sexta-feira, 20 de maio de 2011



Com a maré da manhã surgiu no Céu uma Lua
De lá desceu e fitou-me

Como o falcão que arrebata o pássaro,
Essa Lua agarrou-me e cruzou o Céu

Quando olhei para mim, já não me vi
Naquela Lua, meu Corpo se tornara por graça,
Sutil como a Alma

Viajei então, em estado de Alma
E nada mais vi se não a Lua, até que o segredo do saber divino me foi por inteiro revelado
As nove esferas celestes fundiram-se na Lua
E o vaso do meu ser dissolveu-se inteiro no Mar

Quando o Mar quebrou-se em ondas,
A sabedoria divina lançou sua voz ao longe
Assim tudo ocorreu, assim tudo foi feito

Logo o Mar inundou-se de espuma
E cada gota de espuma tomou forma e Corpo

Ao receber o chamado do Mar
Cada Corpo de espuma se desfez
E tornou-se espírito no Oceano

Rumi

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