quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Rodrigo de Souza Leão .Além da Conciência

 

 

 VIDA.

A mim foi negado tudo.
Até o absurdo.


Direitos.


Deveres humanos são direitos quando um míssil percorre o azul do olho de uma criança que suspira um horizonte de chamas. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. A humanidade cinza de quem desfigura um índio na calçada e joga as tranças de Rapunzel pela janela da própria boca. Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania. A quem reclama da fraterna esfera celeste, aquela abelha redonda de bola de fogo e aquele cão de sutiã. A quem pede ao fogo que decalque mais rapidamente os galhos em que os saguis se acostumaram a tomar Fanta uva. Nega a si mesmo o dever de seguir no caminho traçado pelo esboço do que foi o seu almoço e ilha seu eu no paradoxo mais perto porque tudo parece muito bem empregado neste cemitério. Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. De que adianta sobreviver na estrita terra que leva tuas mãos ao marasmo do armário cheio de roupas cuidadosamente arrumadas por um personal arrumador de roupas. Há personal para tudo. Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos. Há um nascer e um morrer todo dia, há o existir e há um elixir para o existir que é o bocejar. Paz cão. Peace Dog. Ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Entre os dois irmãos que lutam pelo poder, foi o que cuspiu no outro que morreu primeiro. Foi o primeiro que morreu primeiro. Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica. Advogo em situações difíceis como a sua. Mas não dá para trazer o horizonte para o mar e nem levar o vice para o versa. Versa versejar o pouco de vento ainda e respirar ouvindo um átomo de colibri girinascendo. Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito à proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Nelson ficou preso uma porrada de tempo, levando cordas para o seu suicidador suicidá-lo na dor mais torturante. Toda pessoa tem direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes contra os atos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei. No olhar de mamãe há um saco de boxe, e dizem que sou eu que dou o soco nela todo o dia. Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. Os padres rezam com a fé de que o céu nunca pode cair sobre suas cabeças. Tudo é possível, até na impossibilidade há a segurança de que tudo é impossível. Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida seus direitos e obrigações ou as razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida. Num sei, quem julga é Deus e virá para os vivos e os mortos. Os mortos, coitados dos direitos dos mortos. Toda pessoa acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas. Até os mísseis que olhavam Cuba com bons olhos beberam naquele dia em que Fidel engoliu-se de falar. Fidel estava Castro ainda. Castrando. Mas será que saber que está sendo Castrado é melhor do que acordar castrado? A ditadura do invisível é invencível. Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam ato delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido. Cláudio Manuel da Costa era maior do que o espaço que foi enforcado. Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques, toda pessoa tem direito à proteção da lei. Há programas do Gugu que salvam uma pessoa por semana enquanto o resto come a mão ou a colher com sal. Toda pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado. O mundo em Ibiza. Toda pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país. Londres e seu fog nunca voltaram a quem foi e alguns ficaram em Londres, e pior os que Brasil na testa escrito tiveram que ser brasileiros. Toda pessoa sujeita à perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar-se de asilo em outros países. Baby, eu dormi na praça pensando nela. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas. Nobel foi o inventor da dinamite. Todo indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade. A nação rubro-negra é católica e canta hinos bonitos. Eu sou mengão com muito orgulho, com muito amor. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade. Nunca quis ser americano. Nem torcer pelo Botafogo. A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais. Um amigo que nunca foi amigo me mostra a foto da mulher nua e pergunta se ela é gostosa. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção desta e do Estado. A Fat Family vai tocar no Canecão. Toda pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade. A Igreja é a maior detentora de terras, e os cemitérios deveriam ser no Egito vivo. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade. Quem é o proprietário dos meus sentidos? Quantos sentidos têm a vida? Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos. Eu comunguei quando pequei e depois disso só pequei! Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão. Viva a lista sem discussão. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas. Ninguém pode bater num homem de saias. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. A carteira de sócio-atleta federado está sendo vendida por quinze mangos. Toda pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios públicos do seu país, quer diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos. Toda pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu país. A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos: e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto. Se o porteiro pode votar pode ser poeta. Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país. Eu não sou profissional da escrita e nem quero ser. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social. Toda pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus interesses. Os meus interesses são o de ficar mais rico do que o mais rico dos riquinhos e peidar dólar. Toda pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e às férias periódicas pagas. Das sete às dezenove horas papai trabalhava no Hospital X e depois ia dar plantão no Hospital, e um dia perguntei quem era aquele homem que dormia com mamãe e era pouco visto e era ele mesmo. Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade. A maternidade e a infância têm direito à ajuda e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozam da mesma proteção social. Engraxa o sapato da cola. Toda pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação a dar aos filhos. Pode escolher entre educar em Esparta ou Atenas? Eu estudei tanto que hoje sou burro. Toda pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste resultam. Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria. Principalmente os chatos como eu. Os chatos como eu são chatos. Toda pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente Declaração. O espaço, a fronteira final, estas são as viagens da Enterprise em busca de novos mundos, audaciosamente indo onde quem sabe o mal não existe por detrás dos corações humanos. O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade. No exercício deste direito e no gozo destas liberdades, ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente e aos fins e aos princípios das Nações Unidas. Carcará pega, mata e come. Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados. Acabaram com o World Trade Center e deixaram a estátua da liberdade intacta. Os loucos têm seu céu particular. O meu dever é sempre fazer a lição de casa, e um bom menino não faz pipi na cama.



foto: Cristina Carriconde

Escritor e jornalista, Rodrigo de Souza Leão nasceu no Rio de Janeiro, em 04 de novembro de 1965. Publicou dez e-books de poesia: ‘25 Tábuas’, ‘No Litoral do Tempo’, ‘Síndrome’, ‘Impressões sob Pressão Alta’, ‘Na Vesícula do Rock’, ‘Miragens Póstumas’, ‘Meu Primeiro Livro que é o Segundo’, ‘Uma temporada nas Têmporas’, ‘O Bem e o Mal Divinos’, ‘Suorpicious Mind’ e ‘Oma’r. Seus poemas foram publicados nas revistas Coyote, Et Cetera, Poesia Sempre, El Piez Naufrago (México), Oroboro. Premiado com o 4º lugar no Concurso de Contos José Cândido de Carvalho, em 2002.
Publicou ‘Há Flores na Pele’ (João Pessoa: Editora Trema, 2001) e ‘Todos os Cachorros são Azuis’ (Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2008), com incentivo do Programa Petrobrás Cultural – Edição 2006/2007. O livro foi um dos 50 finalistas do Prêmio Portugal Telecom, edição 2009.
Em 2008, publicou também a plaquete ‘Desequilivro’, de poesia visual, em parceria com Paulo de Toledo. Em 2009 foi a vez de Caga-Regras (Pará de Minas: Virtual Books). Fundador e coeditor da Zunái — Revista de Poesia; Debates (Saiba mais). Criou o site Caox (hoje fora do ar) e veiculou o e-zine Balacobaco, com entrevistas com mais de 150 poetas e escritores.
Editou o blog Lowcura (Saiba mais), que participou da mostra “Blooks — Tribos; Letras na Rede” (coordenação de Heloísa Buarque de Holanda e curadoria de Bruna Beber e Osmar Salomão, 2007).
Sob o pseudônimo de Romina Conti, foi uma das Escritoras Suicidas (Saiba mais). Escreveu artigos e resenhas para os jornais O Globo e Jornal do Brasil.
A editora Record, responsável pela publicação da obra inédita de Rodrigo de Souza Leão, publicou o romance ‘Me roubaram uns dias contados’ (2010) e ‘O Esquizoide – coração na boca’ (2011). Para 2012 está programada a publicação do livro ‘Carbono Pautado’.
O livro ‘Todos os cachorros são azuis’ foi adaptado para o teatro por Flávio Pardal, Michel Bercovitch e Ramon Mello, com a direção de Michel Bercovitch. O espetáculo está em cartaz até 4 de setembro de 2011 no Teatro Maria Clara Machado (Planetário), no Rio de Janeiro.
Saiba mais:
http://www.rodrigodesouzaleao.com.br/

TUDO VAI FICAR DA COR QUE VOE QUISER
 Projeto de Ramon Mello
http://catarse.me/pt/projects/279-tudo-v

Ramon Mello é poeta, jornalista e ator – formado pela Escola Estadual de Teatro Martins Pena. Como repórter entrevistou mais de 120 escritores brasileiros. Organizou Escolhas (Língua Geral, 2009), autobiografia intelectual da professora Heloisa Buarque de Hollanda. Pesquisou e coorganizou Enter, antologia digital (2009). Participou das antologias Como se não houvesse amanhã – 20 contos inspirados em letras da Legião Urbana (Record, 2010), Rio-Haiti, 101 histórias (Garimpo Editorial, 2010), Liberdade até agora (Móbile Editoral, 2011). É autor do livro de poemas Vinis mofados (Língua Geral, 2009). Responsável pela obra do poeta Rodrigo de Souza Leão (1965-2009) e idealizador do espetáculo Todos os cachorros são azuis, dirigido por Michel Bercovitch. Mantém o blog Sorriso do Gato de Alice e escreve para o Ornitorrinco.

domingo, 11 de setembro de 2011

USP cria fibrocimento mais resistente usando bambu

 













o mundo há de acordar para o desenvolvimento verdadeiramente sustentável!


USP cria fibrocimento mais resistente usando polpa de bambu  
 
 
 
 
 
 
 
 
Placa de fibrocimento reforçada com polpa organossolve de bambu, que mostrou alta resistência e padrão de absorção de água melhor que o exigido pela legislação.[Imagem: Ag.USP]
 Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma nova técnica para usar o bambu como matéria-prima para a produção de materiais de fibrocimento.
Até há poucos anos, telhas e caixas d'água, entre vários outros produtos, eram fabricados usando fibras de amianto, um material carcinogênico que vem sendo banido mundialmente.

Organossolve

Viviane da Costa Correa e Holmer Savastano Junior demonstraram que é possível obter a polpa de bambu pelo método organossolve, uma técnica que utiliza reagentes orgânicos para retirar a lignina, um dos componentes do bambu.

A técnica tem a vantagem adicional de facilitar a recuperação dos solventes utilizados no processo, um elemento importante para a viabilização econômica e para evitar a geração de poluentes
.
Viviane explica que a obtenção da polpa geralmente é feita por um processo denominado kraft, utilizado em larga escala industrial para a fabricação de papel a partir da madeira.

No processo kraft, são utilizadas diversas substâncias químicas que separam os seus componentes, como a lignina e a celulose.

No processo organossolve para obtenção da polpa de bambu, são utilizados solventes orgânicos, basicamente etanol e água, bem menos poluentes que os agentes químicos do processo kraft.

Vantagens do bambu

Uma das linhas de pesquisa do Laboratório de Construções & Ambiência, em Pirassununga (SP), envolve a adição, na matriz cimentícia, de fibras residuais da agroindústria, como bagaço de cana-de-açúcar e resíduo da produção de sisal, visando a produção de telhas e fibrocimento.
"Neste estudo utilizamos o bambu, porque ele apresenta a vantagem de ter um crescimento mais rápido que a madeira e suas fibras são bem resistentes", conta Viviane, que utilizou a espécie Bambusa tuldoides.

A polpa obtida pode ser adicionada diretamente à matriz de cimento, dando uma maior resistência às placas de fibrocimento, inibindo a propagação de fissuras e proporcionando uma maior absorção de impactos em relação à matriz sem fibras.

"Uma das constatações do estudo é a viabilidade do método organossolve para obtenção da polpa de bambu. Ele poderia ser usado por pequenos produtores para produções em baixa escala e a lignina extraída poderia ser comercializada," diz Viviane.

Outra vantagem do processo organossolve é a menor emissão de enxofre no ambiente.

Resistência e absorção de água

A segunda etapa do estudo avaliou a adição da polpa de bambu à matriz de cimento, em diferentes proporções, visando a fabricação de placas de fibrocimento.
A adição foi realizada na proporção de 6, 8, 10 e 12% de teores em massa seca, em relação à matriz cimentícia.

"Os testes que realizamos mostraram que a adição de 8% de polpa de bambu apresentou os melhores resultados," conta Viviane.

A pesquisadora comenta ainda que, nos testes de absorção de água, as placas de cimento reforçadas com polpa de bambu apresentaram um percentual máximo de 26%. "A norma para fibrocimento estabelece 37% como limite máximo de absorção, mostrando mais uma vantagem do produto."
A linha de pesquisas da USP que busca alternativas ao amianto já rendeu diversos produtos, entre os quais fibrocimentos à base de bagaço de cana, subprodutos da siderurgia e outros inspirado em vários materiais naturais.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O MUNDO PARA SEMPRE VERDE DE TOM JOBIM


Antonio Callado
Folha de São Paulo - Ilustrada
13 de junho de 1992

No salão de música de sua casa, sentado ao piano de cauda Yamaha, Tom Jobim, tocando sua composição mais recente, era o centro de dois círculos: o das moças do coro, que o acompanhavam cantando, e, do lado de fora, das árvores dos altos do Jardim Botânico, que também pareciam acompanhar a música, e mesmo aprová-la com comovidos e afirmativos movimentos de frondes. É que a última invenção do maestro Jobim, "Forever Green", tem tudo a ver com elas, as árvores. É um hino ao verde, em inglês porque foi encomendada por uma televisão inglesa e a Sony, que já o gravaram. Foi executada em público pela primeira vez domingo passado, no Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, na noite do Concerto para a Vida, que parece ter conquistado até agora o troféu de maior brilho artístico da Eco-92. Produzido por Dalal Achcar e conduzido por Jeremy Irons, o espetáculo teve a seu serviço as vozes operísticas do Plácido Domingo e Denyos Graves: teve o violino da pequena coreana Sarah Chang; teve o piano de Artur Moreira Lima; tango argentino dançado por Julio Bocca e Eleonora Cassano; teve Gal Costa acompanhada ao piano por Tom, e, como se não bastasse, teve a "premiére" de "Forever Green", cantada em uníssono por todo o mundo.
Eu não estava presente. Não vi nem ouvi nada do que citei acima, fiel ao meu compromisso de não me afastar muito de casa durante a Eco-92. Mas confesso que dessa vez fiquei frustado, arrependido. Que diabo. Plácido fez o povo delirar cantando e bisando "Aquarela do Brasil", me contaram, acrescentando que o concerto de violino número 1 de Paganini tocado pela menina Chang foi um bruxedo que apagou todas as velas de despachos nos morros circunviznhos. Eu bem que podia ter ido ao Concerto. O estádio fica até perto da minha casa. Coerência assim é bobagem, frescura.
Resolvi então telefonar ao Tom Jobim. Eu queria pelo menos ler a letra de "Forever Green" e ouvir histórias sobre a festa, pois Tom é grande contador de casos. O que eu não sabia é que ia ser recebido como se fosse, digamos, o margrave de Brandenburgo, e estivesse ali para escutar com Bach ao cravo, o primeiro dos concertos batizados com meu nome. Porque mal Tom e eu chegamos à sala de música, conversando, foram chegando, para os trabalhos do dia Ana e Tom, as moças do coro, Paula Morelenbaum, Muísca e Maúcha Adnet, Simone Caymmi, com sua flauta, Danilo Caymmi. Eu sei que não merecia, mas sorte é isso. Tom, ao piano, começou a tocar "Forever Green" e as doces vozes se ergueram pedindo flores, pedindo a primavera, na verde floresta sempre-viva:
Let there be flowers
Let there be spring
Let the forest be forever green
Let it be forever evergreen

A insistência no verde é avassaladora, exceto quando Deus se dirige ao planeta azul, pois a Terra, como sabemos desde Gagárin, é azul à distância e para que assim continue devem os homens manter o verde do jardim da casa que Deus lhes fez:
And God will come and ask for planet blue
Where is the paradise I made for you
Where is the green and where is the blues
Where is the house I made for you

Terminado o cântico, a conversa. Há palavras, sobretudo as referentes a pássaros e plantas, que Tom pronuncia como se estivesse provando uma fruta. Com duas jornalistas que o haviam entrevistado sobre a região amazônia, Tom falava nas sumaúmas do Jardim Botânico, com seu tronco colossal, e dizia que no silêncio da noite pode-se escutar, ouvido grudado ao tronco, o rumor surdo da seiva que circula. Deve ser verdade, desde que o ouvido seja de músico e músico com vocação de naturalista. Aliás, Tom pronuncia sumaúma, sumaumeira, rolando as sílabas na língua, como se a palavra fosse um rebuçado. E fala em canela como quem sente o cheiro do tempero. Tom Jobim falando em árvores me fez pensar no major Gomes Archer, que, há precisamente 130 anos, começou a replantar a Floresta da Tijuca. Em 1862, quando o governo imperial contratou os serviços de Gomes Archer, a mata original da Tijuca começava a secar e já afetava o abastecimento de água da cidade. Não era qualquer um que podia fazer o seviço, pois os empresários do tempo só entendiam de cana e café, as duas lavouras que, precisamente, haviam devastado as matas do Rio. Mas Archer, na sua Fazenda Independência, no maciço da Pedra Branca, só cuidava do plantio de peroba, pau-ferro, jacarandá, cedro. Da sua fazendo saíram as mudas que cobriram de novo de verde e parte carioca do planeta azul. Se Aderbal Freire-Filho resolver continuar, agora em escala ciclópica, sua série de peças ambulantes, poderá por em cena, galgando os picos da Floresta da Tijuca, o major Gomes Archer, à testa do seu bando de fiéis escravos, atirando sementes de sumaúma pelas encostas, ao som de "Forever Green". Não é preciso explicitar quem Aderbal convidará para desempenhar o papel de Gomes Archer.

Mas nem só das árvores da floresta falou Tom Jobim. Ao lembrar, na conversa, sua bela irmã Helena, mergulhou no assunto das árvores genealógicas, que também fazem parte do seu repertório. Aliás, quando Tom entra nos laços de parentesco parece estar sempre querendo provar que o sangue dele é do Brasil inteiro. Eis uma parte que retive na lembrança:

"Meu tronco Pereira da Silva, gente judia, é do Nordeste, de Pernambuco. Alguns deles foram para a Bahia, gente da família do Vinícius, e outros, mais da minha ascendência, para o Ceará. Meu bisavô materno, do Aracati, no Ceará, casou com minha bisavó carioca. Agora, pelo ramo Paes Leme, eu me entronco em São Paulo. Os Paes Leme foram muito perseguidos por Getúlio Vargas.
Árvore da família do Tom vai deitando ramo diante da gente, sem parar. Parou, nessa manhã que lá passei, porque chegavam outros músicos, a começar pelo co-autor de "Forever Green" e ramo-mestre da árvore geneológica, Paulo Jobim. Surgiram violoncelo e violino. Iam começar os ensaios do dia. Estava encerrado meu concerto privado, minha preciosa miniatura da Eco-92.

Quando descia de volta à planície, fui considerando que quem realmente assumiu o verde radical antes de Tom foi Federico Garcia Lorca, no "Romance Sonámbulo". Outro grande poeta espanhol, Jorge Guillén, nos deixou um raro testemunho: o de Lorca lendo o poema para um grupo de amigos, que incluía Salvador Dalí.

Comovido, Dalí ouviu os versos e comentou, com aquilo que Lorca chamava sua "voz azeitonada": "Parece que tem enredo mas não tem". Na verdade o poema contém vários elementos lorquianos, mas em estado de... sonambolismo. O que perdura, o que ninguém jamais esquece é a força, o ímpeto do verde, "A figueira arranha o vento com a lixa de seus galhos". Um verdíssimo poema, "evergreen". Segundo ainda Jorge Guillén, Frederico Garcia Lorca produzia com sua vitalidade uma espécie de aura e perto dele não fazia frio de inverno ou calor de verão, "hacía Federico". A imagem pode ser diretamente empregada. Mesma voltagem. Nas cercanias de Tom também fez sempre Tom Jobim.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"SER DO MUNDO SEM ESTAR NO MUNDO"


Caros amigos,
Buscando pistas para  me  centrar das notícias  avassaladoras  que me invadem  o  cotidiano, recordei  do  Mestre Gurdjeff.  Fica  aqui a dica de  um  precioso  instrumento  de autoconhecimento para quem  BUSCA ACORDAR !!!
Abraços sustentáveis
 Cristina Terra



"O Quarto Caminho

É um sistema cosmológico e psicológico elaborado por dois pensadores russos no início do século XX: G. Gurdjieff e P. Ouspensky, cujas raízes procedem das antigas tradições e ensinamentos orientais. Os principais elementos da escola do quarto caminho são a CONSCIÊNCIA e a AUTO-LEMBRANÇA.

É um caminho de auto-desenvolvimento, uma maneira de aprender sobre nós mesmos e de mudarmos a nós mesmos. E, esperançosamente, um caminho para Deus ou o que quer que seja após esta vida.
O nome “quarto” caminho implica que existem três outros caminhos:
- O “primeiro caminho” refere-se aos sistemas ou métodos que são principalmente físicos, o caminho do domínio do corpo físico; é o chamado “caminho do faquir”.
- O “segundo caminho” para aqueles que são principalmente emocionais, é a via da devoção, do sacrifício religioso e da fé; é o “caminho do monge”.
- O “terceiro caminho” para àqueles que são intelectuais, é a via do conhecimento; o “caminho do iogue”.
- O “quarto caminho” é uma combinação de todos estes caminhos, são para os que querem permanecer no mundo, sem pertencer ao mundo, para os que buscam um estado de consciência mais elevado. Gurdjieff, assim como o Buda, afirma que a maioria das pessoas estão “adormecidas”, vivendo uma vida de reação automática a estímulos externos. O caminho para a libertação, para o “despertar”, não está nas noções convencionais de vida virtuosa, mas num programa intencional de autotransformação.

A linha de trabalho difundida por Gurdjieff é conhecida como o QUARTO CAMINHO, provavelmente é o caminho mais difícil a ser seguido, uma vez que nos é imposto praticá-lo em meio a vida cotidiana – no dia-a-dia, sem renunciar ao mundo. No Quarto Caminho é importante manter uma relação ativa e direta de comprometimento com as circunstâncias variáveis da vida, que nunca são fixas e habituais. Deve-se ter capacidade de adaptação às diferentes condições da vida pondo em prática todos os conhecimentos do Trabalho Em Si.

AUTO-OBSERVAÇÃO e LEMBRANÇA DE SI são chaves para a evolução neste caminho. O homem do Quarto Caminho deve estar conectado, sintonizado com a vida. Deve realmente compreender o significado de ESTAR NO MUNDO SEM SER DO MUNDO. Deve entender que o melhor caminho é o caminho do meio, do centramento, do alinhamento dos centros (físico, energético, emocional e intelectual), da harmonização entre o interno e o externo, e aceitar o convite para o verdadeiro DESPERTAR, permitindo assim a manifestação do EU SUPERIOR.
LEMBRAÇA DE SI MESMO

A auto-lembrança é um estado de consciência no qual estamos atentos ao que estamos fazendo. Usualmente esquecemos de nós mesmos. Ficamos absorvidos pelo que estamos fazendo. Por exemplo, entramos no nosso carro e damos a partida, então, esquecemos de nós mesmos, (talvez relembrando algum acontecimento passado). Somente quando já estamos em casa é que nos lembramos de nós mesmos novamente. Você “descobre” então que esteve “dormindo” enquanto dirigia para casa. A auto-lembrança não é uma atitude intelectual, mas uma maneira de ser nós mesmos, de observação de nós mesmos. A auto-lembrança é freqüentemente acompanhada de um sentimento de estranheza, como se estivéssemos vendo as coisas pela primeira vez. A auto-lembrança é importante no quarto caminho porque é uma modo de romper o ciclo mecânico no qual vivemos. Uma das máximas da auto- lembrança é: “Onde quer que se esteja, o que quer que se faça, lembrar-se da própria presença e reparar sempre no que se faz”. A consciência objetiva é a meta, a culminância da auto-lembrança.

Um dos principais objetivos do “trabalho” é a mudança do nosso “nível de ser” através do autoconhecimento. Sem autoconhecimento não podemos ter metas sobre nós mesmos em relação a mudança de nosso ser. O verdadeiro autoconhecimento é diferente das idéias e quadros imaginários que fazemos a respeito de nós mesmos e só pode surgir através de muita auto-observação pessoal. Isso significa que temos que ver como falamos, agimos, quando temos emoções negativas, quando e com que estamos nos identificando, quando mentimos e também, conhecer nossas formas particulares de imaginação.
Resumindo: temos que observar as coisas que nos mantêm “adormecidos” e nos impedem de “acordar”. Despertar do sono é o mais alto objetivo do “trabalho” no Quarto Caminho. Só o homem desperto é senhor de si mesmo.

PARA REFLETIR

“O primeiro traço característico dos grupos, seu traço mais essencial, é que estes não são constituídos de acordo com o desejo ou preferências de seus membros. Os grupos são constituídos pelo Mestre, que do ponto de vista de suas próprias metas, escolhe os tipos de homens capazes de se tornarem úteis uns aos outros. NENHUM TRABALHO DE GRUPO É POSSÍVEL SEM UM MESTRE. E o trabalho de grupo sob um mau mestre só pode produzir resultados negativos.

O segundo traço importante do trabalho dos grupos é que estes podem estar em relação COM ALGUMA META DA QUAL OS QUE COMEÇAM O TRABALHO NÃO PODERIAM FAZER A MÍNIMA IDÉIA E ESTA NÃO LHES PODE SER EXPLICADA ANTES QUE TENHAM COMPREENDIDO A ESSÊNCIA, OS PRINCÍPIOS DO TRABALHO E TODAS AS IDÉIAS QUE A ELE ESTÃO LIGADAS. Mas a meta em direção à qual vão e a que servem sem conhecer é o princípio de equilíbrio sem o qual seu trabalho não poderia existir."

Do  site:
http://ptesoterico.wordpress.com/2011/05/04/o-quarto-caminho/

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Você também já viu este filme?

Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Midiática


Avram Noam Chomsky é um cientista, linguista e ativista político americano. Seu trabalho no campo de linguagens formais é impressionante e muitos de nós que estudamos linguagens formais deve se lembrar de sua classificação de linguagens formais.

A matéria abaixo foi retirado do site http://www.institutojoaogoulart.org.br/ e resume as idéias de chomsky a respeito do uso da mídia para manipulação do povo.

O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.


Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.


Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.


A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.


Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.


Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.


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Texto retirado do blog: http://meusemeios2.blogspot.com/2010/09/chomsky-e-as-10-estrategias-de.html