quinta-feira, 17 de outubro de 2013

FAO e o desperdício de Alimentos: O ÓBVIO XAROPANTE

Conclusão "brilhante"! 

Como diria meu querido mestre Gaudêncio: óbvio xaropante (o que vai além do ululante).

Organização da NAÇÕES Unidas deve lidar com a relação ENTRE as NA.ÇõES.
Além de tudo isso ai, tem-se é que rever as decisões governamentais, empresariais e corporativas enquanto compromisso com a evolução da humanidade.

URGE:

Acabar com as BARREIRAS ECONÔMICAS. No mínimo estabelecer normas e punições quanto em nível mundial sobre o desperdício em nome da especulação e excesso de lucro.
As questões éticas precisam ser vistas em todos os níveis. A decisão pessoal de cada um interfere no todo, mas tem que ser vista em nível geral, nacional, mundial: por questão de justiça!
URGE, portanto:
Rever a condição de Fronteiras: POR QUE SOMOS TODOS UM.


Desperdício de alimentos preocupa FAO

O diretor geral da FAO, Jose Graziano da Silva, participa de uma cerimônia em Roma

Cerca de um terço dos alimentos produzidos no planeta atualmente vai direto para o lixo, o que equivale a 1,3 bilhão de toneladas por ano, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), sediada em Roma.
"Com apenas um quarto disso, poderíamos alimentar 842 milhões de famintos", explicou Robert van Otterdijk, um especialista em agricultura da FAO.
Mesmo reduzindo pela metade o desperdício de alimentos, seria necessário elevar em 32% a produção mundial de comida para alimentar a população mundial até 2050. Na situação atual, o aumento da produção de alimentos deve ser de 60% para atingir esse objetivo.
Mathilde Iweins, coordenadora de um relatório sobre o custo do desperdício de alimentos, disse que "a soma das áreas agrícolas usadas para produzir alimentos que jamais serão consumidos é tão grande quanto o Canadá e a Índia juntos".
Mas, para a FAO, focar no tipo de alimento a ser consumido é tão importante quanto o problema do desperdício, já que a desnutrição e as dietas mal balanceadas impõem altos custos para a sociedade, envolvendo problemas que vão desde as altas despesas relacionadas aos cuidados com a saúde até a perda de produtividade.
"Uma em cada quatro crianças no mundo com menos de cinco anos está abaixo do peso ideal", informou a FAO em um relatório. Isso significa que 165 milhões de crianças são tão desnutridas que nunca alcançarão o máximo do seu potencial físico e cognitivo", disse.
Cerca de dois bilhões de pessoas no mundo vive com insuficiência de vitaminas e minerais essenciais para uma boa saúde, enquanto 1,4 bilhão de pessoas estão acima do peso.
As crianças com atraso no crescimento podem estar mais suscetíveis ao risco de desenvolver problemas de obesidade e doenças relacionadas à idade adulta, em um ciclo preocupante de desnutrição.
Das que estão acima do peso, "cerca de um terço é de obesos e corre o risco de adquirir doença cardíaca coronária, diabetes ou outros problemas de saúde", disse a FAO.
A agência pondera que, apesar de acabar com a desnutrição em todo o mundo "ser um grande desafio, o retorno deste investimento seria alto". "Se a comunidade internacional investisse 1,2 bilhão de dólares por ano durante cinco anos para reduzir as deficiências de micronutrientes, os resultados seriam traduzidos em mais saúde, menos mortalidade infantil e aumento de ganhos futuros", disse. "Isso geraria ganhos anuais no valor de 15,3 bilhões de dólares", acrescentou.

A FAO disse estar particularmente esperançosa em relação a projetos que visam a "elevar o teor de micronutrientes dos alimentos básicos - seja através do ‘biofortalecimento’ ou do incentivo à utilização de variedades com um teor de nutrientes mais alto".
Espera-se que o consumo de alimentos subutilizados e ricos em nutrientes, como certos insetos, por exemplo, possa se tornar moda.
Com a luta contra a desnutrição sendo bem sucedida em alguns países e ficando para trás em outros, a FAO deu exemplos de métodos para ajudar a melhorar os sistemas alimentares.
No Vietnã rural, peixes criados em tanques, galinhas usadas como fonte de fertilização e pequenas plantações em jardim reduziram a má nutrição tanto em crianças como em mulheres em idade fértil.
Na Etiópia, um projeto envolvendo cabras elevou o consumo de leite e os rendimentos da região, ao ensinar às mulheres uma melhor gestão do animal, inclusive melhorando geneticamente a espécie.
A FAO insistiu, porém, que projetos específicos de cada país devem ser apoiados globalmente para conter o desperdício.
"Tirar o máximo de alimentos a partir de cada gota de água, pedaço de terreno, grão de fertilizante e minuto de trabalho economiza recursos para o futuro e torna os sistemas mais sustentáveis", afirma a organização.



ONU lança campanha contra desperdício de alimentos


Cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo perde-se ou é desperdiçado durante os processos de produção e venda.

As Nações Unidas lançaram hoje uma campanha para “reduzir drasticamente” o desperdício anual de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos, baseada na ideia de que atitudes simples como programar refeições ou desvalorizar datas de validade fazem a diferença.
Com o tema “Pensar. Comer. Preservar. Diga não ao desperdício”, a campanha é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, na sigla em inglês) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo perde-se ou é desperdiçado durante os processos de produção e venda, um desperdício equivalente a mil milhões de dólares, de acordo com dados da FAO.

Se a perda de alimentos ocorre principalmente na colheita, processamento e distribuição, o desperdício acontece ao nível do comércio e do consumo, estima a FAO.

Por isso, a campanha “visa especialmente o desperdício ao nível dos consumidores, dos comerciantes e da restauração e hotelaria”, adiantam as Nações Unidas.

“Num mundo com uma população de 7000 milhões de pessoas, e que deve chegar aos 9000 milhões até 2050, o desperdício de alimentos não faz sentido, seja do ponto de vista económico, ambiental ou ético”, afirma o director executivo da UNEP, Achim Steiner.

“Além das perdas na produção, são desperdiçados também recursos como água, terras cultiváveis, factores de produção agrícola e tempo de trabalho [...]. Para termos um mundo verdadeiramente sustentável, temos de transformar a maneira como produzimos e consumimos os nossos alimentos”, acrescenta Steiner.

Por seu lado, o director-geral da FAO, José Graziano da Silva, mosta-se otimista quanto aos resultados da campanha. “Juntos vamos conseguir inverter esta tendência inaceitável e melhorar as nossas vidas”, diz. “Nas regiões industrializadas, quase metade do desperdício alimentar – cerca de 300 milhões de toneladas por ano – ocorre porque os produtores, os vendedores e os consumidores descartam alimentos que ainda estão próprios para o consumo. Esta quantidade é superior a toda a produção alimentar na África Subsaariana, e suficiente para alimentar as 870 milhões de pessoas que passam fome no mundo”, explica.

Nos países em desenvolvimento, cerca de 95% das perdas e desperdícios são involuntárias, estima a FAO, e ocorrem principalmente devido às limitações financeiras, técnicas e de gestão das colheitas.

Nos países desenvolvidos, o desperdício é mais significativo no processamento e venda, quando grandes quantidades de alimentos são descartadas devido a práticas ineficientes, por estarem fora dos padrões e pela confusão gerada pelos prazos de validade.

Na Europa, América do Norte e Oceânia, o desperdício de alimentos per capita varia entre os 95 e os 115 quilos por ano, enquanto na África Subsaariana e no Sudeste Asiático são deitados fora entre 6 a 11 quilos anualmente.

A campanha incluirá diversas iniciativas em todo o mundo, que serão reunidas e partilhadas através do portal online www.thinkeatsave.org.

O site divulga ainda dicas para consumidores e vendedores e funciona como uma plataforma para a partilha de ideias entre diferentes campanhas e organizações.

A campanha é uma consequência da conferência Rio+20, na qual chefes de Estado e governos aprovaram o lançamento de uma série de iniciativas para incentivar a produção e o consumo sustentáveis.

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