A QUEM INTERESSA BELO MONTE?
Compenetrado para a foto, Paulo Maldos (PCdoB), assessor de assuntos indígenas da Secretaria Geral da Presidência da República, com as mãos sujas do Sangue dos Povos Indígenas e da Espoliação dos Recursos do Patrimônio dos Povos Originários Brasileiros, recebe de Marcos Apurinã, sob olhar atento da Nuitu Mapulu Kamayurá e demais lideranças, um vídeo contendo denúncias, reivindicações, demandas e protestos das Etnias Atingidas por Belo Monte, mas deixou em cima da tv para assistir com o companheiro Gilberto Carvalho após a novela e depois, inebriados em seu bem-remunerado e comum Jardim das Delícias, se esqueceram e foram dormir. O sono da Casa Civil (CIMI) é o despertar das Bestas Genocidas a serviço do Grande Capital.
Manifestações populares contra Belo Monte ocorrem HOJE, sexta-feira, dia 4/2/2010, das 12 às 13 horas, diante das agências do BNDEs nas principais capitais da Federação. No Rio de Janeiro, o protesto se dará defronte ao Banco Nacional de Desenvolvimento, próximo ao Largo da Carioca, a partir das 11 horas, tendo sido organizado - apesar da presença dos militantes do Greenpeace, entidade financiadora do nefasto ISA - fora da esfera das ongs salvacionistas ligadas ao indigenismo neoliberal ou missionário e ao neoliberalismo ambientalista, hoje aparelhando o Estado Brasileiro - entidades mais interessadas em obter o "verde" das compensações ambientais do que em salvar do Holocausto Ambiental e Humano os Povos e Ecossistemas do Xingu.
Em Brasília, a manifestação é convocada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Confederação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e pelo Instituto Sócio Ambiental (ISA), o que já parece deslegitimar qualquer protesto contra Belo Monte (ou contra qualquer outra obra do PAC), pois todas as três entidades – apesar dos esforços hercúleos e da luta abnegada de Marcos Apurinã e outras lideranças e organizações indígenas não-cooptadas dentro da COIAB – lutaram Criminosa e Incansavelmente pela viabilização do Belo Monstro – atingindo diretatamente mais de 25 mil indígenas de 24 etnias diferentes, milhares de ribeirinhos, populações extrativistas, pescadores e pequenos agricultores, ecossistemas inteiros, contendo inumeráveis espécies vegetais e animais, além de parte da área urbana de Altamira - na Casa Civil, na Presidência da Funai e no Conselho Nacional de Política Indigenista.
Ao Movimento Indígena Revolucionário e aos observadores mais atentos, parece que tais Ongs, que, de forma profissional e extremamente eficaz, engabelam a opinião pública nacional e internacional, assim como tentam engabelar os Povos Indígenas Brasileiros (que, desesperados, muitas vezes são usados como massa de manobra dessas organizações criminosas), querem, mais uma vez, lograr militantes bem intencionados e voluntários de boa-fé.
Ao ISA, COIAB, CTI, entre outras, INTERESSA A CONSTRUÇÃO DE BELO MONTE, entre outras obras do Programa de Aceleração do Capitalismo (PAC), pois interessam os recursos das compensações ambientais, uma grana preta que NÃO SERÁ dividida com os Povos Indígenas brasileiros, em especial, com as etnias atingidas por Belo Monte (grana essa que será pulverizada nas assessorias, como sempre fazem); ao CIMI interessa “o esbulho, o genocídio, a pilhagem, o etnocídio e a grande festa das oligarquias, dos corruptos, dos inescrupulosos e do grande capital nacional e internacional” (como disse o ex-representante do CIMI na Funai, o incompetente e fujão Eduardo Almeida, convocado - junto com outros antropólogos organizados na Associação Nacional de Ação Indigenista [ANAI], como Guga Sampaio, que pagam o colégio particular dos filhos e seus bons apartamentos em Salvador com a mais vil manipulação política e a exploração [espoliação] acadêmica do conhecimento dos Povos Originários, Quilombolas e Tradicionais - para atacar o AIR e outros Movimentos Sociais Não-Cooptados, sobre quem protagonizou a sua própria gestão de à frente do órgão, enquanto tratava de se esconder das bordunas dos Xavantes e da autoridade moral de Carlos Pankararu debaixo das saias da Polícia Federal), pois é com o Holocausto, a Miséria e o Extermínio dos Povos Indígenas que o Conselho Indigenista Missionário, de quem Paulo Maldos é assessor político, se alimenta politicamente e constrói o seu discurso denuncista (fazendo escola em São Paulo), tão à gosto da opinião européia e da esquerda não-informada, o que rende polpudos repasses internacionais de organizações católicas e de direitos humanos, além dos prêmios internacionais, como o “Nobel” recebido recentemente pelo Bispo de Altamira.
Nascido de um braço da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como o CIMI, o Centro Ecumênico de Documentação Indígena (CEDI), hoje transformado no poderoso e arqui-milionário Instituto Sócio Ambiental (ISA), graças aos esforços de Paulo Maldos que, começando a “garimpar” junto aos católicos austríacos, alemães e cristãos noruegueses, acabou por trazer uma monta incalculável de euros e dólares de entidades privadas e governos europeus para as organizações indigenistas e ambientalistas brasileiras, conseguiu, dentro do Governo Lula, por meio de um conluio com as demais “organizações parceiras”, usando da perfídia, o perjúrio, da manipulação midiática e da mais explícita má-fé, derrubar - com auxílio do assessor do CNPI, Frederico Magalhães, que usa de sua influência no Santuário dos Pajés para neutralizar a Resistência Indígena Autêntica em Brasília e inviabilizar a estadia de indígenas contrários ao CNPI no DF, de petistas enciumados dentro da Fundação Nacional do Índio, com assessoria pessoal do coronel Gelio Augusto Barbosa Fregapani, chefe do Grupo de Trabalho da Amazônia (GTAM), da ABIN, então lotado em Brasília - um Presidente da Funai Republicano, Abnegado e Preparado, para colocar o seu representante, o nepotista Márcio Meira, transformando a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em FUNAE, Fundação Nacional do Empreendedor, mais preocupada com “cronogramas de obras” e com “os dramas do empreendedor” do que com a proteção efetiva dos Povos Originários, como explicitava carta do agora exonerado – por competência, experiência, espírito humanista e ideais republicanos – chefe do Posto Indígena Avá-Canoeiro (tema da próxima postagem), Walter Sanches, veterano de contatos ao lado de Cláudio Villas-Boas no Peixoto de Azevedo (Panará e Kren-Akrore) e há mais de 20 anos protegendo, independente de folha de ponto ou contra-cheque, os últimos seis Canoeiro de Serra da Mesa (GO), única etnia contemporânea do planeta a ter habitado cavernas (Ithá), contra o lento processo de extermínio patrocinado por Furnas, Novatrans, CPLF e pela belga Tractebel – processo genocida agora agravado pela pulverização, por vendeta pessoal da Presidência da Funai, da extinta Coordenação de Goiânia, a melhor e mais estruturada unidade do Brasil, cujos servidores, alguns dos mais preparados da União, resistindo há mais de um ano com telefone e internet cortados, sem viaturas nem recursos, fazendo faxina em mutirão, agora foram transferidos ex-ofício para os mais distantes rincões do país, desarticulando uma rede indigenista de apoio consolidada há duas décadas.
Nascido de um braço da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como o CIMI, o Centro Ecumênico de Documentação Indígena (CEDI), hoje transformado no poderoso e arqui-milionário Instituto Sócio Ambiental (ISA), graças aos esforços de Paulo Maldos que, começando a “garimpar” junto aos católicos austríacos, alemães e cristãos noruegueses, acabou por trazer uma monta incalculável de euros e dólares de entidades privadas e governos europeus para as organizações indigenistas e ambientalistas brasileiras, conseguiu, dentro do Governo Lula, por meio de um conluio com as demais “organizações parceiras”, usando da perfídia, o perjúrio, da manipulação midiática e da mais explícita má-fé, derrubar - com auxílio do assessor do CNPI, Frederico Magalhães, que usa de sua influência no Santuário dos Pajés para neutralizar a Resistência Indígena Autêntica em Brasília e inviabilizar a estadia de indígenas contrários ao CNPI no DF, de petistas enciumados dentro da Fundação Nacional do Índio, com assessoria pessoal do coronel Gelio Augusto Barbosa Fregapani, chefe do Grupo de Trabalho da Amazônia (GTAM), da ABIN, então lotado em Brasília - um Presidente da Funai Republicano, Abnegado e Preparado, para colocar o seu representante, o nepotista Márcio Meira, transformando a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em FUNAE, Fundação Nacional do Empreendedor, mais preocupada com “cronogramas de obras” e com “os dramas do empreendedor” do que com a proteção efetiva dos Povos Originários, como explicitava carta do agora exonerado – por competência, experiência, espírito humanista e ideais republicanos – chefe do Posto Indígena Avá-Canoeiro (tema da próxima postagem), Walter Sanches, veterano de contatos ao lado de Cláudio Villas-Boas no Peixoto de Azevedo (Panará e Kren-Akrore) e há mais de 20 anos protegendo, independente de folha de ponto ou contra-cheque, os últimos seis Canoeiro de Serra da Mesa (GO), única etnia contemporânea do planeta a ter habitado cavernas (Ithá), contra o lento processo de extermínio patrocinado por Furnas, Novatrans, CPLF e pela belga Tractebel – processo genocida agora agravado pela pulverização, por vendeta pessoal da Presidência da Funai, da extinta Coordenação de Goiânia, a melhor e mais estruturada unidade do Brasil, cujos servidores, alguns dos mais preparados da União, resistindo há mais de um ano com telefone e internet cortados, sem viaturas nem recursos, fazendo faxina em mutirão, agora foram transferidos ex-ofício para os mais distantes rincões do país, desarticulando uma rede indigenista de apoio consolidada há duas décadas.
O senhor Meira (ISA), aboletado na Funai e convenientemente excluído temporariamente do quadro oficial do site da entidade (mas despachando no escritório da Ong e se hospedando em hotel da mesma organização em São Gabriel da Cachoeira, quando é convocado a dar explicações), foi colocado para desmantelar uma tradição indigenista de mais de 100 anos, iniciada com Rondon, nomeando-se presidente do Conselho Nacional de Política Indigenista (para poder neutralizar lideranças indígenas tradicionais e indicar os seus próprios representantes, escolhidos a dedo numa reunião na Aldeia São João [Krikati] realizada em 2007 e financiada pelo próprio bolso, forjando assim uma farsa de “representatividade indígena” dentro do Governo Federal), privatizando literalmente a Fundação Nacional do Índio e extinguindo, com o Decreto Criminoso 7056/09, os Postos Indígenas, Coordenações e Administrações Regionais (agora CTLs, uma renomeclatura, segundo o próprio, que foi – muito bem – entendida por posseiros, fazendeiros, empreiteiras, mineradoras, papeleiras, traficantes e missionários, entre outros genocidas e etnocidas, como “acabou a Funai, podemos invadir”), jogando os recursos da Assistência e da Proteção aos Povos Indígenas no caixa do ISA – a quem representa - e das “ongs amigas” (parceiras), perseguindo e exonerando implacavelmente servidores probos (ao menos uma servidora foi assassinada por assédio moral e outro internado em psiquiatria “a bem do serviço público”, muitos veteranos, às vésperas da aposentadoria, foram obrigados a aceitar transferência para AGU e demais órgãos sem ligação alguma com indigenismo, fazendo com que os mais gabaritados quadros do serviço público capacitados a estabelecer uma ponte de diálogo entre o Estado e os mais diversos Povos Originários desse país-continente perdessem totalmente as suas atribuições legais – em um processo stalinista a serviço do Agronegócio e do Grande Capital Apátrida, bem ao gosto do partido do “guru de todos”, Paulo Maldos, que não somente aceita essas contradições naturalmente, como delas sobrevive), retirando direitos adquiridos de Povos Indígenas, promovendo uma “rediscussão” da legislação indigenista brasileira, tão somente para melhor criminalizar indígenas (fazendo à nível institucional o que faz no patamar rasteiro o seu capanga Rilder Ribeiro Maués, que passou a manhã do dia 10 de julho de 2010 ao lado do delegado da 5ª DP de Brasília, Laércio Rosseto, renomeado pelo Governador Agnelo [PT por fora, PcdoB por dentro], por serviços prestados contra indígenas e apoiadores no DF, incluindo a tortura de um jovem Tupinambá e a recusa de atendimento médico para militante gravemente enfermo e ilegalmente detido, titular da mesma unidade repressora, procurando meios e modos de criminalizar indígenas), estando o representante de Márcio Santilli COMPROMETIDO ATÉ A MEDULA com a construção da UHE Genocida Belo Monte, empurrada goela abaixo dos Povos Indígenas e ribeirinhos estarrecidos, sem respeitar as 66 condicionantes estabelecidas previamente pelo IBAMA e pela própria Funai e nem sequer consulta prévia às populações atingidas, como preconiza a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho e a Declaração Universal dos Povos Indígenas da ONU, entre outras resoluções (como pode ser constatado pela entrevista da liderança indígena Ozimar Juruna, da Aldeia Pakisamba, enviado por Sheyla Yakarepi Juruna, da Comunidade do Km 16, como se pode ver no vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=dycQ49n9mGw ), dando anuência incondicional às obras (numa briga com servidores que já dura 4 anos, Meira assina pessoalmente o que é da competência de técnicos de licenciamento ambiental, tendo, assim que entrou, AFASTANDO SUMARIAMENTE todos os cinco técnicos, altamente experientes e preparados para tal, assim como toda a Coordenação Geral de Proteção Territorial, entre outras coordenações), acabando com a unidade da Funai em Altamira e coincidentemente instalando imediatamente um escritório do ISA no município, chantageando com processos administrativos lideranças indígenas, enviando representantes para coagir e constranger presidentes de associações de base, forjando uma proteção fictícia aos chamados Índios Isolados da TI Koatinemo, a ser atingida pela represa, orientando a senhora Vasco a ordenar que um servidor, entre outros tantos, RASGASSE um relatório de impacto socioambiental cuidadosamente elaborado sobre os danos da UHE Belo Monstro sobre determinada etnia, entre outros CRIMES ADMINISTRATIVOS E CRIMES CONTRA A HUMANIDADE, agora chegando ao ponto de, contrariando o parecer das duas técnicas em licenciamento por ele mesmo nomeadas, criar recentemente uma nova figura jurídica: a “licença específica", declarando “não haver óbice” para a construção.
Portanto, de olho nos recursos das compensações socioambientais (já garantidos por Márcio Meira de antemão), o Instituto Socioambiental participa ativamente do conluio bilionário e criminoso, que, entre outras vítimas, já derrubou Ministros de Estado e Presidentes da Funai e do IBAMA, além de um sem-número de servidores, tanto no Ministério do Meio Ambiente quanto na Funai, não tendo nenhum estofo moral para participar ou organizar de manifestação alguma que proteste contra Belo Monte. O último absurdo desse conluio genocida, além da licença específica, foi a licença parcial dada pelo presidente interino do IBAMA, Américo Tunes, igualmente ligado ao ISA, para “supressão de vegetação” imediata de Reserva Ambiental Permanente para instalação do canteiro de obras (na lei, o que existe é licença prévia, que é um primeiro sinal ao empreendedor, entendido como aprovação do Estudo de Impacto Ambiental – o que não é, de modo algum, uma autorização para empunhar a motosserra contra a floresta tropical ou contra bioma algum).
Sendo as ongs citadas, o ESTADO HOJE, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) já adiantou empréstimo à MORTE ENERGIA, gang formada com o objetivo de obter altas taxas de lucro, às custas de uma brutal exploração do povo brasileiro e da
apropriação dos bens naturais estratégicos, de mais de um bilhão de reais para o serviços sujos de desmatamento e eliminação da biodiversidade – em um lucrativo negócio que lhes renderá recursos e projetos até o dia que o Sol (Kwat) resolver não se levantar mais e a escuridão cegar os olhos dos pássaros (que, segundo um Pajé do Alto-Xingu, passarão a defecar sobre nossas cabeças – o que o Governo Federal Petista vem fazendo na prática).
apropriação dos bens naturais estratégicos, de mais de um bilhão de reais para o serviços sujos de desmatamento e eliminação da biodiversidade – em um lucrativo negócio que lhes renderá recursos e projetos até o dia que o Sol (Kwat) resolver não se levantar mais e a escuridão cegar os olhos dos pássaros (que, segundo um Pajé do Alto-Xingu, passarão a defecar sobre nossas cabeças – o que o Governo Federal Petista vem fazendo na prática).
A COIAB, cooptada pelo senhor Meira e o senhor Maldos, com assessoria de Sonia Boni Guajajara, na mesma reunião de 2007, financiada pelo próprio autocrata da República do Açaí Azedo (de onde Meira tira os seus recursos? Onde está a CGU?), apesar da luta pessoal de lideranças como Marcos Apurinã e Agnelo Xavante e de algumas organizações, todas traídas em conluio dentro da confederação, embora jogue para opinião pública uma posição contra as obras da Usina Genocida Belo Monstro, aprova por meio de seus representantes na CNPI, as construção dessa e de outras obras do PAC – pensando, obviamente, na remuneração presente, mas de olho nas compensações futuras que pensam serem eternas como o Sol (esquecendo-se, em primeiro lugar, que algumas hidrelétricas aqui no Brasil pagam compensações enquanto estão nos canteiros de obras, depois, simplesmente, se negam a tratar do assunto; em segundo lugar, que os indígenas não possuem um corpo jurídico como o do Instituto Socioambiental; e, em terceiro, como disse certa ocasião o venerável Takumã Kamayurá, Grande Pajé, que “o dinheiro acaba, o Rio é para sempre, não acaba”).
A verdadeira resistência a Belo Monte foi travada na “Guerra da Balsa”, no início de 2010, quando guerreiros Kayapó seqüestraram a balsa que atravessa o Rio Xingu, impedindo a distribuição da carne bovina na região (http://convert.neevia.com/docs/72111416-216c-454f-95be-e128c34f4a85/Comunicado%20Megaron.pdf), nas palavras nobres e duras do venerável Raoni Metuktire e das notáveis lideranças Juruna (Yudjá) e Arara; no sequestro de funcionários da Funai na Aldeia Pavuru em 2009; a resistência autêntica contra Belo Monte se manifestou nas batalhas do AIR para romper o cerco formado por Polícia Federal, ABIN e Ministério da Justiça para fazer ouvir, debaixo de um complô midiático (uma “estratégia de silenciamento” a serviço das grandes mineradoras e empreiteiras assessoradas por Funae e Ministério da Justiça), os 15 Pontos do Acampamento Indígena Revolucionário; a luta das 212 lideranças e das inúmeras aldeias, comunidades e etnias inteiras que se opõem frontalmente ao mega-empreendimento; a resistência autêntica contra Belo Monte, entre outras tantas protagonizada por indígenas, está presente na luta das lideranças e dos jovens do Alto, Baixo e Médio Xingu, no bom combate das lideranças autênticas e dos bravos jovens das etnias Kayapó Metuktire, Arara, Juruna, Xikrin, Araweté, Kisedjê, Ikpeng, Trumai, Assuarini, Kamayurá, Kayabi, Kuikuro, Kalapalo, Yawalapiti, Nahukwá, entre outras tantas, entre os 25 Povos atingidos direta e indiretamente e de indígenas de todo o Brasil que pensam nas próximas gerações e não aceitam nem acatam esse monstro de cimento e aço engolindo o que há de mais sagrado no planeta Terra - a sobrevivência dos Rios e das Matas e a Proteção Física e Espiritual dos Povos Indígenas.
A resistência autêntica contra Belo Monte não se encontra em Brasília hoje, encontram-se ali o CIMI e o ISA, jogando “para inglês ver” (norueguês, austríaco, francês e etc), que mobiliza como um grupo de idealistas, indígenas e não indígenas, atingidos por barragens ou não, que combatem valorosamente e com todo o coração o Holocausto Ambiental e Étnico representado pela jóia da coroa do PAC, para forjar a sua farsa.
É bom lembrar que o senhor Paulo Maldos (CIMI), apelidado Paulo Pinóquio, então “assessor pessoal do presidente Lula”, como gostava de se apresentar o atual assessor de Dilma, instrumentalizador profissional da miséria alheia, à época encarregado de neutralizar movimentos sociais dentro do Gabinete da Presidência da República, mentiu descarada e covardemente aos probos e abnegados representantes dos Povos do Xingu e do Brasil-Central em novembro de 2009 (como mentiu aos representantes e lideranças do Acampamento Indígena Revolucionário em diversas ocasiões), dizendo que encaminharia a carta encabeçada por 212 lideranças indígenas contra Belo Monte, denunciando a ausência de consulta e a falta de respeito às condicionantes às autoridades, entre elas, a então Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, falando que “nada seria enfiado goela abaixo” para acalmar os indígenas e colocá-los pacificamente de volta em um ônibus de volta às aldeias (o que faz que o setor de inteligência do Acampamento Indígena Revolucionário pensar que o senhor Paulo Maldos era sócio de agência de turismo). Menos de um mês depois seria publicado o decreto presidencial 7056, escrito possivelmente com colaboração do próprio (covarde) Maldos, neutralizando toda a rede de resistência autêntica contra a UHE Belo Monte (e jogando grupos desesperados nas mãos das ongs), fechando da Funai de Altamira, foco de Resistência Indígena Autônoma, formada por lideranças de raiz, exonerando servidores e sertanistas probos e experientes e deixando os indígenas do Xingu (Alto, Baixo e Médio), mais de 25 mil indivíduos de mais de duas dezenas de etnias originárias, expostos à sanha genocida dos Barões da Eletricidade à serviço do Programa de Aceleração do Capitalismo (PAC).
Maldos (PcdoB), “Guru dos Bispos do Brasil” e ex-assessor de Aparecida Almeida (PcdoB), amigo pessoal do "Exterminador do Futuro", Aldo Rebelo, partidarizou tanto as reuniões do Conselho Nacional de Política Indigenista, que (ver as atas) a secretária do CNPI (e assessora do ex-Ministro Paulo Barreto, Justiça), Terezinha Maglia, chegou a chamar a deputada Aparecida de "minha senadora" em meio à uma reunião do conselho e em pleno período eleitoral.
Ex-assessor do MST, a quem traiu, segundo testemunhas, Maldos desmontou inúmeras organizações indígenas até que encontrou abrigo seguro entre os Bispos, sendo nomeado assessor político do CIMI onde fez a cama para chegar ao Gabinete da Presidência da República. m nome do CIMI, no dia 22 de abril de 2000, incitou violentamente os militantes do Movimento Indígena, cerca de 3.600 índios das mais diversas etnias, e demais movimentos sociais (negros, quilombolas, mulheres, estudantes, sem-terra e etc), organizados no acampamento Quilombo, insuflando-os a marchar contra as autoridades constituídas (Fernando Henrique Cardoso, Antonio Carlos Magalhães e o então Presidente de Portugal) no evento Brasil 500 anos, sabendo de antemão que as Forças de Segurança não permitiriam e o sangue iria correr solto, com bomba, cassetete e gás (por sorte, ninguém morreu – mas um rapaz Terena ficou paraplégico). Conta-se também que na ocasião indígenas não cooptados foram espancados pelos Pataxó cooptados, a seu mando, mas isso não se pode provar.
Sempre na retaguarda, Maldos ficou monitorando a ação repressora na segurança de seu carro, onde, segundo confessa em e-mail tornado público, pegou a então senadora Marina Silva e sua assessora Áurea, “perdidas no meio da estrada” e levando-as para longe da pancadaria e do gás – “até local seguro” (enquanto indígenas eram massacrados pelas forças de ACM e as tropas de FHC, que contaram até com lanchas da Marinha para evitar que estudantes escapassem a nado), garantindo sempre que toda a ação fosse fotografada e registrada em vídeo. De posse das imagens da Violência de Estado, Maldos começou a bater forte - por meio do CIMI e da imprensa - no governo Fernando Henrique (que, não fosse pela gestão Mércio, fez mais pela questão indígena do que nas gestões petistas, veja o exemplo do Procambix, hoje sucateado por Márcio Meira), conseguindo um índice de 100% da população indígena a favor de Luís Inácio Lula da Silva, que se elegeu em 2003, garantindo a vaga do CIMI no Gabinete da Presidência da República (e, cinco anos após de intenso trabalho labial, garantiu a nomeação de uma “ong parceira” para a Presidência da Funai).
Como estar no poder não é garantia de paraíso, em fins de 2009, o Presidente da República, a pedido da Fundação Nacional do Empreendedor (FUNAE), publicou o decreto 7056, o que traria supostamente a paz – para os empreendedores - e a grana das compensações – para os vivaldinos. Mas os indígenas não aceitaram e, com diversas etnias organizadas, ocuparam a sede da Funai em Brasília por quase duas semanas para pedir o fim do decreto a queda do ditador Meira (não sabiam que o ditador nunca está só). Com a manifestação dissolvida por força militar (Bope, Força Nacional e Polícia Federal) e a sede agora ocupada militarmente pela Força Nacional, impedindo entrada de indígenas, os manifestantes rumaram para a Esplanada dos Ministérios, onde acamparam durante nove meses no que foi batizado como Acampamento Indígena Revolucionário, que em certa ocasião chegou a abrigar quase 30 etnias brasileiras – enfrentando bravamente cinco operações policiais e uma de intimidação defronte ao Palácio da Justiça. Com a aproximação do período eleitoral e a resistência dos militantes, Maldos foi escalado – junto com o diretor de assistência da FUNAE, Aluysio Guapindaia, para subornar indígenas, com propostas de “reposição de gastos” e oferecimento de “hotel e alimentação digna” no dia 14 de junho de 2010.
Na sua luta inescrupulosa para destruir o AIR, Paulo Maldus – que ligava para uma das lideranças desde a noite do dia 10 de junho - chegou a ponto de telefonar para indígenas
para colocar um contra o outro (o mesmo ardil utilizado desde o século XVI, por ocasião da Guerra dos Tamoios), indispondo etnia contra etnia, comunidade contra comunidade, vizinho contra vizinho, pai contra filho, irmão contra irmão. Tendo já jogado os irmãos indígenas contra os Leões (e depois jogado uns contra outros), Paulo Pinóquio não é o primeiro “Guru dos Bispos” a fazer jogo duplo a favor do genocídio, do etnocídio, do esbulho e da expropriação de terras e direitos. O “iluminado” Padre José de Anchieta, citado como herói humanista, depois de ter sua vida poupada em Iperoígue (hoje Ubatuba), pelos Tupinambá e de ter sido entregue são e salvo em São Vicente, junto com Nóbrega, segue para a Bahia no intuito de convencer o Governador Geral, Mem de Sá, a liquidar de vez com essa “carniceira nação, cujas queixadas ainda estão cheias de carne dos portugueses” (Anchieta, Carta de São Vicente, 1565), palavras que ecoaram na ação de 20 de janeiro de 1567, quando a soldadesca lusitana e aliados nativos tiveram a ordem de “não tomar escravos” e, tão somente, reduzir “a raça maldita” às cinzas (Padre Anchieta ainda celebrou o massacre que culminou com crânios de milhares de “gentios”, homens, mulheres e crianças, enfiados em estacas no dia de São Sebastião (do Rio de Janeiro), no poema De Gestis Mendi Saa).
O sangue covardemente derramado dos Tupinambá e demais grupos organizados no Conselho dos Tamuya no chamado "Massacre de Uruçumirim" – “Cento e sessenta as aldeias incendiadas, mil casas arruinadas pela chama devastadora, assolados os campos, com suas riquezas, passado tudo ao fio da espada”- ainda escorre pelo esgoto fétido que deságua na Praia do Flamengo, assim como nos Rios Carioca e Maracanã, agora fios chorumosos de merda industrial e humana, trazendo a leptospirose e a Morte com as chuvas, contaminando a Guanabara e transformando-a numa triste e letal “boca banguela”, portando consigo uma CAROARA (“Maldição” ou “Feitiço”) lançada por nossos antepassados, fazendo com que nenhum governador do Rio de Janeiro, fosse da antigo Estado da Guanabara, seja do atual Estado do Rio, independente de competência e carisma político (como Leonel Brizola esbanjou), alcance a Presidência da República. E que os seus habitantes sejam amaldiçoados por uma leviandade festeira que os impede de alcançar a profundidade de espírito.
A Maldição lançada por Belo Monte (Kararaô), obra que - sem consulta anterior aos Povos Impactados - prevê a chegada de mais de 100 mil trabalhadores para um dos maiores Santuários Vivos do Planeta, movendo mais terra e areia do que a construção do Canal do Panamá e cerca de 60 Bilhões já estimados por fontes não oficiais, Caroara vinda da profundeza das Florestas Tropicais, do Majestoso Rio Xingu, que nasce no Morená, onde o Herói Mavutsinin criou o Homem e quase todas as coisas belas e feias que no mundo habitam, ecoará sobre o Brasil e os seus Governantes por gerações – impedindo o acesso à felicidade e à verdadeira grandeza.
Ainda há tempo.
Política Indigenista da Presidência da República para os Povos Originários Brasileiros