Onde há fumaça, ao menos na maioria das vezes, há fogo.No caso do embróglio da construção(ou não) da hidrelétrica de Belo Monte é necessário um exame mais apurado da questão e que a nossa "classe política", leia-se governador, prefeitos, deputados estaduais, federais e senadores entre no caso.
Mapa onde será construida a hidrelétrica
Do contrário, fica o Ministério Público Federal e as organizações não- governamentais, no campo jurídico, quando a questão é predominantemente econômica e social, portanto necessitando de leitura política.O mais novo capítulo de ontem(03/março) com a decisão do TRF da1ª região que cassou a liminar que havia suspendida a licença concedida pelo IBAMA não vai representar o fim da história.O autor da ação, o Procurador da República, Dr. Felício Pontes JR. deverá recorrer da decisão.Conhecido pela sua seriedade, competência e compromisso com as questões sociais. Dr. Felício tem argumentos detalhados que demonstram que o açodamento para a instalação das obras tem fortes interesses econômicos envolvidos e pouca preocupação em dar resposta ás imensas demandas sociais e problemas ambientais que serão a consequência concreta da construção da UHE de Belo Monte.
A previsão de investimentos gira em torno de 19 bilhões, dos quais boa parte sairá do BNDES.A informação é de que desde o anúncio já chegaram à região cerca de 8 mil pessoas.A previsão do próprio governo é de que a obra aglutinará 20 mil trabalhadores que com suas famílias somarão cerca de cem mil pessoas a mais na região.
Tudo leva a crer que a pressa do IBAMA em conceder a licença deve-se mais à pressões política do que à questões "puramente técnicas" como insistentemente tem sido alegado.
O que é mais importante é que as consequências sociais, ambientais e econômicas sobrarão para nós, o povo paraense, maior interessado neste debate.Um chamamento aos que se dizem nossos representantes.
De Belém,
Leila Márcia
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