sábado, 14 de agosto de 2010

O preço da dignidade

Sou uma Tapety, sou candidata a Deputada Estadual.
Não aceito certos posicionamentos político-administrativos em minha cidade, em meu Estado, no Brasil.
Nepotismo, clientelismo, fisiologismo, centralismo autoritário e aparelhismo têm sido marcas dos governos brasileiros. Tudo pela manutenção do poder!

O mundo quer investir no Piauí, mas os políticos querem que permaneçamos na miséria. Esperar por cada eleição para aparecer fazendo favor. Vamos continuar nos iludindo com cachaça e forró?

Conheci uma sociedade de voto livre e independente sei que possível, por que o mundo está acordando. Sonho política descente também para o Brasil. Queremos uma sociedade justa. Direitos iguais. Oportunidades iguais para todos.

O Piauí é um Estado rico e já foi vendido baratinho. O Brasdil tem sido vendido Baratinho. Não podemos permitir tantos absurdos. Negociações de bastidores para aprovação de investimentos e recursos, negociação de propinas e participação em lucros ou sobras de "Caixa Dois" é o que tem sido feito. Todo brasileiro sabe. Não consigo fechar os olhos para esta condição de iniquidade. Quero política séria.Exijo seriedade. É isso que defendo. Não é possível que tanta corrupção permaneça impune. Nossas riquezas têm sido negociadas de forma exclusa. Não podemos aceitar. O Piauí inteiro foi rateado entre grandes empresas multinacionais que se encarregam até os próximos 30 anos, de dizimar nossa fauna, acabar com nosso bioma e transformar nosso Estado, de Parnaíba à Corrente, em grandes desertos ou imensos panos monocultores sem qualquer preocupação com as novas gerações. Poti, Parnaíba , Canindé foram vendidos e devastados. Mesmo nosso pequeno Mocha - berço do Piauí - completamente extinto. Oeiras tem um imenso potencial de desenvolvimento, morros lindos e pontos turísticos maravilhosos dentro da área urbana, mas não tem recebido o devido respeito. Os morros e riachos estão sendo invadidos e depredados. Quem vai pagar esta conta?

Tenho certeza de que podemos fazer política séria e responsável. A vida pública é prestação de serviço nobre. É possível fazer direito. Basta pensar no coletivo e trabalhar. Temos propostas reais e possíveis de realizar para a prefeitura, governo estadual e para o Brasil. As coisas ainda não aconteceram por que o poder estabelecido não aceita nem permite a libertação que sonho para meu povo. A escravidão continua. O medo domina e escraviza tanto quanto o dinheiro e o poder. Humilhação permanente reduz os seres humanos a objetos de manipulação ou um simples número no título de eleitor.

Os altos gastos de dinheiro em campanhas milionárias demonstram o volume do desvio que enriquecem alguns e mantém a maioria muito pobre. Isso precisa ser fortemente combatido. È falta total de responsabilidade social! Total desrespeito ao ser humano! E, ainda na "desculpa" de caridade e cuidado com a pobreza. Isso é uso da condição de miséria e doença para barganha de voto. Para o bem de quem? A cada dia eu também me decepciono mais, mas meu sonho permanece vivo.

Outro dia ouvi um desses políticos que chegam de avião fazendo campanha milionária e distribuído ajuda aqui e ali dizer que quem “não assina a carteirinha, não tem chance!”. O governo federal, estadual e municipal, deliberadamente, inchou a máquina pública com os comissionados e terceirizados com o objetivo único de construir uma maquina de controle e empreguismo baseado nas fichas de carteirinha, sem qualquer compromisso profissional. Não se pode tratar a entidade pública como serviço de fundo de quintal. Máquinas fenomenais para manter ascensão de corruptos e novos corruptores asseguram o poder aos grupos ascendentes. Isso é um ciclo vicioso sem fim. Só seu voto pode mudar isso que temos vivido e sei que, intimamente, ninguém aceita. Apenas se sujeita, por medo ou conveniência.

Eu defendo profissionalismo na administração pública! Jamais pude participar de concursos públicos para minha categoria ( arquitetos ). Isso nem poderia ser questionável, mas sim, ser fato normal e corriqueiro. Concursos e Licitação para projetos arquitetônicos e de interesse social precisam ser realizados pelo Governo e órgãos competentes para esta finalidade. Decisões quanto ao uso do espaço público precisam ser tomadas com participação social.

As nossas cidades precisam ser planejadas. As decisões de grandes investimentos precisam ser tomadas com ampla discussão pública e pacto social. Pareceres técnicos devem ser consultados e respeitados. Não é possível que, em pleno século XXI, diante de tanta modernidade, a nossa administração pública continue sendo feita como um negócio de família. Família de quem? Cadê os outros? As outras famílias que não são as dos poderosos? Nossos filhos, seus filhos terão algum dia a mesma chance? Claro que não. Toda mudança depende de seu voto.

Grande parte da população abaixo da linha de pobreza vem sobrevivendo das migalhas de esmolas governamentais. São os eleitores que mantém seus legítimos representantes no poder e precisamos exigir dignidade: emprego com salário digno. Oportunidade para todos e não para alguns apenas. Ajuda de custo não é salário! Em nosso país, fome e miséria são argumento de barganha de voto. Institucionalizar essa condição é crime, roubo, manipulação suja.

A educação e saúde pública de qualidade são direito de todos e não favor. Não admito que se continue fazendo do sistema público de saúde uma forma de controle eleitoreira. Isso é muita falta de respeito à nossa condição de humanidade. Não podemos tolerar o desrespeito total aos professores - responsáveis pela grande revolução social. Conhecimento e consciência são os grandes agentes de transformação. Esses líderes têm sido esmagados e seu trabalho rebaixado pelos salários baixíssimos e pouquíssimo investimento.

É doloroso o total desrespeito à cultura popular, à juventude e ao direito de nossos jovens crescerem com acesso à conhecimento, formação e informação sérios. Jovens deixados na rua tem se tornado, a cada dia, alvo fácil do tráfico de drogas, prostituição e pedofilia. Marginalizados pela sociedade corrupta e corruptora, são vítimas da podridão que o jogo político do poder mantém, com a justificativa de que para manter o poder, tudo vale. Povo que não respeita suas riquezas, sua gente, sua história jamais poderá conquistar respeito algum.

Acredito no Piauí.
Acredito nos piauienses.
Sei que a sociedade está em fase de evolução e mudança.

Culpa judaico-cristã, medo, divisão e cobiça podem muito pouco diante da verdade, quando a miséria se estabelece em nível físico e moral. Ferem a alma de forma irremediável.

Tenho dado minha contribuição. Tenho semeado um campo maravilhoso e os frutos hão de vir. Posso, poemos fazer muito mais.

Sonho nossa gente livre.
Sonho nosso Piauí forte e desenvolvido, íntegro e promissor também para nossos netos.
Sonhamos juntos, acontece.

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