Precisei de alguns dias para
digerir a última ação dos moradores do Loteamento onde moro e encontrar adjetivo
que represente este compartilhar.
Alugam a praça pública, vendem
água a preços exorbitantes, constrangem, transformam os vizinhos em inimigos,
promovem discórdia, tristeza, isolamento e depressão. Não bastasse o fato de,
nos últimos 12 anos, inventarem que são os donos da rua e da praça, e da mata,
e da natureza que nos cerca, convencem aos novos moradores e à toda a
vizinhança de que se trata de área privada, fecham os acessos, suprimem
correspondência quando convém a seus propósitos sórdidos e a Prefeitura é conivente
com a usurpação do solo urbano.
O cúmulo ocorreu há alguns dias
quando uma linda cantora, promoveu festa em sua residência para gravação de seu
dvd. Fizeram de tudo para impedir a realização da festa na própria casa. Constrangeram
e causaram extremo desconforto emocional a toda a família a ponto de fazer com
que a querida amiga praticamente perdesse a voz em momento tão importante para
sua carreira tamanho o stress causado
pelo grupo de auto intitulados “proprietários do Chácaras da Lagoa”.
Ora, amigos!! Esse povo se
considera dono das praças, das ruas, dos equipamentos urbanos que foram construídos
para a prefeitura há mais de 40 anos como compensação pelo direito de
transformar uma reserva ambiental num Loteamento. Agora também se acham no
direito de mandar na propriedade privada, casa de vizinho? O que é isso??
Segurança pública é função do
Estado. Segurança privada e armada em
via pública é Milícia e se equipara às milícias das comunidades dos
morros e favelas: gueto de rico/gueto de pobre.
Ninguém pode impedir que qualquer
cidadão realize uma festa em sua própria residência e, em especial, quando se o
faz de forma ordenada e dentro das normas que regem as relações de vizinhança.
O Falso Condomínio atua como
empresa de eventos, empresa de segurança, concessionária de fornecimento de
água, aluga a praça pública para casamento, batizado de boneca, aluga a quadra da
praça para jogos e treinos, desmata e realiza acordos muito estranhos com a
Prefeitura a troco não se sabe bem do que.
Como é que se aceita que vizinhos
causem tamanho constrangimento aos outros e isso seja aceito como natural? Com que
direito?