quinta-feira, 22 de novembro de 2012

IN NOMEN DEI

 Israel, braço dos EUA no Oriente Médio, intensificou a matança de palestinos a partir da segunda semana neste novembro. Não poupa ninguém: crianças, velhos, mulheres e homens estão sendo trucidados impiedosamente numa batalha covardemente desigual.
Em nosso país, a mídia aliada dos agressores omite as verdadeiras informações e empenha-se em jogar a opinião pública contra os agredidos.
A Faixa de Gaza é um dos poucos territórios que sobraram para os palestinos, desde a criação do Estado sionista de Israel, em 1948.
Este mapas mostram que o território palestino usurpado por Israel está cada vez menor.
Luiz Pompe

 Os cananeus e filisteus foram expulsos da palestina no governo de quem?

patriarcas juizes ou reis? (publicado 5 anos atrás no Yahoo)

Melhor resposta - Escolhida por votação

Há mais de 5000 anos, depois de um período de seca assolou a Península
Arábica, os cananeus, tribos dos árabes semitas, vieram se estabelecer nos
territórios a leste do Mar Mediterrâneo que formam, hoje, a Síria, o Líbano,
a Jordânia e a Palestina. Os Jebusitas, um subgrupo cananeu, fundaram
Jebus - Jerusalém- no lugar onde ele está localizada hoje e edificaram o
primeiro muro ao seu redor, dotado de 30 torres e sete portões.
Aproximadamente 2000 anos mais tarde, os filisteus, vindos de Creta,
chegaram na terra de Canaã. Misturaram-se com as tribos cananéias e viveram
na área sudoeste da moderna Palestina, sobre a costa do Mar Mediterrâneo na
área que agora se estende na Faixa de Gaza até Ashdod e Ashkelon. Os
cananeus deram aos territórios que eles habitaram o nome bíblico de "A Terra
de Canaã", enquanto os filisteus deram-lhe o nome de Filistina ou
'Palestina'.

Os cananeus descobriram que estavam numa localização estratégica e cercada
por poderosos impérios originários do Egito a sudoeste, através do Mar
Mediterrâneo a oeste, e Mesapotâmia e Ásia a nordeste. Mais de um milênio
antes do nascimento de Cristo, egípcios, assírios, babilônicos, persas,
mongóis, gregos e romanos cresceram ao redor da terra dos cananeus e
filisteus e a governaram por variados períodos de tempo. A posição
geográfica da área significava que ela servia tanto como uma ponte entre os
vários impérios regionais, como uma arena para lutas e conflitos entre eles.
Em conseqüência, os cananeus nunca puderam estabelecer um estado forte e
unificado, e suas organizações políticas tomaram a forma de cidades
independentes dotadas de governos ligados por relações federativas. Entre as
cidades costeiras mais proeminentes dos filisteus, cananeus e fenícios que
habitaram a área da atual Palestina estavam Beirute (Bairtuyus), Sidon,
Tiro, Acre, Ashkelon e Gaza. As cidades cananéias do interior incluíam
Jericó, Nablus (Shikim) e Jerusalém (Jebus). A religião dessas primeiras
civilizações da Palestina era centrada na natureza: o céu era o Deus Pai e a
terra era a Mãe Terra. Esses povos semitas de Canaã formaram a base do
tronco do qual descendem os palestinos de hoje.

Em termos de geografia, demografia, sociedade, economia e vida cultural,
Jerusalém tem sido o centro da Palestina e o grande ponto de encontro de
importantes corredores leste-oeste, norte-sul. De fato, desde os tempos das
civilizações mais primitivas da Palestina, Jerusalém tem sido a parte mais
importante e inseparável da Palestina. Assim, quem quer que controle
Jerusalém fica numa posição de dominação sobre a Palestina. Nela localiza-se
a raiz da turbulenta e conflituosa história da cidade de Jerusalém.

Por volta do século XVIII a.C., Abraão veio de Ur, no sul da Mesopotâmia,
para a terra de Canaã. Ele se estabeleceu nas cercanias do Vale do Jordão.
Visto que nem o velho e nem o Novo Testamento não haviam sido revelados
durante sua vida, Abraão não era nem judeu nem cristão, mas um crente na
unicidade de Deus. Ele é descrito no Gênese como tendo adorado "o mais alto
Deus". O Corão menciona que ele era um 'muçulmano', não na acepção moderna
de alguém que segue as leis reveladas no Corão, mas sim no sentido de Ter
entregue "sua submissão à vontade de Deus". Assim, cristãos, muçulmanos e
judeus ainda rogam por ele em todas as suas preces, como acreditam que Deus
lhes exortou a fazerem. Agar, a concubina de Abraão, lhe gerou seu filho
Ismael, de quem os atuais muçulmanos traçam sua descendência; entrementes,
sua mulher Sara gerou-lhe o filho Isaac, do qual os atuais judeus traçam sua
linhagem. Abraão se mudou para um lugar perto de Hebron (al-Khalil), onde
viveu pregando o monoteísmo. Quando morreu, Ismael e Isaac sepultaram-no na
mesma cova onde sua mulher Sara foi sepultada. Seu filho Isaac gerou Jacó
(Israel), que viveu na região de Harran (Aram).

Por volta de 1300 a.C., os doze filhos de Jacó (Israel) partiram para o
Egito. Eles se integraram aos egípcios e José, o mais jovem dos filhos de
Jacó, casou com a filha do sumo sacerdote. Originalmente um pequeno grupo de
pessoas, eles se multiplicara, e ganharam força durante várias centenas de
anos no Egito, tornando-se os israelitas. Foi no Egito que Moisés, 'o
fundador do judaísmo e o mais eminente legislador e também profeta para as
três religiões reveladas, nasceu e estudou filosofia egípcia, tornando-se
letrado em todas as ciências dos egípcios. Moisés, juntamente com seu povo
(B'nei Israel) deixaram o Egito por volta do século XIII a.C.. vagaram
durante 40 anos no Sinai, e durante esse tempo ele recebeu a lei divina
judaica no monte Sinai (Tur).

Após a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança dos israelitas e os
conduziu para o oeste pelo rio Jordão até Canaã. A primeira cidade cananéia
que Josué conquistou foi Jericó, destruindo-a juntamente com seus
habitantes. Depois, ele assumiu o controle de Yashuu'(Bayt Ele), Likhish, e
Hebron, embora os filisteus tenham bloqueado o avanço do povo de Moisés rumo
à costa, na área entre Gaza e Jafa, enquanto os cananeus impediram-nos de
conquistar Jerusalém. Quando chegaram a Canaã, foram influenciados pelos
cananeus e imitaram seus ritos religiosos, especialmente na apresentação de
ofertas sacrificiais ao Deus Baal.

Nos 150 anos seguintes, os israelitas, filisteus e cananeus controlaram,
alternadamente, porções da área da moderna Palestina, com os cananeus
(jabusitas) controlando Jerusalém. Ma nenhum grupo foi capaz de consolidar o
controle sobre toda a área. Houve numerosas lutas entre grupos, sendo que
cada um mantinha sua própria cultura e sua própria independência.

Por volta de 1000 a.C., o rei dos israelitas, Davi, pôde subjugar os
pequenos estados de Edom, Moab e Amon. Durante sete anos ele fez de Hebron
sua capital, mas, depois transferiu o centro do poder para Jerusalém pelos
últimos 35 anos de seu reinado. Depois dele, poder passou para o seu filho
Salomão, que é famosos por ter erguido o lugar de adoração conhecido como o
Templo de Salomão. Para os judeus, esse templo tornou-se o centro da vida
religiosa e o símbolo básico de sua unidade. Tornou-se ainda um ponto de
peregrinação emocional para o povo judeu.

Com a morte de Salomão, seu reino foi dividido em dois: o Reino de Israel,
ao norte, composto por dez tribos, com Samaria (Sabastia) como sua capital,
e o Reino da Judéia, ao sul, composto por duas tribos, com Jerusalém como
sua capital. Lutas crônicas entre os dois estados e batalhas colocando-os
contra os cananeus e os filisteus, caracterizaram esse período da história
do Oriente Próximo.

Por volta de 720 a.C. os assírios, sob orei Sargão, destruíram o reino
israelita ao norte. Em 600 a.C. os babilônios, sob o comando de
Nabucodonozor, conquistaram o reino israelita sudeste, destruindo o templo
de Salomão em aproximadamente 586 a.C.. em ambos os casos, a maioria da
população foi levada para a Assíria e a Babilônia, na Mesopotâmia, como
escrava. Quanto a Jerusalém, tornou-se colônia babilônica. Por volta de 838
a.C., Ciro, rei dos persas, foi capaz de conquistar o império babilônico
(Mesopotâmia), prosseguiu em suas conquistas até que ocupou a Síria e depois
a Palestina, incluindo Jerusalém, permitiu que os escravos de Nabucodonozor
retornassem à Palestina, e o Segundo Templo foi concluído em 515 a.C.

Quando o império grego floresceu (eles ainda governaram Jerusalém durante
sete anos) a Palestina caiu sob o domínio do Egito (322-200 a.C.) e depois
por um certo período sob o governo dos selêucidas da Síria de 200 a 142
a.C.. Nesse ano, o rei Antióquio IV, que tinha danificado o Templo de
Salomão forçou os judeus a renunciarem ao judaísmo e a abraçarem o paganismo
grego. Por volta de 63 a.C., depois que os romanos subjugaram os seldjúcidas
na Síria, o general romano Pompeu assumiu o controle sobre Jerusalém. Com a
ajuda dos romanos, Herodes se tornou rei da Judéia no ano 40 a.C. seu
reinado durou até sua morte no ano 4 A.D. Durante esse tempo, o Templo de
Salomão foi reconstruído em Jerusalém e houve a perseguição, o processo de
crucificação de Jesus Cristo, depois do que, sobreveio a propagação da fé
cristã.

Na era de Tito, cerca de 70 A.D., os romanos infligiram aos judeus uma
derrota devastadora. Tomaram Jerusalém e queimaram o templo judeu de uma vez
por todas. Sob Adriano, várias décadas depois, os remanescentes finais da
população judaica foram subjugados e expulsos da Palestina. Os romanos
ergueram uma nova cidade sobre as ruínas de Jerusalém, a qual eles dominaram
de Aelia Capitolina, com referência ao imperador Aelius Adrianus. Cerca de
395 A.D., Jerusalém tornou-se uma cidade bizantina e cristã. Mas embora a
Palestina e seus habitantes se tornassem uma parte do império bizantino
política e religiosamente, a vida e a cultura dos cananeus locais
permaneceram voltadas para Jerusalém.

Após um breve período de controle pela Pérsia, no começo do século VII A.D.
a Palestina e o resto da Síria saíram do jugo dos romanos e caíram na esfera
do império árabe-islâmico. Jerusalém tornou-se a primeira direção das preces
dos muçulmanos (qibla) - 'o primeiro dos dois qiblas'- e a Palestina 'os
recintos que Deus abençoou'.

Em 638 A.D., o segundo califa, Omar ibn al-Khattab, chegou a Jerusalém. É
importante notar que pelo, aproximadamente, 1300 anos desde a chegada da
civilização árabe-muçulmana à Palestina, até o século em curso, Jerusalém
permaneceu árabe, do ponto de vista da língua, da cultura e da demografia.

Omar acreditava que Alá ordenara respeito à santidade a cidade de Jerusalém
e o respeito por Ahl al-Kitab (O povo do livro). De acordo com o islã, a
liberdade de culto a Ahl al-Kitab em Jerusalém é uma dádiva de Deus e, por
isso, não pode ser subtraída por mãos humanas. Assim, Omar não tomou a
cidade pela força, mas pelo contrário, instituiu a Convenção de Omar, um
acordo que determinava o controle muçulmano sobre a cidade mas reconhecia o
direito inalienável à liberdade de expressão para judeus e cristãos em
Jerusalém. Omar confiou as duas famílias árabes muçulmanas em Jerusalém as
chaves da Igreja do Santo Sepulcro. Ele agiu assim a fim de mandar uma
mensagem aos muçulmanos de que a igreja era um templo sagrado que não
deveria ser danificado, desrespeitado ou violado de nenhum modo, e como uma
resolução para rixas entre várias seitas cristãs sobre quem deveria
controlar a igreja. Das famílias árabes residentes na cidade, algumas se
converteram ao islã imediatamente, enquanto outras mantém até hoje sua fé
cristã. Entre essas famílias árabes cristãs e muçulmanas da velha Jerusalém
estão os Khalidis, os Alamis, os Nuseibehs, os Judahs, os Nassars e os
Haddads.

A lei muçulmana vigorou em Jerusalém e na Palestina desde o século VII A.D.
até o começo do século XX, excetuando o período das Cruzadas. Os cruzados
capturaram a cidade em 1099 A.D., viram-na libertada pelos aiúbidas sob
Saladino em 1187 A.D., e depois recapturaram-na em 1229 A.D. Cerca de 15
anos mais tarde, os muçulmanos outra vez ali restabeleceram seu governo, e a
cidade não saiu mais do seu controle até a ocupação britânica na I Guerra
Mundial, em 1917.

As dinastias islâmicas - ao omíadas, abássidas, os fatimidas os seldjúcidas,
os aiúbidas, os mamelucos, os otomanos e os hashimitas - respeitaram o
"status quo ante" instituído na Convenção de Omar ibn al-Khattab. Todos eles
participaram da reconstrução de Jerusalém, preservando a santidade de sua
herança e desenvolvendo seu legado islâmico e árabe. Essas dinastias se
esforçaram para reconstruir as mesquitas da Abóbada da Rocha e de al-Aqsa,
referenciadas no primeiro verso da Sura 17 do Qur'na. Finalmente, os
governantes árabes estavam ansiosos para dar a Jerusalém um status especial;
o primeiro califa omíada, Muaawiyah uniu sua identidade pessoal com
Jerusalém, denominando-se o califa de Bait al-Maqdis. O califa Abd al-Malik
ergueu, em 691, a magnífica abóbada (Qubbat al-Sakhra) sobre a rocha santa
de onde Maomé ascendeu para falar com Alá e onde Abraão quase sacrificou
Ismael. Também ergueu a Mesquita de al-Aqsa na parte sudeste da área de
al-Haram, al-Sharif, para substituir a construção em madeira da velha
mesquita. Estas duas última mesquitas foram restauradas e embelezadas pelos
governantes árabes subsequentes, mais recentemente pelo rei Fahd, da Arábia
Saudita, e o rei Hussein, da Jordânia.

Fonte(s):

http://terrornapalestina.home.sapo.pt/Hi…

Nenhum comentário: