terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Assim que ficamos com câncer sem saber como!!!



POR FAVOR, CIRCULEM ENTRE SEUS CONHECIDOS
: ATUALIZAÇÕES SOBRE CÂNCER
Johns Hopkins - Cancer News from Johns Hopkins 
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Nenhum recipiente de plástico no micro. 

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Nenhuma água em garrafa no congelador. 

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Nenhuma cobertura de plástico em microondas.
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Dioxina causa câncer, especialmente câncer de mama. 

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Dioxinas são altamente venenosas às células do nosso corpo. Não gele água em garrafa plástica, isso libera a dioxina do plástico. 

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Recentemente, Edward Fujimoto, Gerente do Programa Wellness, no Castle Hospital, esteve em um programa de TELEVISÃO explicando esse perigo. Ele falou sobre a dioxina e como ela é perigosa para nós. 

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Ele disse que nós não devemos aquecer nossa comida em recipientes de plástico no microondas.

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Isso se aplica especialmente a comidas que contêm gordura. 

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Ele disse que a combinação de gordura e calor alto libera a dioxina do plástico na comida e, no final das contas, nas células do corpo...

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Ao invés, ele recomenda usar vidro, como Pyrex, ou recipientes cerâmicos para aquecer comida... Você tem os mesmos resultados, só que sem a dioxina. Coisas como comida instantânea, sopas, etc., devem ser removidas da embalagem e aquecidas em qualquer outro recipiente.


Papel não é ruim, mas você não sabe o que ele contém. É mais seguro usar vidro temperado, etc. Ele nos lembrou que, há algum tempo, alguns restaurantes de fast food eliminaram os recipientes de espuma para embalar. O problema da dioxina é uma das razões. 

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Também, ele mostrou que aquela envoltura de plástico também é perigosa quando posta sobre comidas para cozinhar no microondas. O calor alto faz as toxinas venenosas derreterem e saírem do plástico, gotejando na comida. Em vez disso, cubra comida com uma toalha de papel.

Este é um artigo que deve ser enviado para qualquer pessoa importante em sua vida!
 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O VICIO DO JOGO: do pocker aos games na web e Cybermaníacos



Vício ao jogo é doença e deve ser tratada

 

O jogo pode se tornar um vício. E no Brasil, quatro milhões de pessoas têm problemas graves com o jogo, como comprova o levantamento realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceira com a Secretaria Nacional Antidrogas.
O problema afeta 2,3% da população, sendo 1% jogadores compulsivos enquanto 1,3% estão prestes a desenvolver a mesma patologia. E ainda segundo os dados da Unifesp, os dependentes do jogo não procuram ajuda médica, por vergonha e falta de informações, levando até oito anos para tomar a atitude e reconhecer a doença e buscar auxílio.
De acordo com Hermano Tavares, coordenador do Ambulatório de Jogo Patológico do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, a demora ocorre porque o paciente se acha um fraco, um imoral e muitas vezes nem sabe que deve procurar ajuda de um psiquiatra. Além de haver muito estigma sobre o problema, completa o coordenador.


 


Arapucas do mal? Fuga? Medo?

Covardia? 

O fato é que as pessoas tendem a fugir da própria vida e se 

transferirem para qualquer mundo fictício que o isente das 

responsabilidades. 

O que leva a humanidade a fugir da realidade, 

mentir sobre questões fundamentais e enganar-se?  

Medo ou egocentrismo. 

Talvês as duas coisas juntas.

O progresso moral e prática das leis de Deus é que atrairá o bem sobre a Terra e dela afastará o mal. E o mal, não é uma força exterior, mas a causa das infelicidades, das frustrações, das situações de dor, vergonha, tristeza, depressão e tudo de ruim que acontece na vida. 

Colocar todas as alegrias nos bens materiais, agir de forma egoísta ( ou egocêntrica) é a maneira de abrir mão de qualquer apoio que se possa merecer.  

As doenças emocionais e físicas surgem a partir das fragilidades emocionais e essa fragilidade se apoia no espírito.É ai que se estabelece a miséria da condição humana.

Este texto a seguir  encontrei num site de tratamento de 

pessoas viciadas e ao mesmo tempo instrui a novos   jogadores. 




O que é o vício do jogo?

O jogo patológico está listado como um "comportamento fora do normal e falha no controlo de impulsos" no ICD-10 e definido no glossário internacional de doenças como:

"Este comportamento fora do normal consiste de jogo frequente e repetido, que controla vida do paciente e leva a uma disfunção e afastamento social, ocupacional e de valores da família e dos seus compromissos."
O jogo excessivo demonstrado por muitos pacientes é definido como: Uma mania ou doença discreta que está lado a lado com oscilações muito fortes de humor, uma melancolia interna muito agitada, mudanças repentinas de estado de espírito sem razão aparente.

Estas patologias também vêm, normalmente, associadas com uma disfunção social que faz o paciente perder qualquer interesse na suas obrigações sociais, tornando-se insensível aos sentimentos das outras pessoas. Este tipo de comportamento é muitas vezes encontrado em pacientes que se encontram na prisão.


O jogo persistente é também caracterizado por uma insistência no jogo apesar de todas as consequências negativas que este trouxe para a vida do paciente como dívidas, desagregação familiar ou outros efeitos negativos no desenvolvimento profissional.

Antes que se possa dizer que alguém é viciado no jogo é necessário sofrer 2 ou mais episódios de jogo patológico num período de pelo menos um ano.

Os padrões distorcidos e alterados do viciado em jogo estão mencionados noutra classificação de doenças como: "DSM-IV":

A especial importância do dinheiro para os pacientes.
Padrões de pensamento concentrados em competição.
A inquietude típica de um jogador.
A excessiva necessidade de reconhecimento social.
Tendência para excesso de trabalho.
A ocorrência de diversas desordens psicossomáticas.
Estratégia: Vício do jogo - causas, consequências e cura
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jogo 300x188 Vício ao jogo é doença e deve ser tratada


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domingo, 20 de janeiro de 2013

FOME - O problema não é a produção mas o desperdício!


Metade da comida do mundo vai parar no lixo, diz relatório


As três matérias abaixo comprovam cientificamente, MAIS UMA VEZ, que o problema da nossa humanidade e sobretudo das nossas elites econômicas e governamentais,mas também de cada um de nós, É MORAL!!!

É inacreditável e inaceitável que todos nós estejamos escolhendo sistemáticamente a irresponsabilidade e o egoismo de simplesmente deixar a comida estragar  e matar de fome nossos irmãos humanos planeta a fora,além de representar também um forte ato de destruição ambiental suicída!!! ESTAMOS TODOS EM FLAGRANTE DELITO DE CRIME LESA HUMANIDADE!!!

Por favor leiam com bastante cuidado os textos abaixo e divulguem em todas mídias sociais que tiverem acesso com urgência,temos que trabalhar para acordar e mobilizar a humanidade, e convocar as elites econômicas e governamentais à responsabilidade. Façamos um planejamento  preciso 
(calorias e valor nutricional) e só compremos aquilo que realmente precisamos e vamos comer;pratiquemos assim a verdadeira cidadania,consideração e  amor ao próximo. SEJAMOS CONSCIENTES DE NOSSOS ATOS E EVOLUAMOS!!!

Metade da comida do mundo vai parar no lixo, diz relatório
BBC BRASIL Atualizado em  10 de janeiro, 2013 - 10:13 (Brasília) 12:13 GMT
 
Um relatório de uma organização britânica indica que até metade de toda a comida produzida a cada ano no mundo, ou cerca de dois bilhões de toneladas, vão parar no lixo.
 
O documento, intitulado Global Food; Waste not, Want not ("Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Fique Sem", em tradução livre), diz que o desperdício está ocorrendo devido a uma série de motivos, entre eles as condições inadequadas de armazenamento,consumidores que compram sem necessidade e a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos.
 
Outro problema é a preferência dos consumidores por alimentos com um formato ou cor específicos. O estudo diz que até 30% das frutas, verduras e legumes plantados na Grã-Bretanha sequer são colhidos por causa de sua aparência.
O desperdício de alimentos também implica em desperdício de recursos usados para a produção deles, como água, áreas para agricultura e energia, alertou o relatório publicado pela Institution of Mechanical Engineers, uma organização que representa engenheiros mecânicos e reúne cem mil membros no Reino Unido.
 
Promoções nos supermercados e preferências dos consumidores agravaram o problema
 
Ofertas nos supermercados
 
A ONU prevê que até 2075 a população mundial chegue a 9,5 bilhões de pessoas, um acréscimo de 3 bilhões em relação à população atual, o que reforça a necessidade de se adotar uma estratégia para combater o desperdício de alimentos e, assim, tentar evitar o aumento da fome no mundo.
 
De acordo com o relatório, o equivalente a entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo por ano, ou seja, entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas, nunca são ingeridos.
 
Além disso, nos Estados Unidos e na Europa, metade da comida que é comprada acaba sendo jogada fora.
 
"A quantidade de comida desperdiçada e perdida no mundo é assombrosa. Isto é comida que poderia alimentar a crescente população mundial além de todos aqueles que atualmente passam fome."
Tim Fox, diretor da Institution of Mechanical Engineers
 
Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente da Institution of Mechanical Engineers, disse que o desperdício é "assombroso". "Isto é comida que poderia alimentar a crescente população mundial além de todos aqueles que atualmente passam fome."
"As razões desta situação variam das técnicas insatisfatórias de engenharia e agricultura à infraestrutura inadequada de transporte e armazenamento, passando pela exigência feita pelos supermercados de que os produtos sejam visualmente perfeitos e pelas promoções de 'compre um, leve outro grátis', que incentivam os consumidores a levar para casa mais do que precisam", disse.
 
Água
O relatório alertou que atualmente 550 bilhões de metros cúbicos de água estão sendo desperdiçados na produção de alimentos que vão para o lixo.
 
E o problema pode se agravar. Segundo a Institution of Mechanical Engineers, o consumo de água no mundo chegará a até 13 trilhões de metros cúbicos por ano em 2050 devido ao crescimento da demanda para produção de alimentos.
 
Isso representa até 3,5 vezes o total de água consumido atualmente pela humanidade e gera o temor de mais escassez do recurso no futuro.
O alto consumo de carne tem grande influência nesse aumento de demanda, visto que a produção de carne exige muito mais água do que a produção de alimentos vegetais.
 
"À medida que água, terra e energia passam a ser mais disputados devido à demanda da humanidade, os engenheiros tem um papel crucial a desempenhar no sentido de prevenir a perda e o desperdício de alimentos, desenvolvendo formas mais eficientes de produção, transporte e armazenamento", disse Fox.
 
O desperdício de até 40% de alimentos custa caro aos EUA
Publicado em agosto 28, 2012 por HC

 
 
Os americanos desperdiçam até 40% de sua comida a cada ano, enchendo aterros sanitários com pelo menos US$ 165 bilhões em hortifrutigranjeiros e carnes numa época em que centenas de milhões de pessoas passam fome em todo o mundo, segundo análise divulgada na terça-feira pelo Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC, na sigla em inglês). Matéria do Washington Post, em O Estado de S.Paulo.

A análise, uma compilação de estudos e estatísticas, revela que há desperdício desde a fazenda até o garfo, mesmo agora que a seca ameaça elevar o preço dos alimentos. Os recursos que o governo dedicou para identificar onde estão as deficiências e como combatê-las são irrisórios em comparação com os esforços em curso na Europa.

Por enquanto, os preços americanos relativamente baixos facilitam o desperdício de comida, o que pode explicar a razão porque a família americana média de quatro pessoas termina jogando no lixo o equivalente a US$ 2.275 em comida todo ano, diz o relatório. Essa tendência perdulária piorara como tempo e hoje o americano médio desperdiça 10 vezes mais comida do que um consumidor do Sudeste Asiático e 50% mais do que nos anos 70.

“Não surpreende que a comida seja o maior componente do lixo sólido nos aterros”, disse Dana Gunders, cientista do NRDC que assina o estudo. A frustração dos ambientalistas é que recursos naturais – água, terra e energia – são usados para produzir todo esse alimento não consumido. “Estamos jogando fora quase a metade da comida que cruza nosso caminho”, disse Gunders. “É dinheiro jogado no ralo.”

A análise cita pontos fracos em cada etapa da cadeia produtiva. Na fazenda, os plantadores, às vezes, não colhem alimentos em razão dos preços ruins do mercado, que dificultam a recuperação dos custos.

O mercado também obriga os plantadores a selecionar as plantas que colhem, removendo alimentos com manchas ou outros defeitos cosméticos. O relatório cita um fazendeiro que estima que 75% dos pepinos que ele joga fora são comestíveis e uma empresa embaladora de tomate que afirma poder encher um caminhão de lixo com cerca de 10 mil quilos de tomates descartados a cada 40 minutos.

Quando bens perecíveis são embarcados de navio, eles também são rejeitados por distribuidores responsáveis por levá-los ao comércio local e por bancos de alimentos, que, às vezes, recebem quantidades maiores do que podem usar.

No entanto, muitos estudos sugerem que a maior parte do desperdício ocorre nas lojas e casas. O governo estima que supermercados percam US$ 15 bilhões por ano só em frutas e legumes não vendidos. O NRDC atribui parte dessas perdas ao excesso de produtos estocados para impressionar consumidores.

Em restaurantes, que também sofrem prejuízos com o desperdício de alimentos, tamanhos de porções que excedem os recomendados pelo governo desempenham papel importante. Ano passado, associações industriais lançaram uma iniciativa para ajudá-los a doar mais comida e reduzir os 36 milhões de toneladas de alimentos enviados aos lixões a cada ano.

A Europa, porém, saiu na frente. O Parlamento Europeu adotou uma resolução que cortará o desperdício pela metade até 2020. Na Grã-Bretanha, há cinco anos, alguns varejistas já estão usando promoções para desencorajar consumidores a comprar mais do que precisam – do tipo “compre a metade”, em vez da tática de “compre um e leve dois” usada nos EUA.

Segundo pesquisa do Shelton Group, 39% dos americanos classificaram o desperdício de comida como sua principal “culpa” – bem acima de deixar as luzes acesas ao sair (27%) ou não reciclar (21%). Suzanne Shelton, fundadora do grupo, disse que as pessoas têm as melhores intenções ao encher as sacolas de supermercado, mas a vida acaba interferindo. “Ficamos atolados no trabalho e nos vemos comprando uma pizza na volta para casa”, disse. “No fim de semana, jogamos fora a comida estragada da geladeira.” / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

 
http://www.sosclimaterra.org/

O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NO BRASIL

O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população (FAO). De toda esta riqueza, grande parte é desperdiçada.
Segundo dados da Embrapa, 2006, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino. Diariamente, desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas por dia, quantidade esta suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar (VELLOSO, Rodrigo. Comida é o que não falta. Superinteressante. São Paulo: Ed. Abril, nº 174, março/2002).
De acordo com o caderno temático “A nutrição e o consumo consciente” do Instituto Akatu (2003), aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva:
  • 20% na colheita;
  • 8% no transporte e armazenamento;
  • 15% na indústria de processamento;
  • 1% no varejo;
  • 20% no processamento culinário e hábitos alimentares.
Segundo Instituto Akatu, 2004: Os números supracitados fazem do Brasil um dos campeões mundiais de desperdício. Analisando estes dados de uma forma mais simples, isso significa que uma casa brasileira desperdiça, em média, 20% dos alimentos que compra semanalmente, o que remete a uma perda de US$ 1 bilhão por ano, ou o suficiente para alimentar 500 mil famílias.
Prova deste desperdício financeiro é ressaltada pela 8ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, em 2007, que demonstra que os supermercados perderam 4,48% de seu movimento financeiro, em perecíveis. Além disso, uma estimativa realizada pela Coordenadoria de Abastecimento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo indicara que perdas na cadeia produtiva dos alimentos equivalem a 1,4% do PIB – Produto Interno Bruto.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A opção da Permacultura


  7 DE JANEIRO DE 2013

Um estudioso da integração entre atividade humana e natureza defende, além da agroecologia, mudança radical de hábitos de consumo, habitação e uso de energia
No sie do IHU
Compreendida como um “sistema de permanência para uma nova cultura”, a permacultura propõe a sustentabilidade dos ecossistemas a partir de outra postura diante do uso dos recursos naturais e do consumo. Desenvolvida no Brasil há mais de 15 anos, esta prática avança com projetos de bioconstrução, construções ecologicamente corretas, “para retirar melhor proveito de sol, dos ventos, com o melhor conforto térmico e menor consumo de energia”, explica João Rockett.
Na entrevista a seguir, concedida por telefone à IHU On-Line, o diretor do Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa – IPEP enfatiza que as discussões acerca das questões ambientais não abordam “o ponto-chave da questão”: o consumo exacerbado. “Não basta separar o lixo. As pessoas estão consumindo uma série de coisas que não precisam, porque aumentou o poder aquisitivo e a oferta de produtos. Os produtos também são vendidos em embalagens desnecessárias. Quando você compra uma cola Super Bonder, por exemplo, que tem menos de 10 cm de comprimento por 1,5 cm de largura, compra também uma embalagem que tem um palmo de comprimento, porque tem toda uma logística”, assinala. E dispara: “Existem duas maneiras de uma sociedade mudar a sua cultura ou forma de viver: uma é quando planeja e toma uma atitude em cima do planejamento; a outra é quando se chega no caos, na crise. Eu acho que, do jeito que estamos, chegaremos na crise”.
João Rockett tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Extensão Rural. Confira a entrevista. 
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Em que consiste a permacultura, o que a diferencia da agroecologia, por exemplo, e como ela vem sendo desenvolvida na agricultura brasileira?
João Rockett: Podemos dizer que a permacultura engloba a agroecologia, como se fosse uma plataforma. Trata-se de um projeto interdisciplinar para criar unidades sustentáveis envolvendo a questão da água, da energia, da habitação, dos animais e das plantas dentro de um sistema que conecta esses outros sistemas. Ou seja, trata-se do projeto de otimizar um local com menor impacto sobre o espaço. Dentro desse sistema mais amplo, a agroecologia está relacionada à questão dos alimentos, considerando também a forma de distribuir esse produto no mercado e a questão social envolvida na produção.

Qual a especificidade da permacultura no bioma Pampa?
João Rockett: Aqui no Pampa nós temos um instituto de permacultura ligado à questão do clima. Existem institutos nos demais biomas brasileiros, mas nessa região especificamente consideramos o clima, que tem uma oscilação de temperatura diferente: muito calor no verão e muito frio no inverno, tendo oscilações de mais de 20 graus num mesmo dia.
No início deste projeto, há 15 anos, construímos uma casa com uma excelente pegada ecológica, feita de palha de santa-fé. As paredes da casa foram feitas de fardo de palha de arroz, considerando que esses são materiais típicos da região. Essa casa tem uma diferença térmica de 8 a 14 graus do ambiente externo, ou seja, uma condição térmica muito alta. Também estamos multiplicando algumas variedades antigas de trigo, que aos poucos foram deixadas de lado da produção por causa dos agroquímicos. O projeto também propõe um banheiro seco, com uso zero de água, a partir da utilização de um sistema de termosifonamento e secagem das fezes. Também utilizamos filtros biológicos para banheiros que utilizam água, com o que buscamos reutilizar essa água na agricultura. Além disso, coletamos a água da chuva para reutilizá-la. Enfim, a permacultura consiste numa série de práticas que visam à sustentabilidade.
A partir da permacultura é possível recuperar o solo degradado? É possível aplicar a permacultura considerando modelo agrícola extensivo brasileiro?
João Rockett: Com certeza, porque o que já foi vivo antes pode ser vivo depois. Um exemplo clássico é a água que sai do sistema industrial e do esgoto e que é revertida como água potável. No solo acontece o mesmo.
O primeiro projeto de permacultura foi realizado na Amazônia, na área de uma escola agrícola da periferia de Manaus. Essa escola foi a primeira, no Brasil, a receber o pacote da revolução verde dos EUA. Visitei várias vezes essa escola quando implementaram o processo de recuperação da área. O que se observou ao longo dos anos é que o terreno se recupera facilmente se for queimado e se for impactado por uso de defensivos agrícolas. Entretanto, o espaço com maior dificuldade de recuperação foi aquele em que se utilizavam equipamentos industriais tais como arados. Com isso concluímos que o solo tem dificuldade de se recuperar quando ele é compactado, quando se tira o ar, porque este é a base da vida do solo. Quando a compactação da terra é muito alta, não se tem ar e não se deixa penetrar a água. Sem esses dois elementos, fica difícil recompor a terra.
A permacultura também propõe a criação de ambientes urbanos produtivos e sustentáveis. Como essa metodologia pode ser aplicada no espaço urbano, visando à sustentabilidade das cidades, por exemplo? Há algum projeto nesse sentido?
João Rockett: Todas essas questões são de ordem cultural. A própria palavra permacultura deriva da união de “cultura pemanente”, que iniciou com o processo de agricultura e deu origem à agricultura permanente. Ou seja, criou-se um sistema de permanência para uma nova cultura. Já que estamos dizendo que a nossa forma de vida é insustentável, que ela está impactando o planeta, temos de mudar. Os valores das pessoas em relação ao uso dos recursos naturais estão se perdendo. Então, a mudança de cultura não é só uma questão de manutenção de uso dos recursos ambientais. É preciso perceber que tudo virou um produto a ser mercantilizado.
Chegamos a um ponto limite, mas existem projetos em que as pessoas têm outro modo de produção, inclusive em apartamentos, terrenos baldios. Para isso, é preciso ter uma vontade muito grande para mudar a cultura. O Brasil tem um fator interessante no sentido de que nele quem trabalhava eram o índio e o negro, diferentemente da Europa e dos EUA, onde os colonizadores realizavam os trabalhos. Em nosso país todo trabalho relacionado à mão de obra é desmerecido. Assim, temos um fator mais difícil de lidar no sentido de pensar numa forma de as pessoas produzirem seu próprio alimento.

Desde quando a permacultura é desenvolvida no país? Como vê os investimentos na área e em que aspectos ela tem avançado nos últimos anos?
João Rockett: No Brasil a permacultura é desenvolvida há 15 anos, e houve uma identificação logo que montamos os primeiros centros, que eram espaços para visitação. A nossa intenção era de que a permacultura fosse incorporada com a cultura, e hoje já existem editais de empresas como a Petrobras citando-a como uma linha de princípio para a execução de alguns projetos. Aos poucos se está abrindo espaço para essa discussão e muitas pessoas investem em telhados verdes, em bioconstruções.
O problema ambiental hoje é um problema de consumo. Não basta separar o lixo. As pessoas estão consumindo uma série de coisas das quais não precisam, porque aumentou o poder aquisitivo e a oferta de produtos. Os produtos também são vendidos em embalagens desnecessárias. Quando você compra uma cola Super Bonder, por exemplo, que tem menos de 10 cm de comprimento por 1,5 cm de largura, compra também uma embalagem que tem um palmo de comprimento, porque tem toda uma logística. Da mesma forma compramos um creme dental que vem embalado dentro de uma caixinha de papelão, e já está embalado em uma bisnaga. Temos de diminuir a quantidade de material que estamos colocando no planeta, porque tudo isso vai para a natureza.
A proposta energética da permacultura está atrelada à questão de rever o consumo energético?
João Rockett: De acordo com os princípios da permacultura, o chuveiro elétrico é uma coisa abominável por causa do alto consumo de energia para pouca eficiência. É comum qualquer loja de eletrodomésticos oferecer chuveiros de mais de 10 mil watts, sendo que há dez anos utilizávamos chuveiros de 5 mil watts. Cada chuveiro desses têm condições de movimentar uma pequena indústria. É como se estivesse ligando uma grande máquina. O problema não é que esteja faltando energia; nós é que estamos utilizando mal a energia que temos.
Imagina se fôssemos somar – eu estou fazendo esse cálculo – todos os chuveiros elétricos do país. O consumo é altíssimo, e o valor da transmissão de energia encarece. Então, quanto mais alto for o consumo, mais caro será para levar essa energia. Se abolíssemos o chuveiro elétrico, não precisaríamos de uma hidrelétrica como a de Belo Monte. Projetos como esse são uma agressão ao planeta, às culturas. É a invasão de um espaço natural em prol de uma geração de energia, de uma suposta necessidade de energia, quando, na verdade, teria de mudar a forma de consumo dessa energia.
No supermercado, por exemplo, existem balcões gigantes, sem vidros, resfriando produtos. Eles geram energia 24 horas por dia, sem nunca desligar a máquina, porque ela não está fechada: é como ter uma geladeira em casa com a porta aberta. Temos de mudar imediatamente essa forma de resfriamento. Não discutimos o ponto-chave da questão, que é o consumo exacerbado, ou seja, consumo sem critérios. Existem duas maneiras de uma sociedade mudar a sua cultura ou forma de viver: uma é quando planeja e toma uma atitude em cima do planejamento; a outra é quando se chega no caos, na crise. Eu acho que, do jeito que estamos, chegaremos a uma época de crise.
Precisamos rever o consumo, as construções, projetar as casas para permitir a entrada do sol no inverno, casas que consumam menos energia. Ainda seguimos o caminho da estética, enquanto deveríamos seguir o caminho da funcionalidade, porque a estética só tem custos. É como a moda: quer coisa que gere mais lixo do que a moda? A moda é lixo. A roupa que deixou de usar por um critério “x” passa a ser usada cinco anos depois porque é moda. É um nível de futilidade muito grande para uma humanidade, que já deveria estar em outro ponto, com outra visão de mundo.
O que podemos entender por bioconstrução e como ela se relaciona com a permacultura?
João Rockett: A bioconstrução foi criada pela permacultura, que observou como as civilizações antigas organizam o seu espaço, e a partir daí buscou informação para o seu projeto. Então, as pessoas que estão num ambiente onde há muita pedra irão, obviamente, construir suas casas com pedras; as pessoas que estão num ambiente com muita palha, com muita madeira, irão construir suas casas com esses materiais. Ou seja, o homem é o fruto do seu meio, e esse meio oferta materiais para ele construir. Assim, o prefixo “bio” considera o meio em que o homem está inserido, e a arquitetura vernacular considera essa lógica da arquitetura antiga e tribal.
Todos os povos antepassados tinham uma lógica de construção a partir do material da região, do declínio do terreno, do clima etc., e é isso que a bioconstrução traz para dentro da tecnologia de construção. Chamamos de bioconstrução a construção que tem um olhar pelo ambiente. Nesse processo, planeja-se a forma de construção e os materiais a serem utilizados para retirar melhor proveito de sol, dos ventos, com o melhor conforto térmico e menor consumo de energia.