Cuidar de si. Eis a prerrogativa do vigésimo sétimo hexagrama do I Ching. Estes cuidados começam com a parte física: o que você tem comido? É de qualidade? Quais os cuidados que você tem para com seu corpo? Mas a nutrição vai muito além das questões alimentares: aquilo que lemos nutre a nossa mente. As pessoas com quem nos relacionamos nutrem a nossa alma. E as mesmas regras que valem para a nutrição física, valem para a nutrição psíquica: se escolhemos bons materiais, temos boa saúde. Caso contrário, nos detonamos.
Já dizia Hipócrates: ”que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio”. Assim sendo,cheque sua “dieta” em todos os sentidos e não se limite apenas ao plano físico. Leia bons livros, aproxime-se de pessoas com bons valores, assista a boas palestras. Este é o momento de receber, não de ofertar. Procure também se conectar com o mais elevado alimento da alma: a sabedoria. Qual é a doutrina espiritual ou filosófica que você mais aprecia? Dedique-se a ela neste momento!
Hipócrates é o Pai da Medicina. Nasceu na Grécia, na ilha de Cós, 450 anos antes de Cristo.
A ilha de Cós, de 282 km2, é o berço da ciência médica.
A medicina, por força de sua complexidade e do mistério da própria vida, esteve sempre na esfera dos “deuses” das mágicas e sortilégios. Recuada para à história antiga, está na mitologia, tais como na mitologia grega e romana. Homens, fatos, imaginação e lendas, misturaram-se até as mitologias, de modo que deuses gregos são identificados a deuses egípcios, bem como deuses romanos identificam-se com deuses gregos. Assim é que deuses e deusas egípcias, como Serápis, Isis, Osiris e Thoth correspondem a deuses gregos, respectivamente Apolo, Minerva, Hermes, Orfeu e Asclépio.
O JURAMENTO:
“Juro por Apolo, médico, por Asclepius, Hygéa e Panacéia e como testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, conforme o meu poder e a minha razão, o juramento cujo texto é este:
Estimarei como a meus próprios pais quem me ensinou esta arte e com ele farei vida em comum e, se tiver alguma necessidade partilhará dos meus bens: cuidarei de seus filhos como meus próprios irmãos, ensinando-lhes esta arte, se tiverem necessidade de aprendê-la, sem salário nem promessa escrita: farei participar dos preceitos, das lições e de todo o restante do ensinamento, os meus filhos, os filhos do mestre que me instruiu, os discípulos inscritos e arrolados de acordo com as regras da profissão, mas apenas esses
Aplicarei os regimes para o bem dos doentes, segundo o meu saber e a minha razão e nunca para prejudicar ou fazer mal a quem que seja.
A ninguém darei, para agradar, remédio mortal nem conselho que o conduza à destruição.
Também não fornecerei a uma senhora pressário abortivo.
Conservarei puras minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, ainda que seja em calculoso (manifesto), mas deixarei essa operação para os práticos.
Na casa onde eu for, entrarei apenas para o bem do doente, abstendo-me de qualquer mal voluntário, de toda sedução e, sobretudo, dos prazeres do amor com mulheres ou com homens, sejam livres ou escravos: o que, no exercício ou fora do exercício e no comércio da vida eu vir ou ouvir, que não seja necessário revelar, conservarei como segredo.
Se cumprir este juramento com fidelidade, goze eu minha vida e minha arte com boa reputação entre os homens, e para sempre: mas, se dele me afastar ou violá-lo, suceda-me o contrário.“
...E assim segue a medicina.
e assim juram os médicos até hoje.
"Eis um juramento que é um verdadeiro tratado de moral profissional!
É natural que resista aos séculos.
Na crise da medicina atual, quer por cultura, quer por ação, convém que os não médicos e com alguma responsabilidade pelo bem da sociedade, amparem o médico, para que possa cumprir dignamente sua profissão, caso contrario estarão contribuindo para abalar o profissional, que não se cansa, seja dia ou noite e que nunca pode se afastar do estudo. Se assim não o fizerem estarão agindo contra si mesmos e contra o bem social. " Antonio A. Laudanna
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