domingo, 20 de janeiro de 2013

FOME - O problema não é a produção mas o desperdício!


Metade da comida do mundo vai parar no lixo, diz relatório


As três matérias abaixo comprovam cientificamente, MAIS UMA VEZ, que o problema da nossa humanidade e sobretudo das nossas elites econômicas e governamentais,mas também de cada um de nós, É MORAL!!!

É inacreditável e inaceitável que todos nós estejamos escolhendo sistemáticamente a irresponsabilidade e o egoismo de simplesmente deixar a comida estragar  e matar de fome nossos irmãos humanos planeta a fora,além de representar também um forte ato de destruição ambiental suicída!!! ESTAMOS TODOS EM FLAGRANTE DELITO DE CRIME LESA HUMANIDADE!!!

Por favor leiam com bastante cuidado os textos abaixo e divulguem em todas mídias sociais que tiverem acesso com urgência,temos que trabalhar para acordar e mobilizar a humanidade, e convocar as elites econômicas e governamentais à responsabilidade. Façamos um planejamento  preciso 
(calorias e valor nutricional) e só compremos aquilo que realmente precisamos e vamos comer;pratiquemos assim a verdadeira cidadania,consideração e  amor ao próximo. SEJAMOS CONSCIENTES DE NOSSOS ATOS E EVOLUAMOS!!!

Metade da comida do mundo vai parar no lixo, diz relatório
BBC BRASIL Atualizado em  10 de janeiro, 2013 - 10:13 (Brasília) 12:13 GMT
 
Um relatório de uma organização britânica indica que até metade de toda a comida produzida a cada ano no mundo, ou cerca de dois bilhões de toneladas, vão parar no lixo.
 
O documento, intitulado Global Food; Waste not, Want not ("Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Fique Sem", em tradução livre), diz que o desperdício está ocorrendo devido a uma série de motivos, entre eles as condições inadequadas de armazenamento,consumidores que compram sem necessidade e a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos.
 
Outro problema é a preferência dos consumidores por alimentos com um formato ou cor específicos. O estudo diz que até 30% das frutas, verduras e legumes plantados na Grã-Bretanha sequer são colhidos por causa de sua aparência.
O desperdício de alimentos também implica em desperdício de recursos usados para a produção deles, como água, áreas para agricultura e energia, alertou o relatório publicado pela Institution of Mechanical Engineers, uma organização que representa engenheiros mecânicos e reúne cem mil membros no Reino Unido.
 
Promoções nos supermercados e preferências dos consumidores agravaram o problema
 
Ofertas nos supermercados
 
A ONU prevê que até 2075 a população mundial chegue a 9,5 bilhões de pessoas, um acréscimo de 3 bilhões em relação à população atual, o que reforça a necessidade de se adotar uma estratégia para combater o desperdício de alimentos e, assim, tentar evitar o aumento da fome no mundo.
 
De acordo com o relatório, o equivalente a entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo por ano, ou seja, entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas, nunca são ingeridos.
 
Além disso, nos Estados Unidos e na Europa, metade da comida que é comprada acaba sendo jogada fora.
 
"A quantidade de comida desperdiçada e perdida no mundo é assombrosa. Isto é comida que poderia alimentar a crescente população mundial além de todos aqueles que atualmente passam fome."
Tim Fox, diretor da Institution of Mechanical Engineers
 
Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente da Institution of Mechanical Engineers, disse que o desperdício é "assombroso". "Isto é comida que poderia alimentar a crescente população mundial além de todos aqueles que atualmente passam fome."
"As razões desta situação variam das técnicas insatisfatórias de engenharia e agricultura à infraestrutura inadequada de transporte e armazenamento, passando pela exigência feita pelos supermercados de que os produtos sejam visualmente perfeitos e pelas promoções de 'compre um, leve outro grátis', que incentivam os consumidores a levar para casa mais do que precisam", disse.
 
Água
O relatório alertou que atualmente 550 bilhões de metros cúbicos de água estão sendo desperdiçados na produção de alimentos que vão para o lixo.
 
E o problema pode se agravar. Segundo a Institution of Mechanical Engineers, o consumo de água no mundo chegará a até 13 trilhões de metros cúbicos por ano em 2050 devido ao crescimento da demanda para produção de alimentos.
 
Isso representa até 3,5 vezes o total de água consumido atualmente pela humanidade e gera o temor de mais escassez do recurso no futuro.
O alto consumo de carne tem grande influência nesse aumento de demanda, visto que a produção de carne exige muito mais água do que a produção de alimentos vegetais.
 
"À medida que água, terra e energia passam a ser mais disputados devido à demanda da humanidade, os engenheiros tem um papel crucial a desempenhar no sentido de prevenir a perda e o desperdício de alimentos, desenvolvendo formas mais eficientes de produção, transporte e armazenamento", disse Fox.
 
O desperdício de até 40% de alimentos custa caro aos EUA
Publicado em agosto 28, 2012 por HC

 
 
Os americanos desperdiçam até 40% de sua comida a cada ano, enchendo aterros sanitários com pelo menos US$ 165 bilhões em hortifrutigranjeiros e carnes numa época em que centenas de milhões de pessoas passam fome em todo o mundo, segundo análise divulgada na terça-feira pelo Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC, na sigla em inglês). Matéria do Washington Post, em O Estado de S.Paulo.

A análise, uma compilação de estudos e estatísticas, revela que há desperdício desde a fazenda até o garfo, mesmo agora que a seca ameaça elevar o preço dos alimentos. Os recursos que o governo dedicou para identificar onde estão as deficiências e como combatê-las são irrisórios em comparação com os esforços em curso na Europa.

Por enquanto, os preços americanos relativamente baixos facilitam o desperdício de comida, o que pode explicar a razão porque a família americana média de quatro pessoas termina jogando no lixo o equivalente a US$ 2.275 em comida todo ano, diz o relatório. Essa tendência perdulária piorara como tempo e hoje o americano médio desperdiça 10 vezes mais comida do que um consumidor do Sudeste Asiático e 50% mais do que nos anos 70.

“Não surpreende que a comida seja o maior componente do lixo sólido nos aterros”, disse Dana Gunders, cientista do NRDC que assina o estudo. A frustração dos ambientalistas é que recursos naturais – água, terra e energia – são usados para produzir todo esse alimento não consumido. “Estamos jogando fora quase a metade da comida que cruza nosso caminho”, disse Gunders. “É dinheiro jogado no ralo.”

A análise cita pontos fracos em cada etapa da cadeia produtiva. Na fazenda, os plantadores, às vezes, não colhem alimentos em razão dos preços ruins do mercado, que dificultam a recuperação dos custos.

O mercado também obriga os plantadores a selecionar as plantas que colhem, removendo alimentos com manchas ou outros defeitos cosméticos. O relatório cita um fazendeiro que estima que 75% dos pepinos que ele joga fora são comestíveis e uma empresa embaladora de tomate que afirma poder encher um caminhão de lixo com cerca de 10 mil quilos de tomates descartados a cada 40 minutos.

Quando bens perecíveis são embarcados de navio, eles também são rejeitados por distribuidores responsáveis por levá-los ao comércio local e por bancos de alimentos, que, às vezes, recebem quantidades maiores do que podem usar.

No entanto, muitos estudos sugerem que a maior parte do desperdício ocorre nas lojas e casas. O governo estima que supermercados percam US$ 15 bilhões por ano só em frutas e legumes não vendidos. O NRDC atribui parte dessas perdas ao excesso de produtos estocados para impressionar consumidores.

Em restaurantes, que também sofrem prejuízos com o desperdício de alimentos, tamanhos de porções que excedem os recomendados pelo governo desempenham papel importante. Ano passado, associações industriais lançaram uma iniciativa para ajudá-los a doar mais comida e reduzir os 36 milhões de toneladas de alimentos enviados aos lixões a cada ano.

A Europa, porém, saiu na frente. O Parlamento Europeu adotou uma resolução que cortará o desperdício pela metade até 2020. Na Grã-Bretanha, há cinco anos, alguns varejistas já estão usando promoções para desencorajar consumidores a comprar mais do que precisam – do tipo “compre a metade”, em vez da tática de “compre um e leve dois” usada nos EUA.

Segundo pesquisa do Shelton Group, 39% dos americanos classificaram o desperdício de comida como sua principal “culpa” – bem acima de deixar as luzes acesas ao sair (27%) ou não reciclar (21%). Suzanne Shelton, fundadora do grupo, disse que as pessoas têm as melhores intenções ao encher as sacolas de supermercado, mas a vida acaba interferindo. “Ficamos atolados no trabalho e nos vemos comprando uma pizza na volta para casa”, disse. “No fim de semana, jogamos fora a comida estragada da geladeira.” / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

 
http://www.sosclimaterra.org/

O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NO BRASIL

O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população (FAO). De toda esta riqueza, grande parte é desperdiçada.
Segundo dados da Embrapa, 2006, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino. Diariamente, desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas por dia, quantidade esta suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar (VELLOSO, Rodrigo. Comida é o que não falta. Superinteressante. São Paulo: Ed. Abril, nº 174, março/2002).
De acordo com o caderno temático “A nutrição e o consumo consciente” do Instituto Akatu (2003), aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva:
  • 20% na colheita;
  • 8% no transporte e armazenamento;
  • 15% na indústria de processamento;
  • 1% no varejo;
  • 20% no processamento culinário e hábitos alimentares.
Segundo Instituto Akatu, 2004: Os números supracitados fazem do Brasil um dos campeões mundiais de desperdício. Analisando estes dados de uma forma mais simples, isso significa que uma casa brasileira desperdiça, em média, 20% dos alimentos que compra semanalmente, o que remete a uma perda de US$ 1 bilhão por ano, ou o suficiente para alimentar 500 mil famílias.
Prova deste desperdício financeiro é ressaltada pela 8ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, em 2007, que demonstra que os supermercados perderam 4,48% de seu movimento financeiro, em perecíveis. Além disso, uma estimativa realizada pela Coordenadoria de Abastecimento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo indicara que perdas na cadeia produtiva dos alimentos equivalem a 1,4% do PIB – Produto Interno Bruto.

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