quinta-feira, 29 de novembro de 2012

OS DEZ MANDAMENTOS DO POPULISMO


O populismo na América Latina adotou um amálgama desconcertante de posições ideológicas. Esquerdas e direitas poderiam reivindicar a paternidade do populismo, todas ao conjuro da palavra mágica 'povo'.
Populista quintessencial foi o general Juan Domingo Perón, que havia atestado diretamente a ascensão do fascismo italiano e admirava Mussolini a ponto de querer 'erigir-lhe um monumento em cada esquina'. Po pulista pós-moderno é Hugo Chávez, que venera Fidel Castro a ponto de tentar converter a Venezuela numa colônia experimental do 'novo socialismo'.

Os extremos se tocam, são cara e coroa de um mesmo fenômeno político cuja caracterização não se deve tentar, contudo, pela via de seu conteúdo ideológico, mas sim de seu funcionamento. Proponho dez traços. 

1- O populismo exalta o líder carismático. Não há populismo sem a figura do homem providencial que resolverá os problemas do povo. 'A entrega ao carisma do profeta, do caudilho na guerra ou do grande demagogo - recorda Max Weber - não ocorre porque a mande o costume ou a norma legal, mas porque os homens crêem nele.' 

2- O populista não só usa e abusa da palavra: ele se apropria dela. A palavra é o veículo específico de seu carisma. O populista se sente o intérprete supremo da verdade geral e também a agência de notícias do povo. Fala com o povo de modo constante, incita suas paixões, 'ilumina o caminho', e faz isso sem restrições nem intermediários. Weber assinala que o caudilhismo político surge primeiro nas cidades-Estado do Mediterrâneo na figura do 'demagogo'. Aristóteles sustenta que a demagogia é a causa principal das 'revoluções nas democracias', e percebe uma convergência entre o poder militar e o poder da retórica que parece uma prefiguração de Perón e Chávez: 'Nos tempos antigos, quando o demagogo era também general, a democracia se transformava em tirania.' Mais tarde desenvolveu-se a habilidade re tórica e chegou a hora dos demagogos puros: 'Agora os que dirigem o povo são os que sabem falar.' Há 25 séculos essa distor ção da verdade pública se desenvolvia na Ágora real; no século 20 ela o fez na Ágora virtual das ondas sonoras e visuais: de Mus solini (e Goebbels), Perón aprendeu a importância política do rádio para hipnotizar as massas.
E Chávez superou o mentor Fidel ao usar até o paroxismo a oratória televisiva. 

3- O populismo fabrica a verdade. Os populistas levam às últimas conseqüências o provér bio latino: 'Vox populi, vox Dei.' Mas como Deus não se manifesta todos os dias e o povo não tem uma única voz, o governo 'popular' interpreta a voz do povo, eleva essa versão à condição de verdade oficial, e sonha com decretar a verdade única. Os populistas abominam a liberdade de expressão. Confundem a crítica com inimizade militante, por isso buscam desprestigiá-la, controlá-la, silenciá-la. Na Argentina peronista, os jornais oficiais - incluindo um órgão nazista - contavam com generosos privilégios, mas a imprensa livre esteve a um passo de desaparecer. A situa ção venezuelana, com a 'lei da mordaça' pendendo como uma espada sobre a liberdade de expressão, aponta no mesmo sentido; terminará por esmagá-la.

4- O populista usa de modo discricionário os recursos públicos. Não tem paciência com as sutilezas da economia e das finanças. O erário é seu patrimônio privado, que ele pode usar para enriquecer-se ou para embarcar em projetos que conside re importantes ou gloriosos sem levar em conta os custos. O populista tem uma concepção mágica da economia: para ele, todo gasto é investimento. A ig norância ou incompreensão dos governos populistas em matéria econômica se traduziu em desastres descomunais dos quais os países levam décadas para se recuperar.

5- O populista divide diretamente a riqueza. O que não é criticável em si (sobretudo em países pobres, onde há argumentos extremamente sérios para dividir, de fato, uma parte da receita, à margem das dispendiosas burocracias estatais e prevenindo efeitos inflacionários), mas o populista não divide de graça: focaliza sua ajuda e a cobra em obediência. 'Vocês têm o dever de pedir!', exclamava Evita a seus beneficiários.
Criou-se assim uma idéia fictícia da realidade econômica e entronizou-se uma mentalidade assistencialista. No fim, quem pagava a conta? Não a própria Evita (que cobrou seus serviços com juros e resguardou na Suí ça suas contas multimilionárias), mas sim as reservas acumuladas em décadas, os próprios operários com suas doações 'voluntárias' e, sobretudo, a posteridade endividada, devorada pela inflação. Quanto à Venezuela, até as estatísticas oficiais admitem que a pobreza aumentou, mas a improdutividade do assistencialismo só será sentida no futuro, quando os preços dispararem e o regime levar às últimas conseqüências seu propósito ditatorial. 

6- O populista alimenta o ódio de classes. 'As revoluções nas democracias são causadas sobretudo pela intemperança dos demagogos', explica Aristóteles. O conteúdo dessa intemperança foi o ódio contra os ricos: 'Algumas vezes por sua política de denúncias... e outras atacando-os como classe, (os demagogos) incitam contra eles o povo.' Os populistas latino-americanos correspondem à definição clássica, com uma nuance: fustigam 'os ricos', mas atraem os 'empresários patrióticos' que apóiam o seu regime.



Um efeito inevitável da demagogia é a subversão da democracia



O populista não busca, necessariamente, abolir o mercado: sujeita seus agentes e os manipula a seu favor. 

7- O populista mobiliza permanentemente os grupos sociais. O populismo apela, organiza, inflama as massas. A praça pública é o teatro onde comparece 'Sua Majestade, o Povo' para demonstrar sua força e escutar as inventivas contra 'os maus' de dentro e de fora. 'O povo', claro, não é a soma de vontades individuais expressas em um voto e representadas por um Parlamento; nem sequer a encarnação da 'vontade geral' de Rousseau, mas uma massa seletiva e vociferante que caracterizou outro clássico, Marx - não Karl, mas Grou cho: 'O poder para os que gritam ´O poder para o povo!´'

8- O populismo fustiga sistematicamente o 'inimigo externo'. Imune à crítica e alérgico à autocrítica, precisando apontar bodes expiatórios para os fracassos, o regime populista (mais nacionalista que patriótico) precisa desviar a atenção interna para o adversário de fora.
A Argentina peronista reavivou as velhas (e explicáveis) paixões antiamericanas que ferviam na América Latina desde a guerra de 1898, mas Fidel converteu essa paixão na essência de seu triste regime, definido pelo que odeia, não pelo que ama, aspira ou consegue. E Chávez levou sua retórica antiamericana a expressões de baixeza que até seu mentor Fidel (talvez) consideraria de mau gosto. Ao mesmo tempo, faz representar nas ruas de Caracas simulacros de defesa contra uma invasão que só existe em sua imaginação, mas em que um setor importante da população venezuelana (contrária, em geral, ao modelo cubano) acaba acreditando. 

9- O populismo despreza a ordem legal. Há na cultura política ibero-americana um apego atávico à 'lei natural' e uma desconfiança das leis feitas pelo homem. Por isso, uma vez no poder (como Chávez), o caudilho tende a se apoderar do Congresso e induzir a 'justiça direta' ('popular', 'bolivariana'), arremedo de uma Fuenteovejuna -a obra teatral de Lope de Vega sobre abuso de poder e justiça - que, para os efeitos práticos, é a justiça que o próprio líder decreta. Hoje, o Congresso e o Judiciário são um apêndice de Chávez, como na Argentina o eram de Perón e Evita, que suprimiram a imunidade parlamentar e depuraram, segundo a sua conve niência, o Poder Judiciário.

10 - O populismo mina, domina e, em último recurso, domestica ou cancela as instituições da democracia liberal. Ele abomina os limites a seu poder, considera-os aristocráticos, oligárquicos, contrários à 'vontade popular'. No limite de sua carreira, Evita buscou sua candidatura à vice-presidência. Perón se negou a apoiá-la. Se houvesse sobrevivido, seria impensável imaginá-la tramando a derrubada do marido? Não por acaso, em seus tempos aziagos de atriz radiofônica, representara Catarina, a Grande. Quanto a Chávez, ele declarou que seu horizonte mínimo é o ano 2020. 

Por que renasce de tempos em tempos a erva daninha do populismo na América Latina? As razões são diversas e complexas, mas aponto duas. Em primeiro lugar, porque suas raízes se fundem em uma noção mais antiga de 'soberania popular' que os neo-escolásticos do século 16 e 17 propagaram nos domínios espanhóis, que teve uma influência decisiva nas guerras de independência de Buenos Aires ao México. O populismo tem, além disso, uma natureza perversamente 'moderada' ou 'provisória': não termina sendo plenamente ditatorial nem totalitário; por isso alimenta sem cessar a enganosa ilusão de um futuro melhor, mascara os desastres que provoca, posterga o exame objetivo de seus atos, amansa a crítica, adultera a verdade, adormece, corrompe e degrada o espírito público. Desde os gregos até o século 21, passando pelo aterrador século 20, a lição é clara: o efeito inevitável da demagogia é subverter a democracia. ?

*Enrique Krauze é historiador mexicano

A flor, paixão. O fruto, a paz.PASSIFLORA


Kchico, quando criança, admirava a flor de maracujá no quintal do sítio. Achava linda a bailarina a dançar na cerca. Talvez aquela flor estivesse a sinalizar o melhor solução para sua busca infindável no sono sossegado.

A procura das propriedades da casca do maracujá encontrei a seguinte matéria publicada por Samara Carvalho em 2010.

Maracujá e suas propriedades


Com propriedades calmantes, o maracujá auxilia no combate ao estresse e ainda ajuda a reduzir o colesterol e o diabetes

É época de maracujá! A fruta pode ser encontrada por preços bem acessíveis e excelente qualidade. Assim, diga adeus ao stress da vida agitada porque com apenas um copo de suco de maracujá por dia, você pode ter de volta noites tranquilas e bem dormidas.

Segundo a Nutricionista, Cristiane Mara Cedra, dona do site: www.anutricionista.com, o maracujá possui uma substância chamada passiflorina, que atua como calmante.
A fruta também é rica em fósforo, cálcio, vitamina A, vitaminas do complexo B, fibras, muita vitamina C e boa quantidade de sais minerais, como ferro, sódio, cálcio e fósforo.

A casca do maracujá, que normalmente é dispensada, tem propriedades funcionais. Ou seja, atua no metabolismo e em diversas outras funções do organismo.

A casca ainda é rica em niacina, ferro, cálcio, fósforo e pectina, o que lhe confere propriedades úteis aos diabéticos, pois auxilia na queda da taxa de glicose e na diminuição do colesterol ruim. Além de todos esses benefícios, o maracujá também é pouco calórico, cada 100 g da fruta tem aproximadamente 70 calorias.

A casca da fruta, transformada em farinha, diminui a taxa de açúcar no sangue e impede que o organismo absorva a gordura dos alimentos, causando a perda de peso. “Na farinha feita com a parte branca do maracujá é encontrada a pectina, uma fibra que se liga à gordura ingerida e ajuda a diminuir a quantidade absorvida.

Além disso, ela ajuda no controle do colesterol, regula o funcionamento intestinal, aumenta a sensação de saciedade e equilibra o índice glicêmico da refeição refletindo em uma depositação menor da gordura abdominal.  É bom tanto para os diabéticos quanto para as  pessoas sem a patologia” conta a dra. Cristiane.

A nutricionista ainda ensina que a farinha do maracujá pode ser adicionada a sucos, iogurtes, em frutas picadas ou no almoço e jantar. É importante consumi-la associada a uma hidratação adequada de pelo menos 8 copos de água por dia.

Existe uma infinidade de espécies de maracujá, como maracujá-mirim, maracujá-melão, maracujá-guaçu e maracujá do iguapó. Os frutos com a casca enrugada são os mais doces e os com a casca lisa são os mais azedos.

O nome maracujá vem do tupi-guarani, que significa a “comida preparada em cuia”, por causa do formato do fruto, a casca se assemelha a uma cuia. O maracujá é uma fruta tropical, não se desenvolve no clima frio. O Brasil é o maior exportador da fruta, que além de sucos pode ser utilizada na produção de musses, pudins, bolos e geleias.

  Foto. Francisco Barreto

A flor de maracujá é considerada de rara beleza, só abre em dias de muito sol e céu claro, mas não dura muito. Não é possível obter a flor do maracujá, caso colhida ela se fecha.

É tão encantadora que se acredita que o papa Paulo V ajoelhou-se reverentemente diante da flor do maracujá, que representaria uma “revelação divina”. Ela recordaria a paixão de Cristo. Frei Vicente do Salvador descreveu-a nessa função religiosa: “além de formosa, misteriosa – possui estigmas semelhantes aos cravos que Cristo foi pregado à cruz… cinco pétalas, rodeadas de coroa rouxa, simbolizavam as cinco chagas e a coroa de espinhos”.

A comparação deu origem até ao nome científico da flor, que pertence à família das Passifloráceas, passio de paixão e flore de flor, assim: Flor da Paixão.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE

SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE
OSHO
    


Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa; pode encontrar o parceiro certo.


Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz.
Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes.
E isso é bom, é natural.


É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas. Está perfeitamente bem.


Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes.
O semelhante atrai o semelhante.


Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.


Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se este surgiu da infelicidade.


Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.


Não peça por um relacionamento a partir da solitude, não.
Assim você estará indo na direção errada.


Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio.
E ninguém quer ser usado como um meio!


Cada indivíduo único é um fim em si mesmo.
É imoral usar alguém como um meio.
Primeiro aprenda como ser só.
A meditação é um caminho para ficar sozinho.


Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz.
Agora você pode ser feliz acompanhado.


Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar.
E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira.
Assim surge uma necessidade de amar alguém.


Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.

Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida.


Ela é somente uma possibilidade. A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.


Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém.


A necessidade de ser amado é infantil, imatura.
A necessidade de amar é maturidade.


E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.


"É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra"?

Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo.

Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo.


Como você pode ser bom para outra pessoa?
Você nem mesmo ama a si próprio!
Como você pode amar outra pessoa?
Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo.


Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.


Seja duro consigo mesmo!
Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo.
Isso é um absurdo.


Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo.
Não seja duro; seja delicado.


Cuide de si mesmo.


Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.


Assim você irá florescer.


Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor.
Isso é natural.


Pedras atraem pedras; flores atraem flores.


Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que possui uma bênção nele.


Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma oração;
Seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino.


OSHO

terça-feira, 27 de novembro de 2012

LIMÃO CONGELADO


Muitos profissionais em restaurantes, além de nutricionistas estão usando ou consumindo o limão inteiro, em que nada é desperdiçado.

Como você pode usar o limão inteiro sem desperdício
 
Simples... Lave bem e coloque o limão na seção do freezer de sua geladeira.
Uma vez que o limão esteja congelado, use seu ralador e o limão inteiro (sem necessidade de descascá-lo) e polvilhe-o em cima de seus alimentos.


Polvilhe-o em suas bebidas, vinho, saladas, sorvete, sopa, macarrão, molho de macarrão, arroz, sushi... Todos os alimentos inesperadamente terão um gosto maravilhoso, algo que você talvez nunca tenha provado antes.
 
Provavelmente, você achava que só o suco de limão teria vitamina C.
 
Bem, saiba que as cascas do limão contêm vitaminas 5 a 10 vezes mais do que o suco de limão propriamente dito. E, sim, isso é o que você vem desperdiçando. Mas de agora em diante, por seguir esse procedimento simples de congelar o limão inteiro e salpicá-lo em cima de seus pratos, você pode consumir todos os nutrientes e obter ainda mais saúde.

As cascas do limão são rejuvenescedoras da saúde na erradicação de elementos tóxicos do corpo. ótimo!!!
 
Os benefícios surpreendentes do limão!
Limão (Citrus) é um produto milagroso para matar células cancerosas. É 10.000 vezes mais forte do que a quimioterapia. 
 
Por que não sabemos nada sobre isso? Porque existem laboratórios interessados em fazer uma versão sintética que lhes trará enormes lucros.
Seu sabor é agradável e não produz os efeitos horríveis da quimioterapia.
 
Quantas pessoas morrem enquanto esse segredo é mantido, para não pôr em perigo as grandes corporações multimilionárias? 
Como sabem, a árvore do limão é conhecida por suas variedades de limões e limas. Você pode comer as frutas de diferentes maneiras: a polpa, suco, preparando bebidas, sorvetes, bolos, etc... 
A ele é creditado muitas virtudes, mas o mais interessante é o efeito que produz sobre cistos e tumores. 
Essa planta é uma solução comprovada contra cancros de todos os tipos. 
Alguns dizem que é muito útil para todas as variantes do cancro. Ele é considerado também como um espectro antimicrobiano contra infecções por bactérias e fungos, eficaz contra parasitas internas e vermes, que regula a pressão de sangue, quando muito alto, e um antidepressivo, combatendo o estresse e distúrbios nervosos.
 
A fonte desta informação é fascinante: ela vem de uma das maiores fabricantes de drogas no mundo, diz que, após mais de 20 testes desde 1970, os extratos revelaram que: destrói as células malignas em 12 tipos de cancro, incluindo cólon, mama, próstata, pulmão e pâncreas... 
Os compostos dessa árvore mostraram-se 10.000 vezes melhores do que o produto Adriamycin, uma droga normalmente utilizada como quimioterápico no mundo, retardando o crescimento das células cancerosas. 
E o que é ainda mais surpreendente: este tipo de terapia com extrato de limão apenas destrói células de câncer maligno e não afeta as células saudáveis.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cérebro, um super computador orgânico.

Dsculpem! Encontrei esta pesquisa, salvei e perdi a fonte. Assim que encontrar, informo aqui.

O Sistema Nervoso 

 
O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. O SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas).  
O Sistema Nervoso Central 

O SNC divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, situada entre ambos.
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e da medula, a substância cinzenta ocorre mais externamente e a substância branca, mais internamente.
Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana, protegendo o encéfalo; e coluna vertebral, protegendo a medula - também denominada raque) e por membranas denominadas meninges, situadas sob a proteção esquelética: dura-máter (a externa), aracnóide (a do meio) e pia-máter (a interna). Entre as meninges aracnóide e pia-máter há um espaço preenchido por um líquido denominado líquido cefalorraquidiano ou líquor.

O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,4 kg. O telencéfalo ou cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e motores. Entre os hemisférios, estão os VENTRÍCULOS CEREBRAIS (ventrículos laterais e terceiro ventrículo); contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado mais abaixo, ao nível do tronco encefálico. São reservatórios do LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQÜOR), participando na nutrição, proteção e excreção do sistema nervoso. 
Em seu desenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro esteja suficientemente compacto para caber na calota craniana, que não acompanha o seu crescimento. Por isso, no cérebro adulto, apenas 1/3 de sua superfície fica "exposta", o restante permanece por entre os sulcos.
O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas, sendo a maioria pertencente ao chamado  neocórtex. 
Cada uma das áreas do córtex cerebral controla uma atividade específica.
  1. hipocampo: região do córtex que está dobrada sobre si e possui apenas três camadas celulares; localiza-se medialmente ao ventrículo lateral.
  2. córtex olfativo: localizado ventral e lateralmente ao hipocampo; apresenta duas ou três camadas celulares.
  3. neocórtex: córtex mais complexo; separa-se do córtex olfativo mediante um sulco chamado fissura rinal; apresenta muitas camadas celulares e várias áreas sensoriais e motoras. As áreas motoras estão intimamente envolvidas com o controle do movimento voluntário.
Imagem: McCRONE, JOHN. Como o cérebro funciona. Série Mais Ciência. São Paulo, Publifolha, 2002.

A região superficial do telencéfalo, que acomoda bilhões de corpos celulares de neurônios (substância cinzenta), constitui o córtex cerebral, formado a partir da fusão das partes superficiais telencefálicas e diencefálicas. O córtex recobre um grande centro medular branco, formado por fibras axonais (substância branca). Em  meio a este centro branco (nas profundezas do telencéfalo), há agrupamentos de corpos celulares neuronais que formam os núcleos (gânglios) da base ou núcleos (gânglios) basais - CAUDATO, PUTAMEN, GLOBO PÁLIDO e NÚCLEO SUBTALÂMICO, envolvidos em conjunto, no controle do movimento. Parece que os gânglios da base participam também de um grande número de circuitos paralelos, sendo apenas alguns poucos de função motora. Outros circuitos estão envolvidos em certos aspectos da memória e da função cognitiva.

  
Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto  Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 2002.


Algumas das funções mais específicas dos gânglios basais relacionadas aos movimentos são:
  1. núcleo caudato: controla movimentos intencionais grosseiros do corpo (isso ocorre a nível sub-consciente e consciente) e auxilia no controle global dos movimentos do corpo.
  2. putamen: funciona em conjunto com o núcleo caudato no controle de movimentos intensionais grosseiros. Ambos os núcleos funcionam em associação com o córtex motor, para controlar diversos padrões de movimento.
  3. globo pálido: provavelmente controla a posição das principais partes do corpo, quando uma pessoa inicia um movimento complexo, Isto é, se uma pessoa deseja executar uma função precisa com uma de suas mãos, deve primeiro colocar seu corpo numa posição apropriada e, então, contrair a musculatura do braço. Acredita-se que essas funções sejam iniciadas, principalmente, pelo globo pálido.
  4. núcleo subtalâmico e áreas associadas: controlam possivelmente os movimentos da marcha e talvez outros tipos de motilidade grosseira do corpo.
Evidências indicam que a via motora direta funciona para facilitar a iniciação de movimentos voluntários por meio dos gânglios da base. Essa via origina-se com uma conexão excitatória do córtex para as células do putamen. Estas células estabelecem sinapses inibitórias em neurônios do globo pálido, que, por sua vez, faz conexões inibitórias com células  do tálamo (núcleo ventrolateral - VL). A conexão do tálamo com a área motora do córtex é excitatória. Ela facilita o disparo de células relacionadas a movimentos na área motora do córtex. Portanto, a conseqüência funcional da ativação cortical do putâmen é a excitação da área motora do córtex pelo núcleo ventrolateral do tálamo. 
Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto  Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 2002.

O DIENCÉFALO (tálamo e hipotálamo)

Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. Esta é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o cérebro. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados. O tálamo também está relacionado com alterações no comportamento emocional; que decorre, não só da própria atividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções).
O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo, o sono e está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese (“criação”) do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados emocionais.

O TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. Possui três funções gerais; (1) recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça; (2) contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal (lado esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado direito do corpo; lado direito de cérebro controla os movimentos do lado esquerdo do corpo); (3) regula a atenção, função esta que é mediada pela formação reticular (agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico). Além destas 3 funções gerais, as várias divisões do tronco encefálico desempenham funções motoras e sensitivas específicas.
 Na constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos, fascículos ou lemniscos. Estes elementos da estrutura interna do tronco encefálico podem estar relacionados com relevos ou depressões de sua superfície. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
Imagem: ATLAS INTERATIVO DE ANATOMIA HUMANA. Artmed Editora.
O CEREBELO
Situado atrás do cérebro está o cerebelo, que é primariamente um centro para o controle dos movimentos iniciados pelo córtex motor (possui extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal). Como o cérebro, também está dividido em dois hemisférios. Porém, ao contrário dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado com os movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os movimentos do lado direito do corpo.
O cerebelo recebe informações do córtex motor e dos gânglios basais de todos os estímulos enviados aos músculos. A partir das informações do córtex motor sobre os movimentos musculares que pretende executar e de informações proprioceptivas que recebe diretamente do corpo (articulações, músculos, áreas de pressão do corpo, aparelho vestibular e olhos), avalia o movimento realmente executado. Após a comparação entre desempenho e aquilo que se teve em vista realizar, estímulos corretivos são enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja igual ao pretendido. Dessa forma, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular.
Algumas estruturas do encéfalo e suas funções
Córtex Cerebral
Funções:
  • Pensamento
  • Movimento voluntário
  • Linguagem
  • Julgamento
  • Percepção
A palavra córtex vem do latim para "casca". Isto porque o córtex é a camada mais externa do cérebro. A espessura do córtex cerebral varia de 2 a 6 mm. O lado esquerdo e direito do córtex cerebral são ligados por um feixe grosso de fibras nervosas chamado de corpo caloso. Os lobos são as principais divisões físicas do córtex cerebral. O lobo frontal é responsável pelo planejamento consciente e pelo controle motor. O lobo temporal tem centros importantes de memória e audição. O lobo parietal lida com os sentidos corporal e espacial. o lobo occipital direciona a visão.
Cerebelo
Funções:
  • Movimento
  • Equilíbrio
  • Postura
  • Tônus muscular
A palavra cerebelo vem do latim para "pequeno cérebro”. O cerebelo fica localizado ao lado do tronco encefálico. É parecido com o córtex cerebral em alguns aspectos: o cerebelo é dividido em hemisférios e tem um córtex que recobre estes hemisférios.
Tronco Encefálico
Funções:
  • Respiração
  • Ritmo dos batimentos cardíacos
  • Pressão Arterial
Mesencéfalo
Funções:
  • Visão
  • Audição
  • Movimento dos Olhos 
  • Movimento do corpo
O Tronco Encefálico é uma área do encéfalo que fica entre o tálamo e a medula espinhal. Possui várias estruturas como o bulbo, o mesencéfalo e a ponte. Algumas destas áreas são responsáveis pelas funções básicas para a manutenção da vida como a respiração, o batimento cardíaco e a pressão arterial.
Bulbo: recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas (a chamada vida vegetativa): batimento cardíaco, respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o ato de engolir.
Ponte: Participa de algumas atividades do bulbo, interferindo no controle da respiração, além de ser um centro de transmissão de impulsos para o cerebelo. Serve ainda de passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula.
Tálamo
Funções:
  • Integração Sensorial
  • Integração Motora
 O tálamo recebe informações sensoriais do corpo e as passa para o córtex cerebral. O córtex cerebral envia informações motoras para o tálamo que posteriormente são distribuídas pelo corpo. Participa, juntamente com o tronco encefálico, do sistema reticular, que é encarregado de “filtrar” mensagens que se dirigem às partes conscientes do cérebro.
Sistema Límbico
Funções:
  • Comportamento Emocional
  • Memória
  • Aprendizado
  • Emoções
  • Vida vegetativa (digestão, circulação, excreção etc.)
O Sistema Límbico é um grupo de estruturas que inclui hipotálamo, tálamo, amígdala, hipocampo, os corpos mamilares e o giro do cíngulo. Todas estas áreas são muito importantes para a emoção e reações emocionais. O hipocampo também é importante para a memória e o aprendizado.

IN NOMEN DEI

 Israel, braço dos EUA no Oriente Médio, intensificou a matança de palestinos a partir da segunda semana neste novembro. Não poupa ninguém: crianças, velhos, mulheres e homens estão sendo trucidados impiedosamente numa batalha covardemente desigual.
Em nosso país, a mídia aliada dos agressores omite as verdadeiras informações e empenha-se em jogar a opinião pública contra os agredidos.
A Faixa de Gaza é um dos poucos territórios que sobraram para os palestinos, desde a criação do Estado sionista de Israel, em 1948.
Este mapas mostram que o território palestino usurpado por Israel está cada vez menor.
Luiz Pompe

 Os cananeus e filisteus foram expulsos da palestina no governo de quem?

patriarcas juizes ou reis? (publicado 5 anos atrás no Yahoo)

Melhor resposta - Escolhida por votação

Há mais de 5000 anos, depois de um período de seca assolou a Península
Arábica, os cananeus, tribos dos árabes semitas, vieram se estabelecer nos
territórios a leste do Mar Mediterrâneo que formam, hoje, a Síria, o Líbano,
a Jordânia e a Palestina. Os Jebusitas, um subgrupo cananeu, fundaram
Jebus - Jerusalém- no lugar onde ele está localizada hoje e edificaram o
primeiro muro ao seu redor, dotado de 30 torres e sete portões.
Aproximadamente 2000 anos mais tarde, os filisteus, vindos de Creta,
chegaram na terra de Canaã. Misturaram-se com as tribos cananéias e viveram
na área sudoeste da moderna Palestina, sobre a costa do Mar Mediterrâneo na
área que agora se estende na Faixa de Gaza até Ashdod e Ashkelon. Os
cananeus deram aos territórios que eles habitaram o nome bíblico de "A Terra
de Canaã", enquanto os filisteus deram-lhe o nome de Filistina ou
'Palestina'.

Os cananeus descobriram que estavam numa localização estratégica e cercada
por poderosos impérios originários do Egito a sudoeste, através do Mar
Mediterrâneo a oeste, e Mesapotâmia e Ásia a nordeste. Mais de um milênio
antes do nascimento de Cristo, egípcios, assírios, babilônicos, persas,
mongóis, gregos e romanos cresceram ao redor da terra dos cananeus e
filisteus e a governaram por variados períodos de tempo. A posição
geográfica da área significava que ela servia tanto como uma ponte entre os
vários impérios regionais, como uma arena para lutas e conflitos entre eles.
Em conseqüência, os cananeus nunca puderam estabelecer um estado forte e
unificado, e suas organizações políticas tomaram a forma de cidades
independentes dotadas de governos ligados por relações federativas. Entre as
cidades costeiras mais proeminentes dos filisteus, cananeus e fenícios que
habitaram a área da atual Palestina estavam Beirute (Bairtuyus), Sidon,
Tiro, Acre, Ashkelon e Gaza. As cidades cananéias do interior incluíam
Jericó, Nablus (Shikim) e Jerusalém (Jebus). A religião dessas primeiras
civilizações da Palestina era centrada na natureza: o céu era o Deus Pai e a
terra era a Mãe Terra. Esses povos semitas de Canaã formaram a base do
tronco do qual descendem os palestinos de hoje.

Em termos de geografia, demografia, sociedade, economia e vida cultural,
Jerusalém tem sido o centro da Palestina e o grande ponto de encontro de
importantes corredores leste-oeste, norte-sul. De fato, desde os tempos das
civilizações mais primitivas da Palestina, Jerusalém tem sido a parte mais
importante e inseparável da Palestina. Assim, quem quer que controle
Jerusalém fica numa posição de dominação sobre a Palestina. Nela localiza-se
a raiz da turbulenta e conflituosa história da cidade de Jerusalém.

Por volta do século XVIII a.C., Abraão veio de Ur, no sul da Mesopotâmia,
para a terra de Canaã. Ele se estabeleceu nas cercanias do Vale do Jordão.
Visto que nem o velho e nem o Novo Testamento não haviam sido revelados
durante sua vida, Abraão não era nem judeu nem cristão, mas um crente na
unicidade de Deus. Ele é descrito no Gênese como tendo adorado "o mais alto
Deus". O Corão menciona que ele era um 'muçulmano', não na acepção moderna
de alguém que segue as leis reveladas no Corão, mas sim no sentido de Ter
entregue "sua submissão à vontade de Deus". Assim, cristãos, muçulmanos e
judeus ainda rogam por ele em todas as suas preces, como acreditam que Deus
lhes exortou a fazerem. Agar, a concubina de Abraão, lhe gerou seu filho
Ismael, de quem os atuais muçulmanos traçam sua descendência; entrementes,
sua mulher Sara gerou-lhe o filho Isaac, do qual os atuais judeus traçam sua
linhagem. Abraão se mudou para um lugar perto de Hebron (al-Khalil), onde
viveu pregando o monoteísmo. Quando morreu, Ismael e Isaac sepultaram-no na
mesma cova onde sua mulher Sara foi sepultada. Seu filho Isaac gerou Jacó
(Israel), que viveu na região de Harran (Aram).

Por volta de 1300 a.C., os doze filhos de Jacó (Israel) partiram para o
Egito. Eles se integraram aos egípcios e José, o mais jovem dos filhos de
Jacó, casou com a filha do sumo sacerdote. Originalmente um pequeno grupo de
pessoas, eles se multiplicara, e ganharam força durante várias centenas de
anos no Egito, tornando-se os israelitas. Foi no Egito que Moisés, 'o
fundador do judaísmo e o mais eminente legislador e também profeta para as
três religiões reveladas, nasceu e estudou filosofia egípcia, tornando-se
letrado em todas as ciências dos egípcios. Moisés, juntamente com seu povo
(B'nei Israel) deixaram o Egito por volta do século XIII a.C.. vagaram
durante 40 anos no Sinai, e durante esse tempo ele recebeu a lei divina
judaica no monte Sinai (Tur).

Após a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança dos israelitas e os
conduziu para o oeste pelo rio Jordão até Canaã. A primeira cidade cananéia
que Josué conquistou foi Jericó, destruindo-a juntamente com seus
habitantes. Depois, ele assumiu o controle de Yashuu'(Bayt Ele), Likhish, e
Hebron, embora os filisteus tenham bloqueado o avanço do povo de Moisés rumo
à costa, na área entre Gaza e Jafa, enquanto os cananeus impediram-nos de
conquistar Jerusalém. Quando chegaram a Canaã, foram influenciados pelos
cananeus e imitaram seus ritos religiosos, especialmente na apresentação de
ofertas sacrificiais ao Deus Baal.

Nos 150 anos seguintes, os israelitas, filisteus e cananeus controlaram,
alternadamente, porções da área da moderna Palestina, com os cananeus
(jabusitas) controlando Jerusalém. Ma nenhum grupo foi capaz de consolidar o
controle sobre toda a área. Houve numerosas lutas entre grupos, sendo que
cada um mantinha sua própria cultura e sua própria independência.

Por volta de 1000 a.C., o rei dos israelitas, Davi, pôde subjugar os
pequenos estados de Edom, Moab e Amon. Durante sete anos ele fez de Hebron
sua capital, mas, depois transferiu o centro do poder para Jerusalém pelos
últimos 35 anos de seu reinado. Depois dele, poder passou para o seu filho
Salomão, que é famosos por ter erguido o lugar de adoração conhecido como o
Templo de Salomão. Para os judeus, esse templo tornou-se o centro da vida
religiosa e o símbolo básico de sua unidade. Tornou-se ainda um ponto de
peregrinação emocional para o povo judeu.

Com a morte de Salomão, seu reino foi dividido em dois: o Reino de Israel,
ao norte, composto por dez tribos, com Samaria (Sabastia) como sua capital,
e o Reino da Judéia, ao sul, composto por duas tribos, com Jerusalém como
sua capital. Lutas crônicas entre os dois estados e batalhas colocando-os
contra os cananeus e os filisteus, caracterizaram esse período da história
do Oriente Próximo.

Por volta de 720 a.C. os assírios, sob orei Sargão, destruíram o reino
israelita ao norte. Em 600 a.C. os babilônios, sob o comando de
Nabucodonozor, conquistaram o reino israelita sudeste, destruindo o templo
de Salomão em aproximadamente 586 a.C.. em ambos os casos, a maioria da
população foi levada para a Assíria e a Babilônia, na Mesopotâmia, como
escrava. Quanto a Jerusalém, tornou-se colônia babilônica. Por volta de 838
a.C., Ciro, rei dos persas, foi capaz de conquistar o império babilônico
(Mesopotâmia), prosseguiu em suas conquistas até que ocupou a Síria e depois
a Palestina, incluindo Jerusalém, permitiu que os escravos de Nabucodonozor
retornassem à Palestina, e o Segundo Templo foi concluído em 515 a.C.

Quando o império grego floresceu (eles ainda governaram Jerusalém durante
sete anos) a Palestina caiu sob o domínio do Egito (322-200 a.C.) e depois
por um certo período sob o governo dos selêucidas da Síria de 200 a 142
a.C.. Nesse ano, o rei Antióquio IV, que tinha danificado o Templo de
Salomão forçou os judeus a renunciarem ao judaísmo e a abraçarem o paganismo
grego. Por volta de 63 a.C., depois que os romanos subjugaram os seldjúcidas
na Síria, o general romano Pompeu assumiu o controle sobre Jerusalém. Com a
ajuda dos romanos, Herodes se tornou rei da Judéia no ano 40 a.C. seu
reinado durou até sua morte no ano 4 A.D. Durante esse tempo, o Templo de
Salomão foi reconstruído em Jerusalém e houve a perseguição, o processo de
crucificação de Jesus Cristo, depois do que, sobreveio a propagação da fé
cristã.

Na era de Tito, cerca de 70 A.D., os romanos infligiram aos judeus uma
derrota devastadora. Tomaram Jerusalém e queimaram o templo judeu de uma vez
por todas. Sob Adriano, várias décadas depois, os remanescentes finais da
população judaica foram subjugados e expulsos da Palestina. Os romanos
ergueram uma nova cidade sobre as ruínas de Jerusalém, a qual eles dominaram
de Aelia Capitolina, com referência ao imperador Aelius Adrianus. Cerca de
395 A.D., Jerusalém tornou-se uma cidade bizantina e cristã. Mas embora a
Palestina e seus habitantes se tornassem uma parte do império bizantino
política e religiosamente, a vida e a cultura dos cananeus locais
permaneceram voltadas para Jerusalém.

Após um breve período de controle pela Pérsia, no começo do século VII A.D.
a Palestina e o resto da Síria saíram do jugo dos romanos e caíram na esfera
do império árabe-islâmico. Jerusalém tornou-se a primeira direção das preces
dos muçulmanos (qibla) - 'o primeiro dos dois qiblas'- e a Palestina 'os
recintos que Deus abençoou'.

Em 638 A.D., o segundo califa, Omar ibn al-Khattab, chegou a Jerusalém. É
importante notar que pelo, aproximadamente, 1300 anos desde a chegada da
civilização árabe-muçulmana à Palestina, até o século em curso, Jerusalém
permaneceu árabe, do ponto de vista da língua, da cultura e da demografia.

Omar acreditava que Alá ordenara respeito à santidade a cidade de Jerusalém
e o respeito por Ahl al-Kitab (O povo do livro). De acordo com o islã, a
liberdade de culto a Ahl al-Kitab em Jerusalém é uma dádiva de Deus e, por
isso, não pode ser subtraída por mãos humanas. Assim, Omar não tomou a
cidade pela força, mas pelo contrário, instituiu a Convenção de Omar, um
acordo que determinava o controle muçulmano sobre a cidade mas reconhecia o
direito inalienável à liberdade de expressão para judeus e cristãos em
Jerusalém. Omar confiou as duas famílias árabes muçulmanas em Jerusalém as
chaves da Igreja do Santo Sepulcro. Ele agiu assim a fim de mandar uma
mensagem aos muçulmanos de que a igreja era um templo sagrado que não
deveria ser danificado, desrespeitado ou violado de nenhum modo, e como uma
resolução para rixas entre várias seitas cristãs sobre quem deveria
controlar a igreja. Das famílias árabes residentes na cidade, algumas se
converteram ao islã imediatamente, enquanto outras mantém até hoje sua fé
cristã. Entre essas famílias árabes cristãs e muçulmanas da velha Jerusalém
estão os Khalidis, os Alamis, os Nuseibehs, os Judahs, os Nassars e os
Haddads.

A lei muçulmana vigorou em Jerusalém e na Palestina desde o século VII A.D.
até o começo do século XX, excetuando o período das Cruzadas. Os cruzados
capturaram a cidade em 1099 A.D., viram-na libertada pelos aiúbidas sob
Saladino em 1187 A.D., e depois recapturaram-na em 1229 A.D. Cerca de 15
anos mais tarde, os muçulmanos outra vez ali restabeleceram seu governo, e a
cidade não saiu mais do seu controle até a ocupação britânica na I Guerra
Mundial, em 1917.

As dinastias islâmicas - ao omíadas, abássidas, os fatimidas os seldjúcidas,
os aiúbidas, os mamelucos, os otomanos e os hashimitas - respeitaram o
"status quo ante" instituído na Convenção de Omar ibn al-Khattab. Todos eles
participaram da reconstrução de Jerusalém, preservando a santidade de sua
herança e desenvolvendo seu legado islâmico e árabe. Essas dinastias se
esforçaram para reconstruir as mesquitas da Abóbada da Rocha e de al-Aqsa,
referenciadas no primeiro verso da Sura 17 do Qur'na. Finalmente, os
governantes árabes estavam ansiosos para dar a Jerusalém um status especial;
o primeiro califa omíada, Muaawiyah uniu sua identidade pessoal com
Jerusalém, denominando-se o califa de Bait al-Maqdis. O califa Abd al-Malik
ergueu, em 691, a magnífica abóbada (Qubbat al-Sakhra) sobre a rocha santa
de onde Maomé ascendeu para falar com Alá e onde Abraão quase sacrificou
Ismael. Também ergueu a Mesquita de al-Aqsa na parte sudeste da área de
al-Haram, al-Sharif, para substituir a construção em madeira da velha
mesquita. Estas duas última mesquitas foram restauradas e embelezadas pelos
governantes árabes subsequentes, mais recentemente pelo rei Fahd, da Arábia
Saudita, e o rei Hussein, da Jordânia.

Fonte(s):

http://terrornapalestina.home.sapo.pt/Hi…

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Ayres Britto. O seu a seu dono!


 Transcrevo ( recebida dos amigos João Carvalho e Carlos Hermes) a

ENTREVISTA DO MINISTRO CARLOS AYRES BRITTO, DO STF, DADA À ´FOLHA´.

Folha - Quando foi sua iniciação no campo da meditação?
Carlos Ayres Britto - De uns 20 anos para cá, tanto a meditação quanto o cardápio vegetariano. Eu tinha em torno de 50 anos, um pouco antes, até.
Como o sr. se converteu?
Eu recebi influências positivas, de, por exemplo, [Jiddu] Krishnamurti [1895-1986, guru indiano], Osho [Rajneesh, 1931-90, místico indiano], Eva Pierrakos [1915-79, médium austríaca], Eckhart Tolle [pseudônimo de Urich Leonard Tolle, escritor espiritualista nascido em 1948], autor do livro "O Poder do Agora", e a pessoa que mais me influenciou, Heráclito [de Éfeso, c. 540--c. 480 a.C., pré-socrático que elegeu o fogo e a permanente transformação como princípio da ordem universal].
Depois, de uns 12 anos para cá, comecei a me interessar por física quântica, e ela me pareceu uma confirmação de tudo o que os espiritualistas afirmam. A física quântica, sobretudo os escritos de Dannah Zohar [especializada em aconselhamento espiritual e profissional]. Venho lendo os livros dessa mulher, uma americana que escreveu uma trilogia maravilhosa: "O Ser Quântico", "A Sociedade Quântica" e "QS -- Inteligência Espiritual". Também passei a me interessar muito por neurociência.
O sr. tinha religião?
Católica, só que, de 20 anos para cá, me tornei um espiritualista.
Houve um momento de transformação?
Foi meio gradativo. Fui abolindo carne, depois abolindo frango, depois aboli peixe.
Há países que reconhecem em suas leis os direitos dos animais de forma mais abrangente. Podemos chegar a isso?
É possível que haja uma consciência maior. Pelo menos nas técnicas de abate, mais humanizadas, isso já se observa hoje em dia. Por exemplo, vocês sabem que os frangos são criados sobre um tratamento hormonal intenso e sem possibilidade de dormir? Uma luz acesa em cima dele para ele ficar acordado, o frango de granja? Isso é de uma violência...
O sr. condena a forma como o gado é abatido?
Condeno. Tudo. Vou dizer uma coisa, é uma observação minha, não falei em lugar nenhum. Sou contemplativo. Não confundir atenção com contemplação. Atenção é um foco, uma centralização do sentido tão intensa, que o mais das vezes resvala para a tensão. A tensão está muito próxima da atenção. Eu sou um contemplativo, porque na contemplação você concilia atenção e descontração. Isso é fato. Quando você é contemplativo, você contempla essa água, o copo antes de beber. O toque da sua mão no cristal. Eu estou acordado, como quem está atento. Mas estou descontraído, como quem está dormindo.
Então, contemplação é isso, é a conciliação entre a atenção e a distração. É impressionante. É um descarrego, um êxtase. Como vivo em estado contemplativo, eu observo coisas interessantíssimas. Uma dessas coisas é que nenhum pássaro carnívoro canta. Nunca vi ninguém dizer isso.
Os pássaros carnívoros, corujas, águias, falcões, ou crocitam ou piam, ou grasnam, nenhum canta, como se a natureza dissesse: só tem direito de cantar se for herbívoro. E todos os animais herbívoros, mesmo os mastodontes, elefantes, por exemplo, nenhum agride. Eles não são ativos nem pró-ativos na agressão, são reativos. No olhar de um herbívoro não tem chispa, não tem estresse. Todos os carnívoros são estressados no olhar, todos.
Assim se dá com o ser humano?
Assim se dá com o ser humano.
Por que houve tamanha tensão entre o relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski?
[Se responder] eu vou dar uma de psicólogo, prefiro ficar na objetividade. Eu quero deixar claro: fui presidente, mantive a taxa de cordialidade.
O ego prevaleceu no julgamento?
Não subscrevo suas palavras, de que foi o ego que deu as cartas.
Não digo que pautou, mas que se manifestou em vários momentos.
Os ministros do Supremo são seres humanos, suscetíveis a influências, a percalços existenciais. Ora sabemos administrar esses percalços com o consciente emocional no ponto, ora ele baixa um pouco de patamar.
Mas não houve impasse, não houve pane. Tudo foi administrável. E não precisei, em nenhum momento, suspender a sessão para ver os ânimos refluírem. Quanto à questão de ego, ele prejudica a atuação não só de ministros do Supremo, mas de todo ser humano.
Quando Sartre disse que o inferno é o outro, ele quis dizer que o outro, com sua diversidade, a sua mundividência, seu peculiar modo de conceber e praticar a vida, afeta o nosso ego. Então, podemos traduzir as palavras dele como "o inferno é outro" ou como "o inferno é o ego". Tenho dito para mim mesmo que, sem o eclipse do ego, ninguém se ilumina.
Como o sr. definiria a atuação do Ministério Público e a do relator Joaquim Barbosa no julgamento?
Acho que a história vai registrar que [Roberto] Gurgel e Joaquim Barbosa foram médicos-legistas na autópsia dos fatos delituosos. Eles tiveram merecimento extraordinário para reconstituir com fidedignidade os fatos em sua materialidade. E o "link" entre esses fatos e respectivos autores e partícipes.
Eu só vejo por esse prisma técnico. Joaquim Barbosa, transido de dor [nas costas], um homem "baleado", em linguagem coloquial, a tantos meses, conseguiu levar a termo um processo com quase 600 mil páginas, 600 testemunhas, 40 réus no ponto de partida, sete crimes teoricamente graves e imbricados no mais das vezes.
O sr. chegou a pensar em suspender as sessões?
Pensei, houve um momento em que pensei.
Chegamos a ter ofensas pessoais.
Mas no limite palatável.
Mas nunca houve um julgamento com clima tão tenso, às vezes com atritos tão fortes.
É que esse julgamento é peculiaríssimo. Quando dizem que o Supremo está tomando decisões novas, eu digo que os fatos é que são novos, o imbricamento é que novo, o gigantismo da causa é que é novo, é inédito. O Supremo Tribunal Federal está produzindo decisões afeiçoadas ao ineditismo da causa.
Advogados reclamam da introdução de novos conceitos como a teoria do domínio do fato [segundo a qual autor de um crime não é só quem o executa, mas também quem detém o poder de decidir e planejar a sua realização].
Assim como o dançarino, que se disponibiliza de corpo e alma para a dança --chega o momento em que se funde com ela, e você já não sabe quem é o dançarino e quem é a dança, é uma coisa só--, o intérprete do dispositivo jurídico pode, também, numa relação de profunda identidade e empatia, se fundir com esse dispositivo. Aí você compõe uma unidade. Você é um com o dispositivo, e o dispositivo é um com você.
E isso não é invencionice, decola de um juízo de Einstein, que em 1905, físico quântico que era, cunhou uma expressão célebre: "efeito do observador". Ele percebeu que o observador desencadeava reações no objeto observado.
Ele disse que o sujeito cognoscente, em alguma medida, faz o objeto cognoscível, a depender do grau da intensidade interacional entre eles. Claro que quando você joga teoria quântica para a teoria jurídica, se expõe a uma crítica mordaz. O sujeito diz: "Mas isso não é ciência jurídica".
O julgamento também é inédito pelo desfecho, com políticos condenados à prisão em regime fechado?
Sabe por que está sendo inédito? Porque vocês esquecem, a sociedade esquece, [mas] nós, ministros, não esquecemos. Isso vem num crescendo, só que agora é no campo penal. No campo científico, liberamos o uso das células tronco embrionárias. No dos costumes, decidimos em prol da homoafetividade, da interrupção da gravidez de feto anencéfalo, no ético cortamos na própria carne proibindo o nepotismo no Judiciário.
No campo político, afirmamos a Lei da Ficha Limpa. Isso é um crescendo, o Supremo vem tomando decisões que infletem sobre a cultura do povo brasileiro. E agora chegou o campo penal.
O Brasil muda?
Não se pode dizer que muda, sinaliza mudanças. Há um vislumbre de mudanças. Ninguém pode garantir nada. Agora, há uma sinalização. Mas a decisão não tem nada a ver com reverência à opinião pública, com submissão à opinião pública, com uma postura de cortejamento à opinião pública.
Os políticos terão mais cuidado, com o risco de irem para a prisão?
Se respondesse sim, estaria fazendo um corte abrupto, radical, de que essa decisão é, sim, um divisor de águas. Não quero ser categórico. Eu digo que essa decisão do Supremo vem num crescendo, que agora alcança o plano criminal. Sinaliza uma nova época, de mais qualidade na vida política.
Eu não posso dizer que a impunidade está com os dias contados, eu estaria dourando a pílula, sendo ufanista, não posso dizer isso. Agora, eu diria que a impunidade sofreu um duro revés, um tranco, por efeito dessa decisão.
Este é o julgamento de um partido?
Na minha opinião, não tem nada a ver com julgamento de um partido. Não é o julgamento do PT, são réus, que alguns ocuparam cargos de direção no PT.
O sr. foi um dos fundadores do PT?
Sabe que não fui? Fazia conferências em aulas e congressos, em seminários, e advogava para coletividades. Só entrei mesmo no PT acho que em 1988, não fui fundador. Passei lá quase 18 anos.
O sr. costuma dizer que é página virada, mas, olhando no que o PT se transformou ao chegar ao poder, isso de certa forma o entristece?
É interessante. A resposta não seria "me entristece". Vou dizer por quê. Eu vejo a vida por um prisma muito do dinamismo, heracliticamente, meu filósofo preferido.
Veja o que aconteceu: qual dos dois partidos que encarnaram a resistência ao regime de exceção [1964-85]? São, hoje, o PSDB e o PT. Esses dois, que encarnaram a resistência, foram premiados, chegaram ao poder. O primeiro, por intermédio de Fernando Henrique. O que aconteceu com esse partido, que teve origem no MDB, no PMDB? Foi perdendo um pouquinho do elã, do entusiasmo na sua militância de esquerda.
Aí, a sociedade disse: está na hora do outro. Qual foi o outro que encarnou a resistência? O PT. Então, vejo por um prisma do exaurimento de fases. A fase ideológica do PSDB se exauriu, a do PT também se exauriu. Não de todo, não podemos ser injustos, porque o PT continua com quadros muito bons. Um desses quadros chegou a escrever um artigo a favor do Supremo, o Tarso Genro [governador do RS]. Vejo isso como parte de um processo histórico previsível.
Os dois partidos se contaminaram?
Não vejo por esse prisma negativista. Eles perderam o que os gregos chamam de "Deus dentro da gente", entusiasmo. Aquele ímpeto depurador das instituições, aquela ânsia de voltar à democracia. Com o retorno à democracia, você chega à conclusão: foi mais fácil alcançar o objetivo do que preservá-lo. Às vezes você conquista uma mulher dos seus sonhos e não sabe manter o amor dela. Isso é um processo histórico.
Alguns ministros me disseram, reservadamente, terem recebido reclamações, cobranças, de que, indicados pelo ex-presidente Lula, acabaram traindo-o. O sr. acha que traiu Lula, que o indicou?
Em nenhum momento me senti assim. Ninguém nunca me cobrou, menos ainda o presidente Lula, ele nunca se acercou de mim, se aproximou de mim para cobrar, fazer queixa. Até porque, vamos convir, cargo de ministro não é cargo de confiança. Não é.
Você não pode ser grato a quem nomeia com a toga. O modo de você, pelo contrário, de honrar a indicação é sendo independente, é transformar os pré-requisitos de investidura no cargo em requisitos de desempenho no cargo. Fui nomeado a partir de dois pré-requisitos, reputação ilibada e notável saber jurídico. Eu transformei isso, como me cabia, em requisitos de desempenho. Então, eu honrei minha nomeação.
Dos dez ministros no julgamento, sete foram nomeados por Lula ou por Dilma. Essa independência conta a favor deles? Os presidentes petistas erraram nas nomeações?
Isso honra os nomeantes. A nossa postura técnica, independente, isenta, desassombrada, é uma postura que honra os nomeantes. Não só os nomeados.
Apesar de membros do PT afirmarem que o julgamento foi político?
Sim, a despeito disso. Isso faz parte da liberdade de expressão. Esse tipo de queixa eu recebo como pura liberdade de expressão, aceito sem maiores queixas.
Como foram os três meses de julgamento? Sua rotina mudou?
Não mudou em nada. Continuei meditando todos os dias, tocando violão quase todos os dias. Eu apenas diminuí muito, o que foi ruim para mim, minhas saídas de casa para me deleitar com espetáculos públicos, teatro, música.
O vegetarianismo é um passo para a iluminação?
Não chegaria a isso, não. Agora, tudo tem uma lógica elementar. É claro que não vou explicar tudo pela lógica, porque o mundo do mistério existe e o mistério está fora da lógica convencional. Quando você olha para você e diz: "Não há ninguém dentro de mim, o meu corpo não está abrigando ninguém", quando você diz "eu sou um vazio", você enxota o ego.
Mas não há vácuo na natureza. O que acontece? O vácuo vai ser preenchido pelo universo, pelo Cosmos, pela existência, outros preferem dizer por Deus. Expulse de si o ego que o espaço deixado por ele vai ser instantaneamente ocupado pela existência. Aí você dialoga com a existência, isso é elementar. Aí você tem um vislumbre do eterno, do definitivo, mais clarividente, você abre os poros da lógica, do seu cartesianismo, você vê o direito por um prisma novo.
Agora, você paga um preço por isso. Qual é? Quando vê as coisas por um prisma totalmente novo, a sociedade não tem parâmetro para avaliar seu prisma diante do inédito para ela. Você é um antecipado, viu antes dela. O que ela faz, lhe desanca, lhe derruba, se não ela vai se sentir menor, inferiorizada, aturdida. O que ela faz, ela lhe desanca, você está errado, ou então você não é um cientista, você é um mistificador.
A sociedade não tem parâmetro para analisar os antecipados no tempo. Veja a lógica das coisas, o tempo só pode se guiar por quem anda adiante dele. São os espiritualistas, os artistas, porque eles não têm preconceitos, pré-interpretações, pré-compreensões.
Como definiria os sete meses no comando do Supremo?
Uma honra muito grande, pela oportunidade de, a partir do Supremo, servir à sociedade brasileira. Só faz sentido exaltar a figura da presidência nessa perspectiva, do serviço da coletividade. Fora disso, não é viagem de alma, é viagem de ego.
E como resumiria os nove anos que passou no Supremo?
Diria o seguinte: Em tudo o que faço, já não faço questão de ser reconhecido. O que faço questão é de me reconhecer. Fui eu mesmo nessas questões. Não perdi minha essência, minha mundividência.
Eu gravitei em torno dos valores que dão sentido, dão grandeza, dão propósito à existência individual e coletiva. Eu não perdi a viagem. A frase é essa.
O mensalão é o mais grave escândalo de corrupção do país, como disse o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, analisando numa perspectiva histórica?
Nunca fiz essa comparação, se esse é o mais grave ou não. Sabe por quê? Na medida que você diz, esse é o mais grave, você já resvalou para o campo da subjetividade, e eu me defendo da minha própria subjetividade, faço o possível para mim, porque as leis têm esse papel, livrar o juiz de si mesmo.
O sr. disse que PSDB e PT perderam o entusiasmo. Perder o entusiasmo significaria, neste caso, montar um esquema como o do mensalão?
Não estou dizendo isso. Eu digo que os crimes eram graves, todos, mas a corrupção passiva, em mim, despertava uma reflexão até mais aprofundada no sentido de endurecimento das penas, pelo menos para início de discussão.
Por quê? Porque, se não bastasse nossa tradição ruim de eleitores de cabrestos, agora temos uma era de eleitos de cabrestos. Porque o eleito propinado se torna de cabresto.
E, nos meus votos, deixei claro, tentei mostrar que não era o Supremo que estava mudando de opinião, é que o caso é diferente, o caso é singularíssimo, a exigir do Supremo ineditismo conceitual, mas na exata medida da singularidade dos fatos. Fatos novos singulares pedem visualizações jurídicas novas também.
O resultado do julgamento significa um revés também para a política?
A despeito do que disse, a utopia não pode se dissociar da política jamais. Porque, se não, você está dando um ducha fria na atividade política, e não se pode fazer isso. A atividade política é a mais importante atividade social.
Alan Marques/Folhapress
Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, conversa com relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa
Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, conversa com relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa
Nesses nove anos de STF, o sr. já ficou emocionado com alguma causa a ponto de chorar?
Muitas, muitas. Quando presidi aquela primeira audiência pública da história do Supremo, do Judiciário, sobre células-tronco embrionárias, subiu Mayana Zatz, aquela geneticista brilhante, autoridade mundial, e deu um depoimento sobre uma criança paraplégica, ou tetraplégica.
Ela disse que tratava essa criança de uns 7 ou 8 anos em vão. Usava todos os recursos da medicina convencional em vão. Um dia a menina mandou chamá-la e ela foi ao hospital. Eu desabei. Eu já desabei várias vezes, mas essa foi a mais forte.
A menina disse: "Doutora, eu mandei lhe chamar pelo seguinte. Por que a senhora não abre um buraco nas minhas costas e põe dentro desse buraco uma pilha, uma bateria, para que eu possa andar como minhas bonecas?".
Quando essa mulher disse isso, respondi para mim mesmo: Essa menina de sete anos acaba de fazer meu voto. Como é que eu posso ser contra? Como? Esse foi um dos momentos mais fortes.
O sr. acha que o Supremo deveria liberar o aborto para outros casos, além do de feto anencéfalo?
É como a droga. Eu tenho abertura para a tese da descriminalização das drogas, mas não tenho opinião formada. Tenho simpatia, tendência, mas não tenho ponto de vista formado.
A mesma coisa do aborto, mas não tenho ponto de vista formado. Para mim, o grande problema é o traficante, é o tráfico. Isso é a causa de uma criminalidade mais do que sistemática, contínua ou metódica, é sistêmica. Disseminada e capilarizada.
O sr. avalia que o Estado está perdendo essa guerra contra o tráfico?
Não, não está perdendo. Eu ainda acredito no poder preventivo e repressivo do Estado nessa matéria. E o melhor é a discussão. Da discussão nasce a luz.
Olha aí, mais um exemplo, quando dissemos que é legítima a passeata, o ato público, a reunião em praça pública para discutir a descriminalização da maconha. Aliás, o uso puro e simples já está descriminalizado.
Não ainda. A pena é mais leve. Só que gera distorção.
Isso! O rico, quando é pego com maconha, é reputado como usuário. E o pobre, quando é preso com maconha, é tido como traficante, como pequeno traficante.
Por que isso, ministro?
Pois é. Nossa cultura elitista. Então veja como o Supremo avançou a dizer que todo tema pode ser manifestado. Nenhuma lei, nem mesmo a Constituição, pode blindar a si mesma de qualquer discussão.
O que vai ser a vida do presidente do Supremo pós-Supremo?
Olha, vai ser entusiasmada como tem sido aqui. Entusiasmo é Deus dentro da gente. Os gregos dizem isso. Eu ponho alegria e amor no que faço.
Algum desejo de entrar na carreira política, disputar eleição?
Não. Nenhuma. Aprendi na vida o seguinte: chega uma época em que você, em tudo o que você faz, já não precisa ser reconhecido, precisa se reconhecer. É o caso. Eu me reconheço no que faço.
Aí você diz, mas por que você se reconhece? Aí eu digo: porque, sem nenhum esforço, não me vejo criando abismo, vácuo, distância entre o que eu prego e o que eu faço. Não me vejo, de jeito nenhum.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

FEUDO BRASIL. Impostos e posse de terra. 1000 anos de exploração.

IBPT - INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIOPERCENTUAL DE TRIBUTOS SOBRE O PREÇO FINAL!!!
PRODUTO                                                                 % Tributos/preço final
Passagens aéreas
8,65%
Transporte Aéreo de Cargas
8,65%
Transporte Rod. Interestadual Passageiros
16,65%
Transporte Rod. Interestadual Cargas
21,65%
Transp. Urbano Passag. - Metropolitano
22,98%
Vassoura
26,25%
CONTA DE ÁGUA
29,83%
Mesa de Madeira
30,57%
Cadeira de Madeira
30,57%
Armário de Madeira
30,57%
Cama de Madeira
30,57%
Sofá de Madeira/plástico
34,50%
Bicicleta
34,50%
Tapete
34,50%
MEDICAMENTOS
36%
Motocicleta de até 125 cc
44,40%
CONTA DE LUZ
45,81%
CONTA DE TELEFONE
47,87%
Motocicleta acima de 125 cc
49,78%
Gasolina
57,03%
Cigarro
81,68%

PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS
Carne bovina
18,63%
Frango
17,91%
Peixe
18,02%
Sal
29,48%
Trigo
34,47%
Arroz
18,00%
Óleo de soja
37,18%
Farinha
34,47%
Feijão
18,00%
Açúcar
40,40%
Leite
33,63%
Café
36,52%
Macarrão
35,20%
Margarina
37,18%
Margarina
37,18%
Molho de tomate
36,66%
Ervilha
35,86%
Milho Verde
37,37%
Biscoito
38,50%
Chocolate
32,00%
Achocolatado
37,84%
Ovos
21,79%
Frutas
22,98%
Álcool
43,28%
Detergente
40,50%
Saponáceo
40,50%
Sabão em barra
40,50%
Sabão em pó
42,27%
Desinfetante
37,84%
Água sanitária
37,84%
Esponja de aço
44,35

PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE
Sabonete
42%
Xampu
52,35%
Condicionador
47,01%
Desodorante
47,25%
Aparelho de barbear
41,98%
Papel Higiênico
40,50%
Pasta de Dente
42,00%

MATERIAL ESCOLAR
Caneta
48,69%
Lápis
36,19%
Borracha
44,39%
Estojo
41,53%
Pastas plásticas
41,17%
Agenda
44,39%
Papel sulfite
38,97%
Livros
13,18%
Papel
38,97%
Agenda
44,39%
Mochilas
40,82%
Régua
45,85%
Pincel
36,90%
Tinta plástica
37,42%

BEBIDAS
Refresco em pó
38,32%
Suco
37,84%
Água
45,11%
Cerveja
56,00%
Cachaça
83,07%
Refrigerante
47,00%
CD
47,25%
DVD
51,59%
Brinquedos
41,98%

LOUÇAS
Pratos
44,76%
Copos
45,60%
Garrafa térmica
43,16%
Talheres
42,70%
Panelas
44,47%

PRODUTOS DE CAMA, MESA E BANHO
Toalhas - (mesa e banho)
36,33%
Lençol
37,51%
Travesseiro
36,00%
Cobertor
37,42%
Automóvel
43,63%

ELETRODOMÉSTICOS
Sapatos
37,37%
Roupas
37,84%
Aparelho de som
38,00%
Computador
38,00%
Fogão
39,50%
Telefone Celular
41,00%
Ventilador
43,16%
Liquidificador
43,64%
Batedeira
43,64%
Ferro de Passar
44,35%
Refrigerador
47,06%
Vídeo-cassete
52,06%
Microondas
56,99%

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
Fertilizantes
27,07%
Tijolo
34,23%
Telha
34,47%
Móveis (estantes, cama, armários)
37,56%
Vaso sanitário
44,11%
Tinta
45,77%
Casa popular
49,02%
Mensalidade Escolar
37,68% (ISS DE 5%)
ALÉM DESTES IMPOSTOS, VOCÊ PAGA DE  15% A 27,5% DO SEU SALÁRIO A TÍTULO DE IMPOSTO DE RENDA, PAGA O SEU PLANO DE SAÚDE, O COLÉGIO DOS SEUS FILHOS, IPVA, IPTU, INSS, FGTS, ETC. ETC. ETC...