quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Apenas mais uma constatação do óbvio...


O tornar-se receptivo...
Encontros reais desta vida talvez sejam sempre, na verdade, reencontros.  Cada dia mais estou eu mais convicta de que estes momentos da existência se repetem até que as lições sejam aprendidas e as dificuldades e medos superados.  Fugir das situações que a existência proporciona como aprendizado é sempre o pior caminho.  Enfrentar o medo e aproveitar cada oportunidade é sempre mais enriquecedor.
Quem tem sido meu melhor mestre? – Com toda certeza meus filhos. Todo esclarecimento de anos de busca de expansão da consciência, todas as terapias, leituras esclarecedoras a partir de textos de grandes mestres, as falas e opiniões de Osho - meu melhor instrutor – apesar de fortes e presentes, tornam-se pequenas diante da sabedoria de meus filhos que, sem sequer pretenderem serem os mestres, propiciam enorme aprendizado: meditar, observar, estar presente!
Da saúde e da vida, só aprendi a cuidar depois de tê-los parido e cuidado desde a primeira gripe e da primeira febre ao nascer o primeiro dente.
Da emoção, a cada olhar profundo deles enquanto bebezinhos e agora do meu neto. Desse, cada expressão de frustração, dúvida, medo  nenhum e força, determinação e audácia no portar-se tem sido meu maior aprendizado. Não é a toa que os avós tornam-se fãs dos netos. Certamente pelo nível de compreensão da vida que eles nos proporcionam, depois do despertar forçado da maternidade.
Da sexualidade, a cada conversa de superação dos meus temores que, admito feliz, consegui superar em muito a partir de cada pergunta respondida sem saber.  A aceitação da condição da humanidade é dificílima quando se tem tão forte a presença castradora da religiosidade imposta. Que bom que as novas gerações se têm libertado do poder da Inquisição moderna! 
Permitir-se não é nada fácil!

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