quarta-feira, 9 de março de 2011

Os Presidentes Lula e Dilma, entrarão para história como COVEIROS DOS POVOS INDÍGENAS.


Eu  chorei quando  vi  foto  do  Cacique  Raoni  chorando após  as  obras  de Belo Monte  terem sido  iniciadas. O apelo dos  indígenas na carta  dirigida " A nova  "mãe" , a  PresidentA Dilma, para  que  parasse Belo Monte, foi  em  vão. A  foto  ilustra muito  bem o  descaso  e total falta  de  respeito  aos  Direitos indígenas. A  lista  com  mais  de  600 mil  assinaturas  de  brasileiros contra  as  obras  de Belo Monte,  foi  também totalmente  ignorada.  A sucessora  segue cegamente  a  cartilha do  seu  antecessor LULA PT, de um  governo servil  aos dos  interesses financeiros  das  grandes  corporações de  investidores,  que,  é  claro,   financiaram  sua  campanha.

O  Artigo abaixo,  de  2010,  merece uma  profunda reflexão  sobre a responsabilidade de  cada  cidadão  que  reelegeu COM  O  SEU  VOTO este  modelo de  governo,  e  da incoerência  dos  intelectuais  que  deveriam  estar  ao lado  dos  oprimidos.  O  mesmo Leonardo Boff que  escreveu "Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu" 25/fev/2010 ,  foi  o  mesmo  que  se  armou  em  cartas  e argumentos   em  defesa da  candidarura  de  Dilma,  retirando  o  seu  poético apoio  à candidatura de   Marina  Silva, as vésperas  da  eleição  presidencial  em setembro  de  2010

Se  não  houver  mudança no  comportamento da atual presidente do  Brasil, "PresidentA  Dilma",  a sucessora  do  governo  Lula,  herdará  também o  título  de  COVEIRA DOS  POVOS INDÍGENAS.

BASTA,  VAMOS  EXIGIR  MUDANÇAS!!!
 XINGU VIVO PARA  SEMPRE!!!!!!!!!!
BELO MONTE, NÃO!!!!

Cristina  Terra
Jornalista ambiental  QUE NÃO  VOTOU  NO  PT nem  no  PSDB!


"Coveiro de povos indígenas? 

Egon Dionísio Heck *

(artigo publicado no portal da Adital)
"Ainda há tempo de frear a construção desta monstruosidade(hidrelétrica de Belo Monte), porque há alternativas melhores. Não queremos que se realizem as palavras do bispo Dom Erwin Kräutler, defensor dos indígenas e contra Belo Monte: "Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu".

(Leonardo Boff, Adital, 25/02/10).



Na década de 70, quando as grandes estradas e megalômanos projetos de hidrelétricas e outras obras devastadoras do meio ambiente e mortíferas para povos indígenas, isolados e refugiados nas matas amazônicas, se dizia que a função da Funai era ser  coveira de povos indígenas. Houve até uma reação indignada de alguns funcionários do órgão, que pediram demissão dizendo claramente que se negavam a continuar sendo "coveiros de índios".

Passados mais de quatro décadas o aspecto de voltar ou continuar sendo coveiros de índios, ronda novamente a realidade brasileira. As grandes obras estão não só de volta, mas com redobrado ímpeto e voracidade comandados pelas grandes empreiteiras, as maiores beneficiárias desse tipo de desenvolvimento predatório. O Programa de Aceleração do Crescimento segundo já está anunciado. Palanques estão sendo criados à custa da vida, de populações e povos, do meio ambiente e da bio e sociodiversidade. Uma espécie de ditadura do "progresso a qualquer custo" se impõe, mesmo com as evidências de sua violência e perversidade. E mais uma vez as grandes vítimas são os povos indígenas, os pobres os excluídos.

Dinheiro não falta

"Podem comprar um milhão de hectares de terra, mas nós não vamos deixar de lutar pela nossa terra tradicional". Essa foi a afirmação da liderança Terena Lindomar, num encontro de indígenas e seus aliados em Campo Grande. (25/02/10)
O presidente Lula esteve recentemente no Mato Grosso do Sul para inauguração de grande indústria de celulose. Nesta ocasião novamente voltou à tona a gravíssima situação dos povos indígenas do Estado, especialmente os Kaiowá Guarani e Terena, destituídos de suas terras tradicionais e submetidos aos "campos de concentração" em que se transformaram os confinamentos em que se encontram. O presidente da  República sabe dessa situação e muitas vezes tem sido alertado, em várias partes do Brasil e do mundo, sobre a necessidade de medidas urgentes para estancar esse processo genocida em que se transformou a realidade Guarani. Tanto assim é que novamente solicitou o empenho de setores políticos e econômicos locais para resolver esse incômodo problema. Comprem terra e dêem aos índios. Dinheiro não falta. Essas teriam sido as afirmações do presidente, veiculados na mídia. (Campo Grande News, 18/02/10).

O pedido soou como uma ordem, ou melhor, serviu como luva, para o setor do agro negócio que maquiavelicamente vem tramando contra qualquer reconhecimento das terras tradicionais dos povos indígenas da região. Arregaçaram as mangas e iniciaram um processo de busca de terras para serem compradas e dadas aos índios.  Existem dúvidas quanto às cifras e extensão.  Conforme a imprensa a proposta de Lula estaria na compre de 10 a 20 mil hectares. Prometem entregar pessoalmente ao presidente da República por ocasião de sua possível vinda para abertura da Expogrande, dia 18 de março.

Campanha Povo Guarani Grande Povo - Campo Grande, 25/02/10
* Assessor do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Mato Grosso do Sul' ""

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