Árvores sem vento
gritam
por dentro
sem poder ao menos mexer os braços sedentos.
Há heróis
que nunca surpreendem
enquanto os anti-heróis
se defendem como podem.
Ela dança páginas trágicas
de um mundo sem máscaras
no lúmem das cascas.
Assistindo
a vida viver
em torno das folhas
que se jogam ao chão,
nascem flores
que vem do pulmão.
Árvores ao vento
dão frutos
suculentos
ela dança metáforas acri-doces
de um mundo sem poses,
enquanto a vida
assiste a criação exótica de sabores.
Ela,
ainda pinta asas de borboletas
para enfeitar
o horizonte misterioso do amante,
onde
todas as noites
o céu se deita
sobre seu colo,
quase
antes.
Shala Andirá
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