domingo, 27 de julho de 2014

Deus não tem nada com isso!!!!

O  MEDO  é o deus da MORTE

Indignada com as atrocidades e a bestialidade que está assolando nosso planeta nos últimos tempos andei a pesquisas possíveis causas para o que está acontecendo na Palestina. Não há qualquer razão que a inteligência humana consiga  aceitar. Há sim um jogo de poder em que pessoas doentes mentais, psicopatas que já deveriam estar num outro mundo, insistem em impor à humanidade nova apesar de todas as transformações que os espíritos desta orbe já conquistaram. 
A mensagem que resulta de tudo o que se sabe é: 
DEUS NADA TEM A VER COM ISSO!!!!
Sugiro a leitura das versões das informações escolhidas para melhor compreensão do que disse acima.


ENQUANTO A HUMANIDADE PERSISTIR NA DEIFICAÇÃO DA MATÉRIA,

ENQUANTO O SER HUMANO NÃO PERCEBER SUA CONDIÇÃO ESPIRITUAL SUPERIOR,

PERMANECERÁ EM REPETIDAS LIÇÕES NO SOFRIMENTO E NA IGNORÂNCIA.

NADA JUSTIFICA O EXTERMÍNIO DE SERES HUMANOS.

DEUS JAMAIS ORDENOU ESSE EXTERMÍNIO. 

A GANÂNCIA DE SERES DE BAIXA VIBRAÇÃO ESPIRITUAL, APEGADOS  E  MORTOS DE MEDO DA EVOLUÇÃO NA BUSCA DA ILUMINAÇÃO É QUEM LEVA O MUNDO AO CAOS, AO DESESPERO E À PROFUNDA INFELICIDADE.

Hebreus 

( do Site Só História
Os hebreus são conhecidos como israelitas ou judeus.
Antepassados do povo judeu, os hebreus têm uma historia marcada por migrações e pelo monoteísmo.
Muitas informações sobre a história dos hebreus baseiam-se na interpretação de textos do Antigo Testamento, a primeira parte da Bíblia. O Antigo testamento foi escrito com base na tradição oral dos hebreus. Consta dele, por exemplo, a interpretação feita por esse povo da origem do mundo e de muitas das normas éticas e morais de sua sociedade. Convém ressaltar, entretanto, que esses textos são repletos de símbolos e sua interpretação é bastante difícil.
Vestígios da sociedade hebraica continuam sendo encontrados. Eles contribuem para lançar novas luzes sobre a história dos hebreus.
Segundo a tradição, Abraão, o patriarca fundador da nação hebraica, recebeu de Deus a missão de migrar para Canaã, terra dos cananeus, depois chamada de palestina, onde se localiza hoje a Estado de Israel.
Após passarem um período na terra dos cananeus, os hebreus, foram para o Egito, onde viveram em 300 e 400 anos, e acabaram transformados em escravos. Sua historia começa a ganhar destaque a partir do momento em que resolvem sair do Egito e, sob a liderança de Moisés, voltar a Canaã. Na história judaica, esse retorno é chamado de êxodo e aconteceu entre 1300 e 1250 a.C.
Em 70 d.C., a Palestina  era uma província do Império Romano; as muitas rebeliões ocorridas na região levaram o governo imperial a expulsar os hebreus da Palestina. Esse acontecimento é denominado dediáspora. Até 1948, quando foi fundado o estado de Israel, os judeus viveram sem pátria, atualmente são os palestinos que não tem pátria, pois suas terras foram tomadas pelos israelenses.
Praticam a agricultura, o pastoreio, o artesanato e o comércio. Têm por base social o trabalho de escravos e servos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Com a unificação destas, a partir de 1010 a.C., elegem juízes para vigiar o cumprimento do culto e da lei. Depois se unem em torno do rei. Produzem uma literatura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e no Talmude.

Localização

A Palestina localizava-se em uma estreita faixa a sudoeste do atual Líbano. O rio Jordão divide a região em duas partes: a leste a Transjordânia; e a oeste, a Cisjordânia. Essa região é atualmente ocupada pelo estado de Israel.
Até hoje a região é bastaste árida. O principal rio é o Jordão, e assim mesmo não era suficiente para grandes obras de irrigação. Um solo pouco fértil e um clima bastante seco impediam que a região fosse rica. No entanto, tinha bastante importância, pois era passagem e ligação entre a Mesopotâmia e a Ásia Menor. E foi nessa região que assentou o povo hebreu, um entre os muitos que vagaram e se estabeleceram na Palestina.

Organização social e política dos hebreus

Após a morte de Moisés, os hebreus chegaram à palestina e, sob a liderança de Josué, que cruza o rio Jordão, combate com os cananeus que então habitavam a terra prometida. Vencidos os cananeus, os israelitas se estabelecem na Palestina. Nessa época, o povo hebreu estava dividido em 12 tribos (“os doze filhos de Israel”), que viviam em clãs compostos pelos patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não livres.
O poder e prestígio desses clãs eram personificados pelo patriarca, e os laços entre esses clãs eram muito frágeis. Porém, devido às lutas pelas conquistas de Canaã ou Terra Prometida, surgiu necessidade do poder e do comando estar nas mãos de chefes militares. Estes chefes passaram a ser conhecidos como Juizes.
Com a concentração do poder em suas mãos, os juizes procuraram à união das doze tribos, pois ela possibilitaria a realização do objeto comum: O domínio da Palestina.  As principais lideranças deste período foram os juizes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel, todos eram considerados enviados de Jeová, para comandar os Hebreus.
A união das doze tribos era difícil de ser conseguida e mantida, pois os juizes tinham um poder temporário e mesmo com a unidade cultural, (língua, costumes, e, principalmente religião), havia muita divisão política entre as tribos. Assim foi preciso estabelecer uma unidade política. Isto foi conseguido através da centralização do poder nas mãos de um monarca, Rei, o qual teria sido escolhido por Jeová para governar.


Compartilhado a partir do site Cristão Santo Vivo




OS POVOS DE CANAÃ

DESCENDENTES DE CAM, NETO DE NOÉ
Os habitantes de Canaã estão referenciados como os descendentes de Cam, neto de Noé. Os filhos de Cam são: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã. Canaã gerou Sidom, seu primogênito, e a Hete e os jebuseus, os amorreus, os girgaseus, os heveus, os arqueus, os sineus, os arvadeus, os zamareus e os hamateus (Gênesis 10.15-18). Esses povos aparentados com os israelitas estavam estabelecidos em Canaã juntamente com os filisteus e os caftorins, formando pequenos reinos organizados. A Bíblia determina o termo dos cananeus: “... foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa” (Genesis 10.19).
Canaã foi pai dos cananeus, dos fenícios e muitos outros pequenos povos que foram destruídos pelos semitas. Gênesis 10 alinha nove nações na terra de Canaã e mais os filisteus, todos debaixo do cognome de habitantes de Canaã. No tempo da conquista, sob a liderança de Josué, apenas sete nações são mencionadas em Canaã (Josué 3.10). Os filisteus, devido ao desenvolvimento social e político, não eram contados como nação, mas sim como um grande império. Faremos um breve relato das nações cananéias que, junto com os filisteus, povoaram a terra que Deus prometera a Abraão e seus descendentes.

A terra de Canaã será o cenário onde ocorrerá grande parte da história de Israel. Esta região ao norte, é cercada de montanhas cobertas por neve no inverno; ao sul, ao contrário, um deserto escaldante, que se estende sob um sol implacável até o mar Vermelho; a oeste, recebe das ondas a brisa do mar Mediterrâneo; a leste, o rio Jordão, que nasce das águas degeladas do monte Hermom, passando pelo vale de Ula, formando o lago de Tiberíades, antigamente chamado de mar da Galiléia, e desembocando no mar Morto, o ponto mais baixo do planeta Terra, 400 metros abaixo do nível do mar. Do Mediterrâneo ao Jordão são aproximadamente 80 quilômetros, e por volta de 450 quilômetros se estendem do sul ao norte. No meio, morros aprazíveis e vales verdejantes se estendem.




OS CANANEUS
Cananeu. Nome que se dá aos habitantes de Canaã. Eram descendentes de Canaã, filho de Cam, filho de Noé (Gênesis 10.6). De conformidade  com a designação geográfica, a palavra Canaã emprega-se em dois sentidos, um mais lato e outro mais restrito. No sentido restrito, a palavra designa o povo residente na costa e nos vales. As planícieis que ficam entre a praia do Mediterrâneo e a base dos montes de Benjamim, de Judá e de Efraim, a planície da Filístia do sul e de Sarom, entre Jafa e Carmelo, a grande planície de Esdrelom, junto a baía de Aça, a planície da Fenícia, que abrangia Tiro, Sidom e todas as outras cidades daquela nação, e finalmente o vale do Jordão, que se estendia desde o lago de Genesaré até o sul do mar Morto, entre 190 Km de comprimento por 13 a 22 Km de largura.

Ha
bitavam uma localização estratégica. Sua localização geográfica servia tanto como uma ponte entre os vários impérios como uma arena para lutas e conflitos entre os habitantes de Canaã. Em conseqüência disso, os cananeus nunca puderam estabelecer um estado forte e unificado, e suas organizações políticas tomaram a forma de cidades independentes dotados de governos ligados por relações federativas. Entre as cidades costeiras mais importantes dos filisteus, cananeus e fenícios que habitaram a área atual da Palestina, estavam Megido, Hebrom, Dor, Sidom, Tiro, Acre, Asquelom e Gaza. As cidades cananéias do interior incluíam Jericó, Nablus e Jerusalém (Jebus). A religião dessas primeiras civilizações da Palestina era centrada na natureza.

No sentido mais amplo, o termo "cananeus" incluía todos os habitantes não israelitas da terra de Canaã.




OS HETEUS
Heteus. Nome de um povo conhecido também pela designação de filhos de Hete. Ocuparam duranta alguns séculos a região que se estende desde o norte da Palestina até o Eufrates. Entre as suas cidades, contava-se Cades, sobre o Orontes, Hamate e Carquemis (Js 1.4; 1Re 10.29). Os heteus eram um povo de pele amarela, estando suas feições mongólicas fielmente reproduzidas nos seus próprios monumentos e nos do Egito. Os seus olhos eram escuros, e tinham cabelo preto.

Por 47 vezes a Bíblia faz menção a um povo chamado "os heteus". Eles foram listados entre as nações que habitavam a antiga Canaã quando Abraão entrou na terra (Gn 15.20). Eles foram considerados significativos o suficiente para comprar carros e cavalos de Salomão (1 Rs 10.29). E mantiveram um exército tão poderoso que o rei de Israel alugou-os para lutar e expulsar o formidável exército dos arameus (2 Rs 7.6-7).

De acordo com as Escrituras, Hete foi o segundo filho de Canaã, filho de Cam. Em algumas obras de arqueologia têm-se esses povos como heteus e hititas. Foi dos filhos de Hete que o patriarca Abraão comprou a caverna de Macpela (Gn 23.10). Esaú, irmão de Jacó, casou-se com duas mulheres hetéias (Gn 26.34-35). Durante a peregrinação dos hebreus, quando Moisés enviou os doze espias para o reconhecimento da terra que haviam de ocupar, os heteus são citados entre outros povos presentes nas montanhas do sul da Palestina (Nm 13.29); também fizeram parte de uma aliança contra os hebreus a leste de Jerusalém (Josué 9:1-2). Davi possuía um oficial em seu exército também heteu o marido de Bate-Seba (2 Samuel 11.13); Aimeleque, um dos fiéis companheiros de Davi, era heteu (2 Sm 11.3). Quando da volta do cativeiro, nos dias de Esdras, os israelitas encontram os heteus na Palestina e casam-se com suas filhas, cometendo abominação contra o Senhor (Esdras 9:1-2).

Alguns críticos, afirmando que os heteus não eram mais que uma raça de pouca importância, falavam desse povo como querendo negar o caráter histórico de 2 Reis 7.6 "Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos sírios ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós". Mas as descobertas que se tem feito justificam amplamente a narrativa bíblica. Todavia, a despeito da proeminência dos heteus no texto bíblico, há apenas 100 anos os críticos eruditos duvidavam que eles tivessem existido. Até então nenhuma evidência de tal povo havia sido encontrado. Eles eram simplesmente parte da história religiosa da Bíblia. No entanto em 1876, o erudito britânico A. H. Sayce suspeitou de uma inscrição não decifrada esculpida nas rochas da Turquia e Síria, pudessem ser uma evidência dos até então desconhecidos heteus. Então tabletes de argila foram descobertos nas ruínas de uma cidade antiga na Turquia, chamada Boghaz-Keui. O povo local estava vendendo estes tabletes e alguns caíram nas mãos de peritos. Isso permitiu que um perito alemão em texto cuneiforme, Hugo Winckler, fosse ao sítio e escavasse. Ali ele descobriu cinco templos, uma cidade fortificada e muitas esculturas monumentais. Em um armazém incendiado ele também encontrou mais de 10 mil tabletes. Logo que eles foram finalmente decifrados, foi anunciado ao mundo que os heteus haviam sido encontrados. Boghaz-Keui havia sido de fato a antiga capital do Império Heteu (conhecida como Harrusha). Outras surpresas se seguiram, tal como a revelação de que a língua hetéia estava associada com as línguas indo-européia (das quais o inglês faz parte), e que a forma de seus códigos de lei eram muito úteis para a compreensão daqueles descritos na Bíblia. 




OS AMORREUS
Amorreus. Povo semita oriental que tinha a estrutura social tribal, como o antigo Israel, e estabeleceu-se ao longo do chamado Crescente Fértil na época patriarcal.A terra que Deus prometeu a Abraão e seus descendentes era conhecida na antiguidade como terra dos amorreus, situada no lado ocidental do mar Morto: “Assim, Israel habitou na terra dos amorreus” (Números 21.31).

No tempo de Abraão, ocupavam pelo menos uma das praias do mar Morto por detrás das montanhas (Gn 14.7,13). Desfrutavam de respeito pelo seu poder na região montanhosa. Estenderam suas conquistas até o oriente do Jordão (Nm 21.26-30) e se apoderaram de todo o território entre o Arnom e o monte Hermom, e desde o deserto até o Jordão (Dt 3.8; 4.48; Js 2.10; 9.10; Jz 11.22). Por esse tempo, ocupavam toda a região a oeste do Jordão, desde Jerusalém até Hebrom, inclusive as terras baixas e para o norte, iam até Aijalom e terras de Efraim (Js 10.5,6; Jz 1.35). Eram perversos e dados a pilhagens e destruição.

No início do segundo milênio a.C. dinastias de amorreus se estabeleceram na Mesopotâmia; há evidências de conexões políticas, proporcionadas por isso, entre a Síria e a Mesopotâmia e na densidade populacional na Palestina. Possivelmente essas populações concentrou-se nas montanhas.
Os amorreus são lembrados nas narrações que antecedem o assentamento hebreu em Canaã como opositores. Em Números 21.21-32 lemos que Seom, rei dos amorreus, se opôs aos israelitas. Na história do estabelecimento das duas tribos e meia na Transjordânia, Ruben, Gade e a metade de Manassés, os amorreus estão entre os povos de convivência.
Josué feriu cinco reis dos amorreus com grande matança, quando mandou o sol parar (Js 10.5-14).


Ainda depois da conquista da terra pelos israelitas, eles continuaram a dominar uma parte do país (Jz 1.35; 3.5). Durante o governo de Samuel, estiveram em paz, e no reinado de Salomão, eles e outros povos sobreviventes, foram tributados por Israel (1Rs 9.2,21; 2Cr 8.7).
Segundo os pesquisadores, o significado da palavra AMORREU é uma transliteração do babilônico AMARRU (singular e plural), de origem caldaica. Sendo assim, os amorreus teriam estendido seu domínio até a Babilônia e também em toda a Arábia, Palestina, Sinai e norte da Palestina.

Em 1887 foram descobertas umas tabuinhas de argila em Tel El Amarna (hoje Et-Tell), no Egito, uma cidade fundada, segundo a cronologia de Maneto, em 1370 a.C. por Amenófis IV (Akhenaton) para ser sua capital, a qual deu o nome de Akhetaton, tendo este faraó reinado de 1387 a 1366 a.C. Logo após sua morte, esta cidade foi abandonada e se transformou em uma ruína soterrada. As tabuinhas escritas em cuneiforme acadiano, a linguagem diplomática internacional naquela época, eram parte dos arquivos reais, cartas dirigidas pelos reis e governadores dos países vassalos da Síria e da Palestina ao faraó. Em uma dessas cartas os faraós chegaram a reconhecer todo o Oriente como terra dos Amorreus.



OS FEREZEUS (PERIZEUS)
Descendentes de Canaã, filho de Cam, que aparecem comumente ligados aos cananeus. Espalharam-se por toda a terra de Canaã. Na contenda que tiveram os pastores de Abraão com os pastores de Ló, os ferezeus já se encontravam em parceria com os cananeus (Gênesis 13.7). Josué se defrontou com eles nas abas do monte Carmelo (Josué 17.15) e também nos territórios ocupados por Judá (Juízes 1.4-5). Na época dos Juízes (século XII-XI a.C.), os ferezeus compunham com os cananeus um mesmo exército, parece que também uma fortaleza, Bezeq e um mesmo líder senhorial, Adoni Bezeq (Jz 1.4-5).

Em contravenção às leis de Moisés, os israelitas não os extirparam. ao contrário, contraíram com eles relacionamento de família, o que os levou a idolatria (Jz 3.5,6).

Encontramos resquícios deles ainda no reinado de Salomão, fazendo parte da mão-de-obra escrava: “Quanto a todo o povo que restou dos amorreus, heteus, ferezeus, heveus e jebuseus, e que não eram dos filhos de Israel, e seus filhos, que restaram depois deles na terra, os quais os filhos de Israel não puderam destruir totalmente, a esses fez Salomão trabalhadores forçados até hoje” (I Reis 9.20).



OS HEVEUS
Como os outros povos, estes também eram descendentes de Canaã, filho de Cam (Gênesis 10.17; 2Crônicas 1.15). Formavam diversas comunidades, uma delas ocupava Siquém, outro grupo habitou em Gibeão e suas vizinhanças.

Habitavam as montanhas do Líbano próximo ao monte Hermom até a entrada de Hamate (Juízes 3.3). Foi com este povo que os filhos de Jacó se indignaram por causa de sua irmã Diná, que fora deflorada; como consequência, passaram a fio da espada a cidade inteira (Gênesis 34). Na época da conquista, eles usaram de estratagema, se fingiram de embaixadores de um país distante (Josué 9.4); ao serem descobertos, foram reduzidos a escravos rachadores de lenha e tiradores de água para a casa de Deus.

Eles representam uma população mista de amorreus e cananeus, a qual vive na vizinhança da grande fortaleza dos amorreus. Os gibeonitas eram heveus (Js 11.19). Os heveus tomaram dos cananeus o costume de fazer reuniões às portas das cidades. Era um povo pacífico quanto a disposição e maneiras.



OS GIRGASEUS
Era uma das tribos que ocupavam a terra de Canaã. O território dos girgaseus ficava ao ocidente do rio Jordão. Eram conhecidos na antiguidade pelo seu profundo rancor para com os outros povos. Dados bíblicos nos informam que este povo resistiu terrivelmente a Josué e suas tropas na conquista de Canaã, entretanto foram vencidos pelo exército de Israel (Deuteronômio 7.1; Josué 3.10).



OS JEBUSEUS
Jebuseus. São descendentes de Jebus, filho de Canaã, os quais colonizaram a região em volta de Jerusalém (Genesis 10.16). Não se sabe se foram eles os primitivos habitantes ou se substituíram outro povo mais antigo. A primeira referência aos jebuseus foi feita pelos espias, quarenta anos antes dos israelitas entrarem na terra prometida. Quando averiguaram a terra, encontraram lá os “amalequitas que habitavam a terra de Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitavam na montanha; os cananeus habitavam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão” (Josué 13.29). Eles constituíam uma forte e vigorosa tribo, sendo prova disso o fato de conservarem seu poder na forte cidadela de Jebus até ao tempo de Davi (2 Samuel 5.6). O seu rei Adoni-Zedoque foi morto na batalha de Bete-Horom (Josué 10.1,5, 26). A própria fortaleza de Jebus foi saqueada pelos homens de Judá (1 Crônicas 11.5). Todavia, estes contínuos desastres não puderam pô-los fora de seu território, visto como os achamos numa época posterior habitando ainda as terras de Judá e Benjamim (Josué 15.8,63; Esdras 9.1).

Araúna, possuídor de uma eira no lugar onde mais tarde foi construído o templo de Salomão, era jebuseu (2 Sm 24.16).

Nada se sabe a respeito da religião dos jebuseus. Somente dois membros dessa tribo são mencionados pelo nome, e são Adoni-Zedeque e Araúna.



OS FILISTEUS
Filisteus. Na Bíblia, um dos mais proeminentes inimigos de Israel foram os filisteus. Por volta do século XIII chegaram à Palestina sucessivas vagas de imigrantes ou invasores vindos do norte e do noroeste, das ilhas ou do lado Mediterrâneo. Os historiadores costumam designá-los com a expressão “Povos do Mar”. Esses povos parecem ter-se fixado sobretudo ao longo da costa. Os mais conhecidos entre eles são os filisteus, que se fixaram no sudoeste, na costa do Neguebe e Sefalá (Vale de Sarom). Aí fundaram vários pequenos reinos: Gaza, Asdobe, Asquelom, Gate e Ecrom (Josué 13.3). O território ocupado pelos filisteus era chamado de Filístia, de onde deriva o nome Palestina, que vai do sul do monte Carmelo até o sul da Palestina na direção do Egito. Belicosos, eram guerreiros valentes e perigosos. Não deve ter sido por acaso que o seu nome foi dado a toda região conhecida posteriormente por Palestina, isto é, terra dos filisteus.

A área habitada pelos filisteus foi a planície litorânea do Mediterrâneo, e a dificuldade de acesso a essa região, exceto durante o reinado de Salomão evitou que Israel desenvolvesse comércio marítimo. Uma das primeiras rotas militares e comérciais primeiramente chamada o "Caminho de Hórus" e mais tarde, a "Via Máris" (O Caminho do Mar), atravessava o territótrio deles. Embora o rei Davi tivesse conseguido colocar o território filisteu sob o controle tributário dos israelitas (2 Sm 8.11-12; 1 Rs 4.24) e os filisteus tivessem sido obrigados a pagar o tributo nos dias de Josafá (2 Cr 17.11), conflitos de fronteiras ainda continuaram a acontecer entre os filisteus e os israelitas, como no tempo de Acaz (2 Cr 28.18).

Procedentes dos Casluim, filho de Mizraim (Egito), entre os antigos povos da Palestina, os filisteus foram talvez os que maior influência exerceram sobre os descendentes de Jacó. Praticamente tudo o que se sabe sobre os filisteus, se baseiam nas Escrituras e em parte nas inscrições egípcias. Sansão lutou contra eles e antes dele Sangar (Juízes 3.31). No final do período dos juízes, os filisteus venceram os israelitas, matando Hofini e Fineías, filhos do sacerdote Eli, que também morreu ao saber da notícia da morte dos filhos e da tomada da Arca da Aliança pelo filisteus (I Samuel 4). Jônatas, filho do rei Saul, venceu uma guarnição filistéia entre Micmás e Geba (I Samuel 14). Quando Davi foi proclamado rei sobre todo Israel, desfechou pesado golpe contra os filisteus, expulsando-os da região “montanhosa” e pondo fim ao seu domínio sobre Israel (2 Samuel 5). Depois da morte de Davi, os filisteus voltaram a atacar Israel conforme relatos bíblicos (I Reis 15.27; 16.15). No reinado de Josafá “alguns dos filisteus traziam presentes a Josafá, e prata como tributo” (2 Crônicas 17.11). A última referência bíblica aos filisteus e suas cidades se encontra no livro do profeta Zacarias, que traz uma mensagem de juízo aos filisteus: “Asquelom o verá e temerá; também Gaza e terá grande dor; igualmente Ecrom, porque a sua esperança será iludida; o rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada” (Zacarias 9.5).




OS MOABITAS

Os moabitas são descendentes de Ló, sobrinho de Abraão com sua filha primogênita. Estabeleceram-se na Transjordânia, território entre o Mar Morto e o deserto da Arábia, anteriormente ocupada pelos emins, conhecidos também como refains ou enaquins (Deuteronômio 21.10-11). Muitas vezes faziam incursões predatórias em Israel; “em bandos costumavam invadir a terra, à entrada do ano” (2 Reis 13.20). Combatidos por Juízes e por Saul, foram definitivamente vencidos por Davi. Tinham religião politeísta e um regime monárquico. Seus deuses principais eram Quemos, Atar e Baal-Peor. Inscrições encontradas coincidem com os da Bíblia e mostram que Quemos era o deus de Moabe.


O primitivo território de Moabe parece ter sido dividido em três porções:

1- Terra de Moabe - ondulado país ao norte de Arnom, em frente a Jericó, chegando a Gileade pelo lado norte. Antes de os israelitas conquistarem Canaã, tinha sido essa terra tomada pelos amorreus; e depois da conquista foi cedida as tribos de Ruben e Gade, sendo recuperada, quando caiu o reino das dez tribos frente aos moabitas. Por essa causa as suas cidades são nomeadas pelos profetas como pertencentes a Moabe.

2- Campo de Moabe - planície alta e acidentada estende-se pelas montanhas que dominam o mar morto ao ocidente, até a Arabia ao oriente; e desde a profunda abertura do Arnom ao norte até o país de Edom ao sul. Os israelitas foram expressamente proibidos de entrar neste "campo", e por essa razão eles passaram pelo deserto de Moabe ao oriente (Gn 36.35; Dt 2.8; 1Cr 1.46).

3- Campinas de Moabe - a seca e tropical região do Arabá, ao norte do Jordão, ali se encontram os sítios de várias cidades, sendo bons para o cultivo. Tinha duas cidades principais: Ar de Moabe e Quir, cidades-estado fortificadas. Na maior parte da sua vida histórica foram os moabitas decididos inimigos de Israel.



OS AMONITAS
Os amonitas descendem de Amon. Assim como os moabitas, os amonitas são fruto do relacionamento incestuoso de Ló com uma de suas filhas, nesse caso a mais nova (Gênesis 19.38). Era uma tribo aramaica estabelecida perto do curso superior do rio Jaboque, além do lago de Tiberíades, num território que pertencia antes aos refaítas, chamados também de zamzumins (Deuteronômio 2.20). Tinham regime monárquico. A capital do reino era Rabat-Amon, hoje Amã, capital da Jordânia. Esse povo associou-se aos moabitas para subornarem o profeta Balaão, que devia amaldiçoar os israelitas, e por isso foram juntamente com os moabitas proibidos de entrar na congregação do Senhor até a décima geração (Dt 23.3-6). Auxiliaram a Eglom, rei de Moabe, a subjugar uma parte do povo de Israel (jz 3.12-14). No tempo do juiz Jefté, tornaram a oprimir os israelitas que habitavam ao oriente do Jordão (jz 10.6,9,18). Na época dos juízes tiveram muitos conflitos com Israel (Juízes 3.13; 10.7,9, 17; 11.4,32). Mais tarde foram derrotados por Saul e dominados por Davi (2 Samuel 10.14). Há indícios da existência desse povo no segundo século da era cristã.

Adoravam como deus a Moloque, estátua de bronze oca por dentro, e também a Milcom (I Reis 11.5,7). Nos braços estendidos e incandescentes de Moloque, eram ofertados as vítimas humanas, principalmente crianças. As Escrituras registram muitos episódios em que o povo de Deus se envolveu com os amonitas, sendo o mais expressivo a devoção de Salomão a essa divindade a ponto de mandar construir vários altares a Moloque em Jerusalém (1 Reis 11.1-8).





OS REFAINS
Também conhecidos como anaquins e emins (Js 11.21 e Dt 2.10-11). Parecem não possuir qualquer parentesco com os cananeus. Habitavam algumas regiões de ambos os lados do Jordão e de Hebrom. Pertencendo a uma raça aborígene de gigantes (Dt 2.10). A leste do mar da Galiléia, na região de Basã, os israelitas, ainda sob o comando de Moisés, derrotou Ogue, o rei de Basã que era um remanescente dos gigantes, cuja cama de ferro media nove côvados de cumprimento e quatro de largura (Dt 3.11), ou seja, aproximadamente 4m por 1,80m.



RELIGIÃO DOS HABITANTES DE CANAÃ
As Escrituras nos informam muita coisa a respeito da religião dos cananeus. Enquanto a divindade principal para os cananeus era Baal, filho de El, para os filisteus era Dagom. Havia entre os cananeus muitas manifestações locais de Baal como deus da fertilidade, deus da tempestade etc. Tanto Baal quanto Dagom tinham um templo em Ugarite. Atar era a divindade que substituía Baal, quando este resolvia excursionar no submundo dos espíritos. Atar era filha de Aterate com El. Havia muitas deusas, como Anate, Aserá e Astarote, deusas do sexo, da fertilidade e da guerra. Anate era invocada para uma boa colheita (deusa da agricultura). Os deuses Shahru (estrela matutina) e Yarbu (deus da lua), bem como Resebe, deus da pestilência e da morte, também eram adorados em Canaã.

Os cananeus tinham como prática religiosa comum o sacrifício de crianças. Em escavações feitas pelo arqueólogo Macalister em Gezer, 1904-1909, foram encontradas ruínas de um “Lugar Alto”, que tinha sido um templo, no qual ocorria adoração a Baal e Astarote. Sob os detritos, neste local, foi encontrada uma grande quantidade de jarros contendo despojos de crianças recém-nascidas, que haviam sido sacrificadas a Baal. A área inteira se revelou um cemitério de crianças. Em Megido, Jericó e Gezer as escavações revelaram que era comum o “sacrifício dos alicerces”: quando iam construir uma casa, sacrificava-se uma criança, cujo corpo era colocado num alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família.

FONTES:
Módulo de Teologia da FTB - Editora Betesda
Novo Dicionário da Bíblia - John Davis - Editora Hagnos
Dicionário Bíblico - Editora Didática Paulista
Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer - Editora CPAD




                              
COVARDIA, INTOLERÂNCIA, IGNORÂNCIA E MEDO - O ALIMENTO DO PODER E DO CAPITAL




SEGUNDO  o  site CAFETORAH :

( para comparar  compreensão Judaica que tenta justificar a posse, o poder, o extermínio em nome de Deus )


O porquê D'us pediu a destruição das nações cananeias

Por: Márcia Hochmann

Antes dos Israelitas entrarem na terra prometida, D'us tinha dado instruções rigorosas quanto ao que deviam fazer com os moradores dali — deviam ser totalmente destruídos. “Porém, das cidades destas nações, que o Senhor, teu D's, te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida. Antes, destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos fereseus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor, teu Deus” (Dt 20.16,17; cf. Nm 33.51-53).

Quando Abrão chegou em Canaã, era mais um semita que vinha somar-se à população camita da terra de Canaã. A região era ocupada por diversas tribos conhecidas sob o nome geral de cananeus (Gênesis 12.6, 24.3,37), por ter origens na descendência do filho mais novo de Cão (neto de Noé), chamado Canaã.

POVOS DE CANAÃ

HETEUS

Descendentes de Hete (filho de Canaã)

- Mulheres de Esaú eram Hetéias (Trouxeram amargura e tristeza à Isaque e Rebeca). (Gênesis 26.34,35)

- Abrão os encontrou em Hebrom (Gênesis 23).

- Durante a peregrinação dos hebreus, quando Moisés enviou os doze espias para o reconhecimento da terra que haviam de ocupar, os heteus são citados entre outros povos presentes nas montanhas do sul da Palestina (Números 13.29), também fizeram parte de uma aliança contra os hebreus sob o comando de Josué a leste de Jerusalém (Josué 9.1,2). Quando da volta do cativeiro, nos dias de Esdras, por volta de 450 a.C., os israelitas encontram os heteus na Palestina e casam-se com suas filhas, cometendo abominação contra o Senhor (Esdras 9.1,2).

AMORREUS

No tempo da conquista os amorreus habitavam as regiões sul e leste de Jerusalém e a Transjordânia (Números 13.30). Foi o povo que ofereceu mais resistência ao avanço dos israelitas na Terra Prometida, conforme o relato sobre a batalha de Gibeom, quando Josué pediu a Deus que o Sol e a Lua se detivessem (Josué 10.4,5).

CANANEUS
Conforme a ordem divina, os cananeus, como os demais povos da Terra Prometida, deveriam ser exterminados por causa de seus pecados (Deuteronômio 9.5),

GIRGASEUS
Segundo Gênesis 10.16, os girgaseus eram camitas (descendentes de Canaã). Foram citados várias vezes na Bíblia, e provavelmente ocuparam alguma área na margem ocidental do Jordão, ou a oeste de Jericó.

FERESEUS
No tempo de Abraão eles estavam entre os cananeus na região de Betel (Gênesis 13.7). Nos dias de Jacó havia uma colônia deste povo nas proximidades de Siquém (Gênesis 34.30) e logo após a morte de Josué, travaram batalha com as tribos de Judá e de Simeão (Juizes 1.1-5).

HEVEUS
Este povo de origem camita (descendentes de Canaã) - (Gênesis 10. 15-17), aparece no tempo de Jacó, próximo a Siquém, onde um heveu violentou Diná, filha de Jacó (Gênesis 34). Aparece também uma comunidade em Gibeom, que escapou de ser exterminado por Josué através de um tratado de paz, que os tornou rachadores de lenha e tiradores de água para os israelitas (Josué 9). Ocupavam uma área a oeste do monte Hermom (Josué 11.3 e Juizes 3.3).

JEBUSEU

Este povo habitava em Jerusalém. Resistiram aos ataques de Josué e de seus exércitos (Josué 10.23,24). Somente mais tarde, em 993 a.C., quando Jerusalém foi proclamada capital do reino de Israel (2 Samuel 5.6-9) é que os jebuseus foram expulsos de seu lugar. No entanto, não foram exterminados pois a área em que Salomão mais tarde edificou o templo, foi comprada por Davi de um jebuseu chamado Araúna (2 Samuel 24.18-25).


Porque será que D´us "não queria" que a nação de Israel tivesse algum contato com os povos o redor deles ?

O cuidado de D´us para com Seu povo

Em escavações em Gezer, arqueólogos (Palestine Exploration Fund), encontraram ruínas de um "lugar alto", correspondente à época dos cananeus (1500 a.C) que tinha sido um templo, no qual adoravam seu deus Baal e sua deusa Astorete. Era uma superfície de 50 m por 40m, cercada de muro, sem cobertura, onde os habitantes celebravam suas festas religiosas. Dentro do muro havia 10 colunas de pedra bruta as quais se ofereciam sacrifícios. Sob os detritos, neste lugar alto, os arqueólogos encontraram grande quantidade de jarros contendo os despojos de crianças recém-nascidas, que tinham sido sacrificadas. Outra prática horrível era o que chamavam de sacrifícios dos alicerces era quando iam construir uma casa, sacrificava-se uma criança, cujo corpo era metido no alicerce, a fim de trazer felicidade para o resto da família. Muito disso foi encontrado em Gezer e também em Megido, Jericó e outros lugares. Outrossim, nesse lugar alto, debaixo do entulho, havia grandes quantidades de imagens e placas ornamentais, de Asterote, exibindo, grosseiramente exagerados os órgãos sexuais, destinados à provocação de desejos sensuais. Era assim, praticando a licenciosidade como rito, que os povos cananeus prestavam seu culto aos deuses, e também assassinando seus primogênitos, como sacrifício aos mesmos deuses. Parece que em grande escala, a terra de Canaã tornou-se uma espécie de Sodoma e Gomorra de âmbito nacional. Seria ainda de estranhar que D´us ordenasse a Israel o extermínio dos cananeus ? Teria o direito de continuar a existir por mais tempo uma civilização de tão abominável imundície e brutalidade ? Temos aí um dos exemplos da história de como a ira de D´us se revelou contra a perversidade de certas nações. Muitos arqueólogos que têm estudado e escavado as ruínas das cidades dos cananeus admiram-se de D´us não os haver destruído há mais tempo.O objetivo de D´us em mandar exterminar os cananeus, além de ser o de castigá-los, foi preservar Israel da idolatria e das suas práticas vergonhosas.

Desde a década de quarenta, a arqueologia tem possibilitado conhecer cada vez mais sobre os povos antigos do oriente, principalmente o povo cananeu e sua religião. Descobertas arqueológicas mostraram centenas de placas de barros pertencentes ao templo de Ras Sharma. Esses textos religiosos provam que a oposição contra a qual Moisés e os Israelitas tiveram que lutar não eram doutrinas de pequenos cultos de fertilidade presididos por insignificantes deuses e deusas, mas, pelo contrário, um dos mais elaborados sistemas religiosos do mundo antigo. A religião dos cananeus já era bem difundida e já estava estabelecida na Palestina antes da conquista israelita. Era uma religião com ritos já bem elaborados e se identificava com os interesses de uma população agrícola.

Divindades Pagãs dos povos Cananeus:

BAAL- O supremo deus dos cananeus, correspondendo a Bei, Senhor, dos babilônios. O título por
extenso, do Baal cananeu, era Baal-Semaim, isto é senhor do céu. Baalins (Jz 2.11) é a forma plural; cada lugar tinha seu próprio Baal. Assim havia Baal-Hazor, Baal-Hermom, Baal-Peor, etc.Baal era o deus do sol, responsável pela germinação e crescimento da lavoura, o aumento dos rebanhos e a fecundidade das famílias. Em tempos de seca e de peste, sacrificavam lhe vítimas humanas para apaziguar a sua ira, 2 Rs 16.3; 21.6; Jr 19.5. Nesses holocaustos, a família geralmente oferecia o primogênito, a vítima sendo queimada viva. Baal era a divindade masculina e Astarote a feminina entre os fenícios e os cananeus. A adoração a Baal, no tempo de Moisés, passara para os amonitas e os moabitas, Nm 22.41. No tempo de Acabe e Jezabel, o culto a Baal permeou a maior parte da nação, l Rs 18.22;

MOLOQUE, a divindade nacional dos amonitas. Também chamava-se Milcom e Melcã, conforme se vê em 1 Rs 11.5 e Jr 49.3. Moloque era adorado com sacrifícios humanos e prova de fogo. O rei Acaz queimou a seus filhos no fogo, 2 Cr 28.3, e o rei Manasses ofereceu o seu próprio filho em sacrifício a Moloque, 2 Rs 21.6. Esse é o deus da crueldade e do sadismo.

MAMOM, esta é uma palavra aramaica que se traduz por riqueza. Ela aparece em Mt 6.24 e Lc 16.13, nestas palavras de Jesus: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de se aborrecer de um, e amar ao outro; ou se devotará a um e desprezará a outro.

Palestina: Apontamentos para uma história


 • Por Msc. Armando Briñis Zambrano em 22 de outubro de 2011
Palestina que conhecemos hoje, ou o Estado de Israel e os territórios ocupados da Cisjordânia e Gaza, fazem parte de uma história de milhares de anos de antiguidade.
Estudos realizados na zona apontam que foram os cananeus os primeiros habitantes conhecidos da Terra da Palestina. O centro de dispersão semita da Antiguidade estava situado ao norte da Arábia; em épocas muito remotas deveram partir do referido centro e, ao estabelecer-se na Palestina, encontraram uma população que foi chamada de diversas maneiras, uma delas era Rephain.
Pela parte norte localizaram-se parte dos cananeus que receberam o nome de fenícios, a partir de Phoenix, que significa “terra vermelha”, pelo que fenício era o habitante das terras vermelhas. Existem provas arqueológicas que demonstram o desenvolvimento atingido pelos cananeus. Fala-se de cidades rodeadas por muralhas que formavam um duplo recinto. Na Bíblia faz-se menção a isto quando se assinala: “Este povo é maior e mais forte que nós, as cidades maiores e com muralhas até o céu…”. Na mesma obra assinala-se e faz-se menção à atividade mercantil, e ao desenvolvimento econômico e técnico atingido pelos cananeus. Descreve-se, ademais, a riqueza de seus templos. Convém aqui recordar que o deslumbramento do povo que diz isto é lógico se se tem em conta sua economia pecuária, ao enfrentar uma civilização com avanços no desenvolvimento técnico mercantil.
Quem eram os hebreus?
Critérios fundamentados localizam os hebreus como um grupo semita procedente, da mesma forma que os cananeus, da Meseta da Arábia (mas anterior à onda cananéia). As levas tribais faziam parte das tribos errantes do tipo dos que, inclusive hoje, continuam presentes no deserto Arábico. Estas tribos deslocavam-se continuamente em busca de terras para assentar-se e lutavam encarniçadamente contra grupos já estabelecidos nos territórios aonde chegavam, e nos quais ademais praticavam a agricultura e formas elevadas de domesticação.
Numa primeira etapa de sua história nômade, os hebreus se infiltram na Palestina e chegam a ter contato com os fenícios, habitantes das terras vermelhas sobre as quais já mencionamos e que não eram mais que cananeus.
Conjuntamente com os hebreus deslocavam-se outros grupos; por exemplo, os edomitas que chegaram a se estabelecer ao sul da Palestina, se convertendo assim em agricultores e em sedentários. Mas houve também outros grupos, em sua maioria hebreus, que continuaram a vida nômade, fustigando ao longo de toda a região por onde estivessem. Na época de Abraão, seguiram para a zona norte da Síria, chegando à região de Harrán, onde existiam já infiltrações dos arameus. Dessa zona vão deslocar-se para a Baixa Mesopotâmia, e é quando vão se estabelecer em Ur.
A tradição hebraica fundiu-se com a suméria. Prova disso é a similitude entre o local comum do Dilmun mesopotâmico e o Éden hebreu. Também há semelhanças entre o Moisés hebreu colocado nas águas do Nilo e o Sargão acádio das águas do Eufrates.
Depois da permanência em Ur os hebreus não se deterão no Egito, mas se estendem por todo o Magreb. Este elemento é importante pois ajuda a comprovar que a Diáspora judaica é um fato que se mantém latente em todo o decorrer histórico.
Com os hicsos que foram expulsos marcha uma parte dos hebreus. Os que ficaram no Egito mudam sua situação, pois apesar de não terem participado nas guerras entre hicsos e tebanos, os faraós pertencentes à Dinastia XVIII os obrigaram a trabalhos forçados.
É assim que começaria a peregrinação para a terra prometida. O período termina com o recebimento no Monte Sinai dos mandamentos ou Tábuas da Lei; com grande influência babilônica.
Esta primeira etapa dos hebreus, recolhida nas Sagradas Escrituras, pode ser resumida assim:
- Tratam-se de tribos beduínas.
- As ditas tribos estão transitando por um período de dissolução de suas relações gentílicas, onde há elementos correspondentes com a forma antiga de decomposição.
- Faz-se evidente a decomposição em famílias patriarcais, onde Isaac e Jacob, mais que supostas personagens históricas, encarnam a personificação de chefes de famílias patriarcais.
- Estas organizações tribais mantêm-se de certa forma até hoje em dia, além da origem comum semita, ao que faz referência Friedrich Engels quando diz: “A pretendida genealogia de Noé, Abraão, etc. . . dada no Gênesis, é como uma enumeração bastante exata das tribos beduínas, então existentes, de acordo com o maior ou menor grau de parentesco entre seus dialetos. . . Agora me parece com perfeita clareza que as chamadas Sagradas Escrituras dos judeus não são outra coisa que o registro das antigas tradições religiosas e tribais”.
A segunda etapa na história hebraica começa com a conquista de Canaã, que se situa entre os séculos XV a XIV a.C., segundo as tradições durou séculos e penetraram no dito território conduzidos por Josué. A conquista terá um caráter agressivo, que fica plasmado no livro que leva o nome de Josué. A primeira cidade destruída foi Jericó.
Esta agressividade foi demonstrada na passagem de Josué que diz: “E quando os israelitas acabaram de matar a todos…” Será precisamente nesta passagem bíblica onde se utiliza o nome de israelitas como termo mais antigo para designar ao povo hebreu.
Conquanto por hebreu entendia-se:
- o nômade
- o salteador
- o que habita para além do rio (Ibri)
O termo israelita será entendido como:
- o que combate
- o que vence
- o guerreiro
Desta forma, se identifica ao israelita o caráter agressivo que o caracteriza.
Daqui em diante continuou-se chamando ao povo hebreu de israelita, e vice-versa. Por isso, pode ser dito que ambos termos se fundiram para designar àquela onda semita da qual tínhamos falado anteriormente.
Referido à definição de judeu podemos dizer que a origem está em Jacob, cujos doze filhos formaram a base da população. Cada filho estava à frente de uma tribo.










Os nomes de seus filhos eram:
Rubén, José, Simeão, Benjamin, Levi, Dã, Judá, Naftali, Issacar, Gade, Zabulom, Aser
Por isso, se supõe que o termo judeu, na época das doze tribos, era exclusivo para designar aos membros da tribo de Judá ou Yehudi.
A enciclopédia BARSA propõe algo parecido, pois afirma que “o gentílico judeu se aplicava no princípio para designar aos indivíduos da tribo de Judá, o quarto filho de Jacob, que na partilha de Palestina obteve a faixa do território que vai aproximadamente desde a orla ocidental do Mar Morto até a costa do Mediterrâneo”. Agora bem, na linguagem moderna este termo vem a servir para designar qualquer membro do povo escolhido.
Para evitar confusões utilizamos o termo de judeus para designar o indivíduo que professa o judaísmo.
Deverá ser entendida por Judaísmo a religião e forma de vida de um povo. Só aceitando o termo judaísmo desta forma podem ser levados em conta elementos que o caracterizam de diversas maneiras:
- como herança histórica
- como uma grande família
- como um conjunto de princípios
- como uma religião
Definidos os termos fundamentais que se mencionam, é necessário deixar estabelecida a relação existente entre eles para evitar confusões. Nisto resulta muito útil a definição de judeu que se oferece em a enciclopédia BARSA, pois estabelece uma relação lógica e breve que adotaremos aqui.
Podemos concluir então dizendo que os hebreus eram tribos semitas procedentes da Meseta de Arábia; algumas destas tribos se sedentarizaram, outras seguiram percorrendo todo o Magreb, o que valeu que se lhes reconhecesse também com o gentílico de israelitas. Nesta etapa tribal uma das tribos hebraicas estava assentada na Judéia e conheciam-se como judeus a seus habitantes, ao se dividir o reino de que fazia parte a dita tribo, sempre teve no trono um representante desta. Por isso, já em tempos de Cristo a palavra judeu veio a servir para designar a qualquer hebreu e assim se usa nas línguas modernas.
Se deixamos claro que, apesar deste uso incorreto que se generalizou, nem todo hebreu é judeu, pois deve ser entendido que judeu é aquele que professa o judaísmo como crença e fé, o mesmo é válido dentro e fora do território que na atualidade é sua pátria: Israel.
Atualmente este termo usa-se como sinônimo de hebreus e israelitas; no entanto, tanto no plano histórico como no étnico, estas palavras têm diferentes significados. Assim que, em termos históricos gerais, a palavra hebreu não possui uma conotação racial, pelo que se lhe aplica a qualquer das tribos nômades semitas que viveram no Mediterrâneo Oriental antes de 1300 a.C..
Na história judaica, este termo aplicou-se de uma forma concreta àquelas tribos que aceitavam a Yahvé como seu único Deus, desde sua origem, até que conquistaram a antiga Palestina, chamada Canaã e em 1020 a.C.. transformaram-se numa nação unida, regida por um rei. O termo israelita faz menção a um grupo nacional e étnico específico, descendente dos hebreus e unidos por laços culturais por meio de sua religião.
Para os historiadores este termo refere-se a esta comunidade, desde a conquista de Canaã, até que o rei assírio Sargão III destruiu o reino de Israel em 722 a.C. O termo judeu refere-se a um terceiro grupo, por sua identidade cultural descendente dos dois anteriores, desde os tempos de sua volta do cativeiro da Babilônia até os dias de hoje. A palavra provém do termo hebreu yehudi, que no começo significava ser um membro da tribo hebraica de Judá; mais tarde passou a ser Judá o nome que se aplicava ao Estado judeu, e por extensão se aplicou a todo habitante da Judéia.
Finalmente, o termo israelense utiliza-se na atualidade como gentílico que identifica os cidadãos do Estado de Israel (o que os diferencia dos israelitas dos tempos bíblicos).
Msc. Armando Briñis Zambrano é colaborador de Prensa Latina