células do tálamo (núcleo ventrolateral - VL). A conexão do tálamo
com a área motora do córtex é excitatória. Ela facilita o disparo de
células relacionadas a movimentos na área motora do córtex. Portanto, a
conseqüência funcional da ativação cortical do putâmen é a excitação
da área motora do córtex pelo núcleo ventrolateral do tálamo.
Imagem:
BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando
o Sistema Nervoso. Porto Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 2002.
Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do
olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. Esta
é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico
e o cérebro. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos
nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela condução dos
impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser
processados. O tálamo também está relacionado com alterações
no comportamento emocional; que decorre, não só da própria atividade,
mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que
regula as
emoções).
O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal
centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos
principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre
o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de
diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que controla a
temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo, o
sono e está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas
conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo.
Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções.
Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a
raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao
desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo
geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese
(“criação”) do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos
estados emocionais.
O
tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo,
situando-se ventralmente ao cerebelo. Possui três funções gerais; (1)
recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos
da cabeça; (2) contém circuitos nervosos que transmitem informações da
medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção
contrária,
do encéfalo para a medula espinhal (lado esquerdo do cérebro controla os
movimentos do lado direito do corpo; lado direito de cérebro controla os
movimentos do lado esquerdo do corpo); (3) regula a atenção, função esta
que é mediada pela formação reticular (agregação mais ou menos difusa
de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de
fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco
encefálico). Além destas 3 funções gerais, as várias divisões do
tronco encefálico desempenham funções motoras
e sensitivas específicas.
Na constituição do tronco encefálico entram
corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que,
por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos, fascículos ou
lemniscos. Estes elementos da estrutura interna do tronco encefálico
podem estar relacionados com relevos ou depressões de sua superfície.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras
nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares
de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
Imagem: ATLAS INTERATIVO DE ANATOMIA HUMANA. Artmed Editora.
Situado atrás do cérebro está o cerebelo, que é
primariamente um centro para o controle dos movimentos iniciados pelo córtex
motor (possui extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal). Como o
cérebro, também está dividido em dois hemisférios. Porém, ao contrário
dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado com
os movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os
movimentos do lado direito do corpo.
O cerebelo recebe informações do córtex motor e dos
gânglios basais de todos os estímulos enviados aos músculos. A partir das
informações do córtex motor sobre os movimentos musculares que pretende
executar e de informações proprioceptivas que recebe diretamente do corpo
(articulações, músculos, áreas de pressão do corpo, aparelho vestibular e
olhos), avalia o movimento realmente executado. Após a comparação entre
desempenho e aquilo que se teve em vista realizar, estímulos corretivos são
enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja igual ao
pretendido. Dessa forma, o cerebelo relaciona-se com
os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular.
Algumas estruturas do encéfalo e suas funções
Córtex Cerebral
Funções:
|
A
palavra córtex vem do latim para "casca". Isto porque o córtex
é a camada mais externa do cérebro. A espessura do córtex
cerebral varia de 2 a 6 mm. O lado esquerdo e direito do córtex
cerebral são ligados por um feixe grosso de fibras nervosas chamado
de corpo caloso. Os lobos são as principais divisões físicas do
córtex cerebral. O lobo frontal é responsável pelo planejamento
consciente e pelo controle motor. O lobo temporal tem centros
importantes de memória e audição. O lobo parietal lida com os
sentidos corporal e espacial. o lobo occipital direciona a visão.
|
Cerebelo
Funções:
|
A palavra cerebelo vem do latim para
"pequeno cérebro”. O cerebelo fica localizado ao lado do
tronco encefálico. É parecido com o córtex cerebral em alguns
aspectos: o cerebelo é dividido em hemisférios e tem um córtex
que recobre estes hemisférios.
|
Tronco Encefálico
Funções:
Mesencéfalo
Funções:
|
O Tronco Encefálico é uma área do encéfalo
que fica entre o tálamo e a medula espinhal. Possui várias
estruturas como o bulbo, o mesencéfalo e a ponte. Algumas destas áreas
são responsáveis pelas funções básicas para a manutenção da
vida como a respiração, o batimento cardíaco e a pressão
arterial.
Bulbo:
recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as
funções autônomas (a chamada vida vegetativa): batimento cardíaco,
respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse,
espirro e o ato de engolir.
Ponte: Participa de algumas atividades do bulbo, interferindo no
controle da respiração, além de ser um centro de transmissão de
impulsos para o cerebelo. Serve ainda de passagem para as fibras
nervosas que ligam o cérebro à medula.
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Tálamo
Funções:
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O tálamo recebe informações sensoriais do corpo e as
passa para o córtex cerebral. O córtex cerebral envia informações
motoras para o tálamo que posteriormente são distribuídas pelo
corpo. Participa, juntamente com o tronco encefálico, do sistema
reticular, que é encarregado de “filtrar” mensagens que se
dirigem às partes conscientes do cérebro.
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Sistema Límbico
Funções:
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O Sistema Límbico é um grupo
de estruturas que inclui hipotálamo, tálamo, amígdala, hipocampo,
os corpos mamilares e o giro do cíngulo. Todas estas áreas são
muito importantes para a
emoção e reações emocionais. O
hipocampo também é importante para a memória e o aprendizado.
|
IN NOMEN DEI
Israel,
braço dos EUA no Oriente Médio, intensificou a matança de palestinos a
partir da segunda semana neste novembro. Não poupa ninguém: crianças,
velhos, mulheres e homens estão sendo trucidados impiedosamente numa
batalha covardemente desigual.
Em nosso país, a mídia aliada dos agressores omite as verdadeiras informações e empenha-se em jogar a opinião pública contra os agredidos.
A Faixa de Gaza é um dos poucos territórios que sobraram para os palestinos, desde a criação do Estado sionista de Israel, em 1948.
Este mapas mostram que o território palestino usurpado por Israel está cada vez menor.
Em nosso país, a mídia aliada dos agressores omite as verdadeiras informações e empenha-se em jogar a opinião pública contra os agredidos.
A Faixa de Gaza é um dos poucos territórios que sobraram para os palestinos, desde a criação do Estado sionista de Israel, em 1948.
Este mapas mostram que o território palestino usurpado por Israel está cada vez menor.
Luiz Pompe
Os cananeus e filisteus foram expulsos da palestina no governo de quem?
patriarcas juizes ou reis? (publicado 5 anos atrás no Yahoo)
Melhor resposta - Escolhida por votação
Há mais de 5000 anos, depois de um período de seca assolou a Península
Arábica, os cananeus, tribos dos árabes semitas, vieram se estabelecer nos
territórios a leste do Mar Mediterrâneo que formam, hoje, a Síria, o Líbano,
a Jordânia e a Palestina. Os Jebusitas, um subgrupo cananeu, fundaram
Jebus - Jerusalém- no lugar onde ele está localizada hoje e edificaram o
primeiro muro ao seu redor, dotado de 30 torres e sete portões.
Aproximadamente 2000 anos mais tarde, os filisteus, vindos de Creta,
chegaram na terra de Canaã. Misturaram-se com as tribos cananéias e viveram
na área sudoeste da moderna Palestina, sobre a costa do Mar Mediterrâneo na
área que agora se estende na Faixa de Gaza até Ashdod e Ashkelon. Os
cananeus deram aos territórios que eles habitaram o nome bíblico de "A Terra
de Canaã", enquanto os filisteus deram-lhe o nome de Filistina ou
'Palestina'.
Os cananeus descobriram que estavam numa localização estratégica e cercada
por poderosos impérios originários do Egito a sudoeste, através do Mar
Mediterrâneo a oeste, e Mesapotâmia e Ásia a nordeste. Mais de um milênio
antes do nascimento de Cristo, egípcios, assírios, babilônicos, persas,
mongóis, gregos e romanos cresceram ao redor da terra dos cananeus e
filisteus e a governaram por variados períodos de tempo. A posição
geográfica da área significava que ela servia tanto como uma ponte entre os
vários impérios regionais, como uma arena para lutas e conflitos entre eles.
Em conseqüência, os cananeus nunca puderam estabelecer um estado forte e
unificado, e suas organizações políticas tomaram a forma de cidades
independentes dotadas de governos ligados por relações federativas. Entre as
cidades costeiras mais proeminentes dos filisteus, cananeus e fenícios que
habitaram a área da atual Palestina estavam Beirute (Bairtuyus), Sidon,
Tiro, Acre, Ashkelon e Gaza. As cidades cananéias do interior incluíam
Jericó, Nablus (Shikim) e Jerusalém (Jebus). A religião dessas primeiras
civilizações da Palestina era centrada na natureza: o céu era o Deus Pai e a
terra era a Mãe Terra. Esses povos semitas de Canaã formaram a base do
tronco do qual descendem os palestinos de hoje.
Em termos de geografia, demografia, sociedade, economia e vida cultural,
Jerusalém tem sido o centro da Palestina e o grande ponto de encontro de
importantes corredores leste-oeste, norte-sul. De fato, desde os tempos das
civilizações mais primitivas da Palestina, Jerusalém tem sido a parte mais
importante e inseparável da Palestina. Assim, quem quer que controle
Jerusalém fica numa posição de dominação sobre a Palestina. Nela localiza-se
a raiz da turbulenta e conflituosa história da cidade de Jerusalém.
Por volta do século XVIII a.C., Abraão veio de Ur, no sul da Mesopotâmia,
para a terra de Canaã. Ele se estabeleceu nas cercanias do Vale do Jordão.
Visto que nem o velho e nem o Novo Testamento não haviam sido revelados
durante sua vida, Abraão não era nem judeu nem cristão, mas um crente na
unicidade de Deus. Ele é descrito no Gênese como tendo adorado "o mais alto
Deus". O Corão menciona que ele era um 'muçulmano', não na acepção moderna
de alguém que segue as leis reveladas no Corão, mas sim no sentido de Ter
entregue "sua submissão à vontade de Deus". Assim, cristãos, muçulmanos e
judeus ainda rogam por ele em todas as suas preces, como acreditam que Deus
lhes exortou a fazerem. Agar, a concubina de Abraão, lhe gerou seu filho
Ismael, de quem os atuais muçulmanos traçam sua descendência; entrementes,
sua mulher Sara gerou-lhe o filho Isaac, do qual os atuais judeus traçam sua
linhagem. Abraão se mudou para um lugar perto de Hebron (al-Khalil), onde
viveu pregando o monoteísmo. Quando morreu, Ismael e Isaac sepultaram-no na
mesma cova onde sua mulher Sara foi sepultada. Seu filho Isaac gerou Jacó
(Israel), que viveu na região de Harran (Aram).
Por volta de 1300 a.C., os doze filhos de Jacó (Israel) partiram para o
Egito. Eles se integraram aos egípcios e José, o mais jovem dos filhos de
Jacó, casou com a filha do sumo sacerdote. Originalmente um pequeno grupo de
pessoas, eles se multiplicara, e ganharam força durante várias centenas de
anos no Egito, tornando-se os israelitas. Foi no Egito que Moisés, 'o
fundador do judaísmo e o mais eminente legislador e também profeta para as
três religiões reveladas, nasceu e estudou filosofia egípcia, tornando-se
letrado em todas as ciências dos egípcios. Moisés, juntamente com seu povo
(B'nei Israel) deixaram o Egito por volta do século XIII a.C.. vagaram
durante 40 anos no Sinai, e durante esse tempo ele recebeu a lei divina
judaica no monte Sinai (Tur).
Após a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança dos israelitas e os
conduziu para o oeste pelo rio Jordão até Canaã. A primeira cidade cananéia
que Josué conquistou foi Jericó, destruindo-a juntamente com seus
habitantes. Depois, ele assumiu o controle de Yashuu'(Bayt Ele), Likhish, e
Hebron, embora os filisteus tenham bloqueado o avanço do povo de Moisés rumo
à costa, na área entre Gaza e Jafa, enquanto os cananeus impediram-nos de
conquistar Jerusalém. Quando chegaram a Canaã, foram influenciados pelos
cananeus e imitaram seus ritos religiosos, especialmente na apresentação de
ofertas sacrificiais ao Deus Baal.
Nos 150 anos seguintes, os israelitas, filisteus e cananeus controlaram,
alternadamente, porções da área da moderna Palestina, com os cananeus
(jabusitas) controlando Jerusalém. Ma nenhum grupo foi capaz de consolidar o
controle sobre toda a área. Houve numerosas lutas entre grupos, sendo que
cada um mantinha sua própria cultura e sua própria independência.
Por volta de 1000 a.C., o rei dos israelitas, Davi, pôde subjugar os
pequenos estados de Edom, Moab e Amon. Durante sete anos ele fez de Hebron
sua capital, mas, depois transferiu o centro do poder para Jerusalém pelos
últimos 35 anos de seu reinado. Depois dele, poder passou para o seu filho
Salomão, que é famosos por ter erguido o lugar de adoração conhecido como o
Templo de Salomão. Para os judeus, esse templo tornou-se o centro da vida
religiosa e o símbolo básico de sua unidade. Tornou-se ainda um ponto de
peregrinação emocional para o povo judeu.
Com a morte de Salomão, seu reino foi dividido em dois: o Reino de Israel,
ao norte, composto por dez tribos, com Samaria (Sabastia) como sua capital,
e o Reino da Judéia, ao sul, composto por duas tribos, com Jerusalém como
sua capital. Lutas crônicas entre os dois estados e batalhas colocando-os
contra os cananeus e os filisteus, caracterizaram esse período da história
do Oriente Próximo.
Por volta de 720 a.C. os assírios, sob orei Sargão, destruíram o reino
israelita ao norte. Em 600 a.C. os babilônios, sob o comando de
Nabucodonozor, conquistaram o reino israelita sudeste, destruindo o templo
de Salomão em aproximadamente 586 a.C.. em ambos os casos, a maioria da
população foi levada para a Assíria e a Babilônia, na Mesopotâmia, como
escrava. Quanto a Jerusalém, tornou-se colônia babilônica. Por volta de 838
a.C., Ciro, rei dos persas, foi capaz de conquistar o império babilônico
(Mesopotâmia), prosseguiu em suas conquistas até que ocupou a Síria e depois
a Palestina, incluindo Jerusalém, permitiu que os escravos de Nabucodonozor
retornassem à Palestina, e o Segundo Templo foi concluído em 515 a.C.
Quando o império grego floresceu (eles ainda governaram Jerusalém durante
sete anos) a Palestina caiu sob o domínio do Egito (322-200 a.C.) e depois
por um certo período sob o governo dos selêucidas da Síria de 200 a 142
a.C.. Nesse ano, o rei Antióquio IV, que tinha danificado o Templo de
Salomão forçou os judeus a renunciarem ao judaísmo e a abraçarem o paganismo
grego. Por volta de 63 a.C., depois que os romanos subjugaram os seldjúcidas
na Síria, o general romano Pompeu assumiu o controle sobre Jerusalém. Com a
ajuda dos romanos, Herodes se tornou rei da Judéia no ano 40 a.C. seu
reinado durou até sua morte no ano 4 A.D. Durante esse tempo, o Templo de
Salomão foi reconstruído em Jerusalém e houve a perseguição, o processo de
crucificação de Jesus Cristo, depois do que, sobreveio a propagação da fé
cristã.
Na era de Tito, cerca de 70 A.D., os romanos infligiram aos judeus uma
derrota devastadora. Tomaram Jerusalém e queimaram o templo judeu de uma vez
por todas. Sob Adriano, várias décadas depois, os remanescentes finais da
população judaica foram subjugados e expulsos da Palestina. Os romanos
ergueram uma nova cidade sobre as ruínas de Jerusalém, a qual eles dominaram
de Aelia Capitolina, com referência ao imperador Aelius Adrianus. Cerca de
395 A.D., Jerusalém tornou-se uma cidade bizantina e cristã. Mas embora a
Palestina e seus habitantes se tornassem uma parte do império bizantino
política e religiosamente, a vida e a cultura dos cananeus locais
permaneceram voltadas para Jerusalém.
Após um breve período de controle pela Pérsia, no começo do século VII A.D.
a Palestina e o resto da Síria saíram do jugo dos romanos e caíram na esfera
do império árabe-islâmico. Jerusalém tornou-se a primeira direção das preces
dos muçulmanos (qibla) - 'o primeiro dos dois qiblas'- e a Palestina 'os
recintos que Deus abençoou'.
Em 638 A.D., o segundo califa, Omar ibn al-Khattab, chegou a Jerusalém. É
importante notar que pelo, aproximadamente, 1300 anos desde a chegada da
civilização árabe-muçulmana à Palestina, até o século em curso, Jerusalém
permaneceu árabe, do ponto de vista da língua, da cultura e da demografia.
Omar acreditava que Alá ordenara respeito à santidade a cidade de Jerusalém
e o respeito por Ahl al-Kitab (O povo do livro). De acordo com o islã, a
liberdade de culto a Ahl al-Kitab em Jerusalém é uma dádiva de Deus e, por
isso, não pode ser subtraída por mãos humanas. Assim, Omar não tomou a
cidade pela força, mas pelo contrário, instituiu a Convenção de Omar, um
acordo que determinava o controle muçulmano sobre a cidade mas reconhecia o
direito inalienável à liberdade de expressão para judeus e cristãos em
Jerusalém. Omar confiou as duas famílias árabes muçulmanas em Jerusalém as
chaves da Igreja do Santo Sepulcro. Ele agiu assim a fim de mandar uma
mensagem aos muçulmanos de que a igreja era um templo sagrado que não
deveria ser danificado, desrespeitado ou violado de nenhum modo, e como uma
resolução para rixas entre várias seitas cristãs sobre quem deveria
controlar a igreja. Das famílias árabes residentes na cidade, algumas se
converteram ao islã imediatamente, enquanto outras mantém até hoje sua fé
cristã. Entre essas famílias árabes cristãs e muçulmanas da velha Jerusalém
estão os Khalidis, os Alamis, os Nuseibehs, os Judahs, os Nassars e os
Haddads.
A lei muçulmana vigorou em Jerusalém e na Palestina desde o século VII A.D.
até o começo do século XX, excetuando o período das Cruzadas. Os cruzados
capturaram a cidade em 1099 A.D., viram-na libertada pelos aiúbidas sob
Saladino em 1187 A.D., e depois recapturaram-na em 1229 A.D. Cerca de 15
anos mais tarde, os muçulmanos outra vez ali restabeleceram seu governo, e a
cidade não saiu mais do seu controle até a ocupação britânica na I Guerra
Mundial, em 1917.
As dinastias islâmicas - ao omíadas, abássidas, os fatimidas os seldjúcidas,
os aiúbidas, os mamelucos, os otomanos e os hashimitas - respeitaram o
"status quo ante" instituído na Convenção de Omar ibn al-Khattab. Todos eles
participaram da reconstrução de Jerusalém, preservando a santidade de sua
herança e desenvolvendo seu legado islâmico e árabe. Essas dinastias se
esforçaram para reconstruir as mesquitas da Abóbada da Rocha e de al-Aqsa,
referenciadas no primeiro verso da Sura 17 do Qur'na. Finalmente, os
governantes árabes estavam ansiosos para dar a Jerusalém um status especial;
o primeiro califa omíada, Muaawiyah uniu sua identidade pessoal com
Jerusalém, denominando-se o califa de Bait al-Maqdis. O califa Abd al-Malik
ergueu, em 691, a magnífica abóbada (Qubbat al-Sakhra) sobre a rocha santa
de onde Maomé ascendeu para falar com Alá e onde Abraão quase sacrificou
Ismael. Também ergueu a Mesquita de al-Aqsa na parte sudeste da área de
al-Haram, al-Sharif, para substituir a construção em madeira da velha
mesquita. Estas duas última mesquitas foram restauradas e embelezadas pelos
governantes árabes subsequentes, mais recentemente pelo rei Fahd, da Arábia
Saudita, e o rei Hussein, da Jordânia.
Arábica, os cananeus, tribos dos árabes semitas, vieram se estabelecer nos
territórios a leste do Mar Mediterrâneo que formam, hoje, a Síria, o Líbano,
a Jordânia e a Palestina. Os Jebusitas, um subgrupo cananeu, fundaram
Jebus - Jerusalém- no lugar onde ele está localizada hoje e edificaram o
primeiro muro ao seu redor, dotado de 30 torres e sete portões.
Aproximadamente 2000 anos mais tarde, os filisteus, vindos de Creta,
chegaram na terra de Canaã. Misturaram-se com as tribos cananéias e viveram
na área sudoeste da moderna Palestina, sobre a costa do Mar Mediterrâneo na
área que agora se estende na Faixa de Gaza até Ashdod e Ashkelon. Os
cananeus deram aos territórios que eles habitaram o nome bíblico de "A Terra
de Canaã", enquanto os filisteus deram-lhe o nome de Filistina ou
'Palestina'.
Os cananeus descobriram que estavam numa localização estratégica e cercada
por poderosos impérios originários do Egito a sudoeste, através do Mar
Mediterrâneo a oeste, e Mesapotâmia e Ásia a nordeste. Mais de um milênio
antes do nascimento de Cristo, egípcios, assírios, babilônicos, persas,
mongóis, gregos e romanos cresceram ao redor da terra dos cananeus e
filisteus e a governaram por variados períodos de tempo. A posição
geográfica da área significava que ela servia tanto como uma ponte entre os
vários impérios regionais, como uma arena para lutas e conflitos entre eles.
Em conseqüência, os cananeus nunca puderam estabelecer um estado forte e
unificado, e suas organizações políticas tomaram a forma de cidades
independentes dotadas de governos ligados por relações federativas. Entre as
cidades costeiras mais proeminentes dos filisteus, cananeus e fenícios que
habitaram a área da atual Palestina estavam Beirute (Bairtuyus), Sidon,
Tiro, Acre, Ashkelon e Gaza. As cidades cananéias do interior incluíam
Jericó, Nablus (Shikim) e Jerusalém (Jebus). A religião dessas primeiras
civilizações da Palestina era centrada na natureza: o céu era o Deus Pai e a
terra era a Mãe Terra. Esses povos semitas de Canaã formaram a base do
tronco do qual descendem os palestinos de hoje.
Em termos de geografia, demografia, sociedade, economia e vida cultural,
Jerusalém tem sido o centro da Palestina e o grande ponto de encontro de
importantes corredores leste-oeste, norte-sul. De fato, desde os tempos das
civilizações mais primitivas da Palestina, Jerusalém tem sido a parte mais
importante e inseparável da Palestina. Assim, quem quer que controle
Jerusalém fica numa posição de dominação sobre a Palestina. Nela localiza-se
a raiz da turbulenta e conflituosa história da cidade de Jerusalém.
Por volta do século XVIII a.C., Abraão veio de Ur, no sul da Mesopotâmia,
para a terra de Canaã. Ele se estabeleceu nas cercanias do Vale do Jordão.
Visto que nem o velho e nem o Novo Testamento não haviam sido revelados
durante sua vida, Abraão não era nem judeu nem cristão, mas um crente na
unicidade de Deus. Ele é descrito no Gênese como tendo adorado "o mais alto
Deus". O Corão menciona que ele era um 'muçulmano', não na acepção moderna
de alguém que segue as leis reveladas no Corão, mas sim no sentido de Ter
entregue "sua submissão à vontade de Deus". Assim, cristãos, muçulmanos e
judeus ainda rogam por ele em todas as suas preces, como acreditam que Deus
lhes exortou a fazerem. Agar, a concubina de Abraão, lhe gerou seu filho
Ismael, de quem os atuais muçulmanos traçam sua descendência; entrementes,
sua mulher Sara gerou-lhe o filho Isaac, do qual os atuais judeus traçam sua
linhagem. Abraão se mudou para um lugar perto de Hebron (al-Khalil), onde
viveu pregando o monoteísmo. Quando morreu, Ismael e Isaac sepultaram-no na
mesma cova onde sua mulher Sara foi sepultada. Seu filho Isaac gerou Jacó
(Israel), que viveu na região de Harran (Aram).
Por volta de 1300 a.C., os doze filhos de Jacó (Israel) partiram para o
Egito. Eles se integraram aos egípcios e José, o mais jovem dos filhos de
Jacó, casou com a filha do sumo sacerdote. Originalmente um pequeno grupo de
pessoas, eles se multiplicara, e ganharam força durante várias centenas de
anos no Egito, tornando-se os israelitas. Foi no Egito que Moisés, 'o
fundador do judaísmo e o mais eminente legislador e também profeta para as
três religiões reveladas, nasceu e estudou filosofia egípcia, tornando-se
letrado em todas as ciências dos egípcios. Moisés, juntamente com seu povo
(B'nei Israel) deixaram o Egito por volta do século XIII a.C.. vagaram
durante 40 anos no Sinai, e durante esse tempo ele recebeu a lei divina
judaica no monte Sinai (Tur).
Após a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança dos israelitas e os
conduziu para o oeste pelo rio Jordão até Canaã. A primeira cidade cananéia
que Josué conquistou foi Jericó, destruindo-a juntamente com seus
habitantes. Depois, ele assumiu o controle de Yashuu'(Bayt Ele), Likhish, e
Hebron, embora os filisteus tenham bloqueado o avanço do povo de Moisés rumo
à costa, na área entre Gaza e Jafa, enquanto os cananeus impediram-nos de
conquistar Jerusalém. Quando chegaram a Canaã, foram influenciados pelos
cananeus e imitaram seus ritos religiosos, especialmente na apresentação de
ofertas sacrificiais ao Deus Baal.
Nos 150 anos seguintes, os israelitas, filisteus e cananeus controlaram,
alternadamente, porções da área da moderna Palestina, com os cananeus
(jabusitas) controlando Jerusalém. Ma nenhum grupo foi capaz de consolidar o
controle sobre toda a área. Houve numerosas lutas entre grupos, sendo que
cada um mantinha sua própria cultura e sua própria independência.
Por volta de 1000 a.C., o rei dos israelitas, Davi, pôde subjugar os
pequenos estados de Edom, Moab e Amon. Durante sete anos ele fez de Hebron
sua capital, mas, depois transferiu o centro do poder para Jerusalém pelos
últimos 35 anos de seu reinado. Depois dele, poder passou para o seu filho
Salomão, que é famosos por ter erguido o lugar de adoração conhecido como o
Templo de Salomão. Para os judeus, esse templo tornou-se o centro da vida
religiosa e o símbolo básico de sua unidade. Tornou-se ainda um ponto de
peregrinação emocional para o povo judeu.
Com a morte de Salomão, seu reino foi dividido em dois: o Reino de Israel,
ao norte, composto por dez tribos, com Samaria (Sabastia) como sua capital,
e o Reino da Judéia, ao sul, composto por duas tribos, com Jerusalém como
sua capital. Lutas crônicas entre os dois estados e batalhas colocando-os
contra os cananeus e os filisteus, caracterizaram esse período da história
do Oriente Próximo.
Por volta de 720 a.C. os assírios, sob orei Sargão, destruíram o reino
israelita ao norte. Em 600 a.C. os babilônios, sob o comando de
Nabucodonozor, conquistaram o reino israelita sudeste, destruindo o templo
de Salomão em aproximadamente 586 a.C.. em ambos os casos, a maioria da
população foi levada para a Assíria e a Babilônia, na Mesopotâmia, como
escrava. Quanto a Jerusalém, tornou-se colônia babilônica. Por volta de 838
a.C., Ciro, rei dos persas, foi capaz de conquistar o império babilônico
(Mesopotâmia), prosseguiu em suas conquistas até que ocupou a Síria e depois
a Palestina, incluindo Jerusalém, permitiu que os escravos de Nabucodonozor
retornassem à Palestina, e o Segundo Templo foi concluído em 515 a.C.
Quando o império grego floresceu (eles ainda governaram Jerusalém durante
sete anos) a Palestina caiu sob o domínio do Egito (322-200 a.C.) e depois
por um certo período sob o governo dos selêucidas da Síria de 200 a 142
a.C.. Nesse ano, o rei Antióquio IV, que tinha danificado o Templo de
Salomão forçou os judeus a renunciarem ao judaísmo e a abraçarem o paganismo
grego. Por volta de 63 a.C., depois que os romanos subjugaram os seldjúcidas
na Síria, o general romano Pompeu assumiu o controle sobre Jerusalém. Com a
ajuda dos romanos, Herodes se tornou rei da Judéia no ano 40 a.C. seu
reinado durou até sua morte no ano 4 A.D. Durante esse tempo, o Templo de
Salomão foi reconstruído em Jerusalém e houve a perseguição, o processo de
crucificação de Jesus Cristo, depois do que, sobreveio a propagação da fé
cristã.
Na era de Tito, cerca de 70 A.D., os romanos infligiram aos judeus uma
derrota devastadora. Tomaram Jerusalém e queimaram o templo judeu de uma vez
por todas. Sob Adriano, várias décadas depois, os remanescentes finais da
população judaica foram subjugados e expulsos da Palestina. Os romanos
ergueram uma nova cidade sobre as ruínas de Jerusalém, a qual eles dominaram
de Aelia Capitolina, com referência ao imperador Aelius Adrianus. Cerca de
395 A.D., Jerusalém tornou-se uma cidade bizantina e cristã. Mas embora a
Palestina e seus habitantes se tornassem uma parte do império bizantino
política e religiosamente, a vida e a cultura dos cananeus locais
permaneceram voltadas para Jerusalém.
Após um breve período de controle pela Pérsia, no começo do século VII A.D.
a Palestina e o resto da Síria saíram do jugo dos romanos e caíram na esfera
do império árabe-islâmico. Jerusalém tornou-se a primeira direção das preces
dos muçulmanos (qibla) - 'o primeiro dos dois qiblas'- e a Palestina 'os
recintos que Deus abençoou'.
Em 638 A.D., o segundo califa, Omar ibn al-Khattab, chegou a Jerusalém. É
importante notar que pelo, aproximadamente, 1300 anos desde a chegada da
civilização árabe-muçulmana à Palestina, até o século em curso, Jerusalém
permaneceu árabe, do ponto de vista da língua, da cultura e da demografia.
Omar acreditava que Alá ordenara respeito à santidade a cidade de Jerusalém
e o respeito por Ahl al-Kitab (O povo do livro). De acordo com o islã, a
liberdade de culto a Ahl al-Kitab em Jerusalém é uma dádiva de Deus e, por
isso, não pode ser subtraída por mãos humanas. Assim, Omar não tomou a
cidade pela força, mas pelo contrário, instituiu a Convenção de Omar, um
acordo que determinava o controle muçulmano sobre a cidade mas reconhecia o
direito inalienável à liberdade de expressão para judeus e cristãos em
Jerusalém. Omar confiou as duas famílias árabes muçulmanas em Jerusalém as
chaves da Igreja do Santo Sepulcro. Ele agiu assim a fim de mandar uma
mensagem aos muçulmanos de que a igreja era um templo sagrado que não
deveria ser danificado, desrespeitado ou violado de nenhum modo, e como uma
resolução para rixas entre várias seitas cristãs sobre quem deveria
controlar a igreja. Das famílias árabes residentes na cidade, algumas se
converteram ao islã imediatamente, enquanto outras mantém até hoje sua fé
cristã. Entre essas famílias árabes cristãs e muçulmanas da velha Jerusalém
estão os Khalidis, os Alamis, os Nuseibehs, os Judahs, os Nassars e os
Haddads.
A lei muçulmana vigorou em Jerusalém e na Palestina desde o século VII A.D.
até o começo do século XX, excetuando o período das Cruzadas. Os cruzados
capturaram a cidade em 1099 A.D., viram-na libertada pelos aiúbidas sob
Saladino em 1187 A.D., e depois recapturaram-na em 1229 A.D. Cerca de 15
anos mais tarde, os muçulmanos outra vez ali restabeleceram seu governo, e a
cidade não saiu mais do seu controle até a ocupação britânica na I Guerra
Mundial, em 1917.
As dinastias islâmicas - ao omíadas, abássidas, os fatimidas os seldjúcidas,
os aiúbidas, os mamelucos, os otomanos e os hashimitas - respeitaram o
"status quo ante" instituído na Convenção de Omar ibn al-Khattab. Todos eles
participaram da reconstrução de Jerusalém, preservando a santidade de sua
herança e desenvolvendo seu legado islâmico e árabe. Essas dinastias se
esforçaram para reconstruir as mesquitas da Abóbada da Rocha e de al-Aqsa,
referenciadas no primeiro verso da Sura 17 do Qur'na. Finalmente, os
governantes árabes estavam ansiosos para dar a Jerusalém um status especial;
o primeiro califa omíada, Muaawiyah uniu sua identidade pessoal com
Jerusalém, denominando-se o califa de Bait al-Maqdis. O califa Abd al-Malik
ergueu, em 691, a magnífica abóbada (Qubbat al-Sakhra) sobre a rocha santa
de onde Maomé ascendeu para falar com Alá e onde Abraão quase sacrificou
Ismael. Também ergueu a Mesquita de al-Aqsa na parte sudeste da área de
al-Haram, al-Sharif, para substituir a construção em madeira da velha
mesquita. Estas duas última mesquitas foram restauradas e embelezadas pelos
governantes árabes subsequentes, mais recentemente pelo rei Fahd, da Arábia
Saudita, e o rei Hussein, da Jordânia.
Fonte(s):
http://terrornapalestina.home.sapo.pt/Hi…
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Ayres Britto. O seu a seu dono!
Transcrevo ( recebida dos amigos João Carvalho e Carlos Hermes) a
ENTREVISTA DO MINISTRO CARLOS AYRES BRITTO, DO STF, DADA À ´FOLHA´.
Folha - Quando foi sua iniciação no campo da meditação?
Carlos Ayres Britto - De uns 20 anos para cá, tanto a meditação quanto o cardápio vegetariano. Eu tinha em torno de 50 anos, um pouco antes, até.
Carlos Ayres Britto - De uns 20 anos para cá, tanto a meditação quanto o cardápio vegetariano. Eu tinha em torno de 50 anos, um pouco antes, até.
Como o sr. se converteu?
Eu recebi influências positivas, de, por exemplo, [Jiddu] Krishnamurti [1895-1986, guru indiano], Osho [Rajneesh, 1931-90, místico indiano], Eva Pierrakos [1915-79, médium austríaca], Eckhart Tolle [pseudônimo de Urich Leonard Tolle, escritor espiritualista nascido em 1948], autor do livro "O Poder do Agora", e a pessoa que mais me influenciou, Heráclito [de Éfeso, c. 540--c. 480 a.C., pré-socrático que elegeu o fogo e a permanente transformação como princípio da ordem universal].
Eu recebi influências positivas, de, por exemplo, [Jiddu] Krishnamurti [1895-1986, guru indiano], Osho [Rajneesh, 1931-90, místico indiano], Eva Pierrakos [1915-79, médium austríaca], Eckhart Tolle [pseudônimo de Urich Leonard Tolle, escritor espiritualista nascido em 1948], autor do livro "O Poder do Agora", e a pessoa que mais me influenciou, Heráclito [de Éfeso, c. 540--c. 480 a.C., pré-socrático que elegeu o fogo e a permanente transformação como princípio da ordem universal].
Depois, de uns 12 anos para cá, comecei a me interessar por física
quântica, e ela me pareceu uma confirmação de tudo o que os
espiritualistas afirmam. A física quântica, sobretudo os escritos de
Dannah Zohar [especializada em aconselhamento espiritual e
profissional]. Venho lendo os livros dessa mulher, uma americana que
escreveu uma trilogia maravilhosa: "O Ser Quântico", "A Sociedade
Quântica" e "QS -- Inteligência Espiritual". Também passei a me
interessar muito por neurociência.
O sr. tinha religião?
Católica, só que, de 20 anos para cá, me tornei um espiritualista.
Católica, só que, de 20 anos para cá, me tornei um espiritualista.
Houve um momento de transformação?
Foi meio gradativo. Fui abolindo carne, depois abolindo frango, depois aboli peixe.
Foi meio gradativo. Fui abolindo carne, depois abolindo frango, depois aboli peixe.
Há países que reconhecem em suas leis os direitos dos animais de forma mais abrangente. Podemos chegar a isso?
É possível que haja uma consciência maior. Pelo menos nas técnicas de abate, mais humanizadas, isso já se observa hoje em dia. Por exemplo, vocês sabem que os frangos são criados sobre um tratamento hormonal intenso e sem possibilidade de dormir? Uma luz acesa em cima dele para ele ficar acordado, o frango de granja? Isso é de uma violência...
É possível que haja uma consciência maior. Pelo menos nas técnicas de abate, mais humanizadas, isso já se observa hoje em dia. Por exemplo, vocês sabem que os frangos são criados sobre um tratamento hormonal intenso e sem possibilidade de dormir? Uma luz acesa em cima dele para ele ficar acordado, o frango de granja? Isso é de uma violência...
O sr. condena a forma como o gado é abatido?
Condeno. Tudo. Vou dizer uma coisa, é uma observação minha, não falei em lugar nenhum. Sou contemplativo. Não confundir atenção com contemplação. Atenção é um foco, uma centralização do sentido tão intensa, que o mais das vezes resvala para a tensão. A tensão está muito próxima da atenção. Eu sou um contemplativo, porque na contemplação você concilia atenção e descontração. Isso é fato. Quando você é contemplativo, você contempla essa água, o copo antes de beber. O toque da sua mão no cristal. Eu estou acordado, como quem está atento. Mas estou descontraído, como quem está dormindo.
Condeno. Tudo. Vou dizer uma coisa, é uma observação minha, não falei em lugar nenhum. Sou contemplativo. Não confundir atenção com contemplação. Atenção é um foco, uma centralização do sentido tão intensa, que o mais das vezes resvala para a tensão. A tensão está muito próxima da atenção. Eu sou um contemplativo, porque na contemplação você concilia atenção e descontração. Isso é fato. Quando você é contemplativo, você contempla essa água, o copo antes de beber. O toque da sua mão no cristal. Eu estou acordado, como quem está atento. Mas estou descontraído, como quem está dormindo.
Então, contemplação é isso, é a conciliação entre a atenção e a
distração. É impressionante. É um descarrego, um êxtase. Como vivo em
estado contemplativo, eu observo coisas interessantíssimas. Uma dessas
coisas é que nenhum pássaro carnívoro canta. Nunca vi ninguém dizer
isso.
Os pássaros carnívoros, corujas, águias, falcões, ou crocitam ou
piam, ou grasnam, nenhum canta, como se a natureza dissesse: só tem
direito de cantar se for herbívoro. E todos os animais herbívoros, mesmo
os mastodontes, elefantes, por exemplo, nenhum agride. Eles não são
ativos nem pró-ativos na agressão, são reativos. No olhar de um
herbívoro não tem chispa, não tem estresse. Todos os carnívoros são
estressados no olhar, todos.
Assim se dá com o ser humano?
Assim se dá com o ser humano.
Assim se dá com o ser humano.
Por que houve tamanha tensão entre o relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski?
[Se responder] eu vou dar uma de psicólogo, prefiro ficar na objetividade. Eu quero deixar claro: fui presidente, mantive a taxa de cordialidade.
[Se responder] eu vou dar uma de psicólogo, prefiro ficar na objetividade. Eu quero deixar claro: fui presidente, mantive a taxa de cordialidade.
O ego prevaleceu no julgamento?
Não subscrevo suas palavras, de que foi o ego que deu as cartas.
Não subscrevo suas palavras, de que foi o ego que deu as cartas.
Não digo que pautou, mas que se manifestou em vários momentos.
Os ministros do Supremo são seres humanos, suscetíveis a influências, a percalços existenciais. Ora sabemos administrar esses percalços com o consciente emocional no ponto, ora ele baixa um pouco de patamar.
Os ministros do Supremo são seres humanos, suscetíveis a influências, a percalços existenciais. Ora sabemos administrar esses percalços com o consciente emocional no ponto, ora ele baixa um pouco de patamar.
Mas não houve impasse, não houve pane. Tudo foi administrável. E
não precisei, em nenhum momento, suspender a sessão para ver os ânimos
refluírem. Quanto à questão de ego, ele prejudica a atuação não só de
ministros do Supremo, mas de todo ser humano.
Quando Sartre disse que o inferno é o outro, ele quis dizer que o
outro, com sua diversidade, a sua mundividência, seu peculiar modo de
conceber e praticar a vida, afeta o nosso ego. Então, podemos traduzir
as palavras dele como "o inferno é outro" ou como "o inferno é o ego".
Tenho dito para mim mesmo que, sem o eclipse do ego, ninguém se ilumina.
Como o sr. definiria a atuação do Ministério Público e a do relator Joaquim Barbosa no julgamento?
Acho que a história vai registrar que [Roberto] Gurgel e Joaquim Barbosa foram médicos-legistas na autópsia dos fatos delituosos. Eles tiveram merecimento extraordinário para reconstituir com fidedignidade os fatos em sua materialidade. E o "link" entre esses fatos e respectivos autores e partícipes.
Acho que a história vai registrar que [Roberto] Gurgel e Joaquim Barbosa foram médicos-legistas na autópsia dos fatos delituosos. Eles tiveram merecimento extraordinário para reconstituir com fidedignidade os fatos em sua materialidade. E o "link" entre esses fatos e respectivos autores e partícipes.
Eu só vejo por esse prisma técnico. Joaquim Barbosa, transido de
dor [nas costas], um homem "baleado", em linguagem coloquial, a tantos
meses, conseguiu levar a termo um processo com quase 600 mil páginas,
600 testemunhas, 40 réus no ponto de partida, sete crimes teoricamente
graves e imbricados no mais das vezes.
O sr. chegou a pensar em suspender as sessões?
Pensei, houve um momento em que pensei.
Pensei, houve um momento em que pensei.
Chegamos a ter ofensas pessoais.
Mas no limite palatável.
Mas no limite palatável.
Mas nunca houve um julgamento com clima tão tenso, às vezes com atritos tão fortes.
É que esse julgamento é peculiaríssimo. Quando dizem que o Supremo está tomando decisões novas, eu digo que os fatos é que são novos, o imbricamento é que novo, o gigantismo da causa é que é novo, é inédito. O Supremo Tribunal Federal está produzindo decisões afeiçoadas ao ineditismo da causa.
É que esse julgamento é peculiaríssimo. Quando dizem que o Supremo está tomando decisões novas, eu digo que os fatos é que são novos, o imbricamento é que novo, o gigantismo da causa é que é novo, é inédito. O Supremo Tribunal Federal está produzindo decisões afeiçoadas ao ineditismo da causa.
Advogados reclamam da introdução
de novos conceitos como a teoria do domínio do fato [segundo a qual
autor de um crime não é só quem o executa, mas também quem detém o poder
de decidir e planejar a sua realização].
Assim como o dançarino, que se disponibiliza de corpo e alma para a dança --chega o momento em que se funde com ela, e você já não sabe quem é o dançarino e quem é a dança, é uma coisa só--, o intérprete do dispositivo jurídico pode, também, numa relação de profunda identidade e empatia, se fundir com esse dispositivo. Aí você compõe uma unidade. Você é um com o dispositivo, e o dispositivo é um com você.
Assim como o dançarino, que se disponibiliza de corpo e alma para a dança --chega o momento em que se funde com ela, e você já não sabe quem é o dançarino e quem é a dança, é uma coisa só--, o intérprete do dispositivo jurídico pode, também, numa relação de profunda identidade e empatia, se fundir com esse dispositivo. Aí você compõe uma unidade. Você é um com o dispositivo, e o dispositivo é um com você.
E isso não é invencionice, decola de um juízo de Einstein, que em
1905, físico quântico que era, cunhou uma expressão célebre: "efeito do
observador". Ele percebeu que o observador desencadeava reações no
objeto observado.
Ele disse que o sujeito cognoscente, em alguma medida, faz o objeto
cognoscível, a depender do grau da intensidade interacional entre eles.
Claro que quando você joga teoria quântica para a teoria jurídica, se
expõe a uma crítica mordaz. O sujeito diz: "Mas isso não é ciência
jurídica".
O julgamento também é inédito pelo desfecho, com políticos condenados à prisão em regime fechado?
Sabe por que está sendo inédito? Porque vocês esquecem, a sociedade esquece, [mas] nós, ministros, não esquecemos. Isso vem num crescendo, só que agora é no campo penal. No campo científico, liberamos o uso das células tronco embrionárias. No dos costumes, decidimos em prol da homoafetividade, da interrupção da gravidez de feto anencéfalo, no ético cortamos na própria carne proibindo o nepotismo no Judiciário.
Sabe por que está sendo inédito? Porque vocês esquecem, a sociedade esquece, [mas] nós, ministros, não esquecemos. Isso vem num crescendo, só que agora é no campo penal. No campo científico, liberamos o uso das células tronco embrionárias. No dos costumes, decidimos em prol da homoafetividade, da interrupção da gravidez de feto anencéfalo, no ético cortamos na própria carne proibindo o nepotismo no Judiciário.
No campo político, afirmamos a Lei da Ficha Limpa. Isso é um
crescendo, o Supremo vem tomando decisões que infletem sobre a cultura
do povo brasileiro. E agora chegou o campo penal.
O Brasil muda?
Não se pode dizer que muda, sinaliza mudanças. Há um vislumbre de mudanças. Ninguém pode garantir nada. Agora, há uma sinalização. Mas a decisão não tem nada a ver com reverência à opinião pública, com submissão à opinião pública, com uma postura de cortejamento à opinião pública.
Não se pode dizer que muda, sinaliza mudanças. Há um vislumbre de mudanças. Ninguém pode garantir nada. Agora, há uma sinalização. Mas a decisão não tem nada a ver com reverência à opinião pública, com submissão à opinião pública, com uma postura de cortejamento à opinião pública.
Os políticos terão mais cuidado, com o risco de irem para a prisão?
Se respondesse sim, estaria fazendo um corte abrupto, radical, de que essa decisão é, sim, um divisor de águas. Não quero ser categórico. Eu digo que essa decisão do Supremo vem num crescendo, que agora alcança o plano criminal. Sinaliza uma nova época, de mais qualidade na vida política.
Se respondesse sim, estaria fazendo um corte abrupto, radical, de que essa decisão é, sim, um divisor de águas. Não quero ser categórico. Eu digo que essa decisão do Supremo vem num crescendo, que agora alcança o plano criminal. Sinaliza uma nova época, de mais qualidade na vida política.
Eu não posso dizer que a impunidade está com os dias contados, eu
estaria dourando a pílula, sendo ufanista, não posso dizer isso. Agora,
eu diria que a impunidade sofreu um duro revés, um tranco, por efeito
dessa decisão.
Este é o julgamento de um partido?
Na minha opinião, não tem nada a ver com julgamento de um partido. Não é o julgamento do PT, são réus, que alguns ocuparam cargos de direção no PT.
Na minha opinião, não tem nada a ver com julgamento de um partido. Não é o julgamento do PT, são réus, que alguns ocuparam cargos de direção no PT.
O sr. foi um dos fundadores do PT?
Sabe que não fui? Fazia conferências em aulas e congressos, em seminários, e advogava para coletividades. Só entrei mesmo no PT acho que em 1988, não fui fundador. Passei lá quase 18 anos.
Sabe que não fui? Fazia conferências em aulas e congressos, em seminários, e advogava para coletividades. Só entrei mesmo no PT acho que em 1988, não fui fundador. Passei lá quase 18 anos.
O sr. costuma dizer que é página
virada, mas, olhando no que o PT se transformou ao chegar ao poder,
isso de certa forma o entristece?
É interessante. A resposta não seria "me entristece". Vou dizer por quê. Eu vejo a vida por um prisma muito do dinamismo, heracliticamente, meu filósofo preferido.
É interessante. A resposta não seria "me entristece". Vou dizer por quê. Eu vejo a vida por um prisma muito do dinamismo, heracliticamente, meu filósofo preferido.
Veja o que aconteceu: qual dos dois partidos que encarnaram a
resistência ao regime de exceção [1964-85]? São, hoje, o PSDB e o PT.
Esses dois, que encarnaram a resistência, foram premiados, chegaram ao
poder. O primeiro, por intermédio de Fernando Henrique. O que aconteceu
com esse partido, que teve origem no MDB, no PMDB? Foi perdendo um
pouquinho do elã, do entusiasmo na sua militância de esquerda.
Aí, a sociedade disse: está na hora do outro. Qual foi o outro que
encarnou a resistência? O PT. Então, vejo por um prisma do exaurimento
de fases. A fase ideológica do PSDB se exauriu, a do PT também se
exauriu. Não de todo, não podemos ser injustos, porque o PT continua com
quadros muito bons. Um desses quadros chegou a escrever um artigo a
favor do Supremo, o Tarso Genro [governador do RS]. Vejo isso como parte
de um processo histórico previsível.
Os dois partidos se contaminaram?
Não vejo por esse prisma negativista. Eles perderam o que os gregos chamam de "Deus dentro da gente", entusiasmo. Aquele ímpeto depurador das instituições, aquela ânsia de voltar à democracia. Com o retorno à democracia, você chega à conclusão: foi mais fácil alcançar o objetivo do que preservá-lo. Às vezes você conquista uma mulher dos seus sonhos e não sabe manter o amor dela. Isso é um processo histórico.
Não vejo por esse prisma negativista. Eles perderam o que os gregos chamam de "Deus dentro da gente", entusiasmo. Aquele ímpeto depurador das instituições, aquela ânsia de voltar à democracia. Com o retorno à democracia, você chega à conclusão: foi mais fácil alcançar o objetivo do que preservá-lo. Às vezes você conquista uma mulher dos seus sonhos e não sabe manter o amor dela. Isso é um processo histórico.
Alguns ministros me disseram,
reservadamente, terem recebido reclamações, cobranças, de que, indicados
pelo ex-presidente Lula, acabaram traindo-o. O sr. acha que traiu Lula,
que o indicou?
Em nenhum momento me senti assim. Ninguém nunca me cobrou, menos ainda o presidente Lula, ele nunca se acercou de mim, se aproximou de mim para cobrar, fazer queixa. Até porque, vamos convir, cargo de ministro não é cargo de confiança. Não é.
Em nenhum momento me senti assim. Ninguém nunca me cobrou, menos ainda o presidente Lula, ele nunca se acercou de mim, se aproximou de mim para cobrar, fazer queixa. Até porque, vamos convir, cargo de ministro não é cargo de confiança. Não é.
Você não pode ser grato a quem nomeia com a toga. O modo de você,
pelo contrário, de honrar a indicação é sendo independente, é
transformar os pré-requisitos de investidura no cargo em requisitos de
desempenho no cargo. Fui nomeado a partir de dois pré-requisitos,
reputação ilibada e notável saber jurídico. Eu transformei isso, como me
cabia, em requisitos de desempenho. Então, eu honrei minha nomeação.
Dos dez ministros no julgamento,
sete foram nomeados por Lula ou por Dilma. Essa independência conta a
favor deles? Os presidentes petistas erraram nas nomeações?
Isso honra os nomeantes. A nossa postura técnica, independente, isenta, desassombrada, é uma postura que honra os nomeantes. Não só os nomeados.
Isso honra os nomeantes. A nossa postura técnica, independente, isenta, desassombrada, é uma postura que honra os nomeantes. Não só os nomeados.
Apesar de membros do PT afirmarem que o julgamento foi político?
Sim, a despeito disso. Isso faz parte da liberdade de expressão. Esse tipo de queixa eu recebo como pura liberdade de expressão, aceito sem maiores queixas.
Sim, a despeito disso. Isso faz parte da liberdade de expressão. Esse tipo de queixa eu recebo como pura liberdade de expressão, aceito sem maiores queixas.
Como foram os três meses de julgamento? Sua rotina mudou?
Não mudou em nada. Continuei meditando todos os dias, tocando violão quase todos os dias. Eu apenas diminuí muito, o que foi ruim para mim, minhas saídas de casa para me deleitar com espetáculos públicos, teatro, música.
Não mudou em nada. Continuei meditando todos os dias, tocando violão quase todos os dias. Eu apenas diminuí muito, o que foi ruim para mim, minhas saídas de casa para me deleitar com espetáculos públicos, teatro, música.
O vegetarianismo é um passo para a iluminação?
Não chegaria a isso, não. Agora, tudo tem uma lógica elementar. É claro que não vou explicar tudo pela lógica, porque o mundo do mistério existe e o mistério está fora da lógica convencional. Quando você olha para você e diz: "Não há ninguém dentro de mim, o meu corpo não está abrigando ninguém", quando você diz "eu sou um vazio", você enxota o ego.
Não chegaria a isso, não. Agora, tudo tem uma lógica elementar. É claro que não vou explicar tudo pela lógica, porque o mundo do mistério existe e o mistério está fora da lógica convencional. Quando você olha para você e diz: "Não há ninguém dentro de mim, o meu corpo não está abrigando ninguém", quando você diz "eu sou um vazio", você enxota o ego.
Mas não há vácuo na natureza. O que acontece? O vácuo vai ser
preenchido pelo universo, pelo Cosmos, pela existência, outros preferem
dizer por Deus. Expulse de si o ego que o espaço deixado por ele vai ser
instantaneamente ocupado pela existência. Aí você dialoga com a
existência, isso é elementar. Aí você tem um vislumbre do eterno, do
definitivo, mais clarividente, você abre os poros da lógica, do seu
cartesianismo, você vê o direito por um prisma novo.
Agora, você paga um preço por isso. Qual é? Quando vê as coisas por
um prisma totalmente novo, a sociedade não tem parâmetro para avaliar
seu prisma diante do inédito para ela. Você é um antecipado, viu antes
dela. O que ela faz, lhe desanca, lhe derruba, se não ela vai se sentir
menor, inferiorizada, aturdida. O que ela faz, ela lhe desanca, você
está errado, ou então você não é um cientista, você é um mistificador.
A sociedade não tem parâmetro para analisar os antecipados no
tempo. Veja a lógica das coisas, o tempo só pode se guiar por quem anda
adiante dele. São os espiritualistas, os artistas, porque eles não têm
preconceitos, pré-interpretações, pré-compreensões.
Como definiria os sete meses no comando do Supremo?
Uma honra muito grande, pela oportunidade de, a partir do Supremo, servir à sociedade brasileira. Só faz sentido exaltar a figura da presidência nessa perspectiva, do serviço da coletividade. Fora disso, não é viagem de alma, é viagem de ego.
Uma honra muito grande, pela oportunidade de, a partir do Supremo, servir à sociedade brasileira. Só faz sentido exaltar a figura da presidência nessa perspectiva, do serviço da coletividade. Fora disso, não é viagem de alma, é viagem de ego.
E como resumiria os nove anos que passou no Supremo?
Diria o seguinte: Em tudo o que faço, já não faço questão de ser reconhecido. O que faço questão é de me reconhecer. Fui eu mesmo nessas questões. Não perdi minha essência, minha mundividência.
Diria o seguinte: Em tudo o que faço, já não faço questão de ser reconhecido. O que faço questão é de me reconhecer. Fui eu mesmo nessas questões. Não perdi minha essência, minha mundividência.
Eu gravitei em torno dos valores que dão sentido, dão grandeza, dão
propósito à existência individual e coletiva. Eu não perdi a viagem. A
frase é essa.
O mensalão é o mais grave escândalo
de corrupção do país, como disse o Procurador-Geral da República,
Roberto Gurgel, analisando numa perspectiva histórica?
Nunca fiz essa comparação, se esse é o mais grave ou não. Sabe por
quê? Na medida que você diz, esse é o mais grave, você já resvalou para o
campo da subjetividade, e eu me defendo da minha própria subjetividade,
faço o possível para mim, porque as leis têm esse papel, livrar o juiz
de si mesmo.
O sr. disse que PSDB e PT
perderam o entusiasmo. Perder o entusiasmo significaria, neste caso,
montar um esquema como o do mensalão?
Não estou dizendo isso. Eu digo que os crimes eram graves, todos,
mas a corrupção passiva, em mim, despertava uma reflexão até mais
aprofundada no sentido de endurecimento das penas, pelo menos para
início de discussão.
Por quê? Porque, se não bastasse nossa tradição ruim de eleitores
de cabrestos, agora temos uma era de eleitos de cabrestos. Porque o
eleito propinado se torna de cabresto.
E, nos meus votos, deixei claro, tentei mostrar que não era o
Supremo que estava mudando de opinião, é que o caso é diferente, o caso é
singularíssimo, a exigir do Supremo ineditismo conceitual, mas na exata
medida da singularidade dos fatos. Fatos novos singulares pedem
visualizações jurídicas novas também.
O resultado do julgamento significa um revés também para a política?
A despeito do que disse, a utopia não pode se dissociar da política jamais. Porque, se não, você está dando um ducha fria na atividade política, e não se pode fazer isso. A atividade política é a mais importante atividade social.
A despeito do que disse, a utopia não pode se dissociar da política jamais. Porque, se não, você está dando um ducha fria na atividade política, e não se pode fazer isso. A atividade política é a mais importante atividade social.
Alan Marques/Folhapress |
Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, conversa com relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa |
Nesses nove anos de STF, o sr. já ficou emocionado com alguma causa a ponto de chorar?
Muitas, muitas. Quando presidi aquela primeira audiência pública da história do Supremo, do Judiciário, sobre células-tronco embrionárias, subiu Mayana Zatz, aquela geneticista brilhante, autoridade mundial, e deu um depoimento sobre uma criança paraplégica, ou tetraplégica.
Muitas, muitas. Quando presidi aquela primeira audiência pública da história do Supremo, do Judiciário, sobre células-tronco embrionárias, subiu Mayana Zatz, aquela geneticista brilhante, autoridade mundial, e deu um depoimento sobre uma criança paraplégica, ou tetraplégica.
Ela disse que tratava essa criança de uns 7 ou 8 anos em vão. Usava
todos os recursos da medicina convencional em vão. Um dia a menina
mandou chamá-la e ela foi ao hospital. Eu desabei. Eu já desabei várias
vezes, mas essa foi a mais forte.
A menina disse: "Doutora, eu mandei lhe chamar pelo seguinte. Por
que a senhora não abre um buraco nas minhas costas e põe dentro desse
buraco uma pilha, uma bateria, para que eu possa andar como minhas
bonecas?".
Quando essa mulher disse isso, respondi para mim mesmo: Essa menina
de sete anos acaba de fazer meu voto. Como é que eu posso ser contra?
Como? Esse foi um dos momentos mais fortes.
O sr. acha que o Supremo deveria liberar o aborto para outros casos, além do de feto anencéfalo?
É como a droga. Eu tenho abertura para a tese da descriminalização das drogas, mas não tenho opinião formada. Tenho simpatia, tendência, mas não tenho ponto de vista formado.
É como a droga. Eu tenho abertura para a tese da descriminalização das drogas, mas não tenho opinião formada. Tenho simpatia, tendência, mas não tenho ponto de vista formado.
A mesma coisa do aborto, mas não tenho ponto de vista formado. Para
mim, o grande problema é o traficante, é o tráfico. Isso é a causa de
uma criminalidade mais do que sistemática, contínua ou metódica, é
sistêmica. Disseminada e capilarizada.
O sr. avalia que o Estado está perdendo essa guerra contra o tráfico?
Não, não está perdendo. Eu ainda acredito no poder preventivo e repressivo do Estado nessa matéria. E o melhor é a discussão. Da discussão nasce a luz.
Não, não está perdendo. Eu ainda acredito no poder preventivo e repressivo do Estado nessa matéria. E o melhor é a discussão. Da discussão nasce a luz.
Olha aí, mais um exemplo, quando dissemos que é legítima a
passeata, o ato público, a reunião em praça pública para discutir a
descriminalização da maconha. Aliás, o uso puro e simples já está
descriminalizado.
Não ainda. A pena é mais leve. Só que gera distorção.
Isso! O rico, quando é pego com maconha, é reputado como usuário. E o pobre, quando é preso com maconha, é tido como traficante, como pequeno traficante.
Isso! O rico, quando é pego com maconha, é reputado como usuário. E o pobre, quando é preso com maconha, é tido como traficante, como pequeno traficante.
Por que isso, ministro?
Pois é. Nossa cultura elitista. Então veja como o Supremo avançou a dizer que todo tema pode ser manifestado. Nenhuma lei, nem mesmo a Constituição, pode blindar a si mesma de qualquer discussão.
Pois é. Nossa cultura elitista. Então veja como o Supremo avançou a dizer que todo tema pode ser manifestado. Nenhuma lei, nem mesmo a Constituição, pode blindar a si mesma de qualquer discussão.
O que vai ser a vida do presidente do Supremo pós-Supremo?
Olha, vai ser entusiasmada como tem sido aqui. Entusiasmo é Deus dentro da gente. Os gregos dizem isso. Eu ponho alegria e amor no que faço.
Olha, vai ser entusiasmada como tem sido aqui. Entusiasmo é Deus dentro da gente. Os gregos dizem isso. Eu ponho alegria e amor no que faço.
Algum desejo de entrar na carreira política, disputar eleição?
Não. Nenhuma. Aprendi na vida o seguinte: chega uma época em que você, em tudo o que você faz, já não precisa ser reconhecido, precisa se reconhecer. É o caso. Eu me reconheço no que faço.
Não. Nenhuma. Aprendi na vida o seguinte: chega uma época em que você, em tudo o que você faz, já não precisa ser reconhecido, precisa se reconhecer. É o caso. Eu me reconheço no que faço.
Aí você diz, mas por que você se reconhece? Aí eu digo: porque, sem
nenhum esforço, não me vejo criando abismo, vácuo, distância entre o
que eu prego e o que eu faço. Não me vejo, de jeito nenhum.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
FEUDO BRASIL. Impostos e posse de terra. 1000 anos de exploração.
IBPT - INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIOPERCENTUAL DE TRIBUTOS SOBRE O PREÇO FINAL!!!
PRODUTO % Tributos/preço final
Passagens aéreas
|
8,65%
|
Transporte Aéreo de Cargas
|
8,65%
|
Transporte Rod. Interestadual Passageiros
|
16,65%
|
Transporte Rod. Interestadual Cargas
|
21,65%
|
Transp. Urbano Passag. - Metropolitano
|
22,98%
|
Vassoura
|
26,25%
|
CONTA DE ÁGUA
|
29,83%
|
Mesa de Madeira
|
30,57%
|
Cadeira de Madeira
|
30,57%
|
Armário de Madeira
|
30,57%
|
Cama de Madeira
|
30,57%
|
Sofá de Madeira/plástico
|
34,50%
|
Bicicleta
|
34,50%
|
Tapete
|
34,50%
|
MEDICAMENTOS
|
36%
|
Motocicleta de até 125 cc
|
44,40%
|
CONTA DE LUZ
|
45,81%
|
CONTA DE TELEFONE
|
47,87%
|
Motocicleta acima de 125 cc
|
49,78%
|
Gasolina
|
57,03%
|
Cigarro
|
81,68%
|
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS |
|
Carne bovina
|
18,63%
|
Frango
|
17,91%
|
Peixe
|
18,02%
|
Sal
|
29,48%
|
Trigo
|
34,47%
|
Arroz
|
18,00%
|
Óleo de soja
|
37,18%
|
Farinha
|
34,47%
|
Feijão
|
18,00%
|
Açúcar
|
40,40%
|
Leite
|
33,63%
|
Café
|
36,52%
|
Macarrão
|
35,20%
|
Margarina
|
37,18%
|
Margarina
|
37,18%
|
Molho de tomate
|
36,66%
|
Ervilha
|
35,86%
|
Milho Verde
|
37,37%
|
Biscoito
|
38,50%
|
Chocolate
|
32,00%
|
Achocolatado
|
37,84%
|
Ovos
|
21,79%
|
Frutas
|
22,98%
|
Álcool
|
43,28%
|
Detergente
|
40,50%
|
Saponáceo
|
40,50%
|
Sabão em barra
|
40,50%
|
Sabão em pó
|
42,27%
|
Desinfetante
|
37,84%
|
Água sanitária
|
37,84%
|
Esponja de aço
|
44,35
|
PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE |
|
Sabonete
|
42%
|
Xampu
|
52,35%
|
Condicionador
|
47,01%
|
Desodorante
|
47,25%
|
Aparelho de barbear
|
41,98%
|
Papel Higiênico
|
40,50%
|
Pasta de Dente
|
42,00%
|
MATERIAL ESCOLAR |
|
Caneta
|
48,69%
|
Lápis
|
36,19%
|
Borracha
|
44,39%
|
Estojo
|
41,53%
|
Pastas plásticas
|
41,17%
|
Agenda
|
44,39%
|
Papel sulfite
|
38,97%
|
Livros
|
13,18%
|
Papel
|
38,97%
|
Agenda
|
44,39%
|
Mochilas
|
40,82%
|
Régua
|
45,85%
|
Pincel
|
36,90%
|
Tinta plástica
|
37,42%
|
BEBIDAS |
|
Refresco em pó
|
38,32%
|
Suco
|
37,84%
|
Água
|
45,11%
|
Cerveja
|
56,00%
|
Cachaça
|
83,07%
|
Refrigerante
|
47,00%
|
CD
|
47,25%
|
DVD
|
51,59%
|
Brinquedos
|
41,98%
|
LOUÇAS |
|
Pratos
|
44,76%
|
Copos
|
45,60%
|
Garrafa térmica
|
43,16%
|
Talheres
|
42,70%
|
Panelas
|
44,47%
|
PRODUTOS DE CAMA, MESA E BANHO |
|
Toalhas - (mesa e banho)
|
36,33%
|
Lençol
|
37,51%
|
Travesseiro
|
36,00%
|
Cobertor
|
37,42%
|
Automóvel
|
43,63%
|
ELETRODOMÉSTICOS |
|
Sapatos
|
37,37%
|
Roupas
|
37,84%
|
Aparelho de som
|
38,00%
|
Computador
|
38,00%
|
Fogão
|
39,50%
|
Telefone Celular
|
41,00%
|
Ventilador
|
43,16%
|
Liquidificador
|
43,64%
|
Batedeira
|
43,64%
|
Ferro de Passar
|
44,35%
|
Refrigerador
|
47,06%
|
Vídeo-cassete
|
52,06%
|
Microondas
|
56,99%
|
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO |
|
Fertilizantes
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27,07%
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Tijolo
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34,23%
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Telha
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34,47%
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Móveis (estantes, cama, armários)
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37,56%
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Vaso sanitário
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44,11%
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Tinta
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45,77%
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Casa popular
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49,02%
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Mensalidade Escolar
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37,68% (ISS DE 5%)
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