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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

VIVER COM MEDO

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*Josevita Tapety Pontes

     A humanidade precisa, urgentemente, voltar a agir como pessoas com capacidade de discernimento e não como gato tangido pelo medo, coação, constrangimento. Baseada nesse princípio, venho conclamar a todos que acessem a este texto a raciocinar:


  • Associam-se pessoas. Lotes não! Portanto: Associação de Morador não pode virar condomínio de jeito nenhum! Juiz que defende iniquidade não pode  permanecer como Juiz. Juiz do quê?
  • Contratos e Estatutos não podem  - de maneira nenhuma - ser colocados acima do Direito Constitucional.
  • Custos de Associação TEM QUE ser rateados. Associação não é empresa e não pode prestar serviço nem auferir lucro. Portanto: não pode impor  venda de serviço a ninguém. 
  • Condomínio é área adquirida e fracionada em que os adquirentes passam a ser proprietários de um lote e uma Fração Ideal da Área Comum.
  • Loteamento é concessão pública de fracionamento de solo onde a municipalidade permite valoração de área mediante benfeitorias ao solo urbano. A área pública jamais pode ser privatizada ou apropriada por um cidadão ou um pequeno grupo deles com base em proximidade ou vizinhança.
  • Vielas, ruas sem saída ou áreas fechadas, SE tem acesso público vedado, formam guetos e a apropriação de áreas públicas embora de uso de pouco interesse público constitui ilícito. A proibição gera constrangimento e enriquecimento ilícito ou mesmo grilagem.
  • O sistema jurídico brasileiro, no momento em que discute a apropriação de área pública admite inoperância, incompetência e, acima de tudo, conivência com crime organizado.

Para falar com mais clareza:

  • Essa coisa de se cogitar transformar loteamento em condomínio é apoio ao furto qualificado, à corrupção, à falta de ética e agride a moralidade: tudo o que o país não precisa ter.
  • Gestão de solo urbano compete à prefeitura. Investimento em solo público é CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA e é voluntária. Não se pode obrigar cidadãos a assumir custos governamentais.
  • Muro e guarita é formação de gueto e constitui acinte à vizinhança. È colar de ouro em pescoço de gringo passeando na Av. Atlântica. Agride e segrega de maneira negativa: é câncer social. Faz tanto mal à sociedade quanto político corrupto, indústrias químicas e farmacêuticas. Matam!

Questão de conta simples:

Lotes não se valorizaram por se isolarem da municipalidade. O valor venal tem-se, na realidade, apenas atualizado. Comparemos os preços ao salário mínimo ai teremos noção real de VALOR. Os lotes urbanos, em 10 anos, valorizaram em 10 vezes. Lotes em Falsos Condomínios, no máximo 4 vezes (constatei o fato analisando  Valor Venal de imóveis em 9 capitais brasileiras no período 2008 a 2018)

Conclusão: Aceitar a imposição das propostas vis da indústria da exploração fortalece apenas o especulador. Em nada valoriza o imóvel nem melhora qualidade de vida. Intimidação e coação, constrangimento e calúnia são crimes e não podem ser defendidos pela sociedade sob qualquer desculpa que seja.

Ou fortalecemos as relações de vizinhança ou sucumbimos ante ao crime cada dia mais organizado.

NADA justifica a formação de guetos sociais (seja de ricos ou de pobres). Estamos rumando ao caos previsto por todas as mentes pensantes desde Amenhotep.

VIZINHANÇA AMIGA É A MELHOR PROTEÇÃO CONTRA INIQUIDADES.

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Eu prefiro morar na rua!

Não suporto ficar esperando um guarda fantasiado de Robocop comandando meu direito de ir e vir.

Qualquer homem com uma arma pode tornar-se um assassino.

Sinto-me intimidada e não protegida cada vez que passo por uma guarita desse tipo de loteamento fechado. Somos nós os prisioneiros do medo. Isso é doença social e as pessoas estão sendo enganadas, ludibriadas por corretores imobiliários e especuladores que inventaram essa FALSA SEGURANÇA para justificar seus ganhos (comissão) sobre um capital inexistente. 
Exploração, simplesmente!

Vigilância Privada não pode assumir papel de polícia.

Enfim: ou defendemos o que é direito ou nos tornamos UM COM A BANDIDAGEM: Por medo!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Dependentes da dependência

Familiares podem alimentar a dependência química de seus membros sem mesmo saber disso, apenas para - emocionalmente - esconder as próprias psicopatologias e conflitos existenciais
Por José Antonio Mariano


O dependente químico é a lata de lixo da família. Por mais contundente e até irresponsável que pareça essa afirmação, ela confirma uma realidade que é percebida, na esmagadora maioria das vezes, quando a dependência química (DQ) se instala no lar. Como tudo conflui para a “cura” do dependente, toda a dinâmica da família se ajusta a esta demanda. Sobressaem, desse modo, as fugas, as revelações de incompletudes, frustrações, autopiedade, sensações de finitude e desvalorização no que pode ser chamado “Self familiar”. Há rasgos de “vazios emocionais”, caracterizados pela desrealização, despersonalização dos membros, e toda a agenda das pessoas da casa se modifica. Revolta e medo predominam. Entretanto, nenhum desses aspectos essenciais desta disfuncionalidade familiar é bem observado, porque são camuflados pelo sentimento de que o dependente está sendo acompanhado em sua doença e pela idéia de que a família luta com desespero para tirá-lo dessa condição. É a Co-dependência em ação.
A Co-dependência não está restrita a um membro da família, mas pode acometer um em especial. Sua conceituação é ampla, mas geralmente designa, segundo Roberto Ziemer, mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) e terapeuta formado pelo Grof Transpersonal Center, Califórnia, EUA, uma pessoa que “perdeu sua alma ou sua verdadeira identidade. É uma maneira de sobreviver a situações dramáticas e crescer em ambientes inseguros e dolorosos”. Já Geraldo José Ballone, médico psiquiatra, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) durante 21 anos, diz que a Co-dependência “é um transtorno emocional, definido e conceituado por volta das décadas de 1970 e 1980, relacionado aos familiares dos dependentes químicos – de cocaína, álcool, maconha, ecstasy –, marcado por um jogo patológico e por outros problemas de compulsão. “São pessoas que têm baixa autoestima, intenso sentimento de culpa e não conseguem se desvencilhar da pessoa dependente”.
Outras definições de Co-dependência incluem a necessidade imperiosa de controlar coisas, pessoas, circunstâncias, comportamentos e situações na expectativa de dominar suas próprias emoções; uma condição emocional, psicológica e comportamental que se desenvolve como resultado da prática e da exposição prolongada do indivíduo a regras opressivas, que impedem a expressão aberta de sentimentos e a discussão direta de problemas pessoais e interpessoais; comportamentos aprendidos de derrota ou “defeitos” de caráter que resultam em diminuição da capacidade de iniciar relações afetivas ou mantê-las; doença psicológica e comportamental cuja característica principal é a falta absoluta de identidade própria e de auto-estima. Percebe-se, portanto, uma característica presente em todas as definições: a auto-estima rebaixada do pretenso “cuidador”. Ele está, na verdade, tentando se salvar, não tanto salvar o dependente.


No Brasil, 11,2% da população é dependente de álcool
ÁLCOOL NO BRASIL 


Para entender a Co-dependência e suas diversas manifestações, é preciso compreender sua dimensão epidemiológica. E essa dimensão está no abuso e dependência de substâncias psicoativas (SPA) no Brasil e no mundo. Apesar da ênfase de Antonio Maria Costa, diretor executivo do escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime (Unodoc) – “Os dados mais recentes que colhemos mundialmente mostram que a dependência de drogas tem diminuído” –, o fato é que, anualmente, 4,8% da população mundial entre 15 e 64 anos usa drogas, segundo dados divulgados em 2007. São cerca de 200 milhões de pessoas. De acordo com o relatório, mais da metade consome drogas pelo menos uma vez por mês e aproximadamente 25 milhões são dependentes químicos. “As drogas consideradas mais problemáticas no mundo são os opiáceos – principalmente a heroína –, consumidos especialmente na Ásia e na Europa; a segunda é a cocaína”, atesta Costa. Na América do Sul, a cocaína é a droga que mais leva à busca de tratamentos por dependência. “Na África, a maior demanda por tratamento decorre do uso da Cannabis em forma de erva (maconha) ou resina (haxixe)”, afirma.
Por aqui, um estudo epidemiológico de Carlini, Galduróz, Noto e Nappo (2002) estimou em 11,2% da população, cerca de 5 milhões de pessoas, os dependentes de álcool, em 2001, no Brasil. O sexo masculino apresentava uma porcentagem maior quanto à dependência de álcool, para todas as faixas etárias estudadas. No Estado de São Paulo, estudo realizado pelo Centro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas– Cebrid (2000) em 24 de suas maiores cidades, identificou que 6,6% da população era dependente de álcool. O preocupante é que, dois anos depois, houve aumento da incidência do alcoolismo na mesma população pesquisada, conforme artigo de Galduróz e Caetano (2004), constatando-se aumento significativo para 9,4% de dependentes. Esse mesmo estudo aponta um fato inquietante: no Brasil, 5,2% dos adolescentes (de 12 a 17 anos) já são dependentes, e a tendência é esse número aumentar.
No Brasil, o álcool é a substância mais consumida entre os jovens. A idade de início de uso tem sido cada vez menor, o que aumenta o risco de dependência futura. O uso de álcool na adolescência está associado a uma série de comportamentos de risco, os quais resultam, em números cada vez mais elevados, em acidentes de trânsito, violência sexual, participação em gangues, morte violenta, queda no desempenho escolar, dificuldades de aprendizado, prejuízo no desenvolvimento e estruturação das habilidades cognitivo-comportamentais e emocionais. O consumo de álcool causa modificações neuroquímicas, com prejuízos na memória, aprendizado e controle dos impulsos. Os profissionais que lidam com adolescentes devem estar preparados para avaliar adequadamente a possibilidade do uso abusivo ou dependência de álcool nesta faixa etária. Além do álcool, o uso de outras SPAs, como cocaína, maconha, crack, ecstasy, merla (junção de folhas de coca a produtos químicos – pode ser fumada sozinha ou misturada no cigarro comum e no de maconha), contribui para a desestruturação da personalidade do dependente – e da família.


TIPOS DE CO-DEPENDENTES


. Salvador ou consertador – a auto-estima destas pessoas passa a depender da capacidade de ajudar ou “salvar” outras pessoas, especialmente as “vítimas”, aquelas que não querem se responsabilizar pelos próprios problemas.
• Agradadores – estão sempre preocupados em agradar, pois não acreditam que as pessoas com as quais convivem possam achá-los interessantes – com base numa auto-estima negativa os agradadores estão sempre se achando inoportunos ou impróprios.
• Inadequados ou perdedores – sentem-se como os agradadores – imperfeitos, “defeituosos”, “errados” – mas desistiram de fazer qualquer esforço para agradar. Ao contrário, envolvem-se em situações difíceis ou desastrosas apenas para confirmar o papel de perdedores.
• Perfeccionistas – acreditam que serão amados ou reconhecidos apenas se forem “perfeitos”. Perfeccionistas são extremamente críticos e severos consigo mesmos e com os outros, o que gera relacionamentos conflituosos e estressantes.
• Superempreendedores – são escolhidos como “heróis” da família, aqueles que irão encobrir as dificuldades, humilhações e derrotas do passado através de grandes feitos – tornaremse cientistas renomados, empresários de sucesso, artistas conhecidos. Têm compulsão pelo trabalho, e pouco tempo para si e para os outros.
• Narcisistas – são extremamente inseguros e apresentam baixa auto-estima, que encobrem com uma fachada de autoconfiança elevada e com a grande capacidade que têm de manipular e iludir os agradadores, “inadequados” e superempreendedores. Não aceitam ser questionados ou criticados, e precisam ser sempre o centro das atenções.



Famílias disfuncionais usam os filhos para preencher as próprias necessidades emocionais
CO-DEPENDENTES DEPENDENTES


É aqui que a Co-dependência merece nosso foco. Originalmente, o termo “co-alcoólatra” foi designado para caracterizar a mulher do alcoólatra, a qual, na década de 1970, passou a fazer reuniões paralelas à do marido no AA – Alcoólicos Anônimos. Nelas, as mulheres perceberam possuir um denominador comum: toda a sua vida familiar girava em torno do dependente. De acordo com Sergio Nicastri, Coordenador do Programa Álcool e Drogas do hospital Albert Einstein, temendo perder o controle do sujeito subordinado, o co-dependente chega até a comprar ou pagar o vício do dependente. “Daí a necessidade de tratar tanto o alcoólatra como a sua família”, explica. São dependências paralelas. Da mesma maneira que um dependente desenvolve uma ligação com a droga que não consegue controlar, o co-dependente estabelece uma relação de sujeição com o outro que não consegue controlar, como explica Jorge Jaber, especialista em dependências químicas.


"O CO-DEPENDENTE MANTÉM UMA RELAÇÃO DE SUJEIÇÃO COM O OUTRO QUE NÃO CONSEGUE CONTROLAR, COMO O VICIADO COM A DROGA"

Ziemer diz que nas famílias disfuncionais, em que os pais usam seus filhos para preencher as próprias necessidades emocionais, as crianças logo aprendem que sentimentos positivos sobre elas mesmas (auto-estima) dependem do estado de humor dos adultos à sua volta. “Esse tipo de relacionamento, gradativamente, vai minando a autoconfiança da criança, estabelecendo as bases para um indivíduo dependente, inseguro, ‘escravo’ das necessidades e desejos alheios.” Segundo ele, crianças extremamente obedientes, desejosas de agradar, que facilmente cedem aos desejos alheios, são freqüentemente avaliadas como “crianças exemplares”. Ao contrário, aquelas que não se deixam moldar a este padrão são rotuladas de “ruins”, “más” ou “egoístas”, podendo receber todo tipo de ameaças e castigos. “Na verdade, há vários tipos de co-dependentes [veja quadro Os tipos de co-dependentes], e um dos mais comuns, pouco reconhecido, é o ‘salvador’”, acrescenta.


DEPENDENTE SALVADOR


O “salvador”, como bem diz Ziemer, depende da capacidade de ajudar ou “salvar” outras pessoas, especialmente as “vítimas”, aquelas que não querem se responsabilizar pelos próprios problemas. Esse co-dependente se apresenta como uma pessoa que se dedica a ajudar outros dependentes. Dá palestras sobre o tema, exemplifica o seu sofrimento, recebe elogios e consideração dos outros, está sempre atento (e ao telefone) para auxiliar as famílias de dependentes (e aos próprios), possui uma história de significativas perdas laborais, familiares, sociais; está vinculado a centros de tratamento onde é sempre considerado e estimado; tem sempre uma história triste para contar a respeito de si mesmo e de seu familiar “viciado”; está, invariavelmente, atrás do seu dependente, freqüentando clínicas de recuperação e mostrando sempre seu lado bom e sofredor. Ele é sempre muito bem-visto por sua “capacidade” de estar resignadamente ao lado do seu ente querido.
IMAGENS: SHUTTERSTOCK
A figura do cuidador é sempre muito bem-vista por sua capacidade de estar resignadamente ao lado do seu ente querido
É preciso, entretanto, olhar além disso. O co-dependente neste caso, que não se julga codependente, possui, como já relatado, a autoestima no pé. Ao legar sua agenda de vida ao dependente, passa a estar sujeito a ele. Ballone reforça a afirmação: “Os profissionais com prática no exercício da clínica psiquiátrica sabem das dificuldades existenciais dessas pessoas co-dependentes; parece que os co-dependentes ficaram órfãos, de uma hora para outra, perdidos e sem propósito de vida; não é raro que passem elas, as pessoas co-dependentes, a apresentar problemas semelhantes àqueles dos antigos dependentes de que cuidavam; uma expressão que representa bem a maneira como o co-dependente adere à pessoa problemática é atadura emocional; diz-se que existe atadura emocional quando uma pessoa se encontra atrelada emocionalmente a coisas negativas ou patológicas de alguém que o rodeia”.


"AS CRIANÇAS LOGO APRENDEM QUE OS SENTIMENTOS POSITIVOS SOBRE ELAS MESMAS (AUTOESTIMA) DEPENDEM DO ESTADO DE HUMOR DOS ADULTOS À SUA VOLTA"

O salvador talvez seja o mais “patológico” dos co-dependentes. Isso porque projeta todas as suas frustrações e incompletudes no dependente. Para todos, parece que o co-dependente é um cuidador extremoso, dedicado e empenhado. Emocionalmente, entretanto, é um predador que usa a patologia do ente querido para se desvencilhar das próprias dificuldades, não enxerga suas limitações e ganha o reconhecimento das pessoas, o que mostra a distorção de sua auto-imagem e de sua autoconfiança. Ele se vale da doença do dependente para sobreviver. Seu papel, totalmente disfuncional, que “se pretende prender” unicamente à tarefa de se dedicar à recuperação do dependente, é, na verdade, fazer do dependente seu modo de viver e de conviver, não com o dependente, mas consigo mesmo. Emocionalmente ele acredita que está empenhado em cuidar do dependente, mas o que sobrevém mesmo é sua necessidade de ser reconhecido e ser aceito por esse “desprendimento”.


O uso de substâncias psicoativas contribui para a desestruturação da personalidade do dependente e da família
FUGA PARA DENTRO DE SI MESMO


Trata-se de uma pessoa com a qual todas se condoem. Vive melancólica, acabrunhada, sempre contando a última que seu dependente aprontou. Não consegue disfarçar uma ponta de orgulho de tudo o que vem sofrendo, o que, não percebido pelos ouvintes, soa como fortitude. Orgulha-se de estar sempre à disposição de outros dependentes, numa atitude típica de fuga para dentro de si mesma já que não consegue auxiliar o próprio ente querido. Apresentase como uma vítima da situação, reforçando o caráter dependente e algumas vezes marginal do usuário de drogas, já que o pensamento vigente comum é “como alguém (o usuário) pode maltratar tanto uma pessoa tão boa como essa?”. O que fica claro nesse tipo de comportamento é que há interação e troca na relação entre o dependente e seu co-dependente. Há, provavelmente, na história dos dois, permissividade, violência, arrogância, falta de limites...
Tome-se como exemplo o pai permissivo e ausente. O filho, sem limites, sem proteção, sem aceitação no seio da família, procurará um grupo que o aceite. Mais tarde, lá na frente, esse pai tentará recuperar o que deixou para trás tornando-se resignado e com uma presença “opressiva-ausente”. Sua ausência “opressiva-ausente” se caracteriza pela constante necessidade de tentar controlar o uso de drogas pelo filho, com o exercício de uma “suave opressão”, que parece até um cândido cuidado, mas na verdade é uma tentativa de recuperação da ausência de tempos atrás. Talvez mesmo uma tentativa de recuperação de uma “potência paterna” não exercida. Existem pais que, autoritários na infância do filho, e por causa de sua incompetência – fruto de sua imaturidade, auto-imagem, autoconfiança e auto-estima rebaixadas, originadas também de traumas de sua infância –, tentam minimizar os efeitos deletérios exercidos sobre o filho na infância, agindo, no mínimo, com leniência.
O que ocorre de mais perverso nessa situação, que obviamente é profundamente emocional, é a não reconstrução do dependente. O co-dependente, “dependendo da dependência do dependente”, agindo como age, não permite – emocionalmente – que este se trate e tampouco ache o equilíbrio. Há, por parte do codependente, o medo terrível de que, com a parada do uso de drogas do dependente, ele, o co-dependente, cesse seu papel. Se o usuário conseguir efetivamente cessar o uso, o pretenso cuidador não terá mais como usá-lo como vitrine de seu narcisismo enrustido, de seu egoísmo. Dessa forma, o cuidador boicota todos os esforços do dependente em parar o uso, seja pagando suas dívidas, seja acobertando seus deslizes, seja levando-o para clínicas reconhecidamente sem condições de tratá-lo, seja passando a mão em sua cabeça para contar aos outros como sua vida é sofrida apesar de todos os seus esforços.


Para Jung, o princípio do mal prevalecente no mundo conduz as necessidades espirituais
BUSCA ESPIRITUAL


A família, por si só, pode ser um fator exponencialmente perigoso para o dependente. Dizer “o doente é ele” é comum nas famílias, que constituem um empecilho poderoso para recuperação do dependente. A exemplo dos casos apresentados, a família disfuncional não admite sua desestruturação e deposita no dependente todos os seus traumas. As doenças presentes na família – alcoolismo do pai, depressão da mãe, drogadição dos filhos – não são reconhecidas. Quando um sintoma ou outro aparece, o que se depreende é que a causa seja o usuário. E não é. Os “defeitos” por assim dizer, já existiam e só esperavam uma válvula – o dependente que expressou sua dependência – para explodirem. Assim, é fácil entender por que 50% dos pacientes dependentes químicos que saem de centros de tratamento voltam a usar drogas três meses depois e 70%, seis meses depois. O que ocorre é que a família, com todas as suas disfunções, alimenta emocionalmente a dependência do usuário para ele continuar disfuncional e não mudar nada.
O que se pergunta é o que busca o dependente, com seu abuso crônico de drogas, e o co-dependente, com sua dependência do dependente. Uma das explicações mais instigantes e intrigantes está com Jung. O controvertido e sempre estimulante psicólogo suíço trocou cartas com Bill Wilson, o fundador do AA–Alcoólicos Anônimos. Em resposta a uma missiva de Wilson, Jung diz (em 30 de janeiro de 1961): “Estou firmemente convencido de que o princípio do mal prevalecente no mundo conduz as necessidades espirituais, quando negadas à perdição, se ele não for contrabalançado por uma experiência religiosa ou pelas barreiras protetoras da comunidade humana. O homem comum desligado dos planos superiores, isolado de sua comunidade, não pode resistir aos poderes do mal, muito propriamente chamados de demônio. Mas o uso de tais palavras nos leva a tais enganos que temos de nos manter afastados delas, tanto quanto possível. (...). Veja você, “alcohol” em latim significa “espírito”, e você, no entanto, usa a mesma palavra tanto para designar a mais alta experiência religiosa como para designar o mais depravador dos venenos. A receita então é “spiritus” contra “spiritum”.


"SE O DEPENDENTE DEIXAR DE USAR DROGAS, TANTO ELE COMO A FAMÍLIA TERÃO DE LIDAR COM AS PRÓPRIAS DIFICULDADES. E PARA ISSO ELES NÃO ESTÃO DISPOSTOS"

Co-dependência: o transtorno e a intervenção em rede

Co-dependência, expressão que originalmente designava a relação entre cônjuges alcoólatras, hoje expressa uma situação mais ampla e institucionalizada na qual, em linhas gerais, alguns favorecem sistematicamente a manutenção da dependência de outros, que tendem a permanecer imaturos. É com este enfoque que trabalha Maria Aparecida Zampieri. Ela apresenta a fundamentação científica de sua visão de co-dependência como um transtorno de personalidade, e sua proposta é que ele seja oficialmente reconhecido e classificado como tal. No livro, a autora mostra critérios para diagnóstico e sugere formas de intervenção em rede, com exemplos de aplicações e de resultados. Ela aborda os mais variados casos, como dependência conjugal, familiar, grupal, social, institucional e sexual. Em sua argumentação, lança mão de conceitos da neurofisiologia, do Psicodrama – de Moreno aos autores contemporâneos –, da teoria sistêmica e da física, matérias que ela domina graças a sua ampla formação. Profissionais das mais diversas categorias das áreas de saúde e relações humanas se beneficiarão deste livro preciso e original. “Enfim, ler para crer. Com o aval seguro e incontestável de Maria Aparecida Junqueira Zampieri, nossa querida Tina, luz de Rio Preto a iluminar com o novo vãos ainda obscuros e inexplorados do Psicodrama”.


No filme Quando um homem ama uma mulher, uma mãe revive um trauma do passado e passa a beber, colocando seu casamento em risco
É quase isto que o codependente busca: ele usa o dependente como um canal de comunicação, ou como um “anexo”, ao seu recontato com algo superior. É por isso que ele faz do usuário seu deus particular, para o qual faz confluir todas as suas energias e todo o seu sentido de realização. E é por isso que quando fracassa – porque ele, não o dependente, fracassa – tem tanta predisposição em recomeçar. Sem contar, obviamente, que isso o recompensa na medida em que é reconhecido por todos e por tudo graças à sua resistência, persistência e fortaleza. Puro teatro. Esse deus que ele, o co-dependente, elegeu, não o irá resgatar. O abusador de SPAs continuará a ser o centro do seu mundo, o que leva à conclusão de que, sem ser o centro do seu ser, o co-dependente pede emprestada a centralidade do outro. E mais uma vez, por causa disso, fica evidente por que o co-dependente não “pode” deixar o dependente parar de usar drogas. Se isso acontecer, tanto ele como a família terão de lidar com as próprias dificuldades. E a isso eles não estão dispostos.


CUIDADO ESPECIAL


Tratar o co-dependente, para vários especialistas, é muito mais difícil que tratar o próprio dependente. É por isso que quando o usuário vai a tratamento, é fundamental que também a família vá. Segundo Campos e Ferreira (2007), “o primeiro passo a ser tomado pelo codependente é ele aceitar que não é tão forte como pretende ser, ou como os outros gostariam que fosse. Deve deixar que a realidade atue e lhe mostre caminhos, e, a partir daí, ele não precisará mais fugir daquilo que está ali, na sua frente, para ser visto e vivido. Um segundo passo é filiarse a algum grupo de apoio, no qual interagirá com pessoas que sofrem dos mesmos males que ele mas estão conseguindo mudar o rumo da própria vida, graças ao apoio que recebem. Um terceiro passo é procurar terapia com profissionais do ramo que tenham experiência de cuidar de pessoas co-dependentes. E um quarto passo a ser tomado por co-dependentes que necessitem tratamento contra depressão, ansiedade, síndrome do pânico é procurar um bom psiquiatra e se medicar, tentando voltar a ter a mesma capacidade anterior aos fatos que geraram sua co-dependência”.


Sintomas da Co-dependência

IMAGENS: SHUTTERSTOCK Dificuldade de estabelecer e manter relações íntimas sadias e normais, sem depender muito do outro.
 Congelamento emocional. Mesmo diante dos absurdos cometidos pela pessoa problemática o co-dependente mantém-se com a serenidade própria dos mártires.
 Baixa auto -estima.
 Perfeccionismo. Da boca para fora o co-dependente professa um perfeccionismo que, na realidade, gostaria que a pessoa problemática tivesse.
 Necessidade obsessiva de controlar a conduta de outros. Palpites, recomendações, preocupações, gentilezas quase exageradas fazem com que o codependente esteja sempre supersolícito com quase todos (Esta é uma forma de ele mostrar que sua solicitude não se restringe à pessoa problemática).
 Condutas pseudocompulsivas. Se o co-dependente paga as dívidas da pessoa problemática diz “nunca sei bem por que faço isso”, que não consegue se controlar.
 Sentir-se responsável pelas condutas de outros. Na realidade ele se sente responsável pela conduta da pessoa problemática, mas para que isso não motive críticas, ele aparenta ser responsável também por todos.
 Sensação de incapacidade. Nunca tudo aquilo que fez ou está fazendo pela pessoa problemática parece ser satisfatório.
 Constante sentimento de vergonha, como se a conduta extremamente inadequada da pessoa problemática fosse, de fato, sua.
 Dependência da aprovação externa, até pela própria auto-estima.
 Dores crônicas de cabeça e das costas como somatização da ansiedade.
 Gastrite e diarréia crônicas, como envolvimento psicossomático da angústia e do conflito.
 Como resultado final, tem-se a depressão.

José Antonio Mariano é psicanalista e jornalista especializado em saúde mental. Contato: marianopsi@i12.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.

"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.
Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você.
E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo".


(Discurso de posse, em 1994)
Nelson Mandela
 Publicado hoje por https://www.facebook.com/edisonmasakatu no Facebook

domingo, 10 de abril de 2011

RAIZES DO MEDO


Shakyamuni 

O medo é, sem dúvida alguma, o maior entrave para que levemos uma vida plena e feliz. Nós o assimilamos muito cedo, ainda na infância, pois, infelizmente, muitos pais utilizam o medo como arma educacional. Ameaçam as crianças com todo tipo de punição para obter obediência.
Portanto, não é à toa que nos condicionamos a temer, inicialmente o castigo, depois a rejeição daqueles de quem dependemos para sobreviver.

Não podemos culpá-los por isso, pois eles também foram educados no medo. Mesmo aqueles que tiveram uma educação mais liberal, sem tanto rigor, acabam contaminados pelo medo que predomina ao seu redor.

A sociedade em que vivemos se baseia no medo para obter o controle sobre as pessoas. Atualmente, a mídia é a principal responsável pela disseminação da energia do medo. Catástrofes e fatalidades recebem um destaque absurdamente exagerado e, quanto maior o grau de inconsciência daqueles que recebem estas informações, mais elevado será o medo.

Todos sabemos que a violência tem se ampliado nos últimos anos; ela é resultado da doença coletiva, do estado de adormecimento em que vive a maior parte da humanidade.
Aqueles que já adquiriram um grau razoável de consciência, precisam atuar como contraponto a esta energia e tentar levar um pouco de luz àqueles com os quais convivem. Mas, sem esquecer de que nem sempre será possível obter uma resposta favorável.

O despertar da consciência só acontece aos que estão prontos. Para muitos, a verdade continuará a passar despercebida, pois eles não serão capazes de enxergá-la. E não há nada que possamos fazer quanto a isto.

Mas devemos continuar tentando ampliar a corrente dos despertos, sempre e a cada dia, com a esperança renovada de que, aos poucos, mais e mais gotas se juntarão a este oceano.

Elizabeth Cavalcante: é taróloga, astróloga, consultora de I Ching e terapeuta floral. Atende em São Paulo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sai Baba. A Era de Aquarios...


A escuridão não é uma força que obriga a viver com mais ruindade ou com mais ódio. Não é uma força que se opõe à luz. É ausência da luz. Não é possível invadir a luz com a escuridão, porque não é assim que o principio da luz funciona. O medo, o drama, a injustiça, o ódio, a infelicidade, só existem em estados de penumbra, porque não podemos ver o contexto total da nossa vida. A única forma de ver a partir da luz é por meio da fé. Assim que aumentamos a nossa freqüência vibracional (estado de consciência), podemos olhar para a escuridão e entender plenamente o que vivemos.

 Bom, por um lado existem várias profecias que indicam esta data como um momento importante da história da humanidade, mas a mais significativa é o término do calendário Maya, cuja profecia foi interpretada de várias formas. Os mais negativos pensam que nesse ano o mundo termina, mas isto não é real, pois sabemos que neste ano começa a Era de Aquário.

Na verdade este planeta está sempre mudando a sua vibração, e estas mudanças intensificaram-se desde 1898, levando a um período de 20 anos de alterações dos pólos magnéticos que não ocorriam há milhares de anos.Quando ocorre uma mudança do magnetismo da terra, surge também uma mudança consciencial, assim como uma adaptação física à nova vibração. Estas alterações não acontecem apenas no nosso planeta, mas em todo o universo, como a ciência atual tem comprovado.

Informe-se sobre as mudanças das tempestades solares (que são tempestades magnéticas) e perceberá que os cientistas estão a par destes assuntos.Ou pergunte a um piloto aviador sobre o deslocamento dos pólos magnéticos, já que todos os aeroportos foram obrigados a modificar os seus instrumentos nos últimos anos.

Esta alteração magnética se manifesta como um aumento da luz, um aumento da vibração planetária.

Para entender mais facilmente esta questão, é preciso saber que a vibração planetária é afetada e intensificada pela consciência de todos os seres humanos. Cada pensamento, cada emoção, cada ser que desperta para a consciência de Deus, eleva a vibração do planeta. Isto pode parecer um paradoxo, uma vez que vemos muito ódio e miséria ao nosso redor, mas é assim mesmo.

Venho dizendo em mensagens anteriores que cada um escolhe onde colocar a sua atenção. Só vê a escuridão aqueles que estão focados no drama, na dor, e na injustiça. Aquele que não consegue ver o avanço espiritual da humanidade, não tem colocado a sua atenção nesse aspecto.

Porém se liberar sua mente do negativo, abrirá um espaço onde sua essência divina pode manifestar-se, e isto certamente trará o foco para o que ocorre de fato neste momento com o planeta e a humanidade.

Estamos elevando a nossa consciência como jamais o fizemos. Como assim? Não percebe a escuridão?

Vejo-a sim, mas não me identifico com ela, não a temo. Como posso temer a escuridão se vejo a luz tão claramente? Claro que entendo aqueles que a temem, porque também fiquei parado nesse lugar onde apenas via o mal. E por esta razão sinto amor por tudo isso.

A escuridão não é uma força que obriga a viver com mais ruindade ou com mais ódio. Não é uma força que se opõe à luz. É ausência da luz. Não é possível invadir a luz com a escuridão, porque não é assim que o principio da luz funciona. O medo, o drama, a injustiça, o ódio, a infelicidade, só existem em estados de penumbra, porque não podemos ver o contexto total da nossa vida. A única forma de ver a partir da luz é por meio da fé. Assim que aumentamos a nossa freqüência vibracional (estado de consciência), podemos olhar para a escuridão e entender plenamente o que vivemos.

Mas como pode afirmar tudo isso, se no mundo existe cada vez mais maldade?

Não há mais maldade, o que há é mais luz, e é sobre isso que falo agora.

Imagine que você tem um quarto, ou uma despensa, onde guarda suas coisas, iluminado por uma lâmpada de 40W. Se trocar para uma lâmpada de 100W, verá muita desordem e um tipo de sujeira que você nem imaginava que tinha naquele local.

A sociedade está mais iluminada. Isto é o que está acontecendo. E isto faz com que muitas pessoas que lêem estas afirmações as considerem loucura.

Percebeu que hoje em dia as mentiras e ilusões são percebidas cada vez mais rapidamente? Bom, também está mais rápido alcançar o entendimento de Deus e compreender a forma como a vida se organiza.

Esta nova vibração do planeta tem tornado as pessoas nervosas, depressivas e doentes. Isto porque, para poder receber mais luz, as pessoas precisam mudar física e mentalmente. Devem organizar seus quartos de despejo, porque sua consciência cada dia receberá mais luz. E por mais que desejem evitar, precisarão arregaçar as mangas e começar a limpeza, ou terão que viver no meio da sujeira.

Esta mudança provoca dores físicas nos ossos, que os médicos não conseguem resolver, já que não provem de uma doença que possa ser diagnosticada.

Dirão que é causado pelo estresse. Porém isto não é real. São apenas emoções negativas acumuladas, medos e angústias, todo o pó e sujeira de anos que agora precisa ser limpo.

Algumas noites as pessoas acordarão e não conseguirão dormir por algum tempo. Não se preocupem. Leiam um livro, meditem, assistam TV. Não imaginem que algo errado ocorre. Você apenas está assimilando a nova vibração planetária. No dia seguinte seu sono ficará normal, e não sentirá falta de dormir.

Se não entender este processo, pode ser que as dores se tornem mais intensas e você acabe com um diagnóstico de fibromialgia, um nome que a medicina deu para o tipo de dores que não tem causa visível. Para isto não existe tratamento específico apenas antidepressivos, que farão com que você perca a oportunidade de mudar sua vida.

Uma vez mais, cada um de nós precisa escolher que tipo de realidade deseja experimentar, porém sabendo que desta vez os dramas serão sentidos com mais intensidade, assim como o amor. Quando aumentamos a intensidade da luz, também aumentamos a intensidade da escuridão, o que explica o aumento de violência irracional nos últimos anos.

Estamos vivendo a melhor época da humanidade desde todos os tempos. Seremos testemunhas e agentes da maior transformação de consciência jamais imaginada.

Informe-se, desperte sua vontade de conhecer estas questões. A ciência sabe que algo está acontecendo, você sabe que algo está acontecendo. Seja um participante ativo. Que estes acontecimentos não o deixem assustado, por não saber do que se trata."