quarta-feira, 20 de março de 2013

SE SOGRA É PRA ESSAS COISAS, EX-SOGRA TEM QUE SER PIOR!


Histórias de casamento...
 ( dos dias de hoje) 
Houve tempo em que a família obrigava as filhas a casar quando engravidavam. E quem insistia no enlace eram os pais da noiva. 
Mas os tempos mudaram.
Por que?  -Fato é que os pais obrigavam o rapaz a assumir a responsabilidade pelo fato de ter feito “o mal” à sua filha. Talvez resultado da independência feminina,  passaram as obrigar as filhas a “segurar a onda “pelo “mal que fizeram aos marmanjos ao engravidar. Afinal, eles entram com o membro reprodutor e a “beleza”.
Mal dos tempos, sobra a situação de inconsistência familiar enquanto a imagem do provedor e mantenedor não tem mais foco. Se o varão não se sente responsável pela manutenção da família e partícipe do processo de gestão de um lar, resta sobrecarga de trabalho, sobrecarga emocional, cansaço e exploração da mulher-mãe-mantenedora.
Vantagem da revolução feminista?-Nada! Eles encontraram uma forma de se manter no poder. Poder de explorar, manipular, mentir e levar vantagem.
Explorados, diminuídos, abandonados e ludibriados ficam os filhos sem pais.
Situação : Criança se acidenta na creche, faz um corte profundo no queixo.  A professora avisa à mãe. A criança, ao telefone, diz:
-Mãe, saiu um pouco de sangue mas não precisa vir me buscar não. Estou bem.
E lá vai a mãe, desesperada. Salta todos os obstáculos e vai atender ao filho, claro! E tudo se resolve. Afinal, mães são assim.
Mas avós e sogras não se contentam com a situação e sempre tomam as dores da filha. Em vão, por que, cedo ou tarde, a relação irresponsável se refaz e os pombinhos terminam retomando a convivência em nome do apoio ao filho. Certamente o maior erro.
Essa situação triste de família forçada resulta em diálogos do tipo:
Avô - Enquanto o filho quebra o queijo o pai se lhe quebra a cara. O tempo não para: para alguns, para outros o tempo não passa.
Pai - Estou numa festa de aniversário, seu babaca!
Avô - E dai, papai? Seu filho sofreu um acidente e está há 2horas esperando atendimento Pai - Tem o que fazer não? ? Vá cuidar da sua vida... kkkk como tem gente idiota
Avó - É verdade.!!!Além de gente idiota, tem muito mais gente grosseira, mal educada e irresponsável, papai!
HELO Srs. Pais!!!
A vida está tentando lhes alertar para ver se cai a ficha e vocês passam a perceber de que tem um filho lindo, uma filha doce a espera de seu apoio. 
O TEMPO NÃO PÁRA! A referência de um pai ausente é uma marca terrível e os país irresponsáveis de hoje foram filhos de pais irresponsáveis, egoístas e egocêntricos. Todos  sabemos bem disso.
Experiências de vida podem servir de orientação quando o EGOCENTRISMO e o EGOISMO não dominam o ser humano. Digo: HUMANO!!!
Objetos não tem esse dom.
Babaca é aquele que se nega a assumir as responsabilidades.
Babaca é gente grosseira.
Babaca é gente que desrespeita os mais velhos, os mais jovens, a vida.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Quase poesia...


O pai e o pimba

(A letra que o Renato não escreveu)

O pai é, O pimba vem 
Pai... sempre, pimba... às vezes
O pai proporciona, o pimba concede
O pai dá, o pimba presenteia ( quando sobra)
O pai ... presente, o pimba...quando pode
Pai ...aço, pimba...palhaço
Pai trabalha para proporcionar amor, carinho, estudo, qualidade de vida
Pimba barganha pensão, por que o que ganha é insuficiente para ele se divertir, beber sua cerveja com os amigos
Pai trabalha, pimba joga.
Pai é, pimba.. foi.


Vovovita

domingo, 10 de março de 2013

Por uma democracia menos cacique

BY 
130310-Indios3b

Para Washington Novaes indignação não basta. Reinventar política exige conhecimento, alternativas e relações sofisticadas de autoridade, como… as dos índios!
Entrevista a Inês Castilho, editora da série Outra Política
As sociedades indígenas podem ser exemplos inspiradores para nós, caras pálidas. Estamos condicionados a observar apenas suas carências. Não enxergamos outro aspecto, que poderia nos inspirar: “São sociedades sofisticadas”. Cultivam as relações horizontais, a liberdade de não receber ordem de ninguém; o acesso livre à informação; respeito e liberdade nas relações entre homem e mulher. Quem convida a esta nova mirada é o jornalista Washington Novaes, voltado há mais de 50 anos ao exame de assuntos ligados a ambiente, desenvolvimento e democracia. Autor do documentário “Xingu, a terra ameaçada”, reconhecido por inúmeros prêmios nacionais e internacionais, autor de treze livros, Novaes foi entrevistado no âmbito do estudo Política Cidadã, produzido pelo instituto Ideafix para o IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade).
Décadas de convívio com grupos indígenas levaram-no, por exemplo, a observar que, entre eles, ninguém se apropria da informação para transformá-la em poder político ou econômico. E a sugerir que talvez a era da internet, e o fim da comunicação de massas, tenham recriado condições para isso entre nós – desde que alcançadas certas condições políticas. “Para ser democrática, a informação tem que pertencer à sociedade. Mas não há legislação que proteja isso.”
Outra lição a aprender com os índios é o modo como evitam a sobrecarga dos recursos ambientais, ao dividir a aldeia cada vez que a população se torna excessiva. “Não construir megaconcentrações humanas é de uma enorme sabedoria”. Nós, ao contrário, elegemos o padrão das metrópoles como modelo de cidade, com ruas entupidas de prédios e carros. “O sujeito faz cinco torres de 40 pavimentos, e isso vai provocar um impacto enorme no trânsito, nas necessidades de água e esgoto, no lixo, na energia.“. Para ele, é possível construir vidas mais autônomas, mais livres, mais seguras. Mas para isso é preciso ir além da retórica da indignação. “Parte da sociedade vive nessa inação porque sonega impostos, suborna guarda, fura fila, não respeita a lei.”
Superar a condição de indivíduos alienados: essa é a difícil missão que nós e nossas próximas gerações temos de encarar, segundo Novaes. “Cada cidadão precisa pensar nos impactos que produz e em como reduzi-los. Isso vai implicar mudanças nos modelos de construção, nos modelos de energia. Porque, da forma que está, estamos caminhando para impasses gigantescos”, alerta o jornalista. Ele lembra que, em 1997, quando foi aprovado o protocolo de Kyoto, estabeleceu-se que em 15 anos, até 2012, os países industrializados reduziriam suas emissões de gases poluentes em 5,10%. “Pois ao invés de diminuírem 5,2%, as emissões aumentaram 45%. Estamos consumindo recursos mais de 30% além da capacidade de reposição do planeta. Isso é insustentável.”
Washington considera que só indo além das fronteiras do Estado-Nação, e definindo princípios de governança global democrática a humanidade poderá sair do atoleiro em que está mergulhada. “Como é que vamos continuar dessa forma, em que os países industrializados, com menos de 20% da população, consomem 80% dos recursos e têm quase 80% da renda do mundo? Não se trata de ter um governo mundial, mas de ter princípios universais”. A seguir, a entrevista.
130310-Washington Novaes
Qual é a sua percepção sobre a participação política do brasileiro?
Penso que a sociedade brasileira está em um momento crítico, porque vive indignada com a incompetência administrativa, o descaso, a corrupção, mas em geral se limita ao que eu chamo de retórica da indignação. Fica indignada, mas incapaz de movimentos que possam mudar o quadro.
Parte da sociedade vive nessa inação porque são muitos os cidadãos que sonegam impostos, subornam guarda, furam fila, não respeitam a lei. É preciso mudar isso. E também aprender a organizar-se em grupos para discutir os assuntos que incomodam, e chamar para ajudar na discussão o ministério público, a universidade etc. Para a partir daí criar objetivos concretos e levar ao campo da política – ou tudo vai continuar como hoje. Seria muito importante também para a universidade, que foi muito perseguida durante a ditadura militar e se fechou para os problemas da sociedade.
O problema é complexo e grave. Estava relendo os relatórios do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) do começo da década de 1990, e eles dizem uma coisa em que é preciso pensar: no mundo moderno, o Estado se tornou pequeno demais para enfrentar os grandes problemas do mundo, e ao mesmo tempo grande demais, incapaz de se aproximar dos problemas do cidadão comum. O Estado ficou imobilizado pelos dois lados, e a sociedade precisa aprender a romper com isso. É preciso ter macropolíticas capazes de responder aos grandes problemas da sociedade, mas também uma descentralização que leve o poder a se aproximar do cotidiano do cidadão.
Principalmente nesse mundo de hoje, em que a metrópole está se tornando um padrão. São Paulo, por exemplo, é um padrão de metrópole que foi se estendendo pelo interior, ao longo do eixo que passa por Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia, até o Centro-Oeste, em Goiânia. E mesmo em lugares mais distantes, como Manaus, Belém e Boa Vista, vai-se encontrar essa mesma coisa. Em uma daquelas grandes avenidas de Manaus não vai se ver floresta, característica da Amazônia – só se veem prédios, só torres. Em Belém, a mesma coisa. Em Porto Velho o trânsito é um inferno. É preciso repensar isso, não manter esse modelo de transportes. Ou vamos continuar despejando centenas de milhares de carros por mês em lugares onde já não há mais como se mover? Centenas de milhares de motocicletas?
Quais os temas capazes de mobilizar a sociedade brasileira hoje, a seu ver?
A questão do transporte, certamente, é um deles. A segurança pública é outro tema. Penso também que o financiamento de campanhas, se houver uma discussão bem conduzida, pode ser muito eficaz. Porque hoje a influência de quem financia as campanhas se tornou muito grande. Os financiamentos vêm principalmente das grandes construtoras, das grandes empresas de coleta de lixo. E isso acaba determinando rumos para a política. É preciso que se discuta: não seria o caso de caminharmos para o financiamento público das campanhas? Os críticos desse modelo dizem que o financiamento pode ser público e, por trás do pano, continuar tendo financiamento privado. Não sei, é preciso discutir isso. Será que o caminho é o modelo do representante distrital, para aproximar a discussão das comunidades? O financiamento das campanhas precisa ser discutido porque, do jeito que está, eu às vezes penso, ironicamente, que talvez o modelo mais democrático tenha sido o da ditadura militar, em que só se podia botar na televisão o retrato 3×4 e três linhas de biografia. Aí se igualavam as possibilidades.
Acho também que, nessa questão das macropolíticas, é preciso discutir como é que se vai fazer, porque tudo o que o ser humano faz tem um impacto sobre o meio físico. No grande meio urbano esses impactos são grandes, e não são compensados por quem os provoca. Por exemplo, o sujeito faz cinco torres de 40 pavimentos, e isso vai provocar um impacto enorme no trânsito, nas necessidades de água e esgoto, no lixo e na energia. E quem é que paga por isso? Vivem abrindo exceções para deixar construir além do gabarito, de modo a não cobrar os impactos. Isso precisa mudar, a sociedade precisa discutir isso.
Trata-se de repensar nosso modo de vida em vários aspectos, não é?
Cada cidadão precisa pensar nos impactos que produz e em como reduzi-los. Isso vai implicar mudanças nos modelos de construção, nos modelos de energia. Porque, da forma que está, estamos caminhando para impasses gigantescos. Esses dias saiu uma notícia assim: em 97, quando foi aprovado o protocolo de Kyoto, se estabeleceu que os países industrializados reduziriam as suas emissões de gases poluentes em 5,10% até 2012. O balanço diz que essas emissões aumentaram 45%, e não diminuíram 5,2%. Os relatórios do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente mostram que estamos consumindo recursos mais de 30% além da capacidade de reposição do planeta. Isso é insustentável.
Tudo continua sendo regido pelas lógicas financeiras – sejam os países, sejam as empresas, até as próprias pessoas. Mas estamos caminhando para problemas graves. Primeiro, porque a situação do mundo está muito difícil. Já temos um bilhão de pessoas passando fome, e a chamada crise da água ameaça dois terços da humanidade. O Kofi Annan, que foi secretário-geral da ONU durante uma década – um homem experiente, informado – tem repetido e repetido o seguinte: hoje, os problemas centrais do nosso tempo não estão no terrorismo, mas nas mudanças climáticas e no consumo de recursos além da capacidade de reposição do planeta – Eles são uma ameaça à sobrevivência da espécie humana. Ainda mais lembrando que tudo isso vai ser agravado, porque a previsão dos demógrafos da ONU é de mais três bilhões de pessoas no mundo. Agora em novembro [de 2011] chegamos a sete, não é?
E há um ângulo que praticamente não se discute, que é o direito da sociedade à informação. Não estou falando em censura, ausência de liberdade de pensamento – não é isso. Estou falando o seguinte: hoje se sabe que quem tem mais informação tem mais poder. Mas não há nenhuma legislação que diga a quem pertence essa informação – porque, para ser democrática, ela tem que pertencer à sociedade. Se quem tem mais informação tem mais poder, a informação tem que ser democrática para que o mundo seja democrático, não é? Mas não há legislação que proteja isso.
Uma forma de regulação da mídia?
A meu ver, seria preciso escrever na Constituição que a informação é um direito, um bem da sociedade. É preciso legislar para regulamentar e proteger este direito. Não há nada, hoje, que diga aos meios de comunicação como devem proceder. Quer dizer, o meio de comunicação publica ou bota no ar o que ele quer. O critério é dele. Nisso aí está implícito o direito de omitir informação. É preciso reconhecer que há um direito da sociedade à informação, definir como isso vai ser colocado na Constituição e qual é a legislação que vai proteger esse direito.
Isso me faz lembrar as sociedades indígenas, nas quais a informação circula livremente. Haverá outras lições para nós, nessas sociedades?
A nossa visão de brancos, vamos chamar assim, sobre as sociedades indígenas, é muito peculiar, porque olha o índio não pelo que ele tem, mas pelo que ele não tem. Vê que o índio anda nu, que não tem isso, não tem aquilo. E não enxerga que as sociedades indígenas talvez estejam apontando em direção à utopia humana.
Uma delas é que, no seu formato tradicional, não há nas sociedades indígenas delegação de poder. O chefe não tem poder para dar ordem. Numa sociedade que se mantém viva, se um índio der ordem para outro, o outro vai achar aquilo engraçado, alguém dar ordem para ele. O chefe é o que mais sabe da cultura, o que mais sabe da divisão do trabalho, é o grande mediador de conflitos, tem de falar melhor. É o que mais sofre, também. Mas não dá ordem a ninguém. Nós, brancos, não enxergamos que luxo é viver, nascer e morrer numa sociedade sem nunca receber ordem de ninguém.
Da mesma forma, também nos esquecemos de que, quando uma sociedade indígena está na força da sua cultura, um índio é autossuficiente, não depende de ninguém para nada. Ele sabe fazer sua casa, sabe fazer sua lavoura, sabe fazer sua canoa, sabe fazer seus instrumentos de trabalho, a sua rede, os seus objetos de adorno, sabe identificar na natureza espécies que sejam úteis. Quer dizer, ele não recebe ordem de ninguém e não depende de ninguém para nada, a vida inteira.
E a informação é aberta – o que um sabe, todos podem saber. Ninguém se apropria da informação para transformá-la em poder político ou econômico. Além de aquelas sociedades darem muita atenção ao seu entorno: nos lugares que conheço, quando uma aldeia chega a 300, 400 pessoas, ela costuma se dividir, exatamente para que não haja uma sobrecarga dos recursos ambientais dos quais a aldeia depende. Isso também é de uma enorme sabedoria, não construir megaconcentrações humanas.
E quanto ao relacionamento entre os gêneros?
Sobre a relação entre homem e mulher, eu sempre cito um aspecto para o qual o Orlando Villas Boas me chamou a atenção: em geral são sociedades em que a união entre homem e mulher é absolutamente livre. Casa e descasa quando quer, ninguém tem nada a dizer, não há nenhuma sanção social. Digamos que o homem não esteja satisfeito com a mulher, porque ela não está trazendo água limpa para casa, e isso é uma tarefa da mulher. Se ele quiser, pode simplesmente dizer “não tenho água, vou-me embora” – e ir embora. Mas, se ele quiser continuar com a mulher, não vai sequer dizer a ela que não está satisfeito, porque isso pressupõe que ele tem direito a que ela traga água para casa e pode reclamar se ela não trouxer – e ele não tem esse direito, ela traz se quiser. Está nas divisões de trabalho: é uma tarefa da mulher trazer água limpa para casa. Mas, se ela não quiser, não traz – e o homem não pode se queixar.
O que ele pode fazer é procurar o chefe, os mais velhos, e dizer: “olha, minha mulher não está trazendo água limpa para casa”, e eles provavelmente vão reunir os homens e as mulheres e explicar como é a divisão de trabalho na etnia deles, porque tais tarefas cabem aos homens e tais tarefas cabem às mulheres, e entre essas tarefas está trazer a água limpa para casa. Se a mulher quiser botar a carapuça, ela bota; se não quiser, também não bota. Mas não há sequer o direito de queixa.
É muito sofisticado, isso. São utopias em direção às quais a nossa sociedade precisa olhar, principalmente na crise em que estamos mergulhados. Temos que mudar os nossos modos de viver, eles são insustentáveis, incompatíveis com as possibilidades do planeta. Temos que encontrar outros caminhos.
A liberdade sempre foi uma bandeira de luta. Ainda é, hoje?
A gente falou das sociedades indígenas onde isso, digamos assim, chega ao extremo possível. No extremo possível da liberdade. Já os nossos modos de viver restringem cada vez mais a nossa liberdade. Estamos dependentes de uma porção de coisas fora de nós. Precisamos repensar nossos modos de viver para ter vidas mais autônomas, mais livres, mais seguras.
Sou de uma pequena cidade do interior de São Paulo, Vargem Grande do Sul. Com cinco ou seis anos de idade, eu andava sozinho pela cidade inteira e isso não implicava nenhum risco. Era uma cidade pequena, não tinha trânsito, todas as pessoas me conheciam. Meu pai era professor primário e minha mãe, costureira. E no entanto tínhamos um nível de vida que, para que eu pudesse proporcionar isso hoje, para meus filhos e netos, precisaria ser muito rico. Por exemplo, alimentação: um verdureiro trazia verduras na porta de casa, orgânicas, da mais alta qualidade; um leiteiro trazia o leite; e o pão era comprado ali na esquina. Ninguém tinha geladeira, então se comprava de manhã a carne abatida na madrugada e depois outra, abatida na parte da tarde, para ter sempre carne fresca. Era um alto nível de sofisticação alimentar. Nossa vida foi ficando cada vez mais complexa e difícil.
Considerando que não é possível voltar ao passado, como você enxerga as novas gerações vivendo nesse planeta?
Penso que as novas gerações estão muito envolvidas nesta sociedade complexa e tecnológica porque nunca conheceram outras possibilidades. O jovem hoje passa metade do dia na frente de uma tela de computador, até porque não tem outra possibilidade. Outra possibilidade implicaria o quê? Insegurança, sair de casa, riscos com o trânsito, com assaltos, perder tempo no transporte. Então, ele fica preso nisso.
Você pensa que a tecnologia, as redes sociais têm um papel nos processos de mobilização política?
A tecnologia tem muitos papeis e muitos caminhos, bons e ruins. A tecnologia implica um consumo de recursos naturais e de energia elétrica muito grande, implica caminhos que também precisam ser revistos. Exige um uso de minérios que está em crise, inclusive o de minérios mais raros, que têm grande aplicação na área tecnológica, computadores, celulares – há um impacto sobre isso, também.
Pensando no que falou até aqui, você imagina novas formas de fazer política?
A mesma coisa que a sociedade precisa fazer, tem que fazer também quem quer fazer política: chamar a sociedade para discutir. Ouvir a sociedade, ouvir as pessoas, ouvir o conhecimento, ser capaz de formular projetos e, depois, batalhar por eles. Não pode, repito, continuar nesta mera retórica da indignação.
Você imagina uma governança global no futuro?
Não sei se haverá uma governança global. Penso que, se a humanidade conseguir encontrar um rumo para sair deste imenso atoleiro no qual está mergulhada, vai ter que definir regras para todos os países. Porque veja, por exemplo, o impasse em que está a Convenção do Clima: os países emergentes e os países pobres dizem: quem tem de reduzir as emissões são os países industrializados, que emitem há muito mais tempo e em maior quantidade. Aí os países industrializados dizem: mas se os emergentes e os outros não aderirem não vai adiantar, porque hoje os emergentes e os pobres juntos já emitem mais do que os industrializados.
Como é que vamos continuar dessa forma, em que os países industrializados, com menos de 20% da população, consomem 80% dos recursos e têm quase 80% da renda do mundo? Como vamos fazer com isso aí? Vai continuar? Um habitante de um país industrializado consome 15 vezes mais energia que um habitante de um país pobre. Então, sobre regras de governança: não se trata de ter um governo mundial, mas de ter princípios universais.

sábado, 9 de março de 2013

A Vida Secreta da Natureza






Por ocasião da Semana do Meio Ambiente (um evento que esta Escola não poderia deixar de fazer menção), gostaria de compartilhar aqui a introdução do livro “A Vida Secreta da Natureza” do jornalista Carlos Cardoso Aveline. Trata-se de uma ótima leitura para quem deseja entender melhor as raízes da crise ambiental e busca iniciativas ecologicamente sustentáveis. *
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A Vida Secreta da Natureza – Introdução
A natureza, cuja evolução é eterna, possui valor em si mesma, independentemente da utilidade econômica que tem para o ser humano que vive nela. Esta idéia central define a chamada ecologia profunda – cuja influência é hoje cada vez maior – e expressa a percepção prática de que o homem é parte inseparável, física, psicológica e espiritualmente, do ambiente em que vive.
Na nova era global, milhões de pessoas voltam a perceber que o sentimento de comunhão com a natureza é um dos mais elevados de que o ser humano é capaz, e fonte de grande felicidade. Não é coisa do passado ou um costume do tempo das cavernas. Ao contrário, deverá marcar as civilizações do futuro. Em qualquer tempo histórico, o convívio direto com a natureza foi e será um fator decisivo para o bem-estar físico e psicológico do ser humano.
A expressão ecologia profunda foi criada durante a década de 1970 pelo filósofo norueguês Arne Naess, em oposição ao que ele chama de “ecologia superficial” – isto é, a visão convencional segundo a qual o meio ambiente deve ser preservado apenas por causa da sua importância para o ser humano.
Ao nível superficial, o homem coloca-se como centro do mundo e quer preservar os rios, o oceano, as florestas e o solo porque são instrumentos do seu próprio bem-estar. Quando olha para o meio ambiente com esta preocupação, o homem só enxerga os seus próprios interesses, já que, inconscientemente, se considera a coisa mais importante que há no universo. Olha a árvore e vê madeira. Olha o solo e vê o potencial agrícola ou a possível exploração de minérios. Olha o rio e vê umcurso d’água navegável por barcos de determinado porte. Ele sabe que deve preservar os chamados recursos naturais, porque são preciosos. A natureza para ele é um grande cofre, abarrotado de riquezas renováveis, mas que deve ser cuidadosamente preservado. Daí a necessidade de autoridades ambientais atuantes e uma boa legislação que preserve o meio ambiente.
Este nível da consciência ecológica tem importância, porque faz com que os seres humanos questionem seu comportamento econômico e comecem a perceber mais claramente que a ética, afinal, dá bons resultados. A postura mais primitiva, de mera pilhagem, vem sendo deixada de lado em grande parte da economia. As políticas públicas de meio ambiente têm reforçado até hoje prioritariamente este primeiro nível, claramente insuficiente, de consciência ambiental. A multa, a repressão, a aplicação da legislação ambiental e a fiscalização seriam instrumentos muito úteis a curto prazo, se no Brasil a política nacional de meio ambiente não tivesse sido tão persistentemente esvaziada.
Mas as boas notícias são mais fortes que as más. Uma nova consciência empresarial já repensa o conjunto das atividades econômicas a partir da meta de administrar sabiamente, a longo prazo, os recursos naturais. As gerações mais recentes de empresários e executivos trazem consigo uma forte consciência ambiental. Sua atitude é compatível com a descrição holista do universo e com a ecologia profunda. Progresso econômico e bem-estar material deixam de ser inimigos da preservação ambiental ou da busca espiritual. As novas tecnologias permitem aumentar a produção, ao mesmo tempo que se diminui, radicalmente, o impacto ambiental. O verdadeiro progresso econômico – surge agora um consenso em torno disso – deve ser socialmente justo e ecologicamente sustentável. As medidas convencionais e de curto prazo para a preservação ambiental combatem os efeitos da devastação e pressionam pela gradual adaptação das atividades econômicas às leis da natureza. Mas a ecologia profunda dá um sentido maior às estratégias convencionais de preservação. Atacando as causas ocultas da devastação, projeta e estimula o surgimento de uma nova civilização culturalmente solidária, politicamente participativa e ecologicamente consciente.
Em última instância, as causas da destruição ambiental são o individualismo ingênuo, o sentimento de cobiça material sem freios e a ilusão de que o ser humano está separado do meio ambiente, podendo agir sobre ele sem sofrer as conseqüências do que faz. Ter isto claro é importante. No entanto, não basta uma percepção teórica deste dilema ético. Além de compreender intelectualmente o princípio da unidade ecológica de tudo o que há, é oportuno vivenciar e deixar-se inspirar pelo sentimento da comunhão com a natureza. Deste modo, aprende-se a colocar cada um dos processos econômicos e sociais a serviço da vida, já que é absurdo pretender inverter o processo e colocar a vida a serviço deles.
Não há, pois, oposição real entre a ecologia convencional ou de curto prazo e a ecologia profunda ou mística. São dois níveis diferentes de consciência. Ambos são indispensáveis, e são mutuamente inspiradores. Foi em meados da década de 1980 que diversos pensadores – Warwick Fox, Henryk Skolimowski e Edward Goldsmith, além do próprio Arne Naess – começaram a produzir textos variados a partir do ponto de vista da ecologia profunda. A nova física e a nova biologia, com Fritjof Capra, Gregory Bateson, Rupert Sheldrake, David Bohm, e também os trabalhos científicos de James Lovelock e Humberto Maturana, entre outros, deram legitimidade científica à ecologia profunda. Em sua vertente religiosa, esta corrente de pensamento tem ampla base de apoio na tradição mística de todas as grandes religiões da humanidade. São Francisco de Assis, padroeiro da ecologia, está longe de ser uma figura isolada.
Cauteloso, Arne Naess recusou-se a criar um sistema racionalmente coerente – um circuito fechado de idéias – capaz de limitar o conceito de ecologia profunda, e manteve-o como uma idéia aberta segundo a qual a variedade da vida é um bem em si mesma. Para Naess, esta ecologia surge do reconhecimento interior da nossa unidade com a natureza. O fato nem sempre requer explicações e muitas vezes não pode ser descrito com palavras. Mas a ação freqüentemente mostra com clareza o que é ecologia profunda.
Em certa ocasião, um rio da Noruega foi condenado à destruição para que fosse construída uma grande hidrelétrica. As margens do curso d’água seriam inundadas para que se fizesse o lago da barragem. Um nativo do povo Sami recusou-se, então, a sair do lugar. Quando, finalmente, foi preso por desobediência e retirado dali à força, ele não teve opção. Mais tarde a polícia perguntou-lhe por que se recusara a sair do rio. Sua resposta foi lacônica:
“Este rio faz parte de mim mesmo”.
O indígena estava certo. O meio ambiente faz, realmente, parte de nós mesmos. São dele o ar que respiramos e a água que compõe 70 por cento do nosso corpo físico. Dele vêm os nutrientes que renovam a cada instante as nossas células. Esta unidade dinâmica não está limitada ao plano material da vida, mas também é psicológica e espiritual, mesmo que alguns de nós não tenham plena consciência disso.
A Vida Secreta da Natureza reúne textos publicados inicialmente nas revistas Planeta, Planeta Nova Era e outras publicações. A seguir, veremos experiências de contato direto com o mundo natural como fonte de inspiração para a alma humana em seu crescimento interior. E também reflexões sobre a proposta de um desenvolvimento ecologicamente sustentável; sobre a cidadania local e global como base para a construção de uma civilização solidária; e sobre a poderosa combinação atual entre o pensamento ecológico, a ciência moderna e a tradição esotérica.
Brasília, 30 de janeiro de 1999.
* Publicado em http://www.nodo50.org

quarta-feira, 6 de março de 2013

A Energia Sexual e a Espiritualidade

A partir do nitnet, extraido, com pequenas alterações, do site: http://pedacinhosdeluz.blogspot.com/2009/03/energia-sexual-e-espiritualidade.html)



Para o aspirante à evolução espiritual, esse é um assunto complexo e, um tanto constrangedor.
Temos que considerar a diferença de propósitos entre nossa personalidade e nosso ser superior.
Nossa personalidade usa o sexo para satisfazer seus desejos e impulsos, visando o prazer carnal e a reprodução; enquanto que..., nosso ser superior pode utilizar a energia sexual na ascensão espiritual, envolvendo o amor.

Nosso ego controla nossos desejos, extravasando a energia sexual apenas pelo chakra sexual, sem elevar essa energia aos chakras superiores, dentro de um propósito divino, como almeja nossa alma.

Na personalidade, especialmente no período da juventude, quando os hormônios masculino e feminino estão no seu auge, a sexualidade ocupa um papel destacado na maioria das pessoas, que olham para o sexo oposto como parceiros em potencial, sem considerar a possibilidade de uma relação de cunho espiritual.
Simplesmente, quer sentir o prazer que o sexo proporciona, e pronto! Se não possui um parceiro sexual não consegue se sentir feliz, e pode se tornar irritadiço e mal-humorado.

Nossa alma busca elevar a energia do chakra Svadhisthana que significa “Morada do Ser” visando uma conexão com o Alto e para chegar a orgasmos muito mais satisfatórios, plenos de espiritualidade, além da volúpia carnal, com emoção, responsabilidade e muito carinho. Quando a alma está presente na relação, o sexo não é mais a satisfação de nossas descargas hormonais, mais um ato puro e legítimo de verdadeiro amor! O nível de prazer é incomparável neste caso, podendo ser atingido o êxtase espiritual. Para maiores informações, consulte Tantra (2).
O sentimento amoroso deve ser partilhado entre as partes do casal, de uma maneira suave e terna, em que os parceiros fundem-se em um só sentimento. A alma coloca em primeiro lugar a outra pessoa e quer partilhar esse amor o maior tempo possível. Nada se espera em troca e tudo se ganha.
Nossos sentidos (tato, visão, paladar, audição) se aguçam e nos tornamos muito mais sensíveis ao delicado prazer. 


 Toda pessoa que está completamente centrada nos princípios divinos do Amor Incondicional e não admite outro tipo de relacionamento que não seja baseado na compreensão, companheirismo, amizade, cumplicidade, carinho, pode passar muito tempo sem ter relações sexuais, sem que isso lhe cause qualquer perturbação, até encontrar o parceiro que compartilhe de suas idéias. Mantém-se à espera do parceiro correto para vivenciar uma relação mais amorosa e livre de amarras cármicas.
As amarras são como fios de energia ligando um ao outro. Em toda relação sexual, existe troca de fluídos entre os parceiros. Cria-se um vínculo espiritual entre eles que não pode ser rompido, a não ser por um processo de purificação.



 Se não dominamos nossos impulsos sexuais, poderemos ser envolvidos pelas amarras cármicas, por onde continuam fluir sentimentos entre as pessoas conectadas.
Por exemplo, se dormirmos com uma pessoa mal humorada, com crises de depressão, ou com muita raiva, passamos a vivenciar essas pesadas emoções de nosso(a)(s) parceiro(a)(s). Muitas vezes, começamos a apresentar o mesmo comportamento daquele(a)(s).
Seria mais do que inteligente de nossa parte escolher com cuidado nossos parceiros.
O estado emocional que tivermos na hora da relação será o que iremos implantar em nossos companheiros (as). Antes de nos envolvermos com alguém, devemos ponderar amorosamente o que isso vai gerar na outra pessoa e em nós mesmos!
Culpa? Remorso? Qual sentimento será gerado em você? Que tipo de energia irá trocar com a(s) outra(s) pessoa(s)?
A energia sexual é uma das mais poderosas do Universo. Tentar controlá-la não é tarefa fácil. Precisamos escolher entre nossa consciência animal e nossa Consciência Crística.
Devemos elevar nossos instintos mais primitivos para uma condição de Amor Incondicional, quando nos pegamos olhando para alguém ou pensando em alguém com desejo puramente sexual. Isto requer auto-vigilância constante!
Precisamos começar a aprender a trabalhar com a energia sexual e purificá-la.
Como purificar essa energia?
Em primeiro lugar, devemos ter em mente que nosso corpo não é isolado de nosso Aspecto Divino. Quando reconhecermos esta verdade, poderemos usar a energia sexual como um instrumento para nos conectarmos com Ele.
Precisamos abrir todos os nossos chakras, principalmente o do coração e não utilizar mais só os dois primeiros (basal e sexual). 


 Abrindo nosso chakra do coração para a energia sexual , quando estamos amando nosso par como a nós mesmos, fortalecemo-nos contra doenças físicas e/ou psíquicas.
A energia da sexualidade precisa encontrar seu caminho para a Força Criativa de Deus.
Uma das práticas para sublimar a energia sexual é a abstinência de ato sexual por um curto período de tempo, que varia de pessoa para pessoa, conforme sua providência e necessidade. Quando retomarmos as atividades sexuais, procuremos fazê-la com a alma.
Sinta suas emoções! Tente ficar só com você mesmo. Conecte com seu Eu Superior. Seja o senhor de sua sexualidade e não se deixe dominar por ela.

 Eleve sua energia sexual ao Plano Superior, toda vez em que senti-la atuante em você. Peça ajuda ao Mestre Ascencionado que tiver mais afinidade, para que ele o oriente como controlar e equilibrar sua energia sexual, de forma seja usada apenas com amor.
O objetivo disto é a sublimação de sua energia interna. Tente elevar essa energia da seguinte forma:
Inicie o por seu chakra básico. Visualize-o na cor vermelha, girando em sentido horário, por alguns segundos.
Em seguida, visualize seu segundo chakra, na cor laranja, girando em sentido anti-horário e reunindo toda sua energia interna sexual. Comece a elevação energética em sua tela mental, na forma de uma esfera de luz laranja que serpenteia, em sua coluna vertebral e passa por todos os seus chakras.
Passe a esfera por seu chakra do plexo solar, seu terceiro. Depois, passe-a em seu quarto chakra, o cardíaco. Após isto, pelo quinto chakra, da garganta, pelo sexto da terceira visão, pelo seu coronário (sétimo chakra) e finalmente estabilize essa energia laranja, elevando-a a sua Presença Eu Sou.
Quando sentir sua energia sexual ancorada na Presença, proclame:
Eu Sou abençoado por esta energia, agora! 


 Peça ao Mestre Ascensionado que o ajudou a manter estável dentro de você a energia sexual elevada.
Faça esses exercícios dos chakras toda vez que sentir impulsos sexuais desenfreados. É muito importante, durante o processo de purificação que se abstenha de relações sexuais. Quando sentir que pode controlar essa energia, volte a pensar em seus relacionamentos com outra postura.
Sempre que estiver fazendo amor com seu(sua) parceiro(a), eleve sua energia sexual ao Plano Superior de Luz, à sua Presença Eu Sou. Essa prática deve ser usada assim que começarem as carícias amorosas preliminares. Em seguida, entregue-se ao amor de corpo de alma. Além de mantê-lo como uma pessoa sexualmente mais equilibrada, acelera seu processo de ascensão, em virtude da transmutação energética para propósitos além dos mundanos. E lembre-se: o prazer é muito maior...
Dessa forma, você se tornará um gerador de Amor e Luz, emanando apenas isto para quem se relacionar com você.
Perceberá que é muito mais gratificante um relacionamento baseado na elevação divina de sua energia sexual.

(1) Kundalini - (Wikipédia) 


 Kundaliní é o alegado poder espiritual primordial ou energia cósmica que jaz adormecida no Múládhára Chakra, o centro de força situado próximo à base da coluna, e aos órgãos genitais. É a energia que transita entre os chakras.
Deriva de uma palavra em sânscrito que significa, literalmente, "enrolada como uma cobra" ou "aquela que tem a forma de uma serpente". É a energia do Universo em seu aspecto Purna-Shakti, total, como potencial, sendo o Prana-Shakti o aspecto biológico, ou fisico, como calor, eletricidade, etc.
O termo é feminino, deve ser sempre acentuado e com pronúncia longa no í final. Muitos por a considerarem sagrada, grafam o nome com "K" maiúsculo. O símbolo do caduceu é considerado como uma antiga representação simbólica da fisiologia da Kundalini.
Segundo a crença, enquanto está adormecida, assemelha-se a uma chama congelada. O "despertar" da energia divina Shakti Kundalini requer a orientação de um mestre realizado, para que o ativamento e desenvolvimento sejam apropriados e conduzam à meta suprema do Yoga que é a paz interior e a realização divina. É também tema de estudo no campo da psicologia onde a reputam de difícil condução com a disciplina e maturidade que são requeridas para esse intento, pois é um conceito oriental, com outros significantes, e sem paralelos com a psicologia. Não existem evidências científicas que corrobem as alegações do Kundalini.


Tantra (Sânscrito: tratado sobre ritual, meditação e disciplina), yoga tântrico ou tantrismo é uma filosofia comportamental de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras. Essencialmente, a prática tem por objetivo o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual.

 Origem da expressão

 A palavra "tantr...a" é composta por duas raízes acústicas: "tan" e "tra". "Tan" significa expansão e "Tra" libertação.
Tal denominação tem as suas raízes em fatores históricos muito sutis, pois esta filosofia comportamental, durante a época medieval, foi severamente reprimida na Índia Hinduísta, fortemente espiritualizada. Esta era a forma como os seguidores desta filosofia a viam. Libertadora, mas mantida em segredo (na escuridão).
Dispondo de imensos significados e interpretações, mais ou menos corretos, tais como teia, trama ou entretecido. Tantra pode ser interpretado, mais corretamente, como algo que é regulado por regras gerais.


 Descrição

 Tantra é uma filosofia hindu muito antiga cuja natureza comportamental mais lhe faz delinear, tendo por características: matriarcal, sensorial, naturalista e desrepressora[carece de fontes?], também é o Tantra um complexo sistema de descrição da realidade objetiva tornando-o assim uma ciência prática e aplicável, sendo a base do pensamento de um povo muito muito antigo que até hoje faz ecoar sua influência sobre a sociedade contemporânea.
Nas sociedades primitivas não-guerreiras, na qual a cultura não era centrada na guerra, a mulher era fortemente exaltada e até mesmo endeusada, na medida em que dava vida a outros seres humanos. Dai, a qualidade matriarcal. A partir dessa qualidade desdobra-se a qualidade sensorial ("a mãe dá à luz pelo seu ventre e alimenta o filho pelo seu seio") e a desrepressora, tendo que a mãe é sempre mais carinhosa e liberal que o pai, pelo fato de o filho ter nascido do seu corpo e a própria natureza, normalmente, ter o macho como mais agressivo[carece de fontes?].
Baseado quase inteiramente no culto de Shiva e Shakti, o tantra visualiza o Brahman definitivo como Param Shiva, manifesto através da união de Shiva (a força ativa, masculina, de Shiva) e Shakti (a força passiva, feminina, de sua esposa, conhecida também como Kali, Durga, Parvati e outras).
Está centrado no desenvolvimento e despertar da kundaliní, a "serpente" de energia ígnea, de natureza biológica e manifestação sexual, situada na base da espinha que ascende através dos chakras até se obter a união entre Shiva e Shakti, também conhecida como samadhi.
No Tantra, ao contrário da maioria das filosofias espiritualistas, se vê o corpo não como um obstáculo mas como um meio para o conhecimento, para o Tantra, todo o complexo humano é vivo e possui consciência independente da consciência central e por isso mesmo é merecedor de atenção, respeito e reconhecimento, para tanto, usa mantras (vocalização de sons e ultra sons em sânscrito), yantras (figuras geométricas, desde simples a complexas, como mandalas, por exemplo, que representam as diversas formas de Shakti) e rituais que incluem formas de meditação de grande complexidade (realizadas apenas com apoio de um guru experiente, pois podem ser fatais).
Afirma-se que poucas pessoas estão prontas para o tantra, principalmente aquelas tipo pashu-bava (disposição animal). A observância do celibato, honestidade, respeito aos mais velhos, limpeza corporal, limpeza ritual através de orações e outros processos, por longos anos, deve levar ao abandono dos desejos, ambição, motivação sexual, etc. Se ainda assim estas características persistirem, a pessoa não está apta para o tantra. Portanto, mais ainda que outros yogas, o tantra, seja hindu ou budista, é um sistema que depende de um guru e que tem poucos adeptos fora da Índia.
Os dois ramos
Segundo alguns autores o tantra é composto por dois ramos denominados a "mão esquerda" e a "mão direita". Embora o objetivo geral dos dois seja o mesmo, os processos utilizados diferem. A "mão esquerda" está ligada muitas vezes à procura de poderes ocultos e à extroversão de energia psíquica sob forma de capacidades supra-normais. A "mão direita" está ligada à canalização de toda a energia para a elevação espiritual do ser humano. Este é também conhecido como "Vidya Tantra" ou tantra do conhecimento e a mão esquerda como "Avidya tantra". O tantra corretamente praticado acelera rapidamente o progresso espiritual do ser humano. Apesar disso o tantra é muitas vezes encarado com desconfiança devido a certos aspectos do avidya tantra. É bem conhecido o fato de que o Budismo Tântrico sempre enfatiza a necessidade de supervisão por um orientador de confiança.
Influência no ocidente
Alega-se que o tantra teve forte influência no ocidente nas ciências ocultas. Diversos ramos do ocultismo contemporâneo, particularmente os que se dizem gnósticos ensinam alguma versão de "sexo sagrado", e são conhecidos pela expressão "espermo-gnósticos".
Muito da linguagem sexual encontrada na alquimia supostamente tem sua origem em tradições orientais relacionadas com o Tantra.
Particularmente a linha thelemita, fundada pelo polêmico mago e ocultista do início do século XX, Aleister Crowley, alega ter levado essa influência ao seu maior extremo e se apresenta como um tantra ocidentalizado.
Outra linha tântrica, que pode ser chamada de Tradição da Mão Direita, foi muito difundida, Arnold Krumm-Heller e Samael Aun Weor. Para eles, o Tantra teria como "braço mágico" certas práticas que canalizariam a energia sexual para o Despertar da Consciência Espiritual.

Nadi - Wikipédia
A palavra Nadi vem da raiz nad (do sânscrito ), que significa canaleta, córrego, ou fluxo do nada, e é o canal pelo qual circula o prana pelo corpo.
Definição
Uma Nadi (plural: Nadis) é uma formação de energia na forma de canal na qual o prana flui e pode se conectar aos chakras. Ele ainda não é aceito pela comunidade cientifica.
Elas começam do centro dos chakras e fluem para a periferia se tornando cada vez mais finas, tendo uma função extra sensorial, causando em parte as respostas empáticas e instintivas.
Número e Principais Nadis
Existe uma indefinição nos tratados quando ao número de Nadis. No Shiva Samhita é de 350.000 Nadis. Já o Hatha yoga Pradipika mencionava, há 3500 anos, 72.000 Nadis. Na prática do Yoga são mencionados entretanto somente as três principais: Sushumna, Ida e Pingala.
A Sushumna, é talvez o mais importante dos canais de energia. Ela segue o alinhamento do Merudanda (Meru: a montanha que é o eixo do mundo pela mitologia Hindu), o eixo da coluna vertebral (cerebro-espinhal) e flui da extremidade inferior da mesma até chegar a extremidade da cabeça, na assim-chamada coroa-craniana. Sushumna é descrito como de cor vermelha (a cor do fogo (Agni)).
As nadis da Ida e da Pingala são frequentemente relacionados aos dois hemisférios do cérebro.
Pingala é o princípio masculino (aquecendo-se para acima, tem como qualidades a extroversão e a energização). É a nadi solar, e corresponde ao lado direito do cérebro.
Ida é o o princípio feminino (tranquilizando para baixo, tendo como qualidades a introversão e a serenidade). É a nadi lunar, correspondendo ao lado do esquerdo do cérebro.
As duas nadis são estimuladas e limpas com a prática do Nadi Shodhana Pranayama, que envolve respirar alternamente através das narinas esquerdas e direitas, que estimulariam alternadamente os lados respectivamente direito e esquerdo do cérebro.
Nadis são consideradas às vezes como estendendo até à pele do corpo, outras como se estendendo ao limite da aura.

Chakra Sexual
O nome sânscrito Svadhisthana significa “Morada do Ser”, sendo que ele é mais conhecido como chakra sexual – o que contribui para algumas distorções. Também Pode ser chamado de Chakra esplênico – um “aportuguesamento” de spleen, que é “baço”, em inglês – ou chakra sacro – em referência ao osso de mesmo nome.

Localização: Alguns adeptos do uso exclusivo do sistema de 7 chakras colocam o Svadhisthana um pouco acima do Muladhara, dois dedos abaixo do umbigo ou sobre o baço, como na ilustração aqui do lado.

Svadhisthana é o chakra das parcerias e do respeito ao próximo. Rege todas as formas de relacionamentos (e não apenas os sexuais!), principalmente nas questões que envolvem integridade e honra. No momento em que a nossa verdade é maculada (quando vivemos um personagem, e não nós mesmos), todo o sistema é comprometido, e isso é especialmente interessante em um chakra que nos fala das relações de poder, o controle que temos sobre outras pessoas e/ou que estas têm sobre nós.

Cada ser cumpre o seu papel. Mesmo os que nos incomodam por algum motivo (ou especialmente estes) têm algo a nos ensinar. Os relacionamentos não são negativos porque existe algum tipo de resistência ou oposição, mas porque transformamos o outro em um inimigo – neste momento a energia muda.

Na tradição védica, Vishnu, o Senhor da Preservação, é regente deste centro de energia. É ele quem, de tempos em tempos, se manifesta na forma de um avatar para salvar o planeta de grandes catástrofes. Duas destas encarnações (no total de 10) são bastante conhecidas: Rama e Krishna. A preservação da raça humana depende de seu instinto de procriação, daí um dos aspectos da sexualidade de Svadhisthana - “crescei e multiplicai-vos”.

Esta é a morada dos desejos, sensações físicas e fantasias, por isso está associado à criatividade e tem uma forte conexão com o chakra laríngeo – Vishuddha. De um lado a criatividade instintiva e, do outro, a criatividade inspirada. Artistas, de um modo geral, combinam muito bem estas duas forças para que suas idéias fluam de forma harmoniosa, produtiva e concreta.

Quando equilibrado, o segundo chakra promove um fluxo natural com a vida e os sentimentos, sem jogos, dependências ou manipulações e com grande entusiasmo e alegria. Fora do prumo, encontramos possessividade, ganância, medo de perdas, abandono, ciúme, ressentimento e solidão, entre outras coisas.

Harish Johari, por exemplo, diz que, enfraquecido, o chakra sexual pode provocar um estado de vazio e ausência de propósito; nada que é seu lhe excita, agrada ou chama a atenção, de modo que pode despertar inveja de possuir o que pertence ao outro – bens, recursos e talentos.

Outros problemas que surgem podem ser de ordem urinária e, como não poderia deixar de ser, sexual. É dito também que 30% da energia deste chakra é canalizado para a vitalidade das pernas, logo, para qualquer problema nos membros inferiores é preciso avaliar o grau de comprometimento deste chakra

Desequilíbrio dos chacras e as disfunções orgânicas


Este "post" faz parte da série de estudo sobre magnetismo - eteriatria.

Para ver as

Nasce Hugo Chávez, o mito

Do Blog de Eduardo Guimarães, de cuja compreensão acompartilho.

A América Latina está mais pobre de valores políticos de peso e força.
Restam-nos ainda os herdeiros de Cháves ( que espero honrem a garra do Comandante) , os Morales e os Castro, dos quais poderiamos ter tido o exemplo.
Boa viagem, comandante!



Gostaria de acreditar que enquanto a maioria absoluta dos venezuelanos chora copiosamente a “morte” de Hugo Rafael Chávez Frías não existe quem a esteja comemorando. Entretanto, não me iludo. Apesar de ser um homem de paz que nunca revidou com violência a violência que sofreu nos idos de abril de 2002, Chávez era odiado com fervor por uma minoria.
Seus inimigos não o combateram por seus defeitos, que, como qualquer ser humano, deveria ter muitos. Não, não. Ele foi combatido por suas qualidades, porque sua obra – que ultrapassou as fronteiras de seu país – tornou o mundo mais justo e a vida dos compatriotas desvalidos menos penosa.
Foi chamado de “ditador”, mas nenhum governante das três Américas jamais se apresentou tantas vezes ao voto popular limpo e inquestionável quanto ele. De 1999 até o ano passado, incontáveis foram as eleições que venceu sem que nunca um só questionamento à lisura dos processos eleitorais que lhe deram as vitórias tenha sido sequer levado a sério.
Chávez logrou fazer da Venezuela a campeã das Américas em redução da pobreza e da desigualdade social. Sua obra social, como não podia ser atacada por conta de êxitos como o de tornar o seu país o segundo da América Latina, ao lado de Cuba, a extirpar a chaga do analfabetismo, foi ignorada pela mídia internacional e até pela venezuelana.
Nunca me esquecerei de uma viagem que fiz à Venezuela em 2007, quando fui a um dos morros que cercam Caracas e, em visita ao uma unidade do programa social de Chávez que acabou com o analfabetismo, vi adolescentes e até adultos recém-alfabetizados estudando a constituição do país.
Mas a obra de Chávez extrapolou as fronteiras de seu país natal. A revolução bolivariana se espalhou pela América Latina. Sua influência mais forte tem sido sentida na Argentina, na Bolívia e no Equador, com um modelo revolucionário que reformou constituições e democratizou a comunicação de massas.
Perto da redução da pobreza, da miséria e da desigualdade que Chávez promoveu, a que conseguimos no Brasil, em comparação proporcional, não lhe chega nem aos pés. Isso porque, com risco da própria vida e sacrificando a paz pessoal, ele comprou brigas com poderes imensuráveis que, se não tivesse comprado, teria tido uma vida mais fácil no poder.
Dolorosamente, a morte física de Chávez será explorada de forma nauseabunda por multibilionários das mídias de ultradireita que infestam esta parte do mundo. Tentarão culpa-lo pela própria morte. Em lugar de destacarem sua obra, destacarão o processo sucessório na Venezuela.
A esses, digo que se antes tinham poucas chances de derrotar esse herói latino-americano, esse verdadeiro patrimônio da humanidade, agora suas chances são nulas, morreram fisicamente com ele, que acaba de renascer. Hugo Rafael Chávez Frias renasceu, chacais da miséria humana. Tornou-se um mito que os assombrará até o fim dos tempos.


Morto fisicamente, Chávez adquiriu poderes que nem todos os editoriais, colunas, telejornais ou reportagens mal-acabadas da Terra conseguirão equiparar. Sua verdadeira história só agora começará a ser contada às gerações futuras, mostrando que quando um homem devota sua vida ao bem comum como ele fez, torna-se imortal.
Descanse em paz, Hugo.

Complemento a postagem com a publicação de Golbery Lessa no facebook:

A simples luta contra à miséria da opressão imperialista norte-americana já transforma qualquer latino-americano num herói. O imperialismo cultural e político norte-americano, como todo imperialismo, é um dos fenômenos mais infames que existem. Só por isso, mesmo que não tivesse qualquer traço socialista, Chávez já se tornaria uma figura importante para a esquerda mundial. Há um internacionalismo abstrato em um parte da esquerda brasileira que a faz desvalorizar as lutas nacionalistas na América Latina, o que é um erro tremendo, Fruto de uma transposição mecânica da situação europeia para o nosso continente. Na Europa, continente de vários países imperialistas, o nacionalismo foi majoritariamente reacionário. Nos países colonias, o nacionalismo foi e é majoritariamente progressista e, em vários casos, a ante-sala de posições socialistas.

UM GOVERNANTE CONSCIENTE : 

. quanto às políticas desenvolvimentistas e irresponsáveis.


. quanto aos sistema Global e sistemas de comunicação manipuladora a serviço das grandes corporações.


. Discurso na ONU a respeito da pretenção hegemônica do Imperialismo Norte Americana contra a sobrevivência da espécie humana.




sexta-feira, 1 de março de 2013

ECO DEBATE. COMUNIDADES VERDES SUSTENTÁVEIS







Comunidades Verdes, iniciativa para melhorar a qualidade de vida nas comunidades através de reflorestamento e plantio sustentáveis

Comunidades Verdes

Promover o desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida nas comunidades através de ações de reflorestamento e plantio sustentáveis: esse é a proposta do projeto Comunidades Verdes, lançado pela Secretaria do Ambiente, na terça-feira (26/02), no morro do Fogueteiro, em Santa Teresa. Coordenada pela Superintendência de Território e Cidadania, a iniciativa – que também é realizada no Morro da Formiga, na Tijuca, no Complexo do Alemão, e no Batan, em Realengo – tem o objetivo de capacitar moradores em técnicas de reflorestamento, plantio de mudas, implantação de hortos comunitários, arborização e recobrimento de muros, encostas e fachadas residenciais com vegetação apropriada.
Além de investir na capacitação de 30 jardineiros por comunidade, somando um total de 120 pessoas, o projeto abrange a instalação de Núcleos Verdes nas quatro localidades, onde serão cultivadas hortaliças, flores, árvores frutíferas, plantas medicinais e ornamentais, além de mudas de espécies de Mata Atlântica para recuperação ambiental. Ao mesmo tempo, serão empreendidas, em parceria com o Sebrae, atividades de comercialização da produção das plantas cultivadas pelas Comunidades Verdes.
- Esse projeto gera benefícios em larga escala. Oferece formação profissional, gera renda para a comunidade, melhora a qualidade de vida, além de restaurar a Mata Atlântica e a biodiversidade. Além disso, o reflorestamento de áreas degradadas nas encostas, ajuda a evitar a erosão e o deslizamento de terra – explicou o secretário do Ambiente, Carlos Minc.
Os moradores que atuam no projeto passam por um curso de jardinagem e reflorestamento, que dura cerca de cinco meses, com direito a uma bolsa-auxílio de R$ 120. A meta é transformar os 30 melhores alunos das quatro localidades em jardineiros comunitários, que receberão uma gratificação de R$ 300. Os Núcleos Verdes são instalados em terrenos onde funcionavam lixões e desmanches clandestinos.
- O Núcleo Verde do morro do Fogueteiro, por exemplo, foi construído em um terreno que era usado como lixão e desmanche de carros. A ideia é pegar um terreno abandonado e transformá-lo em um ambiente de convívio social, com belos jardins e áreas de cultivo – disse Minc.
Atividades de paisagismo e embelezamento das comunidades, com plantio de vegetações em muros, fachadas e residências, também são incentivadas pelo programa estadual.
- Propomos aos alunos do projeto uma série de trabalhos paisagísticos, com intervenções na paisagem urbana das comunidades para criar um ambiente mais bonito e inspirador para os moradores – afirmou a superintendente de Território e Cidadania da Secretaria de Ambiente, Ingrid Gerolimich, que enfatizou o potencial econômico do projeto:
- É possível produzir nas comunidades algo com muita qualidade, que pode ser aproveitado pelos próprios moradores e também ser vendido em supermercados, lojas e feiras. Queremos estimular o desenvolvimento dessas áreas com consciência ambiental e ecológica.
Zélia Santos, de 63 anos, ajudou a preparar o terreno e plantar as mudas do Núcleo Verde do Fogueteiro. Para a moradora da comunidade, o projeto Comunidades Verdes oferece oportunidade de trabalho para pessoas mais velhas.
- Com a minha idade, é quase impossível arranjar um emprego no mercado de trabalho. Com a bolsa oferecida pelo projeto, posso ajudar em casa e ainda cultivar plantas lindas na minha comunidade. Carreguei terra, plantei mudas e decorei o terreno. Fico muito honrada com o meu trabalho e vou fazer tudo para deixar minha comunidade cada vez mais bonita e arborizada.
Para Cíntia Luna, de 35 anos, gestora do projeto no Fogueteiro e presidente da associação de moradores da comunidade, o programa estadual mobilizou moradores e crianças da região.
- As pessoas pararam de jogar lixo no terreno de plantio e cuidam para que o local permaneça limpo. Além disso, oferecemos pipas para as crianças que trouxessem garrafas pet para construção de canteiros de plantas. O resultado é que não se vê mais garrafas de plástico jogadas nas ruas e terrenos da comunidade. As crianças recolhem todas e vêm, satisfeitas nos entregar o material. Isso me dá muito orgulho.
Texto: Esther Medina // Fotos: Maria Eduarda Gazal / Governo do Estado do Rio de Janeiro
EcoDebate, 01/03/2013
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