terça-feira, 14 de setembro de 2010

MATERIA DIVULGADA NOS PORTAIS DO PIAUÍ EM 26.11.2007. CARVOARIAS NO PIAUÌ


Audiência pública mantém o problema das carvoarias na região de Oeiras
Publicado em 26.11.2007 - 17:02:57


Engenheiro florestal do projeto das carvoarias NA REGIÃO Oeiras é o mesmo do escândalo da Serra Vermelha.

Imagem: André Pessoa


Fornos queima a mata nativa

Na última sexta-feira, 23, aconteceu em Oeiras uma audiência pública, organizada pela Câmara de vereadores da cidade, presidida pelo vereador Espedito Martins para discutir a produção de carvão na região que segundo populares e ambientalistas vêm devastando a biodiversidade da última floresta de Caatinga Arbustiva da região e possivelmente a última do Nordeste. .. mais no link acima.

A audiência contou com a presença do secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Dalton Macambira, Padre João de Deus, o representante do Ibama, Edmilson Rodrigues, Promotor Carlos Rubem Campos Reis, o proprietário do empreendimento, Misael Torres Galindo Neto, representantes da comunidade e assentamentos de agricultores, sindicatos de produtores rurais e os representantes dos demais órgãos governamentais responsáveis pelo licenciamento do projeto.

Participou também o engenheiro florestal, Elizeu Rossato Tombolo, que foi o mesmo que elaborou o projeto de desmatamento pela empresa JB Carbon na Serra Vermelha, denunciada pelo Globo Repórter, no dia 26 de janeiro deste ano. Atualmente ele coordena a M.G. Florestal, é a empresa que tem licença para desmatar 7 mil hectares de Caatinga em Colônia para produção de carvão vegetal.
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Segundo a coordenadora do Fórum Sócio-Ambiental de Oeiras, Josevita Tapety, depois de uma manhã inteira de perguntas e respostas, ela afirma que ficou claro que foi essa mais uma das reuniões e audiências que teve por objetivo justificar as ações e decisões tomadas em esfera governamental, dessa forma ficou mascarada como decisões tomadas pela comunidade.
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Segundo os defensores dos planos de manejo florestal, esta é forma mais adequada de se permitir o desenvolvimento com menor prejuízo ambiental. Nas contas do engenheiro, devastação é o que se tem feito ao longo dos últimos 300 anos, o mesmo culpa os pequenos agricultores plantam suas roças em áreas ribeirinhas, pois afirma que cortam as matas ciliares, destocam e queimam o carvão para manter acessos os seus fogões de lenha.

Josevita questionou qual o número de propriedades que serão devastadas para inteirar os 120 mil hectares capazes de manter os fornos da COSIMA (Companhia Siderúrgica do Maranhão) e outras siderúrgicas. E por que sempre a população pobre do Estado é culpada pela “desgraça ambiental”.
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“Ao que parece, todo tipo de manejo, com justificativa de geral alguns empregos com estrutura física de empresa organizada, na verdade é mais uma fonte de geração de renda e exploração dos recursos naturais para o enriquecimento de alguns. Mas, segundo o próprio engenheiro, o termo exploração não é lá de seu agrado, uma vez que dá uma imagem negativa ao projeto. A população, se permanecer calada e conivente, não terá mais tarde do que se lamentar. Tudo legítimo e justo!”, disse Josevita.

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