quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PÓS-ELEIÇÃO: FATO EM FOCO, NORDESTE SEM FUTURO!

Texto de Tania Bacelar - SUDENE

Segue abaixo, matéria mostrando a atual situação dos investimentos governamentais dos PACs na infraestrutura econômica da Região Nordeste, já paralisados desde 2010. 


1) O cenário futuro, em especial, depois destas eleições municipais, em que o principal partido do Governo (PT), foi derrotado fragorosamente no Nordeste, a Região já estava sendo penalizada pela paralisação das obras estruturais, agora o bicho vai pegar e vai-se ficar à míngua, por mera vingança, especialmente no momento em que a Região tenta se industrializar e cresce mais do que o Brasil, como um todo. A Região Nordeste, servia como plataforma eleitoreira, talvez, agora não sirva mais. 
2) Faz-se urgente e necessária, de novo de projeto político-econômico nacional de desenvolvimento para o Brasil e de efetiva integração econômica regional para o Nordeste! 
3) O instrumento institucional que pode viabilizar os mecanismos e recursos financeiros permanentes, capazes de fazer uma revolução econômica e social na Região, já está na Constituição Federal de 1988, é o artigo 165 parágrafo 7º, entre outros. 
4) Sem necessidade de disparar nenhum tiro, podemos e vamos regulamentar o artigo 165, parágrafo 7º, que determina a regionalização dos orçamentos da União (OGU, LDO, LOA, PACs, PPAs, Royalties e demais programas federais) e das estatais (Petrobras, Eletrobras, BNDES, BB, CEF, FINEP, CNPq, CAPES, etc.) na mesma medida da população. Quando historicamente, só conseguimos dispor nominalmente na média de 6 a 8% nos últimos 20 anos, passaríamos a ter mais de 27% de recursos estáveis para financiar o nosso desenvolvimento (a população do Nordeste é de 27,4% - IBGE, 2010). 
4) Se a Região Nordeste, deseja se desenvolver como merece e necessita, vamos à luta para fazer valer os nosso direitos constitucionais! 
5) Vamos impedir que os FPE e FPM, as transferências constitucionais obrigatórias, sejam apropriados indevidamente pela União (CF/1988; art. 160), para fazer cortesia com o chapéu alheio, junto a montadoras de veículos, FIESP, FIERJ, centrais sindicais e sindicatos de metalúrgicos, quase todos localizados na região Centro-Sul, enquanto os municípios nordestinos dependentes do FPM, minguam nas secas e no esvaziamento financeiro, desde 2010 e, até agora, sem as devidas compensações pelo Governo central, conforme determinação constitucional e sem nenhuma satisfação aos entes federados!!! 
6) É hora inadiável para se discutir e se rever, uma urgente reforma do Pacto Federativo no Congresso Nacional, inclusive com revisão das atuais leis tributárias (ICMS, IPI, IR e outros), os royalties do petróleo, a gestão fiscal e o gasto público, antes que o Brasil se desintegre!
7) O Governo, com sua visão centralista, autoritária, fragmentária, incompetente, sem governança e aparelhista, está dilacerando o futuro do Brasil!  
8) Vejam a atual realidade sobre o Nordeste e as sombrias perspectivas para o nosso cenário futuro, após 2013!
 9) Governo centralizado, só favorece à concentração de poder, a alta corrupção (vide os mensalões, os casos chachoeiras, etc.), à ação dos lobistas estrangeiros e nacionais, que estão vendendo os ativos nacionais e inviabilizando o país! 
Vamos descentralizar e desconcentrar a República!!! 
REFORMA DO PACTO FEDERATIVO JÁ!!!
10) Vide os artigos nos arquivos acima e abaixo, se mobilize e mobilize seus parlamentares e governantes, por uma urgente e inadiável Reforma no Pacto Federativo!!!

www.centrodeestudosdonordeste.blogspot.com/ 

REPASSANDO: PÓS-ELEIÇÃO, FATO EM FOCO!
ACESSE:
30/10/2012 10h02 - Atualizado em 30/10/2012 10h34

Relatório aponta colapso em portos, rodovias e ferrovias do Nordeste

Escoamento da produção industrial e agropecuária está ameaçado.
Pesquisa da CNI diz que governos precisam buscar alternativas.

Do G1 PE
Comente agora
Um mapeamento completo da região Nordeste foi feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para apontar as prioridades e os investimentos necessários para a modernização, recuperação e ampliação de rodovias, ferrovias, hidrovias e portos. O objetivo é propor soluções para garantir o escoamento da produção industrial e agropecuária nos próximos anos. De acordo com o relatório “Nordeste Competitivo”, muitos são os problemas e os desafios que precisam ser enfrentados pelos governos dos noves estados.

Entre os problemas mais preocupantes, estão as rodovias da região. A falta de manutenção, o desgaste provocado pelo excesso de cargas transportadas diariamente e os gargalos podem colocar em risco o escoamento da produção até 2020. A rodovia em situação mais crítica é a BR 101 – o trecho mais problemático fica na divisa de Sergipe com Alagoas, na cidade de Propriá, passa por Maceió e vai até o estado de Pernambuco.

O trecho da cidade de Xexéu ao Recife tem capacidade para suportar 51,3 mil toneladas por dia, mas, atualmente, passam pela estrada veículos transportando 68 mil toneladas. Por dia, isso equivale a 32% a mais que a capacidade. Em 2020, a estimativa é que a utilização chegue a 98 mil toneladas por dia – 91% acima do limite.

Outro gargalo rodoviário é o trecho da BR-324, na Bahia, entre Feira de Santana e Salvador. O principal entroncamento rodoviário do Nordeste movimenta 40 milhões de toneladas de carga por ano. Também na Bahia, a BR-242, que escoa a produção de soja do estado, está em péssimas condições.
Na Bahia, a BR-242 escoa a produção de soja do estado (Foto: Reprodução/TV Globo)Na Bahia, a BR-242 escoa a produção de soja do estado (Foto: Reprodução/TV Globo)

A previsão da CNI é de um investimento de R$ 2,03 bilhões para evitar que nove rodovias se tornem intransitáveis nos próximos anos, operando com um excedente de até 151% da capacidade. A confederação diz que é necessário um investimento de R$ 25 bilhões para garantir a circulação e o escoamento da produção dentro do Nordeste, para outras regiões do país e para o exterior.

“O principal mérito desse projeto é identificar os fluxos de produção e comércio da região e, a partir desses fluxos, identificar quais aqueles projetos de infraestrutura que terão maior retorno econômico e social para a região”, contou José Augusto Fernandes, diretor de políticas e estratégia da CNI. Ao todo, o estudo aponta 83 projetos prioritários para resolver os problemas – desse total, apenas 26,5% estão em andamento.

Escoamento
O Nordeste é um grande produtor de açúcar, álcool, adubos e fertilizantes, combustíveis, metais, bebidas, grãos, biscoitos, petroquímicos, frutas e a criação de gado. Segundo o IBGE, o Nordeste responde por 13% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. O estudo da CNI mostra que muito tem que ser feito para escoar a produção em condições ideais e evitar o colapso nos próximos anos.
Relatório aponta trechos de rodovias que devem ser recuperados (Foto: Reprodução/TV Globo)
Relatório aponta trechos de rodovias que devem ser
recuperados (Foto: Reprodução/TV Globo)

Entre os principais projetos estão a pavimentação da BR-110, entre Mossoró e Campo Grande e entre Janduís e Serra Negra do Norte, no Rio Grande do Norte; a construção da BR-110, entre São José do Egito e o entroncamento da BR-412, em Pernambuco; e a pavimentação da BR-110, entre Ibimirim e o entroncamento da BR-316, também em Pernambuco.

Portos
Além das rodovias, os portos também preocupam. Os do Recife e o Complexo Portuário de São Luís, no Maranhão, já operam acima da capacidade limite. Nos próximos anos, também vão operar acima da capacidade o Porto de Natal, no Rio Grande do Norte, o Complexo Portuário de Salvador, e os portos de Fortaleza e o de Pecém, no Ceará. Eles precisam receber investimentos de cerca de R$ 11 bilhões para ampliação e modernização.
Segundo o estudo, o Porto de Suape, em Pernambuco, também deve chegar a um nível crítico nos próximos anos. “Em termos de valor de investimento, 90% dos projetos identificados estão na área de portos e ferrovias. No entanto, a mensagem que esse projeto passa é que a questão de transporte deve ser vista de forma integrada. Ou seja, se eu tenho um ferrovia e o porto não funciona, eu não estou otimizando o meu investimento. Na medida em que eu possa, por exemplo, avançar na maior eficiência dos portos, eu também aumento o sistema de cabotagem na região. Em lugar de transportar um produto do Recife a Fortaleza por rodovia, eu poderei fazê-la através de navios”, comentou José Augusto Fernandes.
Complexo Portuário de São Luís, no Maranhão, já opera acima da capacidade limite (Foto: Reprodução/TV Globo)Complexo Portuário de São Luís, no Maranhão, já opera acima da capacidade limite (Foto: Reprodução/TV Globo)

A dificuldade em escoar a produção preocupa empresas e indústrias. Uma fábrica de cerâmica localizada na região de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco, é um exemplo do colapso que está se formando. A indústria se instalou ao lado do porto para facilitar o escoamento da produção para os mercados interno e externo. Cerca de 40% da produção são exportados, mas, mesmo estando a menos de 10 km de um dos principais portos do Nordeste, a empresa tem problemas na hora de escoar o produto.
A empresa gera 600 empregos diretos, R$ 300 milhões investimentos e produz 1,2 milhão de metros quadrados de cerâmica por mês. O empresário Marcos Ramos reclama da ineficiência dos portos e do alto preço cobrado. “Os problemas para quem precisa exportar acima de tudo é competitividade, ter custos adequados. A gente onera muito o custo do produto com a ineficiência e dos serviços que preciamos contratar com terceiros, como porto, transporte”, falou.
Estrada Férrea dos Carajás, que liga São Luís a Açailândia, no Maranhão (Foto: Reprodução/TV Globo)
Estrada Férrea dos Carajás, que liga São Luís a Açailândia,
no Maranhão (Foto: Reprodução/TV Globo)

Trilhos e rios
As ferrovias precisam de R$ 12 bilhões de investimentos. Apesar da construção da Ferrovia Transnordestina, é preciso recuperar trechos antigos de nossos trilhos. Alguns trechos estão em péssimo estado de conservação, como o da Estrada Férrea dos Carajás, que liga São Luís a Açailândia, no Maranhão.

O estudo também indica a necessidade de investimento de R$ 272 milhões nas hidrovias e na recuperação de rios importantes, como o São Francisco. Hoje, com problemas de assoreamento e necessidade de obras de dragagem, a navegação comercial no Velho Chico não é possível em vários trechos. “O que nos estamos oferecendo são projetos, prioridades para serem examinadas pelo setor público e setor privado. A nossa expectativa e que, com a maior participação das concessões, o setor privado também possa ter um maior envolvimento com esse projeto”, concluiu o diretor de políticas e estratégia da CNI, José Augusto Fernandes.

Nenhum comentário: