sexta-feira, 7 de abril de 2017

ASSOCIAÇÃO NA CONTRAMÃO

  

Base fundamental do associativismo e organização social, o respeito é o agente agregador mais eficaz na construção de sociedade justa, participativa, equânime.  Tudo o que é montado com o intuito de forçar, intimidar, constranger para obrigar pessoas a atenderem ao desejo e objetivo de quem quer que seja é desrespeito. Qualquer associação fundamentada no desrespeito tende ao fracasso.

Por que as associações esvaziam-se e fragilizam-se com tanta frequência?  
Por que a cada dia as assembleias reúnem um menor número de participantes?
Associações de moradores -reunião de pessoas com objetivos em comum - muitas vezes são constituem situações invasivas e espoliativas que se instalam quase sempre a partir de posturas e atitudes de um pequeno grupo que passa a agir politicamente no interesse único e claro de impor suas vontades ao todo: dominar, forçar, obrigar. Partindo do princípio que associação reúne pessoas com objetivos em comum, e a partir daí a regra constitucional de ninguém ser obrigado a se associar, o simples fato de um grupo querer dominar e obrigar outro transforma tudo num centro de discórdia, desunião, fragmentação. Tudo menos associação.

Muitas vezes motivados por interesses nada lícitos, pessoas com alguma capacidade de comunicação utilizam-se de suas potencialidades para dominar, constranger. Assumem comando sem liderança real por que nada que tem interesse particular tem legitimidade para representar o todo. Fazem assim os políticos. Manipulam informações, forjam dados e se utilizam de cargos ou funções para mentir e ludibriar. Os que não conseguem atingir patamares de poder em esfera maior (como deputados, prefeitos, senadores) assumem postura semelhante nos pequenos grupos. Pior é que, às vezes, por algum tempo, logram êxito. Muitos cedem às imposições embora nem concordem por pura acomodação, medo pela intimidação e assédio moral ou simplesmente pela opção de se manter alheio aos processos da vida social. Preferem pagar para se livrar. 



Certamente isso tudo se inicia com a ausência de princípios éticos que deveriam ordenar as relações sociais e a ausência deles é o agente causador de desarmonia. Uns se intitulam ateus, como se fora isso um grande mérito de inteligência superior. Outros agnósticos, por que consideram-se acima de qualquer forma de identificação religiosa como se fossem os demais menos inteligentes ou menos capazes intelectualmente.  Outros professam fé religiosa mas distanciam-se dos princípios éticos que deveriam religar ao Deus que veneram. Cada qual no seu quadrado, com suas convicções e assim caminha a humanidade.
Enfim... Espera-se, por exemplo, que professores, mestres, doutores e detentores de grande volume de informação intelectual fossem portadores de informações verdadeiras. Ao contrário, pessoas inescrupulosas utilizam-se de sua formação intelectual a serviço próprio como instrumento de autopromoção e exacerbação do ego. Mentem!

Certas situações carecem de terapia. Muitas, de fato. Pessoas que compartilham ambiente físico numa determinada localidade, espera-se que tenham ao menos algo em comum além do medo. Pessoas fortalecidas pela amizade, respeito, cuidado não se intimidam por qualquer razão. Medo da presença de pessoas diferentes precisa de ser alvo de tratamento terapêutico, por vezes psiquiátrico e isso não constitui motivo de vergonha.  ´

Escolhe-se morar perto da natureza por que gosta dos animais, das árvores, do som da mata.  Outros escolhem morar num edifício por que gostam de privacidade e/ou dispõe de pouco tempo para dedicar à casa. Alguns gostam de cachorro, outros de gato, outros preferem videogames e amigos virtuais. Preferem estar perto da vida urbana com a possibilidade de se fecharem em seu reduto... sabe-se lá. Cada qual com suas escolhas e preferências. Leis existem para regular essas relações de vizinhança e convívio social.
O que transforma a vida em Associação em situações desarmônicas, tristes, cheias de pessoas depressivas, isoladas, constrangidas e convivência completamente insuportável?

Por que a maioria dos moradores de edifícios deixam de participar das reuniões e relegam decisões que interferem inclusive em sua qualidade de vida e renda familiar, despesas indesejadas e imcompatíveis?
- Por que a imposição de regras forjadas e forçadas torna a convivência insuportável. Reuniões de moradores são cenário de exaltação egocêntrica, gritaria e grosseria. Palco de dominação política. 

Respeito gera respeito.
Invasões atraem invasões.
Desamor gera infelicidade.


PRETENDE ADQUIRIR LOTE OU CASA NO CHÁCARAS DA LAGOA EM MACEIÓ?
FIQUE SABENDO:
- o Loteamento Residencial Chácaras da Lagoa foi implantado em 1986, dotado de canalização de água potável, poços e sistema de distribuição de água com caixa d1água, ponto de energia elétrica e alguns equipamentos de lazer.
- O Loteamento Residencial Chácaras da Lagoa NÃO é um condomínio, portanto, ninguém é proprietário da Praça Dr Hamilton Falcão, nem das áreas verdes, nem das ruas e calçadas, nem dos equipamentos urbanos de lazer.
- Associações não podem impor que alguém se associe sem que seja expressa livre e espontânea vontade. Não existe associação por coação. Todos tem o direito à liberdade de escolha.
- Débitos de condomínio inexistem por que a associação é livre e assegurada pela Constituição Federal Brasileira. Ninguém tem que pagar nada à Associação antes de adquirir seu lote ou casa.
- Ninguém é obrigado a pagar taxa condominial nem taxa de associação se não desejar ou não concordar com o valor cobrado.
- Morar numa rua, cada qual com sua unidade familiar autônima é a escolha de quem decide morar num Loteamento. O elemento de união entre as pessoas deve ser, portanto, defesa de interesses comuns que contemplem as diferenças e as respeitem.
- No Loteamento Chácaras da Lagoa não existe condomínio sem fração ideal a condominiar nem codominar por que ninguém é dono da rua, da praça, do poço, da mata, do mato, do céu nem do ar.

- Caso a taxa cobrada pela Associação de Moradores não seja compatível com sua renda familiar e plano de despesas, não se intimide. Nada lhe obriga a fazer parte de nenhum rateio de despesas que um determinado grupo de pessoas resolve fazer em área pública, responsabilidade da municipalidade. 

Um comentário:

André Luiz Fernandes disse...

O pior nestes casos é a omissão ou conivência dos poderes públicos. Prefeitos, vereadores e muitas vezes o Ministério Público, não tomam medidas adequadas e legais para sanar o problema. O desrespeito a lei vigente é flagrante. Ruas públicas fechadas, para beneficiar poucos em detrimento da população no geral. Diante da corrupção generalizada por que passa nosso país, a falta de segurança existente, é alegada para tentar justificar mais este ilícito.
A lei, hora a lei, muitas vezes o dinheiro fala mais alto.